terça-feira, 2 de março de 2010

PIB DAS VIAGENS E TURISMO COM QUEDA DE 5% NO ANO PASSADO

O relatório mundial do World Travel & Tourism Cancel (WTTC) confirmou aquilo que era notório no conhecimento internacional: o PIB do setor das viagens e do turismo registrou queda global de 5% em 2009, com 2% na redução de empregos, aporoximadamente cinco milhões de postos de trabalho a nível mundial.
A expectativa para 2010 é para um ano “razoável ” em termos de crescimento, diz ainda o relatório do WTTC na apresentação que compreende 181 países e que terá dados gerais na ITB Berlim, dia 11 de Março, com análise detalhada das tendências e de uma estimativa geral para os próximos dez anos.

(Fonte : Brasilturis Jornal / 02-03-10)

CNC NO DIA NACIONAL DO TURISMO


A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publica anuncio sobre o Dia Nacional do Turismo (hoje, 02/03) nas mais expressivas mídias do país.
A entidade, tendo como um dos seus objetivos promover o desenvolvimento do turismo, enfatizou com muita propriedade o seu compromisso com o crescimento do setor, afirmando “Quando o Turismo cresce, o Brasil cresce junto”.

PREÇOS DE HOTEL EM 2009 FORAM OS MAIS BARATOS DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

O site Hotel.com, através do índice Hotel Price Index, registrou uma queda média de 14% no preço médio de um quarto de hotel em 2009, se comparado a 2008. Comparado por continente, a América Latina apresentou a maior queda: 21%. Já na Europa, o valor caiu 13%, na Ásia, 16%, e nos Estados Unidos, 14%.
Os preços registrados no ano passado foram também os menores desde 2004, ano em que a pesquisa começou a ser feita. "Nosso último Índice de Preço de Hotel, abrangendo todo o ano de 2009, demonstra que os preços caíram globalmente em 14% em relação às já fracas cifras de 2008, trazendo os preços ao consumidor de volta a níveis nunca vistos desde o início da pesquisa. Apesar de alguns possíveis sinais iniciais de recuperação dos preços de hotel na Europa e EUA no último trimestre de 2009, parece que as promoções e os preços atuais devem continuar por algum tempo ainda. 2010 promete ser outro grande ano para o viajante", explicou David Roche, Presidente do Hotels.com.
O preço médio de um quarto de hotel caiu apenas 7% no quarto trimestre de 2009, comparado aos 16% no primeiro, 17% no segundo e 14% no terceiro trimestres. Na América Latina, entretanto, os preços caíram em 10% no quarto trimestre em relação aos mesmos períodos de 2008, ao passo que na Ásia, as taxas caíram 19% no quarto trimestre em comparação a 17% nos segundo e terceiro trimestres e 15% no primeiro. Na Europa e Estados Unidos, o quarto semestre apresentou quedas de 6% e 7% respectivamente.

(Fonte : Mercado & Eventos / Folha do Turismo / 02-03-10)

INVESTIMENTOS EM HOTÉIS NO RIO COMEÇAM A SAIR DO PAPEL

Projetos para a Copa e as Olimpíadas se dividem entre megaresorts na Barra e a restauração de ícones da cidade, como o hotel Glória de Eike Batista

São Paulo - Da sacada do Hotel Glória, no bairro de mesmo nome no centro da cidade do Rio de Janeiro, já foi possível ver o mar bem de perto. Quando o prédio foi inaugurado, em 1922, muitos hóspedes chegavam de barco para aproveitar o agradável ambiente de um dos símbolos de prosperidade da capital fluminense. Muita coisa mudou desde então. A vista do hotel agora é a do aterro do Flamengo - e a mudança de horizonte vai muito além da paisagem. Fechado para reformas desde outubro de 2008 e agora sob o controle do bilionário Eike Batista, o Glória Palace, como o hotel será chamado após a reinauguração, ambiciona se tornar o hotel mais luxuoso do Brasil.
A reforma do hotel Glória é apenas a ponta do iceberg de uma profunda mudança no mercado hoteleiro carioca. A expectativa do mercado é que cerca de 10.000 quartos sejam construídos na cidade até as Olimpíadas de 2016. A ambição do Glória Palace é não ser apenas mais um desses projetos. "Hoje em dia pouca coisa de qualidade é feita no Rio de Janeiro. O conjunto Marina da Glória, Hotel Glória Palace e o iate Pink Fleet é para trazer qualidade à cidade e matar os paulistas de inveja", diz Eduardo Sardinha, gerente de entretenimento do grupo EBX, holding de Eike Batista que controla esses três locais. Os investimentos fazem jus às intenções do empresário. Ele arrematou o antigo hotel em 2008 por 80 milhões de reais e deve gastar ainda outros 120 milhões nas reformas.
"O hotel Glória quer tirar do Copacabana Palace o posto de hotel mais glamouroso do Rio de Janeiro", diz o diretor da área de hotéis da consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle, Ricardo Mader. Além da restauração da fachada, as obras promoverão a completa remodelação do interior. Nas últimas décadas, à explica que a popularidade do Glória aumentava, várias pequenas reformas eram feitas para atender à demanda por mais quartos. Entretanto, nesse processo, as áreas operacionais, restaurantes, bares e áreas de lazer não acompanharam a lógica do crescimento. O resultado foi um imóvel repleto de anexos em que o hóspede tinha de enfrentar um verdadeiro labirinto se quisesse apenas ir do quarto à piscina.
"Tudo vai ser refeito para que haja um conforto muito superior", garante Sardinha. Por questões de segurança, o número de quartos deve diminuir em 63%. Dos atuais 621 dormitórios, serão mantidos apenas 194 apartamentos e 37 suítes. Um dos destaques será a suíte presidencial, de 188 metros quadrados que podem ser expandidos para mais de 220 metros quadrados. A estimativa é que a diária nessa suíte custe ao hóspede mais de 6.000 reais. Nas demais suítes o preço deve variar entre 800 e 1.200 reais. A área anexa será reformada também e passará a sediar escritórios das empresas do grupo EBX. Segundo Sardinha, o Glória Palace deve abrir suas portas no fim de 2011 e receber hóspedes para o Réveillon.

Longe da praia

Parece óbvio que a equação Rio de Janeiro, hotel de luxo e turistas endinheirados tenha "praia" como única associação possível. O Glória Palace, contudo, não é um hotel "pé na areia". Entre o prédio e o mar há o belo aterro do Flamengo, um lugar que Eduardo Sardinha descreve como "excelente para caminhar". A distância não será um problema para o sucesso do empreendimento, segundo o gerente de entretenimento do grupo de Eike Batista. "Os turistas serão levados até a praia por carrinhos como os de campos de golfe. Além disso, nossa posição geográfica é privilegiada, mesmo longe da praia", diz.
O hotel está em uma área do Rio em que é intenso o turismo de negócios, lembra Ricardo Mader, da Jones Lang LaSalle. Nas proximidades estão locais como o aeroporto Santos Dumont e a avenida Chile, onde estão as sedes de importantes bancos e empresas, como a Petrobas. O problema, para o consultor, é que, apesar da região do hotel fazer parte de um plano de revitalização desenvolvido pela prefeitura do Rio, as áreas no entorno, como a Cinelância e a Lapa, ainda não estão. Até o momento o plano não foi definido, mas por enquanto é esperado que haja melhorias na Marina da Glória e na Baia de Guanabara. Entretanto, é cedo para dizer se isso será suficiente para dar à região o glamour digno de um empreendimento que vai conciliar a vocação de hotel de negócios com um local de atração de turistas.
Independente das obras de revitalização, Sardinha acredita que a própria construção do hotel será incentivo suficiente para a região se transforme. "Se a área do hotel não for contemplada, a obra vai destoar demais do entorno. Já tem uma movimentação acontecendo, como reforma dos prédios mais antigos e dos residenciais, que começam a fazer a manutenção das fachadas. O governo vai ser obrigado a fazer algo". Essa pressão por mudanças que o novo hotel vai exercer nas proximidades faz parte do ambicioso projeto do grupo EBX para devolver à região da Glória o destaque que ela tinha nos anos 1920 e 1930, quando era uma das áreas mais nobres do Rio de Janeiro.

Revitalização de ícones

A reabertura do Glória Palace e os demais investimentos na rede hoteleira carioca são cruciais para a cidade poder abrigar a final da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Entre os grandes grupos que já investem pesado para ampliar a capacidade de acomodação está o Windsor, a maior rede hoteleira do Rio. O espanhol José Oreiro Campos, dono da rede, comprou o prédio de 38 andares que durante três décadas abrigou o tradicional hotel Le Méridien, em Copacabana. Atualmente o imóvel passa por reformas e quando for inaugurado, com o nome de Windsor Atlântica, terá 540 apartamentos - 45 a mais do que o Le Méridien - e duas suítes presidenciais.
Assim como no caso do Glória, o foco será o turismo de negócios, mas é difícil desvincular a localização do hotel do segmento de lazer. "Por estar em Copacabana, este também será um grande componente da ocupação", diz Paulo Marcos, gerente de marketing do grupo Windsor. Ele explica que o Windsor Atlântica não competirá com o segmento de luxo e dificilmente sofrerá com a concorrência do hotel de Eike, a não ser na parte de eventos. O empreendimento do grupo de José Oreiro terá estrutura para eventos de até 1.500 pessoas, enquanto os encontros no Glória Palace poderão receber até 2.000 participantes. A empresa não divulga o quanto investiu na aquisição nem quanto será gasto nas obras. Especialistas estimam que Oreiro tenha desembolsado uma quantia superior a 160 milhões para comprar o imóvel e outros 50 milhões para reformá-lo. O hotel deve ser reaberto ainda este ano, a tempo de receber os turistas para o Réveillon.
Ainda na esteira da revitalização de antigos marcos da hotelaria carioca, outra promessa envolve o hotel Nacional. O prédio na região de São Conrado foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e construído na década de 70. Abandonado há mais de 10 anos, a obra, uma das mais conhecidas do Rio de Janeiro, foi arrematada em dezembro de 2009 pelo empresário Marcelo Gonçalves, ex-sócio do laboratório farmacêutico Neo Química e atual diretor da divisão de medicamentos da Hypermarcas. A aquisição, que levou Gonçalves a desembolsar 85 milhões de reais, era considerada improvável, segundo o consultor Ricardo Mader, da Jones Lang LaSalle. "Todos esperavam que o preço teria que ser novamente reduzido para algum interessado se apresentar", diz.
A reforma e reativação do hotel representariam o importante ganho de 500 quartos para a rede hoteleira do Rio de Janeiro. Entretanto, Mader lembra que o prédio é tombado pelo Conselho Municipal de Proteção Ambiental da Secretaria da Cultura, o que dificulta remodelações e obriga a preservação da fachada. A intenção do comprador ainda é uma incógnita. "O futuro do Nacional era uma dúvida, e continua assim. O esqueleto foi comprado. Não se sabe o que vai ser feito lá dentro, se continuará sendo um hotel", diz Ernesto Marinho, presidente da consultoria especializada em hotéis BSH International.

Barra da Tijuca

Por trás da onda de revitalizações está o problema da falta de espaço para novas construções nos bairros nobres da cidade. "O Rio de Janeiro é um destino problemático [em se tratando de hotéis] porque não tem onde construir. É uma questão sem resposta objetiva", diz. Para o consultor, a Barra da Tijuca é a região mais promissora para aumentar a oferta de leitos desde que alguns terrenos ainda desocupados possam ser utilizados para a construção de hotéis.
"(Na Barra) tem espaço disponível, mas o mercado acaba priorizando outros usos imobiliários mais caros que a hotelaria. Se no Rio de Janeiro pudessem ser construídos apartamentos residenciais em todo lugar, é isso que o mercado faria", afirma.
O grupo Windsor é um dos que devem investir no potencial do bairro mais conhecido da zona oeste. Além do empreendimento que já possui, o Windsor Barra, a rede promete ainda outro grande hotel com o propósito declarado de atrair turistas na época da Copa do Mundo. As obras do Windsor Mar da Barra, como o hotel será chamado, devem começar em 2011, e a previsão é que seus 500 quartos estejam prontos em 2014. "Será um hotel cinco estrelas com um aspecto de resort, com espaços amplos, modernos, mais voltados ao lazer do que aos eventos", afirma Paulo Marcos.
Quase no limite da Barra da Tijuca, próximo do Recreio dos Bandeirantes, uma outra área está na mira dos investidores do setor hoteleiro. A reserva de Marapendi, uma área de proteção ambiental com quase 10.000 quilômetros quadrados de extensão, tem espaços onde a exploração destinada ao setor imobiliário é permitida por lei. Entretanto, a obtenção de licença ambiental ainda é um grande obstáculo aos potenciais candidatos a levantar um hotel na região. Segundo Henrique Navarro, do grupo português Espírito Santo, ainda não há projetos concretos para esta área, justamente por causa das dificuldades com o licenciamento. Navarro diz que pelo menos quatro grupos "fortes e com grande capacidade de investimento", planejam empreendimentos no local. O mercado especula que o próprio Espírito Santo é dono de um dos terrenos na região da reserva e estaria envolvido nos estudos de projetos de hotéis no local.
Outro terreno onde pode ser erguido um hotel pertence à JPL Comercial e Agrícola, do empresário José Portinari Leão. Segundo ele, à exceção de seu terreno, que está próximo da área urbana, os demais demandariam hotéis horizontais, como grandes resorts. Isso porque o custo desses empreendimentos seria elevado demais para um grupo menor, tendo em vista os custos com a recuperação das áreas de restinga e a preservação ambiental posterior. "Nosso terreno é um dos primeiros, próximo da parte urbana, o que nos limita a construções verticais. Pretendemos fazer um hotel cinco estrelas, com cerca de 300 quartos, e características de resort". Leão promete o hotel para 2013, e, portanto, planeja posicioná-lo como um dos destaques para atrair turistas na época da Copa do Mundo. "Já acertamos com uma grande cadeia internacional, e as obras devem começar logo que conseguirmos a licença de obras". De acordo com o empresário, a licença ambiental prévia já foi obtida e a outra deve ser emitida pela prefeitura nos próximos 60 dias.
Embora o Rio de Janeiro necessite desesperadamente de novos hotéis para a Copa e as Olimpíadas, os próprios empresários admitem que deve haver limites para a sanha capitalista. "Isso deve ser feito com cuidado, atendendo aos interesses do Rio. No passado, todas as tentativas foram muito mal conduzidas. Hoje, os proprietários querem fazer o caminho certo: laborar os projetos e apresentá-los primeiro à cidade. Depois abrimos o debate para os investidores interessados", diz Henrique Navarro, do Espírito Santo, grupo que tem um terreno na Barra. Que assim seja.

(Fonte : Portal Exame / Ed. Negócios / 02-03-10)

O FUTURO DA SEGURANÇA AÉREA: CHECK-IN MAIS DEMORADO QUE O PRÓPRIO VÔO

Os viajantes canadenses que viajam de Toronto para os EUA estão se deparando com procedimentos de segurança que podem demorar mais que seus próprios voos. Será essa uma tendência que será generalizada no mercado doméstico norte-americano? Não descarte essa possibilidade, dizem experts em companhias aéreas. Os procedimentos de segurança em Toronto para voos aos EUA exigem que o passageiro passe por oito diferentes postos de fiscalização - scanners ou conferências de identidade -, disse matéria publicada no The Wall Street Journal.
As buscas dos agentes do TSA - Transportation Security Administration (agentes norte-americanos que trabalham em Toronto) incluem tatear os passageiros, esvaziar seus carrinhos de mão e até folhear papéis pessoais nas pastas de mão. Desde a tentativa de atentado em 25 de dezembro, os viajantes que se destinam aos EUA estão enfrentando uma segurança muito mais rigorosa e as normas baixadas pelo governo federal norte-americano obrigam a maioria desses passageiros a buscas individuais, antes raras para os passageiros. E segundo agentes do TSA, esses procedimentos deverão ser aplicados ainda por muito tempo - meses ou anos -, antes que dispositivos high-tech, como scanners de corpo inteiro substituam as atuais revistas, por exemplo.
Por enquanto, os atrasos de três horas ou mais que se tornaram habituais nos aeroportos internacionais nas semanas seguintes à tentativa de atentado diminuíram. Mas os passageiros que se destinam aos EUA ainda são requisitados a comparecer no aeroporto, para os procedimentos de check-in, com uma antecedência mínima de três horas, mesmo para voos com duração de menos de 90 minutos com origem no Canadá ou no México - o que não deixa de ser profundamente irritante e desconfortável. O TSA disse que nos aeroportos norte-americanos está aumentando o uso de detectores de traços de explosivos e que, brevemente, os agentes vão começar a esfregar as mãos dos passageiros buscando evidências de explosivos. Novos procedimentos que deverão provocar mais demoras e aumentar o número de voos cuja duração será inferior ao de seus processos de embarque.

(Fonte : Business Travel Magaz. / HotNews / 02-03-10)

EMPRESAS AÉREAS IGNORAM NORMA DE ACESSIBILIDADE

A tensão de uma viagem aérea para pessoas com deficiência física no Brasil, muitas vezes, pode atingir o seu pico antes mesmo da entrada no avião.
Ao contrário do que exige uma norma editada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) há três anos, 57 aeroportos administrados pela Infraero, de um total de 67, não têm plataformas elevatórias.
O equipamento é considerado o mais seguro para colocar as pessoas que usam cadeira de rodas ou estão em uma maca dentro de um avião. Eles são fundamentais quando a subida na aeronave precisa ser feita a partir do próprio pátio.
Vários aeroportos não têm pontes de embarque. Mesmo naqueles que possuem essas estruturas, os aviões podem parar na "posição remota" -longe do edifício de embarque.
Apenas dez aeroportos têm o chamado "ambulift", nome mais usado para o elevador. Os equipamentos estão em Brasília, Fortaleza, Goiânia, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Grande São Paulo (Congonhas e Guarulhos) e Uberlândia.
A norma, que passou a valer em 2008, diz que toda companhia aérea deve oferecer "veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados" quando o avião não estiver acoplado ao prédio do próprio aeroporto.
Nos pátios aeroportuários nacionais, entretanto, cenas que refletem a improvisação costumam ocorrer, indicando que não existe nem ambulift nem uma alternativa segura.
"Aqui em João Pessoa, para embarcar ou desembarcar, são necessários dois funcionários da companhia para levantar a cadeira [de rodas] e subir aquelas escadas. É muito desagradável", afirma Franswillame Oliveira da Silva, que há dois anos sofreu um acidente de moto e ficou paraplégico. Na capital da Paraíba, não existem pontes de embarque. Os aviões estacionam no próprio pátio.
A TAM diz que a quantidade de ambulifts é suficiente para atender à demanda.
A empresa tem cinco aparelhos próprios. Nos demais casos, ela usa os da Infraero, que cobra, em média, R$ 100 por uso, diz a TAM.
A Gol, que não tem ambulift próprio, disse que tem pessoal treinado para superar qualquer tipo de obstáculo que possa existir no embarque ou no desembarque dos passageiros com necessidades especiais.
A norma da Anac também lista exigências para o passageiro. O consumidor especial, para ter um atendimento digno, precisa informar suas necessidades com 72 horas de antecedência ao embarque.
A agência reguladora registrou só 221 reclamações em 2009 relacionadas à acessibilidade em aeroportos. Menos de 1% do total. Por isso, a Anac recomenda que, após qualquer problema, os usuários devem formalizar suas reclamações nos balcões do órgão.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / Ed. Cotidiano / 02-03-10)

SEMINÁRIOS DA NOVA CLASSIFICAÇÃO HOTELEIRA TÊM DATAS DEFINIDAS

Após a primeira reunião sobre a nova classificação hoteleira, realizada entre os dias 24 e 26 de fevereiro, o MTur definiu as datas para os próximos seminários. Os eventos acontecem até o mês de maio em diferentes cidades de todo o Brasil.
Com o objetivo de estabelecer as matrizes dos oito tipos de empreendimento, os encontros debaterão cada um deles separadamente.
As datas e temas são as seguintes:

11 a 13 de março - Resorts - Costa do Sauípe (BA)
18 a 20 de março - Cama & Café - Rio de Janeiro (RJ)
25 a 27 de março - Hotel Fazenda - Cuiabá (MT)
8 a 10 de abril - Flat - Vitória (ES)
15 a 17 de abril - Hotel Histórico - Ouro Preto (MG)
26 a 28 de abril - Pousada - Tibau do Sul (RN)
6 a 8 de maio - Hotel de Selva - Manaus (AM)

O projeto para a matriz Hotel Urbano foi apresentada em Porto Alegre e deve estar disponível no site do MTur nos próximos dias. O documento completo com todas as conclusões do encontro também estará disponível em breve no site. Sugestões e comentários podem ser enviados ao e-mail classificacao@turismo.gov.br

(Fonte : Hôtelier News / 02-03-10)

BHG, DA GP, PLANEJA SER A BR MALLS DA HOTELARIA

Empresa resultante da fusão entre a LA Hotels e a Invest Tur quer seguir a estratégia de aquisições comum a companhias controladas pela GP Investimentos

A indústria hoteleira brasileira é muito fragmentada. Segundo estudo da consultoria Jones Lang LaSalle, cerca de 60% dos 7.000 hotéis e pousadas espalhadas pelo país não estão nas mãos de grandes redes. Esse cenário cria oportunidades para uma rápida consolidação no setor, segundo Peter Vader, presidente da Brazil Hospitality Group, a terceira maior rede de hotéis do país. A empresa, controlada pelo fundo de private equity GP Investimentos, possui cerca de 5.000 quartos - a maioria leva a bandeira Tulip. Os planos de crescimento incluem uma estratégia agressiva de aquisições e a conquista de contratos para a administração de hotéis de terceiros. "A estratégia é parecida com a da BR Malls no setor de shoppings", diz ele em entrevista à gestora de recursos Rio Bravo, que não investe nas ações da BHG.
A rede nasceu da fusão de outras duas empresas do setor de turismo: a Latin America Hotels, que já era da GP, e a Invest Tur, que fez uma oferta de ações em 2007 com o objetivo de se tornar uma das líderes em resorts no Brasil. Com a fusão, boa parte dos planos da Invest Tur foram deixados de lado. Agora a estratégia da empresa é comprar hotéis em cidades fortes em negócios - se antecipando ao provável crescimento do setor até a Copa de 2014. De preferência, hotéis de três, quatro ou cinco estrelas com flexibilidade para mudar de categoria de acordo com o momento da economia.
Veja os principais trechos da entrevista:

Pergunta - A BHG planeja consolidar a indústria hoteleira assim como a BR Malls fez no setor de shoppings? Essa é uma boa comparação?

Peter Vader - A estratégia é parecida. Obviamente que a área de shoppings é menos fragmentada do que a hoteleira porque há vários grupos com investimentos em vários shoppings. Na indústria hoteleira, temos boas oportunidades de consolidação. Achamos que muitos hotéis familiares têm problemas. O fundador consegue viver bem do hotel, mas depois vêm os netos e são 10 pessoas que precisam viver bem com a renda dos hotéis. Isso vai tirar o caixa do hotel, vai se traduzir em manutenção um pouco mais fraca ou uma modernização mais tardia. Então esta oportunidade vai se apresentar para nós.

Pergunta - A maioria dos hotéis da BHG está em São Paulo e no Rio. Vocês acabaram de anunciar aquisições em Porto Alegre, Salvador e Recife. Como é que a BHG planeja essas aquisições? A ideia é ser uma empresa com escopo nacional ou ter o maior número de hotéis em algumas poucas capitais?

Vader - Nosso foco principal é o turismo de negócios. Procuramos nos colocar nos lugares onde há negócios. Compramos um hotel em Angra dos Reis que não é um resort, mas trabalha principalmente com clientes corporativos que atuam no setor de petróleo e energia nuclear. Como São Paulo é a capital dos negócios do Brasil, obviamente haverá mais hotéis em São Paulo do que em outras cidades que têm menos negócios.

Pergunta
- Outras empresas do setor vivem dizendo que faltam hotéis no Brasil. No entanto, a BHG não pretende investir na construção de novos hotéis, preferindo comprar hotéis prontos, reformá-los e reposicioná-los. A margem neste negócio é melhor?

Vader - Primeiro é difícil dizer se falta hotel no Brasil ou se falta hotel modernizado. Há muitos hotéis que, se forem reformados, serão de boa qualidade. Há uma ditado que diz que o primeiro dono de um hotel não é feliz, mas o segundo é. Achamos que tem um bom campo para crescer em aquisições e administração de hotéis de terceiros.

Pergunta - Entre os hotéis de 3, 4 e 5 estrelas, quais são mais interessantes em termos de risco e retorno?

Vader - Buscamos hotéis que tenham um pouco de flexibilidade. Se você tem um bom hotel 4 estrelas, é possível agregar serviços para transformá-lo em um 5 estrelas. Se a economia está aquecida, essa estratégia faz sentido como forma de aumentar a diária média. Se a economia está ruim, podemos fazer o contrário. O que eu acho que aconteceu no Brasil é que há muitos hotéis de 4 e 5 estrelas que não oferecem serviços suficientes para receberem essas classificações. O que não queremos, em hipótese alguma, é dar uma categoria a um hotel que não merece.

Pergunta - Quando houve a fusão da LA Hotels com a Invest Tur, vocês juntaram o caixa da Invest Tur com a estratégia da LA Hotels, que era mais viável porque a perspectiva de construir mega resorts no Brasil havia diminuído. Agora que a economia mundial vem se recuperando e a BHG tem vários terrenos em áreas turísticas, principalmente no Nordeste, vocês pretendem vender estes terrenos para investir na compra de hotéis ou realmente fazer novos lançamentos?

Vader - Temos um banco de terrenos e queremos aproveitá-lo da melhor forma possível. Se o nosso estudo de viabilidade mostrar que o melhor é fazer resorts Txai, que é a nossa marca, vamos fazer. Agora se temos um terreno e não vemos possibilidade de alguém comprá-lo nesta situação econômica, temos duas opções: ficar com o terreno até que a economia fique mais aquecida ou ver alternativas com parceiros. Só em última instância vamos vendê-los. Estamos estudando o mercado, continuamos com o processo de licenciamento ambiental de todos os terrenos. Vamos continuar a trabalhar com eles.

Pergunta - A empresa antecessora da BHG, a Invest Tur, tinha feito algumas compras com os recursos da oferta inicial de ações. Na fusão com a LA Hotels, esses terrenos foram contabilizados por um valor bem inferior ao pago na aquisição. O que aconteceu? Houve um excesso de otimismo no passado?

Vader - O que a Invest Tur fez antes de entrarmos foi a avaliação patrimonial como tem que ser feito. Naquele momento antes da fusão, o avaliador independente contratado chegou à conclusão de que o valor do terreno não era aquele que tinha sido pago. Alguns ficaram no valor que tinha sido pago e outros não. Obviamente foi um momento da economia. A fusão conosco foi feita num momento de maior pessimismo do mercado. Se daqui a 10 anos fizermos uma avaliação, pode ser que esse valor triplique.

Pergunta - Se vocês forem bem sucedidos em ganhar dinheiro com hotéis, outros investidores vão começar a prestar atenção no setor. Você acha que a gente vai ver mais IPOs neste setor num futuro próximo? Você já vê outros fundos de private equity estudando o setor?

Vader - Outros fundos eu não tenho visto neste setor. Tenho visto iniciativas isoladas de investimentos, mas não conheço a estratégia em profundidade. A nossa estratégia hoje é acoplar a gestão dos hotéis e o investimento. Há pessoas que investem e outras que gerenciam. Somos os únicos que fazemos as duas coisas. A gente entende isso como uma vantagem competitiva.

Pergunta - Vocês dão tanta atenção ao negócio de comprar hotéis quanto ao de administrar hotéis de terceiros?

Vader - Sim. Queremos administrar hotéis de terceiros. Achamos que temos sucesso nisso. E conquistamos alguns contratos importantes, como o do Hotel Alvorada em Brasília. Conseguimos ganhar a concorrência contra quase todos os players importantes do mercado, inclusive internacionais, que ainda não estão aqui. Acho que a grande diferença é que administramos com olho de dono. Eu não posso falar para o nosso diretor operacional: "Esse hotel é próprio, vamos administrar assim, este é terceirizado, vamos administrar assim". Olhamos para todos os hotéis da mesma forma.

Pergunta - O Carlyle, um dos maiores fundos de private equity americano, anunciou neste mês a compra da CVC, a maior operadora de turismo do Brasil. Isso deixa claro que o turismo brasileiro está entrando no radar do mundo todo. Por que um grande investidor como vocês ou o Carlyle não apostou nesse setor há quatro ou cinco anos?

Vader - Eu não respondo por eles. Eu posso imaginar que o custo de dinheiro possa ser uma coisa importante. Nosso setor não deixa de ser um setor cíclico. Posso dizer que no ano passado tivemos cidades em que o prefeito decretou que não poderia haver mais eventos por conta da gripe suína. Se uma empresa tem 10 hotéis em uma cidade - que não é o nosso caso - está liquidada. O evento das Torres Gêmeas, em Nova York, provocou um declínio do turismo mundial de grande escala. Pense nos belíssimos resorts na Tailândia que foram destruídos pelo tsunami. Quantos turistas ainda vão lá? Gradativamente vão voltar, mas isso leva dois ou três anos. A própria Angra dos Reis deve estar sofrendo [por causa dos deslizamentos da virada do ano], principalmente as pousadas menores. Há pousadas que não estão em áreas de risco, mas devem estar sofrendo.

(Fonte : Portal Exame / janeiro 2010)

COMITÊ ADIA PRAZO ESTOURADO POR SEDES DA COPA

O primeiro dia de obras no Maracanã para a Copa-2014 durou uma hora e meia sob a atenção de fotógrafos e equipes de televisão. Quando as câmeras foram desligadas e deixaram o local, o trabalho parou.
Essa foi a cena ontem no provável palco da final do Mundial na data-limite do COL (Comitê Organizador Local) e da Fifa para o início das reformas e construções dos estádios.
Nem essa obra feita para a televisão foi vista na maioria das sedes do Mundial. Dos 12 estádios da Copa, sete não começaram nada das construções e reformas para o evento.
Outras duas arenas, Morumbi e Mineirão, fizeram apenas melhorias em sua infraestrutura até agora. O Beira-Rio instalou só estacas. E a Arena da Baixada já começou a mexer em suas arquibancadas.
Resultado: o COL decidiu postergar novamente o prazo para o início das obras. Foi o que explicou o presidente do organismo, Ricardo Teixeira, em e-mail às cidades-sedes."De toda maneira, nenhuma das cidades-sedes poderá protelar o efetivo início das obras de construção ou modernização de estádios após o dia 3 de maio de 2010", afirmou o cartola no documento, obtido pela Folha. Em seguida, ele disse que isso não representa um adiamento porque a Fifa e o COL "estão observado quem as começou [obras] no prazo requerido e quem não o fez".
O prazo inicial era fevereiro, remarcado para março pelo COL. O organismo também cancelou outras das datas previstas no seu planejamento, como limite para lançar licitação e para contratar as empreiteiras das obras, todas ignoradas pelas cidades-sedes.
No mesmo e-mail, ontem, Teixeira cobrou uma explicação em cinco dias às arenas do Mundial por atrasos.
Salvador, Pernambuco, Natal, Brasília, Fortaleza, Manaus e Cuiabá estão na lista, pelo levantamento da reportagem.
A maioria delas não tem obras contratadas, nem licitações concluídas para começar a mexer em seus estádios. Suas previsões para colocar a mão na massa variam entre o final deste mês e junho. De concreto ontem, só uma vistoria de técnicos na Fonte Nova.
Em São Paulo, o Morumbi não teve obras ontem porque está sendo preparado para o show do Coldplay. Por enquanto, reformou esgotos e fez saneamento básico. "Até quinta está parado", contou Adalberto Baptista, do São Paulo. Por isso, não foi possível fazer fotos.
Ao contrário do Maracanã, no Rio, onde jornalistas foram ver sete operários trabalhando a partir das 14h20. Eles fizeram sondagem de parte do solo, que receberá uma das novas rampas de acesso ao estádio.
Essa obra custa R$ 100 mil e representa 0,2% do total de R$ 600 milhões.
"Com esse trabalho, mostramos que estamos cumprindo o cronograma", disse a secretária estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins.Às 16h10, quando a secretária já tinha saído, a reportagem voltou ao local. Não havia mais nenhum operário trabalhando.

OS ESTÁDIOS

VIVALDÃO (AM)
obras não começaram previsão: final de março
FONTE NOVA (BA)
obras não começaram previsão: junho
CASTELÃO (CE)
obras não começaram previsão: 5 de abril
MANÉ GARRINCHA (DF)
obras não começaram construtora será definida
VERDÃO (MT)
obras não começaram licitação em andamento
MINEIRÃO (MG)
reforça estrutura externa sem licitação para 2ª etapa
ARENA DA BAIXADA (PR)
início de obras há 4 meses já reforma arquibancada
ARENA RECIFE (PE)
obras não começaram previsão: maio
MARACANÃ (RJ)
início de pequena reforma sem licitação da maior
BEIRA-RIO (RS)
foram postas estacas sem previsão de início
ARENA DAS DUNAS (RN)
obras não começaram previsão: final de abril
MORUMBI (SP)
faz obras nas tubulações sem financiamento do resto

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / Ed. Esportes / 02-03-10)