quinta-feira, 9 de junho de 2011

ENTRADA DE DÓLAR AUMENTA 6 VEZES

A entrada de dólares no país superou a saída em US$ 5,3 bilhões em maio. O acumulado de janeiro até o último dia 3 foi positivo em US$ 42,650 bilhões, quase seis vezes mais do que os US$ 7,376 bilhões verificados em igual período do ano passado. E 75% superior a todo o ano passado.
Segundo o Banco Central (BC), o resultado foi garantido pelos exportadores. Em maio, as exportações superaram as importações em US$ 7,3 bilhões.
Essa entrada mais que compensou o resultado negativo de US$ 2 bilhões na área financeira, afetado pelas medidas anunciadas recentemente pelo governo - no início do ano, houve aumento na tributação sobre empréstimos para empresas e bancos obtidos no exterior.
No acumulado do ano, um terço do saldo veio de operações comerciais. Dois terços da área financeira, que inclui investimentos diretos em empresas e no mercado financeiro.
Em maio, as intervenções do BC no mercado de câmbio somaram US$ 4,3 bilhões, menor valor do ano. Em 2011, já foram comprados US$ 36 bilhões. Com isso, as reservas do país já superam US$ 330 bilhões, aumentando o peso do carregamento das reservas - diferença entre o país recebe pelas aplicações das reservas e o que gasta com emissão de títulos para mantê-las.
Para o economista Dércio Garcia Munhoz, ex-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), a nova elevação da taxa básica de juros (Selic), pelo Comitê de Política Monetária do BC (Copom/BC), somada ao fluxo favorável de dólares, vai agravar o problema da valorização cambial: "O real forte tira competitividade da indústria, eleva importações, inibe exportações. Aí, o governo terá de elevar a Selic outra vez para atrair capital especulativo e cobrir o balanço de pagamentos", resumiu.

FLUXO CAMBIAL FICA POSITIVO EM US$ 42,65 BILHÕES NO ACUMULADO DO ANO

O saldo da entrada e saída de dólares do país - o fluxo cambial - está positivo em US$ 42,650 bilhões neste ano até o dia 3 de junho. O resultado é bem maior do que o registrado em igual período de 2010, quando o saldo ficou positivo em US$ 7,376 bilhões.
Em maio, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 5,256 bilhões, ante US$ 2,605 bilhões de igual mês de 2010. Nos três primeiros dias de junho, o saldo também é positivo, em US$ 261 milhões.
No mês passado, o fluxo comercial (operações de exportações e importações) ficou positivo em US$ 7,263 bilhões, enquanto o financeiro (registro de investimentos em títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações) apresentou resultado negativo de US$ 2,007 bilhões.
Nos três primeiros dias de junho, o fluxo comercial ficou negativo em US$ 189 milhões e o financeiro teve resultado positivo de US$ 449 milhões.
No acumulado do ano até 3 de junho, o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 28,023 bilhões. O fluxo comercial também ficou positivo em US$ 14,626 bilhões.
O BC também informou que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 4,272 bilhões, em maio, e em US$ 913 milhões, em junho até o dia 3.
As compras de dólares no mercado a termo (com liquidação em data futura, geralmente a curto prazo) elevaram as reservas em US$ 1 milhão, em maio. Neste mês, ainda não foi registrada esse tipo de operação.

(Fonte : Monitor Mercantil e Ag. Brasil de Notícias / imagem divulgação)

HOTÉIS TERÃO NOVA CLASSIFICAÇÃO DEFINIDA EM 45 DIAS

O ministro do Turismo, Pedro Novais, disse que em 45 dias os hotéis já terão sua nova classificação definida. Portaria assinada por ele na última terça-feira determina a reclassificação da rede hoteleira do país.
O documento define procedimentos e critérios do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass) e inclui quesitos como medidas para redução de consumo e de coleta seletiva de resíduos. De acordo com Novais, a portaria será encaminhada hoje para publicação no Diário Oficial da União.
Todo o trabalho deve ser conduzido pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Segundo o ministro, a ideia é que os turistas que vierem para a Copa do Mundo, em 2014, e para as Olimpíadas, em 2016, "encontrem nos hotéis do Brasil o mesmo padrão da rede hoteleira de seus países".
Segundo ele, serão disponibilizados R$ 3 bilhões para melhorias na rede hoteleira. Com esse crédito, os estabelecimentos poderão fazer reformas e novas construções, além de adquirir equipamentos mais modernos para otimizar os serviços.
"Queremos que os turistas que vierem ao Brasil nos próximos anos não apenas contem com boa hospedagem, mas saiam daqui também bem informados sobre o nosso povo, a nossa cultura e conheçam as belezas do país", disse durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência.
Segundo o ministro, ainda não há estimativas de quanto o setor de turismo vai faturar a mais durante os jogos. Entretanto, pelas projeções e estudos feitos em relação a outros grandes eventos esportivos, em especial a Copa da África do Sul, calcula-se que 600 mil estrangeiros venham para o Brasil durante a Copa e mais 3 milhões de brasileiros viajem para as cidades-sede dos jogos.
Ainda de acordo com Novais, cerca de 230 mil brasileiros terão acesso aos cursos do programa Bem Receber Copa, promovido pelo Ministério do Turismo para qualificar o setor. Neste ano serão criadas 85 mil vagas para os cursos, em 2012 serão mais 81 mil e em 2013, 64 mil vagas.
No ano passado, o programa Bem Receber Copa ofereceu 75 mil vagas para 63 cursos, nos 12 estados onde vão ocorrer os jogos da Copa do Mundo. O ministro prevê que até 2020 o turismo será a terceira atividade econômica do país na oferta de empregos.

(Fonte : Ag. Brasil de Notícias /imagem divulgação)

VOO DESVIADO DE CONGONHAS NÃO PODERÁ IR PARA CUMBICA

Quando Congonhas fechar, passageiros podem ter que ir para Viracopos (Campinas), Minas ou Rio de Janeiro

Por falta de vagas no pátio para os aviões estacionarem, a Infraero (estatal responsável pelos aeroportos) proibiu o desvio de voos para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, nos horários de maior pico.
A regra está em vigor desde 5 de maio e vai ao menos até 2 de agosto. Após esse período, ela deve ser renovada, segundo a Aeronáutica.
Antes, quando os aeroportos de Congonhas ou de Viracopos, em Campinas, fechavam por razões climáticas, os voos iam para Cumbica.
Agora, os desvios só serão autorizados se estiverem fora do pico, que vai das 7h30 às 11h30 e das 18h30 às 22h30.
Para os passageiros, a mudança significa no mínimo esperas ou atrasos, não raro superiores a três horas.
Foi o que aconteceu na quinta-feira da semana passada, por exemplo, quando oito voos de Congonhas pousaram em Viracopos por conta da falta de visibilidade.
Os voos de Congonhas são enviados preferencialmente para Viracopos, quase três vezes mais distante que Cumbica; um fica a 38 km, o outro, a 101 km do aeroporto.
Só de trânsito, sem contar tempo de desembarque e espera, o trajeto leva em torno de uma hora e meia.
A companhia, nesses casos, é obrigada a providenciar transporte para levar os passageiros até São Paulo.
Os voos podem ir parar também em Confins (MG) ou no Galeão (RJ). Mas, nesses aeroportos, ninguém desembarca; as aeronaves ficam paradas até Congonhas ou Viracopos reabrir. Para o passageiro, mais espera.
Um avião muda a rota quando há problema meteorológico na região do aeroporto para o qual irá.
Em área urbana, Congonhas, por exemplo, fecha não só por falta de visibilidade mas também por chuva forte, desde que um Airbus atravessou a pista ao pousar e explodiu. O acidente, em 2007, matou 199 pessoas.
NÃO HÁ VAGAS

Nos horários em que a Infraero proibiu o desvio para Cumbica, todas as vagas de estacionamento de aviões estão ocupadas.
A prioridade é não atrasar a operação existente. Receber novos voos sobrecarregaria a estrutura já saturada.
O aeroporto, o maior do país, tem 61 posições de pátio. O problema irá se estender ao menos até 2013, quando a Infraero prevê inaugurar mais 42 vagas para aviões.
A Infraero limitou-se a dizer que a norma era "autoexplicativa". Procurada por mais dois dias, a empresa não se pronunciou.

Analista critica falta de vaga em Cumbica

Aumento de voos no terminal foi de 11% de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2010
A decisão da Infraero em proibir o desvio de aeronaves se deve ao esgotamento de Cumbica, que opera acima da capacidade em um momento em que o tráfego aéreo não para de crescer.
O aumento de voos no aeroporto foi de 11% de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2010.
O número de passageiros subiu na mesma proporção; o terminal de passageiros de Cumbica opera 30% acima da capacidade.
"Cada vez mais a deficiência de estrutura prejudica o transporte aéreo", diz Ronaldo Jenkins, diretor do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas). O ideal, ele diz, era que os voos desviassem para Cumbica.
A falta de vagas para aviões estacionarem no pátio é um problema crônico dos aeroportos brasileiros que atravanca o crescimento do setor, diz Elton Fernandes, pesquisador do Núcleo de Estudos em Tecnologia, Gestão e Logística da Coppe, programa de pós-graduação em engenharia da UFRJ.
"Guarulhos, se olhar só a pista, abrigaria muito mais movimentos do que têm hoje. Essa limitação é por falta de pátio", afirma. Ele ressalta que há urgência também na ampliação do terminal de passageiros, integrante do pacote da Copa-2014.
Em Congonhas, por exemplo, as pistas têm capacidade para 48 movimentos por hora. Pátio e terminal de passageiros, no entanto, são insuficientes. O governo limitou o tráfego, por medida de segurança, a 34 operações/hora.
PISTA
No início de agosto, começa a reforma da pista maior de Cumbica.
A pista, com 3.700 metros, será interditada em 30% até dezembro, período em que irá operar com 2.500 m -a outra pista tem 3.000 m e será reformada depois.
A Infraero havia acertado com as companhias aéreas que não reduziria o tráfego no aeroporto durante a obra da pista maior.
Ficou combinado que os aviões de grande porte, como o Boeing-777, usados em viagens intercontinentais, decolariam com menos peso, o que impactaria a carga e o número de passageiros.
Duas simulações de como será a obra estão marcadas para julho.

Empresário fica 3h dentro de aeronave parada no aeroporto
O empresário Edgard Corona, 54, descreve como "quase cárcere privado" o período de três horas em que ficou preso em um avião da TAM que ia de Guarulhos a Recife, ontem.
Segundo a companhia aérea, o voo 3502, com 216 passageiros, teve a decolagem atrasada das 13h15 para as 16h16, e só chegou em Recife às 19h.
A causa, afirma a empresa, foi uma "readequação na malha" e falta de funcionários, provocadas pelos transtornos nos aeroportos após as chuvas de anteontem.
Para quem embarcou, no entanto, foi outra a explicação dada pelos tripulantes do voo 3502 para o confinamento dentro da aeronave.
"O piloto mentiu dizendo que havia um problema na pista e 11 voos na nossa frente. Faltava é tripulação. Havia passageiro nervoso querendo sair e o comandante dizia que não podia abrir a porta", conta Corona, que perdeu uma reunião".
(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)


BC AUMENTA TAXA DE JUROS DE NOVO PARA DETER PREÇOS

Um dia após a queda do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, visto desde o primeiro mandato de Lula como uma espécie de avalista da política econômica do governo, o Banco Central deu continuidade à sua estratégia de combate à inflação. Elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
A decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, após dois dias de reuniões. E ficou exatamente dentro do previsto por analistas de mercado. Com a inflação ainda acima da meta oficial do governo, apesar dos primeiros sinais de desaceleração dos preços, esse foi o quarto aumento seguido da taxa básica de juros (Selic), referência para o custo do dinheiro a empresas e consumidores.
Em comunicado, o BC manteve a avaliação de que o ritmo de desaceleração da economia é incerto. Por isso, o aumento de juros "por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada" para combater a inflação.
Agora, a expectativa é que haja pelo menos mais um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa, na próxima reunião do Copom, em julho.
O aumento dos juros é parte do trabalho iniciado no final de 2010 para esfriar a economia e controlar a inflação.
Desde o ano passado, o governo tenta esfriar a economia.
Em maio, a inflação teve o terceiro mês seguido de queda, mas o valor acumulado em 12 meses (6,55%) está acima do teto da meta oficial do governo, de 4,5% com dois pontos de tolerância.
Na semana passada, foi divulgado o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) do primeiro trimestre, que mostrou desaceleração do consumo. Números do BC e do setor privado confirmam que a economia cresce menos desde abril.
Flávio Serrano, do Banco Espírito Santo Investimento, afirma que apenas na reunião do Copom de agosto haverá dados suficientes para confirmar uma desaceleração mais forte nos preços e na atividade econômica.
Para ele, combustíveis e alimentos devem dar folga ao consumidor, mas ainda haverá pressões dos serviços.
O economista-chefe da consultoria LCA, Bráulio Borges, diz que o BC tem adotado um discurso mais duro desde a última reunião, em abril, quando passou a usar a expressão "suficientemente prolongado" nas notas sobre as altas de juros. Sua leitura é de que o BC fará o possível para controlar a inflação.
(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

CURITIBA : INFRAESTRUTURA DA CIDADE É MUNDIALMENTE FAMOSA

O nome da cidade vem do idioma guarani e quer dizer "grande quantidade de pinheiros; pinheiral". O escritor Millôr Fernandes não perdeu tempo e fez uma piada com o nome, para, em seguida, elogiar a transformação aplicada na infraestrutura da cidade nos anos 1970.
Dessa primeira etapa de urbanização, surgiram as canaletas do expresso -locais nos quais só transitam ônibus e que serviram de modelo para várias cidades. Como São Paulo e seus corredores.
"Curitiba sempre foi e ainda é um modelo nesse sentido", diz Fabio Duarte, diretor de mestrado e doutorado em gestão urbana da PUC-PR. "Com a diferença de que, se em São Paulo há diversas linhas de muitas regiões passando, em Curitiba há no máximo duas - a interligação se faz com os alimentadores, ônibus que cobrem as regiões da cidade", diz ele.
A manutenção dessa infraestrutura, contudo, vem sofrendo críticas de especialistas - e do próprio povo curitibano que usufrui dela.
"Houve abandono. Exemplo disso é o fato de que Curitiba foi a primeira cidade do Brasil a ter uma malha cicloviária com mais de 100 km, e faz dez anos que a Prefeitura não investe nas ciclovias existentes", afirma Duarte.
"Curitiba investe em novas linhas de ônibus, como o recém-inaugurado [no mês de abril] Ligeirão. Porém, as linhas atualmente existentes têm uma manutenção precária", critica o diretor.
Mesmo assim, a urbanização de Curitiba ainda detém importância mundial. "Há uma degradação desse patrimônio, mas ele ainda é uma referência. Quando se compara Curitiba com outras cidades no Brasil, quem dera se ela fosse copiada. As cidades seriam melhores."
A reportagem da Folha procurou, mas não conseguiu localizar um porta-voz da prefeitura para comentar o assunto.

ÔNIBUS TURÍSTICO LEVA VIAJANTES A 25 ATRAÇÕES

Em pequenos grupos, turistas vão se juntando diante de um ponto de ônibus na praça Tiradentes, marco zero da capital -todos curiosos para desvendar as atrações pelas quais o coletivo, cuja passagem custa R$ 25 (com direito a quatro descidas e retornos em 25 pontos), passa.
Vale a pena? "Vale", diz uma turista carioca, que não quis se identificar, à Folha. "O Rio é lindo, tem paisagens deslumbrantes, mas não oferece essa infraestrutura para o turista que Curitiba tem." Mas atenção: leve agasalhos no frio e reserve um tempo mínimo para a duração do trajeto, que é de 2h30.

DIVERSIDADE DE ETNIAS DA EUROPA MARCA O PARANÁ

Frio que quase corta a alma, pinhão, barreado, múltipla colonização europeia: são muitas as características culturais que vêm engatadas à imagem das cidades do Paraná e da capital, Curitiba.
A metrópole paranaense concentra mais de 1,7 milhão de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e ostenta uma fama que chega a causar um certo orgulho ao curitibano mais tradicional: a de que os moradores locais são blasés e frios, tal como o clima da cidade (que, não raro, desce às escalas negativas da medição em graus Celsius).
"A explicação de que o clima é um fator que influencia o humor do curitibano é de um determinismo geográfico muito pueril", aponta a socióloga Simone Meucci, professora da Universidade Federal do Paraná.
"São duas as possibilidades que vejo para isso. A primeira é a composição étnica da cidade, do final do século 19 até a década de 1930, época na qual havia uma tensão muito grande entre povos europeus que vieram para Curitiba, povos que eram algozes em sua história, e que, por isso, não interagiam entre si", declara a socióloga.
De acordo com um levantamento realizado pela Prefeitura de Curitiba no ano passado, "alemães, franceses, suíços, poloneses, italianos, ucranianos, nos centros urbanos ou nos núcleos coloniais, conferiram um novo ritmo de crescimento à cidade e influenciaram de forma marcante os hábitos e costumes locais".
"A outra explicação provém da ideia de uma cultura camponesa de ambiente familiar em detrimento de uma cultura cosmopolita, de que os imigrantes prezavam a família como esteio, sem interagir com os vizinhos", diz.
Mas, embora a fama de "carão" seja muito difundida, as próprias mudanças na sociedade de Curitiba acabaram derrubando essa teoria.
Segundo uma pesquisa conduzida pelo Instituto Ethos, 51% dos habitantes da capital paranaense são provenientes de outras cidades.
"Muitas coisas das quais se fala do curitibano caíram por terra", observa Simone.
"É difícil encontrar um curitibano hoje. A cidade está cada vez mais cosmopolita, com a vida noturna se diversificando.
E isso é um movimento intenso que ocorre desde os anos 1990", completa.
Para ela, a mudança é correlacionada com a economia mais dinâmica e com processos de migração e emigração.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

PORTO DO RIO GERA R$ 3 BI DE ICMS

O subsecretário de Transportes do Rio, Delmo Pinho, é um entusiasta da expansão do Porto do Rio, em suas duas vertentes: a área operacional e o projeto Rio Maravilha, que enfoca a parte habitacional, cultural e turística. Revela que a receita de ICMS gerada pelo porto do Rio subiu de R$ 1,8 bilhão, em 2003, para R$ 3,1 bilhões em 2008. Isso representa mais de um terço da receita com royalties e participação especial do Governo fluminense. Em carga, a meta, até 2015, é a de duplicar as atuais 8 milhões de toneladas operadas. Em contêineres, deseja-se passar dos atuais 700 mil contêineres de 20 pés (TEUs) para 3 milhões por ano.
O porto cedeu 1.450 metros de cais para operação offshore pela Petrobras. Espera-se chegar a 1,2 milhão de passageiros em 2015, com modernização do terminal. Em breve, a profundidade nos terminais de contêineres já estará em 15 metros. E um projeto futuro é elevar a largura do canal de acesso para 240 metros de largura, o que permitirá a movimentação simultânea de dois navios. Haverá expansão dos terminais siderúrgico e de veículos.
Nos acessos terrestres, foi melhorada a parte ferroviária e, por rodovia, foram gastos R$ 24 milhões em avenida alternativa à congestionada Avenida Brasil. Pretende-se criar um Centro de Apoio ao Caminhoneiro, com 40 mil metros quadrados e, antes disso, criar-se um estacionamento provisório, em área de 6 mil metros quadrados.
Ligação do Porto com Linha Vermelha e Ponte Rio-Niterói exigirão R$ 150 milhões, com trecho principal de 1.200 metros e alças para diversos destinos. Em seguirá, virá a Avenida Portuária, projeto de R$ 140 milhões.
Em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) planeja-se a conexão do porto do Rio com o pólo petroquímico (Comperj, em Itaboraí) e ligações nos sentidos São Paulo e Belo Horizonte. Até agora, foram gastos R$ 2,8 bilhões em obras e melhorias, restando R$ 1,9 bilhão. Um outro projeto, com valor unitário de R$ 2 bilhões, envolve a instalação de sofisticado oleoduto subaquático.

LEILÃO PARA REVITALIZAÇÃO DO PORTO DO RIO NÃO TERÁ DISPUTA

O leilão do projeto de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, a ser realizado na próxima segunda, não terá disputa. O único habilitado foi o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, criado pela Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS.
A informação foi divulgada pelo coordenador do leilão, a Oliveira Trust. Com isso, os 6,4 milhões de Cepacs (certificados de potencial adicional construtivo), títulos que autorizam construções acima do gabarito permitido na área, devem ser vendidos por R$ 3,5 bilhões, o valor mínimo.
O vencedor do leilão se compromete ainda a repassar R$ 4,5 bilhões em 15 anos (valor com correção monetária estimada no período) para a prefeitura após a regularização fundiária e venda dos terrenos públicos da área.
Os cerca de R$ 8 bilhões custearão as obras e serviços feitos na área, por meio de PPP (parceria público-privada).
A mais emblemática será a derrubada do elevado da Perimetral, viaduto de 5,5 km de extensão à beira-mar do centro da cidade.
A negociação para a participação da Caixa no leilão durou mais de um ano. O primeiro passo foi a autorização do Conselho Curador do FGTS, em junho, para aplicar recursos em operações urbanas consorciadas, modelo da revitalização do porto do Rio.
O vencedor do leilão receberá lote com os 6,4 milhões de Cepacs emitidos pelo município. Ele será o responsável por negociá-los com o mercado.
(Fonte : Monitor Mercantil e Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

CERCA DE 1,2 MILHÃO DE PROFISSIONAIS ADERE AO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

O programa do Empreendedor Individual, criado em 2009 para estimular a formalização desses profissionais, registrou, até o dia 31 de maio, a adesão de 1,185 mil novos contribuintes para a Previdência Social. A meta do Comitê Gestor do programa é completar, até outubro, 1,5 milhão adesões, de acordo com o secretário executivo do comitê, Silas Santiago. Até o último dia 5, 1.196.998 pessoas haviam formalizado sua atividade.
O empreendedor individual teve reduzida de 11% para 5%, do valor do salário mínimo, a contribuição mensal que recolhe à Previdência Social, a partir de maio, de acordo com medida provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff. Agora, o empreendedor individual paga R$ 27,25 por mês, que poderá chegar a R$ 33,25, se for um prestador de serviços ou trabalhador na área do comércio ou da indústria.
Trabalhadores autônomos como o feirante, o camelô, o borracheiro, o mecânico, o pipoqueiro e a cabeleireira são empreendedores individuais que, ao se formalizarem, recebem a aposentadoria depois de certo tempo de contribuição. De acordo com números do Serviço de Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dez unidades da Federação se destacaram na adesão de novos empreendedores individuais até agora: Distrito Federal, Mato Grosso, Roraima, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Acre, Goiás e Santa Catarina. A área de comércio varejista concentra 32,89% dos empreendedores individuais; seguida pelo setor de alimentação, com 11,69%; serviços em geral, com 10,7%; construção civil, com 7,18%; e serviços técnicos em veículos, com 5,52% de adesões.
De 27 de junho a 2 de julho, o Sebrae vai promover uma campanha de divulgação, com montagem de estandes em todas as capitais, para atrair novos empreendedores ao programa. De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Eduardo Barretto Filho, a expectativa é atrair 40 mil novos empreendedores com a campanha. O secretário executivo do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse que "é preciso manter a assistência continuada a esses trabalhadores, inclusive na oferta do crédito", para que eles se mantenham ativos no seu trabalho e formalizados. No dia 1º de julho, o programa do Empreendedor Individual completa dois anos de existência.

(Fonte : Monitor Mercantil)

INVESTIMENTO DE IMPACTO

Uma nova classe de ativos começa a ganhar corpo no portfólio de empreendedores brasileiros. Batizado de "investimento de impacto", esse nicho alternativo, apesar de incipiente, surgiu no exterior há cerca de uma década com o propósito de injetar recursos em empresas ou projetos inovadores, com alto potencial de crescimento e consequente retorno financeiro, mas, sobretudo, que provoquem impactos claramente positivos em termos sociais e ambientais.
Não se trata de investir em companhias que adotam práticas paralelas para minimizar impactos negativos de seu negócio - um conceito mais ligado à sustentabilidade -, mas em modelos cuja influência positiva no meio esteja no DNA da empresa, explica Paulo Bellotti, sócio da Pragma Patrimônio, responsável por estruturar essa nova prática de investimento na gestora. A iniciativa é uma resposta à demanda dos próprios clientes e deve proporcionar aportes de R$ 100 milhões nos próximos dois a três anos, afirma.
A Pragma, fundada em 1998 por José Guimarães Monforte, é um "multifamily office" conhecido por administrar fortunas e assessorar grupos de empresários conhecidos, como os fundadores da Natura Cosméticos. A nova área, que foi batizada de Nova Economia, será uma ramificação do negócio de gestão de investimentos em participações, nos moldes do "venture capital" (capital de risco).
Um estudo internacional publicado no fim do ano passado pelo J.P. Morgan Global Research em parceria com o The Rockefeller Foundation, intitulado de "Investimentos de impacto, uma classe emergente de ativos", identificou um mercado potencial entre US$ 400 bilhões e US$ 1 trilhão nos próximos dez anos, com oportunidades de ganhos entre US$ 183 bilhões e US$ 667 bilhões. Para os autores da análise, essa nova classe de ativos deve se revelar uma das principais mudanças no setor de fundos nos próximos anos.
A vocação para o investimento de impacto na Pragma não é de agora, conta Bellotti, engenheiro de formação com passagens por empresas como DuPont e Poliolefinas, hoje Braskem, e pelo banco Rabobank. Segundo ele, a gestora já tinha experimentado a ideia com investimentos como o realizado em 2009 na Dobrevê Energia (Desa), dos segmentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e parques de energia eólica. "O investimento na Desa foi o embrião da nova área", diz.
Individualmente, investidores clientes da Pragma também já tinham enveredado pelo mesmo caminho, mas, segundo o executivo, faltava uma estrutura formal. Reunindo todas essas iniciativas, Bellotti estima que foram aplicados cerca de R$ 100 milhões nesse novo tema.
Os investimentos de impacto, segundo ele, devem abranger cinco principais nichos. O primeiro deles explora o conceito da base da pirâmide, ou seja, de investimentos voltados para as classes C e D, nas áreas de educação, habitação, telecomunicações e serviços financeiros, como o microcrédito. Entre as demais áreas de interesse, destacam-se: florestas nativas e plantadas, água e lixo, agricultura sustentável e energia renovável.
"Essa é uma tentativa de construir um capitalismo que leve em consideração os limites da terra e melhorias socioeconômicas." O executivo destaca que, assim como num "venture capital", os investidores se tornam sócios das empresas investidas, permanecendo entre quatro e sete anos no negócio. O retorno esperado é duas a quatro vezes o aplicado.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

COMISSÃO APROVA SISTEMA NACIONAL DE REDUÇÃO DE EMISSÕES DE CARBONO

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 195/11, da deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que institui o sistema nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação, conservação, manejo florestal sustentável, manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal (REDD+).
O relator, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), foi favorável à proposta, com emendas. “O desmatamento e as queimadas respondem por mais de metade do total de emissões brasileiras de gases de efeito estufa, cifra que sobe para cerca de 3/4 quando se considera apenas o gás carbônico”, explicou. Segundo ele, o sistema ajudará a conter a perda das florestas e contribuirá para reduzir o impacto da mudança do clima.
Na prática, o sistema REDD+ vai criar uma espécie de mercado de carbono interno, que pode gerar créditos para a obtenção de financiamentos, ou gerar certificados para serem usados na compensação de emissões de gases de efeito estufa no território nacional ou em outros países.
Além da redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal, a proposta tem como objetivo a conservação da biodiversidade; a manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal; a valoração dos produtos e serviços ambientais relacionados ao carbono florestal; e o reconhecimento e repartição dos benefícios decorrentes da implementação do sistema.

ÁREAS FLORESTAIS

A proposta considera como possíveis beneficiadas pelas políticas, programas e projetos de REDD+, individual ou conjuntamente, áreas florestais em:
- terras indígenas;
- unidades de conservação legalmente instituídas no âmbito dos sistemas nacional, estaduais ou municipais de unidades de conservação;
- áreas legitimamente ocupadas por populações tradicionais, no interior ou fora de unidades de conservação e outras áreas públicas;
- territórios quilombolas;
- assentamentos rurais da reforma agrária;
- propriedades privadas.
- outros imóveis de domínio da União, de estados ou de municípios.

Entre as propriedades privadas, o texto original incluía as áreas de reserva legal, preservação permanente (APPs) e servidão florestal, previstas na Lei 4.771/65, e de servidão ambiental, de que trata a Lei 6.938/981. Porém, emenda do relator estabelece que regulamento irá dispor sobre a inclusão dessas áreas.

INSTRUMENTOS

Outra emenda acrescenta, aos instrumentos previstos para a implementação do sistema REDD +, os planos nacional e estaduais de recursos hídricos; e o zoneamento ecológico-econômico. Outros instrumentos previstos são o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187/09); e os planos nacionais ou por bioma de prevenção e controle do desmatamento e de controle e prevenção de queimadas e incêndios florestais, assim como os planos estaduais e outras políticas e programas desenvolvidos com a mesma finalidade, em âmbito federal, estadual e municipal.

FINANCIAMENTO

O sistema REDD+ poderá ser financiado por fundos nacionais como o de Mudança do Clima; o da Amazônia; o do Meio Ambiente; e de Desenvolvimento Florestal. Os recursos também podem ser provenientes de acordos bilaterais ou multilaterais sobre clima; acordos decorrentes de ajustes, contratos de gestão e convênios celebrados com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual ou municipal; doações; comercialização de créditos de carbono e, ainda, verbas do Orçamento da União ou privadas.

TRAMITAÇÃO

A proposta, de caráter conclusivo, seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias)

EUROPA ESPERA MAIS 25 MIL TURISTAS DA AMÉRICA LATINA

A Comissão Europeia quer movimentar até mais 50 mil turistas por meio de uma nova estratégia para incentivar as viagens de lazer entre a Europa e a América Latina na baixa temporada.
"Por que deixar que os turistas da América Latina prefiram os Estados Unidos e Ásia à Europa se existe uma maior relação cultural e frequentemente familiar conosco?", questionou à Efe.
Por meio desse projeto de colaboração entre as duas margens do Atlântico, Bruxelas projeta que 25 mil latino-americanos viajem à União Europeia de outubro de 2012 a março de 2013, e que outros 25 mil europeus visitem a América Latina, especialmente entre maio e outubro de 2013, indicou a Comissão Europeia em comunicado.
Por enquanto, Espanha, Itália, França e Lituânia; companhias aéreas desses países e associações de operadores de viagens assinaram um memorando de entendimento sobre o assunto.

ENVIADO

O comissário da Indústria e Turismo europeu, Antonio Tajani, partiu na noite desta quarta-feira (8) para a América Latina, onde assinará ao menos 15 acordos com Brasil, Argentina e Chile.
As parcerias serão nos âmbitos de turismo, desenvolvimento das pequenas e médias empresas, matérias-primas e no projeto europeu espacial (Galileu).
Tajani, que vai estender sua visita até 14 de junho, terá encontros durante a estadia com os presidentes do Chile, Sebastián Piñera; da Argentina, Cristina Kirchner, e talvez do Brasil, Dilma Roussef, reunião ainda não confirmada.
A Comissão Europeia assinará individualmente com cada um dos três países latino-americanos acordos na área de turismo.

(Fonte : EFE, em Estrasburgo /França - imagem divulgação)

ANTT VAI ALTERAR EDITAL DO TREM-BALA


A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai alterar o edital do trem-bala para permitir que a empresa que receberá a tecnologia do consórcio vencedor seja escolhida em comum acordo entre o governo e os empresários. "Já está definido. Fizemos uma reunião técnica e faremos essa alteração. O que muda é o fato de a escolha da empresa não mais ser de livre arbítrio do governo", afirmou Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT, em entrevista à Agência Estado. O Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala, vai ligar São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.
Segundo Figueiredo, essa alteração do edital só não foi publicada ainda no Diário Oficial da União porque a ANTT aguarda a análise das mudanças de outros itens, a exemplo a flexibilização do traçado. Em São Paulo, a proposta em análise é a retirada do texto final do edital a citação do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, como o local da estação na capital paulista. A prefeitura defende que seja na Barra Funda, na Zona Oeste, porque tem um projeto de revitalização para o local.
"O edital fixa o Campo de Marte e abrimos a possibilidade de uma segunda estação. Estamos discutindo se vamos deixar em aberto, deixando como livre escolha do empreendedor fazer uma só estação e no lugar mais adequado", explicou. O diretor-geral ponderou que, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab já manifestou o interesse de mudar o local da estação, essa alteração deverá ser acatada.
Essa e outras alterações, como a flexibilização do porcentual de conteúdo nacional no empreendimento, serão tema de uma reunião na ANTT semana que vem, quando serão apresentadas as conclusões do grupo de trabalho responsável por essas questões. O grupo é constituído, entre outros, por representantes do Ministério da Ciência e da Tecnologia e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Depois dessa reunião, as alterações serão publicadas no Diário Oficial.
Figueiredo considera razoável que as mudanças ocorram até 30 dias antes da entrega das propostas, ou seja, 11 de junho. Mas segundo ele, a lei permite que esse tipo de alteração, que não implica mudança no modelo do projeto, possa ser feita até 15 dias antes. A data para a entrega das propostas é dia 11 de julho, e a abertura dos envelopes para a definição do vencedor será em 29 de julho.
O diretor-geral da ANTT já adiantou, porém, que o governo não aceitará nenhuma proposta que altere "o modelo e a economia" do projeto. "Não há argumento, por exemplo, para mudar a tarifa teto", afirmou. Nas últimas semanas, empresas interessadas na licitação começaram a defender que a tarifa teto seja definida no leilão por meio de lances livres. O texto do edital estabelece que o valor máximo que pode ser cobrado para os passageiros da classe econômica é de R$ 0,49 por quilômetro, o que limita o preço da passagem entre Rio e São Paulo, por exemplo, a cerca de R$ 200,00. Ou seja, vencerá o leilão quem oferecer a menor tarifa teto.

(Fonte : Ag. Estado de Notícias)

TAM RECEBE PRÊMIO DE EXCELÊNCIA OPERACIONAL NAS AMÉRICAS


A TAM conquistou o Prêmio de Excelência Operacional nas Américas na categoria “companhia de grande porte”, pelo desempenho que obtém com as aeronaves da família Airbus A320. A cerimônia de premiação foi realizada em Toronto, durante o simpósio bienal que a fabricante tradicionalmente realiza com as empresas que utilizam os modelos A319, A320 e A321 em todo o mundo.
Esta é a quinta vez consecutiva que a companhia é reconhecida pela Airbus. Nas edições de anteriores, a companhia havia sido homenageada pelo histórico de serviços com as mesmas aeronaves, sendo eleita a melhor operadora da Família A320 da América Latina.
- Estamos orgulhosos por esse reconhecimento, que demonstra novamente a competência operacional da Tam. Empenhamos nossos melhores esforços para assegurar a confiabilidade técnica de nossa operação com a Família A320, que reúne alguns dos mais eficientes e seguros jatos comerciais da história da aviação mundial - afirma Ruy Amparo, vice-presidente de Operações e Manutenção.
A escolha dos vencedores pela Airbus é baseada na utilização média e na performance operacional das aeronaves A319, A320 e A321 nos últimos dois anos, levando em consideração as características da malha, da região atendida e da operação de cada companhia aérea. Com isso, a métrica utilizada pela fabricante é capaz de aferir, por exemplo, a qualidade de operações com diferentes graus de intensidade.
A Tam registrou em 2010 cerca de 13 horas de utilização diária dessas aeronaves (com média de 10,4 horas de vôo por dia com cada avião). A companhia, que já acumula mais de 1,8 milhão de vôos com esses modelos, alcançou quase 290 mil vôos em aeronaves da Família A320 no ano passado - uma média de 7,3 por dia com cada avião. No mesmo período, a média mundial da frota foi de 4,4 vôos por dia, com utilização diária em torno de 9,6 horas para cada aeronave (média de 8,3 horas de vôo).
A companhia é o maior cliente da Airbus na América Latina, com 143 modelos da fabricante. Só da Família A320, são 120 unidades, a maior frota da série no Hemisfério Sul.

(Fonte : Monitor Mercantil)

TURISMO DO MÉXICO IRÁ ANUNCIAR NOVAS AÇÕES PARA O MERCADO BRASILEIRO

A ministra de Turismo do México, Gloria Guevara Manzo, estará no Brasil na próxima semana para evento com o trade de turismo de São Paulo. Há dez anos um ministro do Turismo do México não vem ao Brasil para visita oficial. A quebra do jejum deve-se em parte aos ótimos resultados obtidos nos últimos cinco anos com o número de turistas brasileiros. Em 2006, o México recebeu 31.890 viajantes do Brasil, já no ano passado o número foi 268% maior: 117.659.
Em 2010, o Brasil ficou em 9º lugar no ranking mundial de emissores de turistas para o México. Se comparado a 2009 (68.219 viajantes do Brasil), o número cresceu 72,47%. Para este ano o destino espera receber 150 mil brasileiros.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado e queremos incrementar as ações já realizadas para conseguirmos ampliar cada vez mais esses números”, observou a ministra. Devem fazer parte da comitiva da ministra ao Brasil, o diretor geral adjunto do Conselho de Promoção Turística do México (CPTM), Rodolfo López-Negrete, e autoridades das secretarias estaduais de turismo do México.

Investimentos

Para comemorar os resultados e anunciar novas ações para o trade brasileiro, o Turismo do México promoverá um coquetel com agentes, operadores e profissionais do turismo no dia 14, em São Paulo. Na ocasião, será apresentada oficialmente Diana Pomar, nova diretora do CPTM no Brasil, que assumiu o cargo no mês passado.
“Queremos posicionar o México como o destino número um dos brasileiros, incrementando o total de turistas nos principais destinos mexicanos como Cidade do México, Cancún, Riviera Maya e Los Cabos, assim como nas cidades coloniais e outras rotas mexicanas com grande riqueza cultural, artesanal e histórica”, ressaltou Diana.
Atualmente, o México investe cerca de US$ 1 milhão por ano em campanhas de publicidade institucionais, ações cooperadas e eventos de promoção. Segundo Diana, entre as ações já definidas estão o fortalecimento da relação com operadores e agentes; o desenvolvimento de novos produtos dentro da oferta mexicana e a realização de capacitações para agentes de viagem junto com as companhias aéreas que tem o destino em suas rotas. Atualmente, há nove voos semanais diretos entre Brasil e México, além de dezenas de frequencias com conexões.
Os lugares preferidos pelos brasileiros no México são Cancún, Cidade do México, Riviera Maya e Los Cabos. A CPTM quer ampliar o leque de destinos divulgando rotas temáticas, como a cultura do vinho, os Tarahumaras milenários, natureza, história, romantismo, a arte da tequila, história e modernidade, entre outras. São cerca de dez roteiros que abrangem os 32 Estados da República Mexicana.

(Fonte : Brasilturis Jornal)



CACHACEIROS

Degustador ensina que, para ser bom, o destilado brasileiro só precisa ter cheiro de cana

Na ficha de avaliação, opções como "inhaca" e "na falta de tu, vai tu mesmo".
Virando a página, novas opções. De categorias mais ortodoxas como "seca" e "densa" a classificações mais livres: "parece remédio" e "engoli um gato".
A primeira ficha refere-se ao aroma. A segunda, ao sabor. Ali à frente, o professor brada: "A boca do degustador é insubstituível".
Num curso de formação básica de degustador de cachaças, no Rio, o "cachaçólogo" Marcelo Câmara, degustador profissional e consultor de alambiques pelo país, é radical na defesa da bebida.
"Tem muito conhecedor de uísque e de vinho falando de cachaça. Gente que nunca entrou num engenho, que não toma aguardente", diz.
"No restaurante, o maître não sabe indicar uma cachaça. Você pede uma caipirinha e perguntam se é de vodca ou de saquê. São raros os que têm carta de cachaça."
"CACHACIER"

A ideia, então, era fazer dos alunos razoáveis entendedores do assunto.
Na sala, em um hotel de Ipanema, mais cinco candidatos a "cachacier".
Causou estranheza uma recomendação: a de evitar desodorante, para reduzir a interferência no olfato.
Mas, até que a bebericação começasse, muita teoria pela frente. Câmara falou e falou. Em cinco minutos, disse a palavra cachaça 36 vezes.
O curso passa pela história desde o primeiro alambique, em São Vicente (São Paulo), no século 16. Por termos complexos das propriedades químicas. Pelas classificações da cachaça, de nova fresca -recém-saída da destilaria- a reserva especial -quando são curtidas por mais de três anos.
Às 16h06, começou, enfim, a bebedeira. "Cachaça não tem buquê. Cachaça só tem um cheiro. De cana!"
Em pouco mais de uma hora, cinco doses de pinga. Ou "mé". Ou "amorosa". Sinônimos de uma enorme lista distribuída aos alunos.
Não dá para se tornar um especialista. Mas dá para sair entendendo mais do assunto. E para ficar tonto.
Faltou um tira-gosto. Ou "bota-gosto", como o professor pede, com razão, que sejam chamados salaminhos, bolinhos e azeitonas.

A MELHOR AGUARDENTE
Dicas do "cachacier" Marcelo Câmara (ilhaverde.net)

PREÇO
Despreze cachaças em embalagens elaboradas, luxuosas ou caras demais

ALAMBIQUE
Prefira uma cachaça artesanal, de alambique. Não se lê a palavra "artesanal" no rótulo (indicação proibida por lei), mas expressões como "de alambique" ou "fabricada por"
CAIPIRINHA
A verdadeira cachaça é a nova, isto é, "branca", incolor e com teor alcoólico de 38% a 48%. É a única adequada para preparar caipirinha e batidas

ENVELHECIDA
Não compre cachaça com mais de quatro anos de envelhecimento, pois estará demasiadamente amadeirada

ALQUIMIA
Não compre "blends", misturas de diversas cachaças ou cachaças envelhecidas em várias madeiras. Isso é feito por quem não sabe fabricar uma cachaça de excelência

AROMA
Em casa, ao abrir a garrafa, aspire a cachaça ainda no gargalo: ela deverá ter cheiro de cana. Se não tiver cheiro do bagaço, não é cachaça boa

COPINHO AMERICANO
O copo deve ser uma miniatura para que o aroma e o sabor sejam retidos

TIRA-GOSTO
Os melhores acompanhamentos para a cachaça são as carnes e frutos do mar, fritos, assados ou defumados, e frutas ácidas
CACHAÇA PODE DEIXAR DE SER "RUM" NOS EUA

Brasil e EUA negociam uma troca para que a cachaça ganhe espaço lá fora. Se reconhecer o Jack Daniel's como uísque (hoje entra como uísque de milho), os EUA deixam de ver a cachaça como rum, rótulos dos destilados de cana.
(Fonte e imagem : Jornal Folha de S. Paulo)

PINOT NOIR: OS QUE SÃO E OS QUE SÓ SE ACHAM

A moda dos vinhos varietais (em que predomina uma variedade de uva e ela é mencionada no rótulo), mais o processo de globalização em que vivemos, provocou, em especial nos últimos 20 anos, uma forte concentração de tintos com cabernet sauvignon e de brancos com chardonnay. A essas duas castas se juntaram a syrah e a merlot, mais a sauvignon blanc, para formar o chamado grupo das variedades internacionais, que têm, bem ou mal, certa facilidade de se adaptar aos diferentes climas e solos das regiões vinícolas mundo afora.
A escolha de tais uvas não se deu só por sua capacidade de aclimatação, mas pelo fato de estarem associadas a regiões de prestígio - cabernet sauvignon e merlot a Bordeaux; chardonnay à Borgonha; syrah ao Rhône - e ao rápido sucesso dos tintos da Austrália nos anos 90. O mesmo aconteceu com a sauvignon blanc, que tinha boa presença no Vale do Loire e explodiu no mercado com os frutados e sedutores brancos da Nova Zelândia. No fundo, todos queriam fazer "bordeaux", "chablis" e "montrachets". E aproveitar a onda dos australianos e neozelandeses.
Nessa galeria de vinhos de prestígio a serem "pirateados" faltavam os borgonhas tintos. Mas as tentativas de "domar" a caprichosa pinot noir, casta que ali reina soberana, foram em sua quase totalidade mal sucedidas. Qualquer resquício de pudor caiu por terra com os efeitos provocados pelo filme "Sideways", de 2004, que ressaltava as virtudes dos pinots. Num mercado tão influenciável como o dos EUA, tal menção fez com que a busca por pinot noir explodisse - 30% de imediato -, sem produção suficiente para a demanda.
Produtores das mais variadas procedências implantaram às pressas novos vinhedos para não perder o bonde. Seria isso pinot noir? "É inapelável, não existe pinot noir fora da Borgonha", disse certa vez a competente e geniosa Lalou Bize-Leroy, que comanda o celebrado Domaine Leroy. Segundo Christophe Tupinier, que dirige o "Bourgogne Aujourd'hui", publicação referência da região, "se a pinot noir não conseguiu se desenvolver pelo mundo da mesma maneira que outras castas há razões. A primeira delas é sua sensibilidade. É uma variedade delicada cuja essência é produzir vinhos que se caracterizam por uma espécie de equilíbrio entre finesse, densidade, plenitude da fruta, taninos finos e frescor. Com toda a boa vontade do mundo, não se poderá jamais produzir grandes pinots noirs em países de clima quente, muito frio, muito seco ou muito úmido". Longe de seu habitat original, a casta perde as preciosas características que a distinguem de todas as outras variedades.
É até certo ponto frequente associar vinho encorpado com tânico ou potente em boca. No caso, confunde-se estrutura e peso (que bons borgonhas têm) com impacto (que tanino e volume provocam). É significativo notar que os pinots dos EUA obtêm altas pontuações do influente crítico Robert Parker. Isso não se deve à competência dos produtores de lá, que teriam conseguido conciliar as virtudes da Borgonha com a potência e concentração que agradam Parker. Afinal, esses dois atributos descaracterizam a pinot noir.
Regra geral, seja por questões naturais ou para agradar o consumidor americano (as uvas são colhidas mais tarde e procura-se mais extração na vinificação), os "borgonhas" por aí são mais alcoólicos e têm padrão marcado por fruta muito madura, quase adocicado, com grau de acidez insuficiente para equilibrar o conjunto.
Poucas regiões têm mostrado vocação para propor pinots noirs que se aproximem do padrão Borgonha. Em todo caso, bons exemplares vêm da Nova Zelândia, particularmente das zonas de Central Otago e de Martinborough. Da mesma forma, a região vinícola de Ahr, na confluência deste rio com o Reno, na Alemanha. Depois de um início de cultivo da pinot noir um tanto estabanado, o Chile começa a apresentar vinhos com boa tipicidade. Bons rótulos apareceram em Casablanca e Leyda, assim como de áreas mais ao sul do país, como Bio-Bio e de Malleco.
Os suíços se orgulham de seus pinots e estão buscando destaque. Eles levam isso tão a sério que organizam todos os anos o concurso "Mondial du Pinot Noir". Os que degustei na ProWein tinham graduação alcoólica acima de 14% e baixa acidez - eu esperava o contrário. Decepcionaram.
Entre todos os pinots noirs disponíveis no Brasil, vindos de várias partes do mundo, alguns vinhos até podem ser bons, mas parecem merlot, gamay ou qualquer coisa, menos pinot noir.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)