sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CENÁRIO NEGATIVO PREJUDICA O TURISMO


As belezas naturais e a personalidade alegre e hospitaleira dos brasileiros são os fatores que mais atraem turistas estrangeiros. Por outro lado, aspectos negativos, entre eles infraestrutura inadequada, anulam essa percepção para muitos viajantes que desembarcam no país. É o que se depreende de levantamento feito pela FSB Pesquisa durante a Rio+20. A empresa ouviu 230 estrangeiros, entre jornalistas e membros de delegações de governos que desembarcaram nos aeroportos do Galeão, Guarulhos, Confins e Manaus, pouco mais da metade em sua primeira viagem ao país.
Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), a pesquisa aponta que 36% dessa amostra de formadores de opinião mostraram-se plenamente satisfeitos com a viagem ao país. Por outro lado, 23% admitiram que suas expectativas foram apenas razoavelmente atendidas. Outros 4% afirmam que o que encontraram aqui não correspondeu, absolutamente, às suas expectativas. Entre os vilões mencionados, destacam-se as dificuldades relacionadas com trânsito ("ruim" ou "péssimo" para 81% dos entrevistados) e infraestrutura de turismo, incluindo hotéis e aeroportos.
A pesquisa, embora restrita, confirma o senso comum e análises de especialistas sobre os gargalos que desaceleram o desenvolvimento do turismo brasileiro. Phillippe Vuaillat, diretor delegado da francesa Egis, especializada em infraestrutura com ênfase no setor de transportes, destaca a ausência de conexão entre aeroportos, portos, sistema ferroviário ou metrô como um dos fatos mais difíceis de um visitante compreender, quando desembarca pela primeira vez no Brasil. "É o primeiro grande impacto de quem chega para turismo de lazer ou negócios, não encontrar um sistema de transporte integrado que o leve rapidamente ao centro ou a regiões mais distantes", diz o executivo.
O diretor não tem dúvidas de que esse tipo de gargalo, entre outros, resulta em perdas do turismo brasileiro para outros destinos no mundo. Com base em sua experiência no desenvolvimento e implementação de grandes projetos de transportes e mobilidade urbana, o especialista observa que a maioria dos países que se assemelham ao Brasil por, ao mesmo tempo, atraírem e exportarem turistas, avançaram muito nas últimas duas décadas na construção de sistemas sofisticados que recebem o passageiro no aeroporto, por exemplo, e o leva a qualquer lugar. "São sistemas modernos e integrados que não envolvem apenas ônibus ou taxis", diz Vuaillat.
Luiz Cláudio Campos, sócio de transações da Ernst & Young Terco, destaca que o risco de perda de turistas para outros destinos cresce no mundo globalizado, em que viajantes têm mais acesso a informações que possibilitam comparações. "Investir apenas em aeroportos não é suficiente para que o viajante que se depara com outras dificuldades tenha predisposição de voltar, e isso vale para turismo doméstico e internacional", diz.
A Ernest & Young Terco, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), elaborou estudo sobre os impactos socioeconômicos da Copa de 2014. Os analistas apontam que o evento esportivo pode ser a grande oportunidade para o turismo finalmente se beneficiar da crescente visibilidade que o país já experimenta no cenário internacional - e que deverá aumentar em 2014, com a previsão de R$ 6,5 bilhões em investimentos com publicidade e informação associada à Copa do Mundo, segundo a consultoria.
Os analistas lembram que há cinco anos o número de turistas estrangeiros que vêm ao Brasil se mantém praticamente inalterado, em torno de 5 milhões. Para efeito de comparação, eles mencionam que, em 2009, o México recebeu quatro vezes mais, em torno de 21,5 milhões de turistas, segundo dados do Ministério de Turismo mexicano.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

BRASIL AVANÇA, MAS FALTA MUITO


O crescimento dos investimentos públicos e privados em infraestrutura nos últimos cinco anos fez o Brasil avançar cinco postos em 2012, pelo segundo ano consecutivo, no ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O país chegou ao 48º lugar em uma lista de 144 nações que representam 98% da economia mundial. De quebra, foi também a única nação dos Brics a avançar no ranking deste ano, liderado por Suíça, Cingapura e Finlândia, mas ainda continua atrás de nações latino-americanas como o Chile (33º) e o Panamá (40º).
O relatório, elaborado com base em uma pesquisa com 15 mil executivos globais, considera itens como infraestrutura, tecnologia, saúde, educação e ambiente macroeconômico para determinar o nível de competitividade de um país. Entre os Brics, o Brasil aparece em segundo, à frente de África do Sul (52ª), Índia (59ª) e Rússia (67ª). A China lidera o grupo (29º lugar).
Com base na pesquisa, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) avaliou a evolução na percepção dos respondentes em relação à infraestrutura brasileira e sua comparação com outros países. O Brasil melhorou 13,3% nos últimos sete anos, com avanço nos quesitos estradas, geração e transmissão de energia e telefonia móvel, e piora na avaliação da qualidade dos portos e aeroportos.
"O problema atual são as dificuldades no planejamento e na gestão. Nos últimos anos, conseguimos dar mais objetividade a alguns parâmetros de processo de licenciamento ambiental e criamos condições para atrair o financiamento privado de longo prazo. Mas temos que insistir em tornar as regras e o ambiente de negócios na infraestrutura amigáveis ao investidor", diz o presidente da entidade, Paulo Godoy.
Consolidando todos os itens, a infraestrutura brasileira ocupa a 70ª posição entre 144 países em 2012. Na prática, o Brasil não tem nenhum serviço de infraestrutura posicionado entre os 50 melhores do mundo. Essa defasagem tem impacto direto na competitividade do Brasil. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre o produtor e o comprador final, uma tonelada de soja dos EUA para a China custa US$ 557,84. No Brasil, fica em US$ 596. O desembaraço de mercadorias nos portos é outro fator que reduz a competitividade. No Brasil, a média é de 5,5 dias quando a média mundial é de 2,9 dias, segundo o Banco Mundial.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

NOVAS DIREÇÕES


Até setembro de 2013, a expectativa é de que o Brasil se transforme em um canteiro de obras, com o início da construção de grande parte das obras de infraestrutura logística anunciadas em agosto para rodovias e ferrovias, pelo governo federal, e que agora devem começar a ser licitadas. O orçamento do pacote para os dois modais de transporte, que embala 22 projetos, soma R$ 133 bilhões, inclui 7,5 mil quilômetros de melhorias e construção de rodovias e mais 10 mil quilômetros de novas ferrovias. Está prevista, também, a construção do trem de alta velocidade (TAV), ao custo de mais R$ 33 bilhões, cujo edital deve ser lançado nos próximos dias. A eles soma-se também o conjunto de obras para modernização e ampliação da capacidade dos portos, anunciado ontem, de mais de R$ 54 bilhões. Em breve deve ser divulgado também um pacote para investimentos em aeroportos.
De acordo com o cronograma oficial, obras prioritárias em rodovias e ferrovias, orçadas em cerca de R$ 80 bilhões, deverão ser construídas em prazo de cinco anos. O restante, ou R$ 53 bilhões, tem prazo máximo de mais 15 anos para ser finalizado.
A novidade das iniciativas já anunciadas, dizem especialistas, são as alterações na modelagem de regulação das parcerias entre o próprio poder público federal e a iniciativa privada. Essas alterações marcariam uma mudança de rumo no equacionamento do setor de infraestrutura logística: a ampliação da participação das empresas privadas, via incentivo de investimentos, garantia de demanda, no caso das ferrovias, e atendimento a outras solicitações privadas específicas, para o setor aeroportuário.
"Sob o ponto de vista da regulação de base, não há coisa nova, à exceção do modal ferroviário", diz Alexandre Ditzel Faraco, sócio de Levy & Salomão Advogados e especialista em infraestrutura e regulação. As concessões rodoviárias continuarão tendo como amparo legal a Lei Geral de Concessões 8.987, de 1995, a mesma que deu respaldo para as concessões dos três aeroportos para a operação privada - Cumbica (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), e que deve permanecer como base legal para os próximos editais desse modal. Da mesma forma, a Lei Geral dos Portos 8.630, de 1993, é a base para a operação e expansão do setor portuário.
"Para portos e aeroportos são esperadas modificações que devem aperfeiçoar os parâmetros regulatórios a fim de contemplar as necessidades de atração de investimentos", avalia Faraco. Ao mesmo tempo, diz, elas podem completar a regulação da operação logística para atender às necessidades dos usuários.
Não houve, explica Faraco, uma opção por privatização em substituição às concessões. Os modelos regulatórios seguem com os ativos nas mãos do poder público e a operação nas mãos de particulares. Até mesmo para o modal ferroviário, para o qual a regulação será bastante alterada em relação ao modelo das atuais 12 concessionárias, a previsão é de que o ativo ferroviário volte a ser do poder público. "Tudo indica que o modelo ferroviário para as novas construções seja inovador", afirma Faraco.
Para isso, já está definido o incentivo de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a exemplo do que acontecerá nas rodovias, na proporção de até 80% do valor da obra, juro de 1%, carência de cinco anos, e prazo de até 25 anos.
Uma vez construídas, as vias ficariam sob responsabilidade das construtoras que, por sua vez, repassariam a capacidade de transporte delas para a Valec. A terceira figura do modelo, o operador ferroviário privado, ficaria responsável pelo repasse dessa capacidade de carga ao usuário final. Os operadores privados terão a garantia de recebimento do serviço, independentemente de haver demanda efetiva ou não. O governo, pelo que foi anunciado até agora, subsidiará a operação. A expectativa é de que haja uma redução de 30% no valor do frete ferroviário em relação ao praticado atualmente, tornando-o competitivo em relação ao modal rodoviário.
"O caminho de abertura ao setor privado é acertado, e tem potencial de acelerar o resgate das deficiências", diz Paulo Tarso Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral. Embora faltem muitas definições na modelagem da relação entre empresas privadas e governo, Resende aposta em um cenário positivo, porque percebe a constituição de uma estrutura gestora competente, na figura da Empresa de Planejamento e Logística (EPL). "O gestor público precisa ter conhecimento e competência para fazer a interlocução com o setor privado", diz. "O maior desafio foi e continua sendo a agenda política: há planos muito bons já desenvolvidos, e é preciso que haja comprometimento maior com eles, ao invés de descartá-los em busca de outros", analisa.
Resende acredita que a taxa de retorno cogitada para as rodovias, a partir dos estudos que devem constar dos próximos editais, tem a capacidade de atrair investimentos. A taxa de retorno tanto da BR-040 - trecho de 936 km, entre o Distrito e Juiz de Fora/MG - como a BR- 116 - trecho de 816 km, divisa com a Bahia e Minas Gerais -, já divulgada, é de 5,5%. "O patamar é adequado, uma vez que o incentivo do BNDES para financiar grande parte das obras e as tarifas-teto conseguem deixar boa margem para investimentos", analisa.
Segundo cálculos da Fundação Dom Cabral, os valores de R$ 6,40 para cada uma das oito praças da BR-116, e R$ 4,20 em cada uma das onze praças da BR- 040, são três vezes maiores em relação aos que são praticados hoje nas concessões rodoviárias feitas em 2007. "O interesse do mercado é que testará se os valores são ideais ou não", diz, ressaltando que o ponto positivo é que o governo superou a visão de pedágio social. A menor tarifa continua sendo o critério para a vitória das concessões rodoviárias, mas os patamares em que elas foram fixadas fazem a diferença, acredita.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

ESTATÍSTICAS DO TURISMO PADRONIZADAS NO MERCOSUL


A unidade do sistema de estatísticas de turismo nos países-membros do Mercosul entrou na pauta da 55ª Reunião Especializada de Turismo do Bloco (RET). Os participantes concordaram em incluir o tema permanentemente nas discussões do grupo. A iniciativa tem o apoio da Organização Mundial do Turismo (OMT) e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL).
Para o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo do Brasil, José Francisco Lopes, a ação ajuda a aumentar a visibilidade do setor na agenda internacional. “Conseguiremos aumentar a credibilidade das nossas estatísticas e, consequentemente, contribuir para a tomada de decisões dos gestores”, explicou ele.

(Fonte : MTur)

BRASIL E URUGUAI UNEM ESFORÇOS PELA QUALIFICAÇÃO


Os participantes da 55ª Reunião Especializada de Turismo do Mercosul (RET) conheceram, em primeira mão, o programa de qualificação desenvolvido de forma integrada pelo Brasil e o Uruguai. As aulas serão oferecidas no formato de intercâmbio em Santana do Livramento (RS), do lado brasileiro, e Riviera, no Uruguai.
O projeto piloto ainda está em fase de estruturação e será submetido ao Fundo de Convergência estrutural do Mercosul (Focem), que financiará a construção de escolas, compra de equipamentos e alojamentos para os alunos não-residentes nas duas cidades. A gestão e manutenção do programa ficarão sob a responsabilidade dos países parceiros. A definição da quantidade de vagas nos cursos oferecidos será definida em um encontro marcado para a próxima quarta-feira (12), em Riviera.
“Entre os desafios a serem enfrentados estão o nivelamento dos cursos, o reconhecimento dos certificados nos dois países participantes e a criação de estágios remunerados para os alunos”, explicou a assessora especial do Ministério do Turismo do Brasil, Suzana Dieckmann. Os cursos terão entre 800 e 1,2 mil horas/aula.
Antes de encerrar a apresentação do programa, Suzana Dieckmann informou que, inicialmente, o intercâmbio estava restrito ao Brasil e ao Uruguai porque o país vizinho foi o único do bloco a apresentar uma manifestação de interesse após a última RET, em maio, na Argentina. Ela acrescentou que, caso outros países-membros tenham desejo em participar, devem formalizar a intenção. No fim do encontro, os representantes da Argentina e Venezuela manifestaram interesse em fazer parte da iniciativa.

(Fonte : MTur)

MERCOSUL VAI INTENSIFICAR PROMOÇÃO EM DESTINOS DISTANTES


Técnicos em Turismo do Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela discutiram propostas de promoção conjunta dos países do Mercosul nos destinos mais afastados da América do Sul, no primeiro dia da 55ª Reunião Especializada de Turismo (RET) do Mercosul. Na pauta, entraram itens como a realização de cursos de capacitação para agentes de viagens e a participação em feiras internacionais em Hong Kong, Coreia, Índia, China, Turquia, Qatar e Abu Dhabi. O mais novo membro do Bloco, a Venezuela, firmou compromisso de dar apoio às ações.
Para o coordenador-geral de Relações Multilaterais do Ministério do Turismo brasileiro, Paulo André, o planejamento é fundamental para otimizar a aplicação dos recursos. “A integração de estratégias e esforços para promover o Mercosul como destino estruturado, pronto para receber públicos de diferentes perfis, é fundamental para ampliarmos os ganhos com o turismo no nosso Bloco”, destacou.
Mariano Vila, coordenador de Mercados Distantes da Improtur, na Argentina, apresentou o calendário das principais feiras internacionais nos mercados distantes. Na lista, entraram Feira Satte, em Nova Délhi e Mumbai, na Índia; a EMITT, em Istambul, na Turquia; a South America Road Show e a ITE, na China; e a Feira de Turismo Kotfa, na Coreia.
Os participantes da 55ª Reunião Especializada de Turismo do Mercosul definiram que, enquanto o fundo de promoção turística não é implementado, a participação conjunta nas ações será determinada pontualmente. A partir das 14h30 (horário local), a utilização dos Fundos de Convergência Estrutural do Mercosul será debatida pelos representantes dos países membros.

(Fonte : MTur)

GOVERNO FEDERAL INVESTIRÁ R$ 54 BILHÕES EM 18 PORTOS


Dezoito portos serão beneficiados dentro do plano que o governo federal anunciou. Os investimentos somam R$ 54,2 bilhões no setor portuário e mais R$ 2,6 bilhões para acessos hidroviários, ferroviários e rodoviários, além de pátios de regularização de tráfego. “Esse conjunto de medidas do setor portuário tem o objetivo de promover a competitividade da economia brasileira, pondo fim aos entraves do setor”, definiu o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino.
Para ampliar a movimentação de cargas e diminuir os custos no sistema portuário, o governo pretende estimular a participação do setor privado nos investimentos e modernizar a gestão dos portos. O plano anunciado prevê o fim da outorga como critério de licitação, para eliminar custos. “Não haverá cobrança de outorgas porque o objetivo não é aumentar a arrecadação da Fazenda”, disse a presidenta Dilma Rousseff, na apresentação do programa.
A região Norte receberá, entre 2014 e 2015, R$ 4,37 bilhões em investimentos, e, nos dois anos subsequentes, mais R$ 1,5 bilhão. O Nordeste ficará com R$ 11,94 bilhões. No Sudeste, serão investidos R$ 16,50 bilhões no primeiro período (2014-2015); e R$ 12,14 bilhões no segundo (2016-2017). O Sul terá R$ 3,36 bilhões na primeira etapa e R$4,25 bilhões na segunda.

(Fonte : Panrotas)

ESTÍMULO AO TURISMO


Para quem trabalha com turismo em Brasília, não há dúvida: as criações de Oscar Niemeyer são o principal atrativo da capital do país. Não há quem venha a passeio ou a trabalho que resista à beleza da arquitetura em estilo moderno concentrada principalmente no Eixo Monumental. Ali estão a Torre de TV, a Catedral, o Congresso Nacional, os palácios da Justiça e do Planalto e o Museu Nacional, pontos mais visitados da cidade.
Nos arredores desses edifícios floresce uma economia formal, conduzida por profissionais do trade turístico e também a informal, fonte de sustento de ambulantes e de suas famílias que vivem da venda de souvenirs cujos desenhos imitam as linhas curvas do arquiteto. Todos os anos, cerca de 2,6 milhões de pessoas desembarcam no aeroporto Juscelino Kubitschek. Dessas, um milhão vem fazer turismo de negócios, de eventos ou simplesmente conhecer a arquitetura da cidade. Os dados estão no projeto de desenvolvimento integrado do turismo no Brasil, da Barcelona Media. A estimativa é que cada turista deixa por aqui uma média de R$ 290 por dia.
A Secretaria de Turismo do DF não tem estatísticas do setor, mas a Barcelona Media avalia que no Centro-Oeste (GO, DF, MS e MT) as atividades turísticas geram R$ 5,04 bilhões e mantêm 112 mil empregos formais, ante R$ 127 bilhões registrados em todo o país. Segundo o secretário de Turismo do DF, Luís Otávio Neves, a arquitetura é central para o segmento de turismo de lazer. “Niemeyer é o grande chamamento para nossa cidade. Ele coloca Brasília no cenário internacional, temos o maior acervo de obras dele. Recebemos grupos de arquitetos de várias partes do mundo para conhecer as obras”, afirma.
As palavras do secretário são confirmadas pelo arquiteto norte-americano Jonathan Hickerson, 30 anos, que em depoimento ao Correio há dois meses mostrou sua admiração pelo mestre Oscar: “Tudo isso que estou vendo aqui aprendi na faculdade, e é muito diferente de tudo que eu já vi”. O negócio de Niemeyer era criar beleza. Preencher os grandes espaços vazios com “prédios em escala monumental”, como ensina o professor Neio Campos, diretor do Centro de Excelência em Turismo da UnB. Para ele, o fato de a cidade ter conquistado o título de patrimônio cultural da humanidade contribui para aumentar a curiosidade de outros povos.
Em 2008, cerca de 29.485 mil estrangeiros vieram conhecer os monumentos que projetaram Brasília no mundo. Até outubro deste ano, foram 63.384, o que representa acréscimo de 114% considerando o balanço parcial. Entre 2010 e 2011, quando as empresas aéreas internacionais apostaram em voos diários para cá, o aumento foi de 67,1%.
O turismo brasiliense poderia ser mais robusto, mas enfrenta problemas de continuidade, segundo especialistas do setor. “Cada secretário da área cria um roteiro novo, o que dificulta a consolidação do produto e a fidelização do público consumidor”, observa Delfim da Costa Almeida, secretário Executivo do Brasília Convention Visitors Bureau (BRC&VB). “Já tivemos o roteiro Niemeyer, que passou a se chamar Arquitetônico para incluir obras de outros profissionais reconhecidos, como Alexandre Chan, idealizador da Ponte JK. Mas, mesmo com a generalização, as edificações do Niemeyer é que despontam, são a estrela explorada por todas as agências de turismo”, afirma.
Delfin diz também que é preciso melhorar a infraestrutura de alguns locais, como a torre digital: “hoje os guias se constrangem em levar os turistas até lá devido à falta de lanchonetes, bares, banheiros”. Mesmo assim, cerca de cinco mil brasilienses frequentam o local todos os fins de semana.
Brasília rende homenagens ao homem que a tornou bela. Não se pode esquecer de citar também Lúcio Costa, Athos Bulcão e Burle Marx como parceiros da construção da cidade do futuro no presente. Juntos, eles fizeram uma obra que se sustenta pela beleza, longe do mar e das montanhas, destinos turísticos tão comuns. O trade turístico reconhece isso. E os ambulantes, com suas simpáticas quinquilharias, agradecem.

(Fonte : Jornal Correio Braziliense / imagem divulgação)

PACOTE PARA AEROPORTOS SERÁ LANÇADO ESTE ANO


A presidente Dilma Rousseff prometeu para antes do Natal o anúncio da última etapa do Programa de Investimentos em Logística, para os aeroportos, que vai se somar aos investimentos de quase R$ 200 bilhões para rodovias, ferrovias e portos. O pacote deverá trazer um plano de investimentos de até R$ 4 bilhões, subindo de 136 para cerca de 200 o número de aeroportos regionais até 2015, com reforço na infraestrutura. Serão anunciadas concessões de aeroportos, como Confins e Galeão.
- Eu sei que os senhores sabem que nós temos agido em várias frentes no que se refere à busca de maior competitividade do país. Lançamos, em agosto, o programa de ferrovias e rodovias com 133 bilhões. Agora, agregamos mais um componente a essa incansável luta (o pacote para portos), e agregaremos outro até o fim deste mês, antes do Natal, que vão ser os aeroportos regionais e as concessões de alguns dos grandes aeroportos - afirmou Dilma.
Segundo fonte do governo, as novas concessões exigirão propostas mais "robustas" por parte dos consórcios concorrentes em relação ao que foi exigido nos leilões de Viracopos, Guarulhos e Brasília.

(Fonte : Jornal O Globo)

GOVERNO QUER MAIS 70 AEROPORTOS REGIONAIS


A série de medidas do governo federal para estimular a economia e os investimentos ainda não acabou. Ao anunciar as mudanças nas regras do setor de portos ontem, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para reforçar que, até o fim do mês, mais um pacote será lançado - desta vez, voltado para os aeroportos.
Segundo o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), o governo prepara medidas para construir até o fim de 2015 cerca de 70 aeroportos regionais, para elevar a malha nacional a pouco mais de 200 terminais. Hoje, o País dispõe de 136 aeroportos regionais.
Para isso, Bittencourt estima que os investimentos em aeroportos regionais serão de R$ 4 bilhões nos próximos três anos. Os recursos serão consumidos na construção dos terminais e também na reforma e ampliação dos aeroportos que já existem e precisam de melhorias na infraestrutura.
Além disso, o governo vai conceder à iniciativa privada grandes aeroportos, hoje nas mãos da Infraero. Bittencourt não quis adiantar quais terminais estão em discussão. Os estudos dos técnicos apontam que os aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ) estão entre os preferidos.
O modelo de concessão ainda não está definido. Se para os portos, como anunciou ontem, o governo vai abrir mão do maior valor de outorga para decidir o vencedor do leilão, para os aeroportos o governo ainda avalia se irá seguir este modelo.
Quando concedeu a consórcios privados a operação de três aeroportos em fevereiro (Brasília, Congonhas e Viracopos), o governo manteve a Infraero como sócia de grande poder.
Não há consenso ainda entre os técnicos se esse modelo deve prevalecer, mas o governo já definiu que vai exigir mais das empresas que se interessarem a operar um dos aeroportos que serão concedidos.
Mesmo no caso dos aeroportos regionais, ainda resta dúvida entre os técnicos da SAC, da Infraero, da Casa Civil, do Ministério da Fazenda e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre o modelo a ser seguido para estimular a expansão da malha.
A tendência é que seja adotado um modelo misto. Os terminais em cidades mais próximas de centros turísticos ou de capitais devem ser concedidos à iniciativa privada, enquanto os aeroportos em regiões mais distantes seriam construídos e operados pelo setor público.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o objetivo das medidas em preparo no governo é constituir, a partir de 2013, uma nova infraestrutura no País. "Não podemos pensar os portos sem pensar também em ferrovias, rodovias e nos aeroportos. Todas as nossas ações são coordenadas. Além da modernização dos portos, agregaremos os aeroportos regionais e as concessões de alguns grandes aeroportos", disse Dilma.

(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)

ABEAR DESTACA A QUEDA NOS ÍNDICES DE ATRASOS E CANCELAMENTOS DE VOOS


Segundo a ABEAR - Associação Brasileira das Empresas Aéreas, levantamento feito a partir de dados consolidados pela rede Infraero e apresentados pela SAC - Secretaria Nacional de Aviação Civil esta semana, aponta que atrasos e cancelamentos de voos de companhias brasileiras vêm diminuindo ano a ano, desde 2010, apesar do crescimento no número de passageiros transportados. Em 2011, por exemplo, o percentual de cancelamentos de voos foi de 4,8% e, o de atrasos, 13,6%. Neste ano, no acumulado até o mês de setembro, os índices parciais foram de 3,9% (cancelados) e 10,4% (atrasados).
Os índices de atrasos e cancelamentos de voos (partidas) nos meses de dezembro e janeiro - alta temporada – também registraram queda. No período 2011/2012 os atrasos corresponderam a 14,2% dos voos, contra 20,2% no período 2010/2011. Os cancelamentos também diminuíram, caindo de 5,6% (2010/2011) para 3,6% (2011/2012).
“Quanto aos cancelamentos”, diz o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, “é importante lembrar que muitos deles dizem respeito a operações feitas de maneira programada, com meses de antecedência”. Nesses casos, os clientes são comunicados com a devida antecedência e reacomodados em outros voos, pois as companhias não vendem previamente esses bilhetes.
O compromisso das companhias associadas da ABEAR é, segundo Sanovicz, atender seus clientes com excelência, oferecendo serviços de qualidade, eficiência, presteza e segurança, para que estes tenham as melhores experiências de viagem. Entretanto, uma série de fatores pode impactar na regularidade e pontualidade de suas operações, como questões meteorológicas, tráfego aéreo congestionado, problemas de infraestrutura aeroportuária e restrições devido a obras, manutenção não programada de aeronaves, ajustes de malha, entre outros. Esses fatores externos ao gerenciamento das empresas são responsáveis por 50% a 80% dos cancelamentos.

(Fonte : Business Travel Magazine)

QUEROSENE FAZ VOO PARA NORDESTE FICAR MAIS CARO QUE PARA ARGENTINA


As passagens para o Nordeste neste verão estão mais caras do que para Buenos Aires, na Argentina. Diferenças no preço do combustível cobrado em cada destino, além de uma procura maior por viagens dentro do Brasil nesta temporada, estão entre as explicações das companhias aéreas para cobrar mais para voar dentro do país.
Por conta da cobrança de ICMS, de 19% do preço do combustível na média, abastecer um avião para voar dentro do Brasil sai mais caro do que quando se abastece para voar para o exterior.
Companhias aéreas estrangeiras ou brasileiras voando para o exterior pagam hoje R$ 1,98 o litro em Guarulhos, enquanto para os voos domésticos o litro no mesmo aeroporto sai por R$ 2,65.
Soma-se a isso o fato de que, ao abastecer no destino internacional, a conta também fica mais barata.
Na Argentina, o querosene de aviação está custando, em média, o equivalente a R$ 1,85 -38,2% menos que o preço cobrado em Guarulhos para voos domésticos.
E esse valor na Argentina é cobrado apenas das estrangeiras. A Aerolíneas Argentina não paga os 21% de IVA cobrado das estrangeiras.
Nos EUA, as companhias americanas gastam 40% menos do que as brasileiras para voar internamente, incluindo impostos.
O sistema de cobrança do ICMS faz com que existam variações também dentro do Brasil. Rio de Janeiro e Minas Gerais conseguiram atrair mais voos nos últimos anos com uma política de redução do ICMS em relação a São Paulo: 12% e 11%, respectivamente, ante 25% em SP.
Entre outros tributos, há também um adicional de 25% do valor do frete destinado à "renovação da frota da Marinha Mercante".
Por meio da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), o setor pleiteia a unificação da cobrança do ICMS em 12%, além de mudanças no sistema de precificação da Petrobras.
O produto é precificado com base no preço do golfo do México, com um adicional de frete de importação em 100%, embora 75% sejam originários do Brasil.
Segundo a Abear, isso torna o querosene de aviação vendido no mercado doméstico um dos mais caros do mundo. "É mais caro do que em países em guerra, como o Afeganistão, ou com infraestrutura deficiente, como o Chade, na África", diz Adalberto Febeliano, da Abear.
O combustível já representa hoje de 40% a 45% dos custos das companhias aéreas. Nos últimos quase três anos, o insumo aumentou 58%.

Custo Brasil

Como o preço varia

Em Guarulhos pagam-se R$ 1,98 por litro para voar ao exterior

R$ 2,65 para voar dentro do país

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

VOO BARATO JÁ É RARO NESTE FINAL DE ANO


Quem não se programou para viajar neste verão vai se deparar com preços altos para passagens entre dezembro e janeiro. Um voo para Salvador, por exemplo, pode sair por mais de R$ 3.000.
"As passagens estão mais caras agora porque as mais baratas acabaram mais cedo neste ano", diz Cláudia Sender, vice-presidente comercial e de marketing da TAM.
Em outubro, 47% das passagens vendidas pela TAM ficaram abaixo de R$ 200, fatia bem maior que no mesmo mês do ano anterior (32%).
"O brasileiro aprendeu que comprando antes é possível voar por menos", diz Sender.
A antecipação da compra permite às companhias segmentar os preços de acordo com o perfil de passageiro.
As companhias aumentam o valor das passagens no segmento corporativo, menos sensível a preço, e em voos de maior demanda. E oferecem mais assentos por menos em horários de menor demanda.

ROBIN HOOD

"É a política de Robin Hood. Você cobra mais de quem pode pagar mais e estimula a demanda com tarifas mais baratas para quem se programar com antecedência", diz o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff.
Nos últimos anos, as empresas passaram a estimular essa antecipação de compra. As passagens começam a ser vendidas com 330 dias de antecedência.
Cerca de 90 dias antes da partida, os voos da Gol já estão com 10% dos assentos vendidos, em média. Faltando uma semana para o voo, a ocupação passa de 60%.
Os preços variam conforme a data da compra e também a velocidade de ocupação dos aviões. Se um voo enche mais rapidamente, as passagens acompanham.
A política de segmentação de tarifas, que só foi possível com a adoção da política de liberdade tarifária a partir de 2001, ajudou a estimular a demanda do setor. De lá para cá, cresceu a uma taxa anual média de 13%.
Este será o primeiro ano em que o crescimento deve ficar abaixo de dois dígitos. A estimativa é de uma alta de 8%.
Outro fator que ajudou a fazer as passagens mais em conta acabarem mais cedo neste ano é que o dólar acima de R$ 2,00 desestimula os voos internacionais.
"Muita gente que em 2011 foi para o exterior neste ano resolveu voar no Brasil devido ao câmbio", diz Kakinoff.
Apesar da percepção de que os preços das passagens estão subindo, a tarifa média em 2011 foi 43% menor do que em 2002.
O setor saiu de um patamar médio de tarifa de R$ 486,75, em 2002, para R$ 276,25, no ano passado. E 65% das passagens vendidas em 2011 foram inferiores a R$ 300.
Com tarifas menores, o volume de passageiros no mercado doméstico passou de 30,6 milhões (2003) para 87,6 milhões (previsão 2012).

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

AZUL E A TRIP TERÃO MAIS VOOS EXTRAS DE 15 DE DEZEMBRO A 27 DE FEVEREIRO


A Azul Linhas Aéreas e Trip Linhas Aéreas disponibilizarão mais voos extras durante o período da alta temporada, entre os dias 15 de dezembro e 27 de fevereiro de 2013. As companhias solicitaram à ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil diversos novos horários para atender a alta demanda durante o final do ano.
Entre os novos pedidos de aumento de frequência estão trechos partindo do Rio de Janeiro com destino a Navegantes, Porto Seguro e João Pessoa. Há também novos horários para os clientes que terão como destino as cidades de Campo Grande, Fortaleza, Natal e Teresina partindo de Campinas. E ainda novos voos entre Recife e Fernando de Noronha e Goiânia e Salvador. As vendas para os novos voos extras já estão abertas.
Mais informações: www.voaeazul.com.br

(Fonte : Business Travel Magazine – 07/12/12)