quinta-feira, 26 de maio de 2011

MUDAR IMAGEM DO PAÍS NO EXTERIOR É ESSENCIAL PARA COIBIR TURISMO SEXUAL



Deputados e representantes do governo ressaltaram nesta quarta-feira, no Seminário sobre Políticas Públicas de Combate à Exploração Sexual Infantil e ao Turismo Sexual, que mudar a imagem do Brasil no exterior é primordial para combater o turismo sexual no País. O evento foi promovido pelas comissões de Turismo e Desporto; e de Direitos Humanos e Minorias.
O assessor da Presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Walter Luiz, informou que nos últimos sete anos o órgão abandonou a promoção do turismo no Brasil no mundo por meio da exploração da imagem da mulher. A coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Leila Paiva, também destacou a necessidade de coibir, internacionalmente, as propagandas de turismo sexual no Brasil. “Dessa forma, não haverá mais a demanda por esse tipo de turismo”, disse. “Temos de mostrar, em âmbito internacional, que o Brasil não se cala diante dessa realidade; que a população brasileira não aceita essa realidade e a denuncia”, acrescentou. Segundo ela, mais de 150 mil denúncias de exploração sexual já foram feitas por meio do Disque Denúncia Nacional – Disque 100, serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de queixas de violência contra crianças e adolescentes.
Para o presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), a exploração da imagem da mulher brasileira no passado foi um erro. Ele considera o turismo sexual uma degradação para o País: “Muitas pessoas ainda associam vir para o Brasil com esse intuito e isso é muito ruim”. Segundo ele, o combate ao problema será uma das prioridades da comissão para os próximos anos.
Vice-presidente do colegiado, o deputado Romário (PSB-RJ), também declarou estar comprometido com a causa e estimulou a denúncia do crime. “Turismo não é isso; turismo é diversão e alegria”, sustentou. O parlamentar ressaltou que o assunto vai ser explorado nas visitas realizadas pela comissão às cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. “Estamos atentos ao problema.”

NATURALIZAÇÃO DO PROBLEMA ALIMENTA A IMPUNIDADE

A coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, deputada Erika Kokay (PT-DF), afirmou que o problema envolve diferentes formas de dominação: do adulto em relação à criança; do homem em relação à mulher; do mais poderoso com o menos poderoso. “Se é uma questão cultural, não é natural e poderá ser desconstruída”, argumentou. Conforme ela, a naturalização do problema alimenta a impunidade – Kokay informou que vários casos já denunciados não foram punidos.
Já a deputada Liliam Sá (PR-RJ), uma das autoras do requerimento para a realização do seminário, mencionou que, no Rio de Janeiro, crianças vendiam o corpo a R$ 1,99. “As crianças e os adolescentes não se prostituem; são prostituídos”, destacou. “A exploração sexual é uma das piores formas de trabalho infantil”, completou. De acordo com ela, muitas meninas desaparecidas de 7 a 12 anos estão sendo exploradas.
A presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Oreni Campêlo Braga, também afirmou que o problema envolve o tráfico de crianças e adolescentes. Ela lembrou que tem crescido o número de jovens do sexo masculino vítimas de exploração no seu estado. Desde 2005, a empresa realiza campanha de sensibilização contra a exploração sexual infantojuvenil. Nacionalmente, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual da Criança e do Adolescente é celebrado em 18 de maio.

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias, com publicação no J. Correio do Brasil / imagem divulgação)

PRESIDENTE DE GRUPO DOS EUA COBRA ESFORÇO DO BRASIL PARA VISTO

Roger Dow, presidente da U.S. Travel Association of America, Luiz de Moura Jr., vice-presidente da mesma associação que reúne toda a indústria do turismo nos EUA, e William Talbert 3º, presidente do Greater Miami Convention and Visitors Bureau, defendem a inclusão do Brasil no programa Visa Waiver.
Durante o 43º Pow Wow - evento que reuniu entre os dias 21 e 25 de maio em San Francisco, Califórnia, cerca de 5.000 profissionais do setor de turismo -, os três falaram com exclusividade à Folha.
Dow é o mais reticente, acha que a questão dos viajantes que vão aos EUA e não voltam é real e que precisa ser discutida com transparência.
Se a inclusão realmente acontecer, brasileiros seriam dispensados de visto para entrar nos EUA e vice-versa.
Segundo todos eles, o governo federal norte-americano estaria considerando seriamente a questão. Como a necessidade de visto é baseada em reciprocidade, a medida deve aumentar bilateralmente o trânsito de turistas entre os dois países.

Leia a seguir trechos das entrevistas, em formato de depoimentos:

ROGER DOW, PRESIDENTE DA U.S. TRAVEL ASSOCIATION OF AMERICA

"Muitas coisas devem acontecer para que o Brasil entre no programa Visa Waiver [que isentaria os brasileiros da necessidade de visto para entrar nos EUA]. Uma delas é o governo brasileiro estar realmente envolvido na questão, idem os brasileiros.
Recentemente a Coreia do Sul, a Grécia e os países do Leste Europeu, como a Polônia, foram dispensados de visto para entrar nos EUA e vice-versa. Os debates que resultaram nisso demoraram dois ou três anos.
Ficar mais tempo do que o permitido nos EUA é outro assunto. Há gente na política norte-americana com medo disso. Mas precisamos dialogar, ver se o Brasil está dentro dos critérios.
Vocês agora têm uma enorme classe média e muita gente viajando pelo mundo. A U.S. Travel Association é uma entidade privada, mas está querendo que isso aconteça, forçando o diálogo.
Os dois lados devem conversar, com transparência.
Acho que o número de turistas brasileiros nos EUA pode crescer muito, talvez dobrar (1,2 milhão de brasileiros foram aos EUA em 2010). E vice-versa, mais norte-americanos irão para o Brasil.
O turismo é um grande exportador. Se é que o governo quer dobrar as exportações em cinco anos, como Obama declarou, o turismo é uma saída.
E não vamos precisar construir fábricas para receber mais turistas. Aliás, os hotéis, os parques temáticos e tudo o mais já estão construídos, e temos também Harry Potter!"

WILLIAM TALBERT 3º, PRESIDENTE DO ÓRGÃO TURÍSTICO AMERICANO GREATER MIAMI CONVENTION AND VISITORS BUREAU

"Acredito que a administração Obama está realmente interessada em rever a obrigatoriedade dos vistos para brasileiros.
Isso seria bom para ambos os países. Estou convencido disso. No ano passado, 500 mil brasileiros foram a Miami e gastaram cerca de US$ 1,1 bilhão, gerando empregos na nossa comunidade. Emprego! Emprego! Emprego! É por isso que sou tão otimista com essa questão da mudança de uma política para os vistos.
Brasileiros querem norte-americanos na Copa do Mundo e na Olimpíada também. Aposto que em um ano o Brasil pode entrar para o programa Visa Waiver.
Nunca antes um governo dos EUA disse "estamos trabalhando nesse assunto", mas Obama disse. Brasil e Chile deveriam ser dispensados de visto; e, graças à reciprocidade, norte-americanos iriam para esses países em maior número.
Quanto mais falarmos disso, mais cedo isso pode acontecer, no interesse desses países e dos EUA.
O Brasil é uma economia que cresce aceleradamente, vocês são a quinta maior economia do mundo, têm petróleo, etanol e minério. Não são em absoluto uma "república de banana". E são o terceiro fabricante de aviões do mundo todo!
Porque só países do Leste Europeu entraram no programa Visa Waiver? Por que não o Brasil? Você pode publicar isso: acho que em um ano a política dos vistos muda.
As pessoas precisam entender que há vantagens para todos.


OPINIÃO PÚBLICA NOS EUA

Acho que as pessoas nos EUA não pensam muito nisso, mas o setor de turismo pensa. Estou nesse negócio há 31 anos.
O que há de errado na inclusão do Brasil no programa Visa Waiver? A resposta é: vamos negociar.
E mesmo os vistos poderiam já ser feitos por videoconferência; essa necessidade de o turista viajar dentro do Brasil para conseguir um visto num dos quatro consulados me deixa chateado.
Norte-americanos passam pelo mesmo, vamos falar no assunto, torná-lo popular. Assim, durante os grandes eventos que o Brasil logo irá organizar, Copa do Mundo e Olimpíadas, essa questão já pode estar superada."

LUIZ DE MOURA JR., VICE-PRESIDENTE DA U.S. TRAVEL ASSOCIATION OF AMERICA

"Sou totalmente a favor da dispensa de vistos para brasileiros que visitam os EUA - e vice-versa. Entendo que, hoje, o desgaste que existe para se obter um visto é enorme, pois só existem quatro consulados no Brasil, muitas pessoas que vivem em outras cidades precisam viajar dentro do país, gastar dinheiro e tempo, e isso inibe viagens.
Do lado americano acontece o mesmo. Nós temos dados de que os norte-americanos visitam mais a Argentina, país vizinho, do que o Brasil, pois os norte-americanos não precisam mais de visto para ir para lá.
E olha que coisa curiosa: a Argentina entrou no programa Visa Waver [que dispensa o visto para viajar aos EUA] em 1991, mas, em face da crise econômica, saiu em 2002. Ela saiu do programa, mas não retaliou, mantendo os EUA no "Visa Waiver" deles.
Resultado: 800 mil viajantes norte-americanos vão anualmente, a turismo, para a Argentina; já o Brasil recebe cerca de 650 mil viajantes norte-americanos ao ano, a maioria a negócios, quando quem paga o visto é a empresa.
Quando a Argentina voltou a precisar do visto, o número de argentinos que se destinam aos EUA, numa média de dez anos, caiu de 500 mil pessoas para 150 mil pessoas/ano.
Acho que, com a dispensa dos vistos, o Brasil receberá ainda mais americanos. O Brasil mandou, em 2010, 1,2 milhão de turistas aos EUA; já os argentinos somaram 330 mil viajantes.
Se haverá um deficit nessa conta, depois de uma virtual dispensa de visto entre o Brasil e o EUA, eu não sei, mas acho que cabe ao governo brasileiro e aos órgãos oficiais e entidades adequadas cuidar da promoção do país no exterior.

TERRORISMO X IMIGRAÇÃO

Não acho que a liberação de vistos não tem a ver com segurança na América Latina. A "questão latina" era muito mais uma questão de imigração, de a pessoa ir aos EUA e não voltar.
Mas isso mudou, até por uma questão de conjuntura econômica. Com o real forte, não faz mais sentido o sujeito ir para os EUA para fazer um "pé-de-cash", isso mudou. O crescimento do Brasil é grande, há desemprego nos EUA etc.
Obama comentou que pode rever a questão do visto durante sua visita em março ao Brasil e ao Chile. Obviamente, os dois governos, o brasileiro e o norte-americano, precisam abordar essa questão. A taxa de rejeição de visto - medidor importante -, caiu de 6% para 3%, para vistos solicitados por brasileiros."

(Fonte : Jornal Folha de S.Paulo / imagem divulgação)

BRASIL ENVIOU 1,2 MILHÃO DE TURISTAS AOS EUA EM 2010



De acordo com um relatório divulgado pelo Office of Travel and Tourism Industries (tinet.ita.doc.gov), órgão do Departamento de Comércio dos EUA relacionado à indústria turística, o número de visitantes brasileiros que foram ao país em 2010 foi de 1,2 milhão, contra 893 mil em 2009.
No total de gastos com turismo no país, o visitante brasileiro desembolsou US$ 5.918 no ano passado, contra US$ 4.565 em 2009.
Um dado que chama a atenção é o crescimento do uso do computador como meio para planejar a viagem, que pulou de 33%, em 2009, para 36%, em 2010, um aumento de 2,9 pontos percentuais.
No que tange o motivo principal da viagem, o turismo de negócios sofreu queda de 4,3 pontos percentuais na comparação com 2009, indo de 18% para 14%. Já o turismo de lazer registrou um salto de 4,6 pontos percentuais no período, indo de 59%, em 2009, para 64%, em 2010.
Ainda de acordo com o relatório, os brasileiros foram mais a lugares históricos no ano passado, 52%, contra 42% em 2009. O total dos que visitaram museus e galerias de arte cresceu 8,1 pontos percentuais, enquanto os visitantes de parques temáticos foram de 50%, em 2009, para 55% no ano passado.
A cidade de Nova York abocanhou 49,4% do mercado brasileiro no país em 2010, contra 37,9% em 2009. Já ao se considerar Estados, o de Nova York foi responsável por 49,3% da visitação de brasileiros em 2010, contra 38,2% em 2009.

(Fonte : Jornal Folha de S.Paulo / imagem divulgação)

ESTÁDIOS DA COPA DE 2014 IMPULSIONAM RECEITAS DA MILLS


Apesar das críticas às construtoras devido ao ritmo de construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, a fornecedora de equipamentos e serviços de engenharia Mills já recebe receitas provenientes das obras nas arenas esportivas. Somado a outros projetos de infraestrutura relacionados ao evento, principalmente no setor de transportes, o Mundial é a principal oportunidade da empresa nos últimos anos. "A Copa é um ótimo negócio", resume o presidente Ramon Vazquez.
Só nos cinco estádios onde presta serviços às empreiteiras, a Mills espera faturar até R$ 100 milhões. "Temos uma participação expressiva nessas arenas, porque são obras que usam muito concreto e exigem um serviço de forma e escoramento de peças muito delicado", diz. São eles: Estádio Nacional (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá), Arena Amazônia (Manaus), Arena Fonte Nova (Salvador) e Maracanã (Rio de Janeiro). "Temos interesse em prestar nossos serviços nos outros sete estádios também", diz.
Os eventuais atrasos no cronograma não assustam a empresa. "Estamos falando de grandes construtoras, que têm a experiência adequada para conduzir essas obras. A empresa não corre riscos por isso", garante Vazquez.
Não é só das arenas, no entanto, que a empresa que faturou no primeiro trimestre R$ 145 milhões e espera maior receita, e sim de outras obras de infraestrutura relacionadas à Copa - já que a maior parte do total de investimentos, segundo Vazquez, será feito fora dos estádios, principalmente em serviços de transporte. "Vamos nos beneficiar com as obras para o monotrilho em São Paulo, a linha 5 do metrô paulistano e a construção das vias na cidade para o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, ônibus que circulam em via exclusiva e são uma alternativa mais barata ao metrô, em geral)", exemplifica.
Antecipando-se aos negócios gerados principalmente pelo evento, além de outras obras de infraestrutura - como serviços industriais na usina Angra 3 e no terminal portuário da CSN, ambos no Estado do Rio de Janeiro -, a Mills programou um cronograma de investimentos de R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2012. No próximo ano, a maior parte da quantia, aproximadamente R$ 400 milhões, será aplicada principalmente na aquisição de equipamentos. Entre eles, três unidades do que é considerada a maior plataforma aérea do mundo, a da fabricante JLG, usada para levar funcionários a alturas elevadas. Além disso, também foram compradas outras duas unidades da maior plataforma aérea telescópica do mundo - da mesma marca, que atinge 48 metros.
Mas não é só em compra de equipamentos que se baseia a política de expansão da empresa. Em fevereiro, R$ 90 milhões foram usados para comprar 25% de participação da principal concorrente, a Rohr, que no último ano teve receita operacional líquida de R$ 180 milhões e lucro líquido de R$ 20 milhões.
Na Assembleia Geral de acionistas da Rohr, a Mills elegeu um dos três representantes do conselho fiscal. "Estamos abertos a fazer novas aquisições, desde que gere valor e participação que façam sentido a nossos acionistas. Continuamos estudando outras empresas", revela, embora não divulgue detalhes. A alta carga de investimentos no triênio foi impulsionada pelo IPO da Mills, em abril do ano passado, que a capitalizou em R$ 411 milhões.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

PONTA GROSSA (PR) QUER SER UMA DAS SUBSEDES DA COPA



O deputado federal Sandro Alex (PPS-PR) solicitou nesta semana, em audiência com o ministro do Turismo, Pedro Novais, a inclusão do município de Ponta Grossa (PR) como uma das subsedes da Copa do Mundo e hospedar alguma seleção das que participarão do campeonato em 2014.
“Nossa cidade está a uma hora de carro de Curitiba e tem condições de atender muito bem uma seleção estrangeira”, disse o parlamentar.
Ele solicitou também a inclusão do município nos programas de qualificação profissional do Ministério do Turismo como o Bem Receber Copa e Olá Turista.

(Fonte : Panrotas / imagem divulgação)

FOZ É PRÉ-SELECIONADA PARA TREINAMENTO DA RIO 2016



Foz do Iguaçu está entre as cidades que poderão receber delegações estrangeiras nos períodos de treinamento e aclimatação para a Olimpíada 2016, que será disputada na capital carioca. A cidade venceu a primeira fase do Processo para Cadastramento e Seleção de Locais de Treinamento Pré-Jogos, sendo escolhidos o canal de canoagem e o Complexo Esportivo do Ginásio Costa Cavalcanti.
A notícia foi dada pelo secretário Municipal de Esportes e Lazer, Márcio Ferreira, e pelo diretor técnico da secretaria, Heraldo Soares Jr., que nesta semana participaram de um seminário no Rio de Janeiro, chancelado pelo Comitê Olímpico Brasileiro. O evento contou com a participação do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; do Presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; do Presidente do Comitê Paraolímpico das Américas, Andrew Parsons; além de autoridades e representantes do Rio 2016 e das instalações pré-selecionadas.
O processo, dividido em fases, terminará em janeiro de 2012 e o posterior lançamento do Guia de Locais de Treinamento Pré-Jogos Rio 2016, durante os Jogos Olímpicos Londres 2012 – a ser distribuído para todos os Comitês Olímpicos e Paraolímpicos Nacionais.
“Nossa vocação turística, o apoio do trade turístico e da Itaipu Binacional, aliada a estrutura esportiva, fizeram com que Foz do Iguaçu conquistasse a primeira fase. Temos um caminho ainda a percorrer, mas acredito que conseguiremos alcançar nosso objetivo que é chegar em Janeiro de 2012 com o termo de compromisso assinado”, finaliza Márcio Ferreira.

(Fonte : Panrotas /imagem M. Tuna)

SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL APROVA INVESTIMENTOS EM AEROPORTOS REGIONAIS


A Secretaria de Aviação Civil aprovou a primeira fase do Plano de Investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa) de 2011. Essa primeira fase, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União de hoje, contempla apenas aeroportos de menor porte, que atendem à aviação regional.
Segundo a portaria, a União disponibilizará até R$ 102,3 milhões para obras nos aeroportos de Marechal Thaumaturgo (AC), Barreiras (BA), Vitória da Conquista (BA), Iguatu (CE), Linhares (ES), Anápolis (GO), Bacabal (MA), Campo Grande (MS), Dourados (MS), Breves (PA), Fernando de Noronha (PE), Cabo Frio (RJ), Ji-Paraná (RO), Caxias do Sul (RS), Vacaria (RS), Passo Fundo (RS), Rio Grande (RS) e Santo Ângelo (RS).
Esses recursos estão previstos no programa de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária. Para o repasse dos valores disponíveis para cada obra, será necessário um termo de convênio que irá detalhar os compromissos dos Estados, que deverão dar uma contrapartida financeira. Essa contrapartida será de 15% no caso dos empreendimentos estarem localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), nas áreas da Sudene, Sudam e Sudeco. Para os demais casos, a contrapartida será de 30%.

(Fonte : Jornal O Estado de S. Paulo)

CRESCIMENTO DO TURISMO DE NEGÓCIOS EM PORTO ALEGRE CHEGA A 63% EM DOIS ANOS

O impacto do segmento de turismo de eventos na economia de Porto Alegre e Região Metropolitana deverá chegar a R$ 126 milhões neste ano, o que equivale a um salto expressivo de 63% em comparação aos últimos dois períodos (2009 e 2010). Cerca de 170 mil visitantes chegarão à capital para participar de 33 eventos apoiados pelo POACVB em 13 diferentes segmentos, com especial destaque para a área médica, que já possui 12 congressos confirmados. A estimativa é de um acréscimo de 74% no público participante.
Os números fazem parte do balanço dos cinco primeiros meses do ano que a presidente do Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Berenice Lewin, apresentou ontem (25) ao trade turístico no 1° Encontro de Mantenedores 2011.
O desempenho positivo também aparece no ranking de 2010 da ICCA - International Congress and Convention Association (principal banco de dados sobre congressos itinerantes internacionais do mundo), onde Porto Alegre está na quarta colocação no país, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasília, empatadas em 3° lugar. A cidade se classificou a frente de alguns dos mais importantes destinos internacionais como Abu Dhabi, Johannersburgo e Orlando.
De janeiro a maio, o POACVB captou seis novos eventos para os próximos cinco anos, com público estimado de 7 mil pessoas e injeção de 8,8 milhões de reais na cidade. "Estamos dando muita ênfase a área de captação. Seguimos as tendências internacionais e segmentamos a equipe de captação em dois setores, nacional e internacional, e essa estratégia vem apresentando um excelente resultado", afirma Berenice Lewin.
Outro dado de destaque é aumento do quadro de mantenedores, que nos últimos três anos cresceu 85%. Quarenta novas organizações se uniram ao POACVB somente nesses primeiros cinco meses de 2011 para auxiliar na promoção da cidade. No setor de shoppings, o mais novo mantenedor é o Barra Shopping Sul, que se uniu ao Shopping Total, assumindo o papel de equipamento turístico na geração de novos negócios. A presidente do POACVB ressalta a importância da parceria: "Nossa área de captação de eventos se fortalece perante outros destinos concorrentes, aumentando a competitividade do nosso clube de negócios!"
O POACVB também anuncia a inclusão na agenda da cidade da Expo Eventos Sul 2011, uma semana dedicada à geração de negócios voltados a eventos. A primeira edição acontece em outubro e reunirá todo o setor em uma intensa programação, com palestras, rodadas de negócios e exposição de produtos e serviços. A ação é uma parceria com a ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos.
Hoje o turismo de eventos é uma das atividades que mais gera impactos na atividade econômica. Mobiliza 52 segmentos, entre eles hospedagem, gastronomia, transportes, organizadoras de eventos, lazer, comércio, agências de viagens e turismo. Para chegar a esses resultados, o POACVB desenvolve um programa de ações que inclui organização de encontros com entidades de classe, participação em missões comerciais no país e no exterior e em feiras de turismo, promove o Aprecie Porto Alegre com presidentes de entidades e organizadoras de eventos. Também realiza ações de Bem Receber em eventos com mais de mil participantes na capital e traz jornalistas de grandes capitais para produzir matérias que valorizem os atrativos de Porto Alegre e Região Metropolitana.
Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 a capital se prepara para o crescimento de eventos na área esportiva. Um projeto inédito, o Porto Alegre Sport Events, envolvendo o POACVB em parceria com outras entidades, pretende mapear toda a infraestrutura esportiva da cidade para receber eventos de médio e grande porte. No cronograma duas grandes competições esportivas já estão confirmadas: o 40º Campeonato Brasileiro da Classe Optimist, tradicional competição de vela, em 2012, e o Campeonato Mundial World Master Athletics Championships Stadia (WMA), em 2013.

(Fonte : Mercado & Eventos / imagem divulgação)

CARIOCAS TÊM OPORTUNIDADE DE FAZER TURISMO NA PRÓPRIA CIDADE



Projeto oferece descontos em hotéis e em outras atrações para que moradores ou nascidos no Rio de Janeiro aproveitem a sua cidade

Para os cariocas que não vivem no Rio de Janeiro, o projeto Carioquinha é uma grande oportunidade de retornar à cidade para fazer turismo. É que de 28 de maio a 30 de junho, hotéis, serviços turísticos, atrações culturais e restaurantes credenciados oferecerão descontos variados a moradores e nascidos no Rio ou no Grande Rio*.
A ação disponibilizará promoções em 23 dos melhores hotéis, associados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro – ABIH/RJ. Em alguns empreendimentos os descontos são em hospedagem, que podem chegar a 50% no valor das diárias, e em outros são em serviços, como spa e restaurantes.
Para obter os benefícios basta comprovar que é carioca, apresentando a carteira de identidade. No caso dos moradores, é preciso apresentar também um comprovante de residência. O objetivo da ação é aproximar o cidadão carioca de sua cidade, fazendo com que ele vivencie as potencialidades turísticas do Rio e, assim, passe a valorizá-las, tornando-se um agente divulgador de sua própria cidade.
A lista de atrações participantes estará no site http://www.carioquinha.com.br/ nesta sexta-feira, dia 27, para que o carioca possa programar o seu final de semana.

HOSPEDAGEM COM ATÉ 50% DE DESCONTO

No Sheraton Rio Hotel & Resort, além de desconto de 15% na diária, ainda é possível desfrutar de todos os tratamentos de relaxamento e beleza do spa com 30% de desconto. Para casais apaixonados, o Intercontinental oferece uma noite em Club Suite com vista para o mar, para duas pessoas, incluindo café da manhã servido no quarto, espumante nacional na chegada e outros confortos, com 25% de desconto (R$ 948,00).
Com os benefícios, o valor da estadia em apartamento single pode chegar a R$ 185,00 nos finais de semana no Scorial Rio Hotel ou a R$ 300,00 no Portinari Design Hotel, hotel que tem seus ambientes assinados por grandes nomes da decoração brasileira.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS E ROTEIRO GASTRONÔMICO

Além de atrações que são cartões postais da cidade, como o Pão de Açúcar e o Trem do Corcovado, ambos oferecendo 50% no valor do ingresso, que custa R$ 44,00 e R$ 36,00, respectivamente, o projeto apresenta uma gama de mais de 100 outros pontos e serviços que permitirão ao carioca conhecer melhor sua cidade sob todos os ângulos: indo a museus, fazendo trilhas, mergulho, voos de asa delta, parapente, helicópteros, realizando passeios de escuna ou lanchas, escalando morros e até saltando de paraquedas.
O CARIOQUINHA também proporciona um cardápio de deliciosas experiências gastronômicas em 15 restaurantes. A tradicional feijoada, que poderá ser experimentada nos restaurantes Skylab (Rio Othon Palace), Forno e Fogão (Golden Tulip Regente), Restaurante Mirador (Sheraton Rio) e Restaurante Poty (Golden Tulip Continental), tem desconto de 20% a 25%, com preços que vão de R$ 65,00 a R$ 27,20.

(Fonte : Capta Comunicação / imagem divulgação)

COSTA VICTORIA RETORNARÁ À FROTA DE CRUZEIROS DO BRASIL

A empresa Costa Cruzeiros traz de volta ao Brasil e Argentina o navio Costa Victoria, para a temporada de verão de dezembro de 2011 a março de 2012.
A embarcação, "uma das mais prestigiadas", segundo a companhia, se juntará ao Costa Pacífica, Costa Fortuna e Costa Magica, que já seguiam na América do Sul.
O navio oferecerá cruzeiros na rota Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai) e Porto Belo (SC).
Destaques de novos roteiros são da noite de Réveillon, na orla de Copacabana; além de pernoite no Rio durante o Carnaval.
Suas reservas começam a partir da próxima segunda-feira (30).

(Fonte : Folha Online / imagem divulgação)

EM 15 CAPITAIS, RESTAURANTES DEIXAM DE COBRAR IMPOSTOS

A Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários) promoveu nesta quarta-feira (25) manifestações em todas as regiões do Brasil para marcar o Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos.
Em 15 capitais, restaurantes que participaram da manifestação organizaram cardápios e refeições sem a cobrança de impostos. No país, segundo a Conaje, a carga tributária média sobre uma refeição de R$ 50 corresponde a 31,21% de impostos.
Para o presidente da Conaje, Marduk Duarte, num país com tantas desigualdades socioeconômicas, é fundamental repensar o peso dos impostos sobre o custo dos alimentos.
"É nosso dever cobrar dos governantes a correta aplicação deste enorme montante, que só faz crescer com o passar dos anos", disse Marduk defendendo que os empresários também têm a obrigação de esclarecer a população sobre a realidade tributária brasileira.
O objetivo da manifestação foi mostrar ao consumidor o peso dos impostos no preço final dos produtos, principalmente daqueles que compõem a cesta básica. Serão organizados ainda abaixo-assinados em defesa de menos impostos e mais eficiência dos governos na aplicação dos recursos arrecadados.
Das capitais que aderiram às manifestações, a que apresentou a cesta básica mais cara, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), é São Paulo: R$ 268,52.
Para comprá-la, os paulistanos precisam trabalhar mais de 108 horas. A mais acessível foi encontrada em Aracaju (R$ 185,58), onde são necessárias 75 horas de trabalho para comprar a cesta básica.
De acordo com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), os brasileiros pagaram R$ 500 bilhões em tributos somente até o dia 4 de maio de 2011. A média é de R$ 2,5 mil por habitante. Até o final do ano, a cifra média por habitante poderá atingir a marca de R$ 7,5 mil.
Este ano, as capitais que aderiram ao movimento foram Aracaju (SE), Belém (PA), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luis (MA), São Paulo (SP), e Vitória (ES).

(Fonte : Ag. Brasil de Notícias / imagem divulgação)

OS ALTOS E BAIXOS DE UM CLÃ MARCANTE DA GASTRONOMIA PAULISTA



Se há alguma coisa que a família Zegaib sabe bem é como pode ser difícil manter um restaurante em São Paulo. O primeiro empreendimento do clã de origem libanesa foi uma lanchonete na Rua Augusta, a Sinbad - O Marujo. O patriarca Fuad Zegaib fundou, também, o Longchamp, na mesma baixa Augusta. Depois, em 1961, numa porta de garagem na Alameda Santos, abriu o Dinho's Place, casa que atravessou décadas, passou por bons e maus momentos e existe até hoje.
A primeira indagação diante de um passado assim é entender por que o Dinho's, uma das churrascarias mais tradicionais da cidade, que chegou a existir em três endereços, não manteve a expansão como a concorrente Rubaiyat, que ficava do outro lado da rua. A questão leva mais longe do que à descoberta de rupturas e desavenças entre sócios, que tiveram seus efeitos nos negócios. Descortina a atividade de uma família presente na gastronomia e na vida noturna de São Paulo há mais de 50 anos, com os mais diferentes tipos de empreendimentos.
Com um chopp diante de si, numa mesa do restaurante Mabella & TonTon, seu mais novo negócio, o empresário Paulo Zegaib, filho do fundador do Dinho's, começa a enumerar as casas que teve, as que vendeu e o que continua nas mãos da família. A lista é vasta. Quem acompanha minimamente os lugares de sucesso da cidade (e não só) conhece um pouco de sua história. Paulo foi sócio do Cabral - bar que bombou nos anos 1990 e tinha Luciano Hulk entre os donos - e também do Sirena, em Maresias. Além desses dois, há perto de uma dezena de outros nomes entre bares, boates e restaurantes.
Agora, aos 45 anos, mais dedicado à família, Paulo diz que quer distância da vida noturna e pretende se concentrar apenas na restauração. O Mabella & TonTon reabriu há um mês depois de uma ampla reforma, com novo cardápio e um conceito mais definido. Faltava um conceito, como ele mesmo reconhece, à casa que existia há quatro anos e era um misto de bar e restaurante. Transformada numa steak house, segundo o modelo americano tradicional, ela deve ser o ponto de partida para o empresário se expandir, oferecendo algo que sabe fazer de verdade: preparar carnes.
"Cresci no Dinho's", costuma dizer ele, um dos três filhos de Fuad e o único que seguiu o mesmo ramo. "Sou cozinheiro: é o que gosto, o que sei fazer." Junto à grelha, aprendeu não só a distinguir os tipos de carne e o ponto de servi-las, mas também a acompanhar o rumo dos negócios. "Lembro das crises, do boom do plano cruzado, quando o número de couverts triplicou e logo em seguida, da falta total de ingredientes." Nos anos 1990, já com desejos de independência, ele pensou abrir um restaurante francês. O pai foi contra. A divergência resultou no seu afastamento do Dinho's e do Rose Bif, churrascaria fast-food na esquina da Augusta com a Oscar Freire, também da família.
Longe do pai, Paulo mergulhou na noite. Os anos seguintes foram de bares, boates, baladas e boemia. Pertenceu a três grupos empresariais: do Cabral, Sirena e Pacha. A Pacha ainda existe: é a franquia de uma boate espanhola de música eletrônica, criada em Ibiza, que se espalhou pelo mundo. "Hoje não sei mais o que toca, quem é o DJ da hora e ouço coisas bem mais calmas. A música tecno nunca foi minha favorita, mas foi com ela que ganhei mais dinheiro."
Decidido a se concentrar apenas na gastronomia, Paulo foi para os Estados Unidos e visitou uma infinidade de steak houses. Delas trouxe o novo formato para o Mabella & TonTon e itens importantes do cardápio: a wipped butter (manteiga batida), o pão de cebola, saladas e sobremesas típicas, como a lemon pie. Embora o forte sejam os grelhados - carnes e peixes -, para abrir o leque e conquistar um público mais amplo, incluiu risoto e massa no menu, pratos mais baratos, que considera mais femininos. Para os carnívoros, o destaque é a picanha Kobe, de procedência argentina.
Lagostas vivas, também típicas do modelo americano no qual se inspirou, é outra novidade que Paulo pretende apresentar mais para frente. Pela primeira vez sem sócios, divide seu tempo entre o Mabella e o Dinho's, onde voltou a ajudar o pai, que agora está com 78 anos. A vantagem da parceria é que as duas casas usam os mesmos fornecedores e otimizam compras.
Como a restauração vive em permanente mudança, é preciso "rejuvenescer sempre, do cardápio à decoração", diz. "Quer ver uma coisa? Hoje, nas churrascarias, não se usa mais a imagem do boi no logotipo. As pessoas preferem não ver o animal que estão comendo."
Nesses anos de estrada, em que somou sucessos e insucessos, Paulo aprendeu o quanto o comércio é difícil. "Embora exista uma receita completa de como fazer um restaurante, minha experiência me ensinou que as pessoas desenvolvem um negócio pensando no dinheiro que vão gastar para construir a casa, e não no que vão gastar para fazê-la funcionar." Certo de que o sucesso é bastante subjetivo, repete a máxima do cozinheiro globetrotter Anthony Bourdain: "Quando começam a entrar os consultores é o começo do fim. É muito fácil apontar o que está errado. Consertar é o problema."

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

COM TARIFA MENOR, BRASILEIRO VIAJA MAIS DE AVIÃO

A demanda por voos no mercado aéreo doméstico aumentou 31,45% em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em relação à oferta, o aumento foi de 15,44%. Com isso, a taxa de ocupação chegou a 73,37%, após ter sido 64,43% em abril de 2010.
Dois fatores levam o brasileiro a viajar mais de avião, especialmente em percursos interestaduais: a renda média dos assalariados está em alta e o preço das passagens, em baixa. Essa relação aparece ao se comparar os dados da Anac e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reajustados pela inflação (IPCA).
Em dezembro de 2002, a renda média do trabalho nas regiões metropolitanas era de R$ 1.395,94 e o preço médio da passagem aérea era de R$ 616,58 (valor atualizado). Em dezembro passado, o salário médio passou a ser de R$ 1.548,32, enquanto a tarifa aérea caiu para 299,87. A tarifa média anual caiu de R$ 460,82 em 2002 para 259,93 em 2010 (veja tabela). "Desde abril de 2010 não há mais qualquer regulação de preços sobre passagens aéreas no Brasil, permitindo a ampla concorrência e total liberdade para as empresas realizarem promoções", diz o Superintendente de Regulação Econômica da Anac, Carlos Eduardo Pereira Duarte.
Segundo Duarte, a queda nos preços é resultado do aumento da competição no setor, gerada pela participação crescente das companhias aéreas de menor porte no mercado brasileiro. As duas maiores empresas do setor controlavam 93,60% do mercado em abril de 2008. No mesmo mês deste ano essa participação caiu para 80,99%.
Ele conta que o regime de liberdade tarifária foi iniciada em agosto de 2001 e ratificada pela lei 11.182 em 2005, nos voos domésticos. Nos voos internacionais, o processo começou em abril de 2009.

INTERNACIONAL

Segundo a Anac, a demanda nos vôos internacionais operados por empresas brasileiras cresceu 34,88% em relação a abril do ano passado. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 18,59%. A taxa de ocupação atingiu a marca de 81,13%.
A oferta é representada pelo conceito de assento-quilômetro oferecido, o qual representa a quantidade de quilômetros percorridos por cada assento oferecido. Já a demanda é representada pelo passageiro-quilômetro transportado, o qual representa a quantidade de quilômetros voados por cada passageiro.

AVIÃO X ÔNIBUS

Com a tarifa mais barata, o brasileiro pode optar pelo avião, que oferece mais conforto e menos horas de poltrona para o mesmo percurso. O ônibus, porém, continua sendo o principal meio de transporte. Nos 720.983 voos interestaduais dentro do território brasileiro em 2010, foram transportados 66,7 milhões de pessoas; e nas 2.562 linhas, as viações levaram 132,8 milhões de passageiros.

FAMÍLIAS INVESTEM MAIS EM VIAGENS

O crescimento do mercado de viagens neste período aparece também na Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE. Apesar da redução dos custos na parte aérea, o brasileiro passou a consumir mais do orçamento familiar com todos os gastos relacionados com viagens: transporte, alimentação, hospedagem e passeios. A proporção passou de 1,65% em 2002 para 1,8% em 2010.

(Fonte : Bonde News / imagem divulgação)

PROGRAMA DE FIDELIDADE GARANTE VIAGEM GRATUITA A PARTICIPANTE

Quem não quer uma passagem de avião grátis, com prioridade na hora do check-in e acesso a uma sala VIP com sofás para descansar? Hoje não é mais preciso ser milionário para ter algumas vantagens nos aeroportos, já que os programas de fidelidade de companhias aéreas permitem essas e outras facilidades na hora de viajar.
Voar por companhias aéreas que possuem programas de fidelidade ou concentrar os gastos em cartões de crédito que transformam as despesas em milhas são hoje as principais formas de acumular pontos nesses programas. A quantidade de milhas ou pontos adquiridos varia de acordo com a companhia, o destino, a classe do voo e a categoria do passageiro no programa de fidelidade.
Fátima Pissara, 34, executiva da Nokia, faz cerca de dez viagens por ano usando somente as milhas acumuladas em programas de fidelidade. Os que mais usa são o AAdvantage, da American Airlines, e o TAM Fidelidade, mas a executiva participa também do Smiles, da Gol, além de acumular milhas nos cartões de crédito American Express e Citibank.
"Quando você tem um bom cartão de fidelidade, acaba usando mais aquela companhia área. Você escolhe um programa para focar e acaba tendo mais vantagens. Por exemplo, como tenho mais pontos acumulados no programa da TAM, só uso a Gol se a passagem estiver muito mais barata, mas geralmente troco por milhas e vou de TAM", explica ela.
Com apenas três anos, sua filha, Carolina Pissarra, também tem um cartão de fidelidade vermelho da TAM, categoria máxima da companhia.
A executiva acaba resgatando passagens também para a família e os amigos. "Se eu tenho uma amiga que mora em Florianópolis e quero que ela venha para cá, procuro uma promoção e emito uma passagem para ela."
Além de passagens, os programas de fidelidade oferecem outros benefícios, como upgrades para a classe executiva e maior limite de bagagem. "No programa da TAM, se você tiver o cartão vermelho, pode viajar para o exterior com quatro malas em vez de duas. Isso é um bom diferencial."

VIAJANTES DE ÔNIBUS TAMBÉM GANHAM BILHETE

Passageiros de avião não são os únicos a obter vantagens com programas de fidelidade. Quem viaja de ônibus também pode ganhar passagens gratuito por meio dos programas de algumas empresas.
Criado em 2004, o programa de fidelidade da viação Itapemirim premia com uma passagem quem fizer, no período de um ano, dez viagens em trechos superiores a 200 km. O bilhete pode ser trocado em qualquer época, com exceção do mês de julho, e tem validade de um ano. O destino da viagem deverá ser o mesmo de uma das dez viagens feitas anteriormente.
Já a empresa Brasil Sul concede uma passagem em ônibus convencional a cada 15 pontos acumulados e uma passagem em ônibus leito para quem juntar 30 pontos. Viagens em ônibus convencional valem um ponto, e em ônibus leito, dois pontos. Os pontos acumulados valem por um ano.
As passagens não podem ser trocadas nos meses de janeiro, fevereiro e dezembro nem em datas comemorativas e feriados.

MILHAS EM NÚMEROS

4 empresas são as principais provedoras de pontos e milhas no Brasil

14 milhões de passagens já foram resgatadas no programa de milhas da TAM

881 voos diários são executados pela TAM, em média

7,5 milhões de viajantes são cadastrados no programa da Gol, o Smiles

30 mil é a média mensal de novos cadastros no programa Smiles

5 pessoas de uma família podem acumular pontos em uma mesma conta da Avianca

5% do preço de cada tarifa são acumulados como crédito aos participantes do Tudo Azul

27 membros compõem a maior associação de companhias aéreas do mundo para sistema de milhas, a Star Alliance

603,8 milhões de passageiros voam pelos integrantes da Star Alliance anualmente em todo o mundo

O MELHOR EM MEU PROGRAMA

"O diferencial do Programa Amigo é oferecer a Conta-Família, pela qual o passageiro pode inscrever até quatro familiares numa mesma conta e acumular mais rápido os pontos para viajar gratuitamente a qualquer um dos destinos domésticos operados pela Avianca"
JOSÉ EFROMOVICH presidente Avianca Brasil

"Um dos diferenciais do Smiles é a possibilidade de emitir bilhetes com antecedência de até 90 minutos antes de voos domésticos. Além disso, o programa é o que mais oferece milhas nos voos realizados, com a maior validade"
CONSTANTINO DE OLIVEIRA JR. presidente da Gol Linhas Aéreas

"O TAM Fidelidade, que criamos em 1993, usa pontos em vez de milhas, o que significa menos contas e mais viagens. Também somos os únicos com assentos irrestritos: se houver disponibilidade para compra, haverá para resgate. Com 10 mil pontos, já é possível obter um bilhete para voos nacionais. Em ocasiões promocionais, 4.000 pontos podem se traduzir em viagem para trechos domésticos. O cliente ainda pode realizar atualizações de classe, acumular e resgatar pontos em companhias membro da Star Alliance"
LÍBANO BARROSO presidente da TAM Linhas Aéreas

"A grande vantagem do Tudo Azul é que o programa permite a utilização dos créditos sem restrições de data ou destino, ou seja, o cliente fica livre para escolher como, quando e onde quer usar"
PAULO NASCIMENTO diretor de marketing da Azul Linhas Aéreas

SISTEMAS DE MILHAGEM COMEÇARAM HÁ 30 ANOS

O primeiro programa de milhagem foi criado em 1981 nos EUA pela companhia American Airlines. Com o nome de AAdvantage, foi o primeiro a premiar seus clientes mais frequentes com milhas aéreas, que podiam ser trocadas por passagens grátis.
Dias após o surgimento do AAdvantage, a americana United Airlines criou o seu próprio programa de milhagem, com duas vantagens: um bônus de 5.000 milhas para quem se cadastrasse e milhas sem data de validade. Outras companhias, como a Delta e a TWA, criaram seus programas no mesmo ano.
Além de passagens aéreas, os passageiros cadastrados nesses programas podem usufruir de outros benefícios, como mudanças para a classe executiva ou primeira classe, check-in e embarque preferenciais e prioridade na lista de espera em voos mais concorridos.
Outro item oferecido é o acesso a salas exclusivas nos principais aeroportos internacionais. No programa da United Airlines, por exemplo, o passageiro pode usar um dos 40 espaços restritos da companhia ao redor do mundo. Os espaços oferecem drinques e lanches, além de revistas, jornais e acesso à internet. Alguns deles possuem ainda salas de reunião.
Já o usuário do programa de fidelidade da AirFrance-KLM, pode tomar um banho no recinto restrito do aeroporto internacional de Amsterdã ou levar os filhos ao espaço reservado às crianças no lounge do aeroporto de Heathrow, em Londres.
As companhias também premiam passageiros frequentes com meios de acumular mais milhas. Além de receberem mais pontos por trecho voado, esses passageiros costumam ter preferência em promoções das companhias aéreas.
A American Airlines, por exemplo, oferece a alguns dos participantes do AAdvantage o programa Platinum Challenge, no qual o passageiro que acumular 10 mil milhas em voos de companhias parceiras em um período de três meses passa automaticamente para a categoria Platinum, que traz mais vantagens. Para alcançar essa categoria em condições normais, é necessário acumular 50 mil milhas ou voar 60 trechos em um ano. Segundo a American Airlines, o Platinum Challenge é oferecido apenas para alguns passageiros e tem um custo de participação que varia de US$ 180 a US$ 240.
Com a popularização dos programas de fidelidade, algumas companhias resolveram juntar forças. Em 1997, surgiu a primeira aliança internacional, a Star Alliance, que reunia os serviços de cinco grandes empresas aéreas. Hoje a Star Alliance possui 27 membros, que fazem cerca de 21 mil voos diários.
Além da Star Alliance, existem duas outras grandes alianças internacionais: a Oneworld e a Sky Team, ambas com 12 membros. Juntas, as três alianças concentram os voos de 1,32 bilhão de passageiros por ano e operam em 181 países.
Em cada uma das alianças, é possível juntar e gastar milhas em todas as companhias participantes, e o passageiro tem acesso aos benefícios de todos os membros.

BRASIL CRIOU PRIMEIRO PROGRAMA HÁ 18 ANOS

A primeira companhia aérea brasileira a desenvolver um programa de fidelidade foi a TAM, em 1993, e hoje conta com 8,3 milhões de pessoas associadas.
A partir de então, outras empresas aderiram à ideia. O Smiles, programa que atende a Gol e a Varig, foi criado em 1994, e atualmente tem mais de 7,5 milhões de passageiros cadastrados. Os outros principais programas brasileiros são o Amigo, da Avianca, e o Tudo Azul, da Azul.
Enquanto a Gol trabalha com o conceito de milhas aéreas, a TAM e a Avianca utilizam um sistema de pontos para calcular o resgate de passagens. Já a Azul trabalha com créditos, cada um equivalendo a R$ 1.
Das quatro companhias, apenas TAM e Gol fazem voos internacionais, tendo parceria com empresas estrangeiras. A TAM é membro da Star Alliance, que conta com 26 outras companhias aéreas, e a Gol possui acordos com as empresas Air France-KLM, Delta e American Airlines.

CARTÕES DE CRÉDITO TAMBÉM PODEM ACUMULAR PONTOS

Não é necessário voar para conseguir passagens grátis por meio de programas de fidelidade. Muitas pessoas usam os cartões de crédito para concentrar seus gastos e acumular pontos para resgatar em passagens aéreas.
Cada cartão - dos muitos existentes - possui sua particularidade. Por isso, é recomendável analisar atentamente os detalhes antes de escolher aquele que mais convém à sua necessidade.
Praticamente todos os bancos oferecem cartões ligados a programas de fidelidade, que podem ser do próprio banco ou uma parceria com companhias aéreas -caso do cartão TAM Itaucard, do Avianca PanAmericano e do Bradesco Smiles.
Alguns oferecem vantagens, como maior número de pontos a cada real ou dólar gasto, mas o cliente deve ficar atento às taxas de anuidade cobradas

OBTER REEMBOLSO DE PONTUAÇÃO PODE EXIGIR PACIÊNCIA

Usar programas de fidelidade pode ser vantajoso, mas, para aproveitar todos os benefícios oferecidos por eles sem perder dinheiro, o consumidor deve ficar atento às regras de cada companhia aérea. Para trocar a data de uma passagem já marcada, por exemplo, algumas companhias cobram uma multa, a ser paga com o crédito de pontos ou milhas. O restante deve ser devolvido, mas a espera pode ser longa.
Foi o que aconteceu com o servidor público Julio Tiraboschi, 30, ao marcar uma passagem para seu irmão em janeiro de 2010 pela TAM. "Meu irmão estava indo para a Alemanha fazer um curso e queria chegar ao país no início de janeiro. Tentei resgatar uma passagem com meus pontos, mas a TAM afirmou que não havia assentos disponíveis naquele período, então marquei o bilhete para o fim do mês.
Dias depois, meu irmão descobriu que deveria realmente chegar à Alemanha no começo de janeiro e tivemos que trocar a data da passagem", conta ele.
Para cancelar o voo já marcado, Tiraboschi teve que usar 10% dos pontos gastos no resgate do bilhete aéreo para pagar uma multa e pedir a devolução do restante para sua conta no programa TAM Fidelidade. "Acabei comprando a passagem em dinheiro na data em que queria inicialmente. Ou seja, havia assentos disponíveis, mas não para a troca com pontos do programa de fidelidade."
O maior problema ocorreu na hora de receber o restante dos pontos de volta. "Passei meses indo até a loja da TAM e ligando na central de atendimento da companhia. O atendente da loja dizia que eu deveria resolver o problema pelo telefone e quando eu ligava na central me falavam para ir até uma loja da empresa para resgatar os pontos." O servidor público só recebeu seus pontos após dois meses de muita insistência.

REEMBOLSO

Para mudança de datas ou cancelamento de passagens, a TAM cobra uma taxa administrativa de 10% do valor do trecho resgatado com pontos. Segundo o site da companhia, o prazo para o reembolso de passagens resgatadas com pontos é de até 30 dias. Já a Gol devolve a totalidade das milhas para a conta Smiles do passageiro, desde que elas estejam dentro do prazo de validade. Milhas expiradas não são reembolsadas. Também é cobrada uma taxa administrativa de R$ 50, para bilhetes emitidos no Brasil, e o equivalente a US$ 30 para bilhetes emitidos no exterior, com valor convertido na moeda do país.
A Azul devolve os créditos de seu programa de fidelidade no caso de voos cancelados, mas mudanças na data ou destino dos bilhetes estão sujeitas à cobrança de taxas previstas nas tarifas aéreas.
Pelo programa Amigo, da Avianca, o passageiro deve pagar uma taxa administrativa para a remarcação de bilhetes emitidos através do resgate de pontos. Em caso de cancelamento, são reembolsados apenas os pontos que ainda estão dentro do prazo de validade.

RECLAMAÇÕES

Segundo o Procon, os programas de fidelidade de companhias aéreas são alvo de poucas reclamações e a principal queixa é a falta de informações ou falta de clareza nos regulamentos.
Um relatório de 2010 do órgão de defesa do consumidor indica que as companhias TAM e Gol tiveram um baixo índice de solução de problemas no último ano. De acordo com o relatório, mais de 65% das reclamações dos consumidores das duas empresas não foram atendidas de forma satisfatória. Atrasos em voos, bagagens danificadas ou extraviadas, dificuldades para cancelar passagens ou receber reembolsos e falta de informações sobre regras das companhias aéreas estão entre os principais problemas citados.

GASTANDO MAIS PONTOS, CLIENTE OBTÉM BILHETE SEM RESTRIÇÕES

Em comunicado enviado por sua assessoria de imprensa, "a TAM Linhas Aéreas informa que abriu um processo no Fale com o Presidente, serviço de atendimento ao cliente da companhia, para investigar o caso do senhor Júlio Tiraboschi, já que o cliente não havia aberto um processo no SAC [serviço de atendimento ao cliente]". A empresa declara que irá informar o passageiro assim que tiver uma posição.
Em entrevista à Folha por telefone, o porta-voz da empresa explicou que a TAM não limita mais em seus voos os assentos que podem ser resgatados por meio de pontos do programa de fidelidade. Com um número maior de pontos, é possível resgatar passagens sem limite de assentos ou datas. Por exemplo: se o passageiro quiser resgatar uma passagem para a Europa na classe econômica durante a baixa temporada, que vai de 15/3 a 31/5 e 16/8 a 30/11, ele gastará 30 mil pontos por uma passagem restrita, sujeita à limitação de datas e assentos. Se estiver disposto a gastar 100 mil pontos, pode obter uma passagem na mesma classe e no mesmo período sem nenhuma restrição.
Voos em cidades do Brasil e da América do Sul também não têm, atualmente, restrição de assentos ou datas na companhia.

MERCADO ILEGAL DE MILHAS CORRE SOLTO ENTRE OS INTERNAUTAS

É proibido comprar ou vender milhas, informam a TAM e a Gol logo no início de seus regulamentos de programa de fidelidade. Mas, ao procurar pelo Google, várias ofertas aparecem, inclusive anúncios em destaque patrocinados pelo buscador.
"A passagem pode ser colocada no nome de quem você quiser", deixa claro o site da TAM. Assim, na prática, fica difícil fazer a norma valer.
"É como se eu estivesse dando um presente para um amigo", explicou por telefone à Folha um simpático vendedor do Paraná, encontrado pelo site Mercado Livre. Ele foi contatado durante uma simulação de compra de milhas pela reportagem.
O preço dele para vender 10 mil milhas é R$ 400. O mesmo valor é cobrado por uma mulher da Paraíba que anunciava milhas na rede social Orkut e falou pelo comunicador instantâneo MSN. Ela dizia que possuía pontos tanto da TAM como da Gol - a reportagem criou e-mail e MSN falsos para a pesquisa.
Já para vender, o preço oferecido pela empresa que se divulga no site Classiwebfacil.com.br como "Viajar Fácil" foi de R$ 290 para 10 mil milhas da TAM e de R$ 280 para a mesma quantia da Gol. Mas a atendente disse que, devido ao "alto estoque de milhas da TAM", só voltariam a comprar pontos dessa companhia em dois dias.
A Viajar Fácil conta no site ter "dez anos de experiência no mercado". Sua atendente demonstra profissionalismo e é precedida no telefone por gravação com o nome da empresa e
o anúncio de que "vendem passagens aéreas".

COMPENSA?

O vendedor do Paraná diz que não vale a pena comprar milhas para percursos curtos, como de São Paulo ao Rio, ou até para Buenos Aires. Ele recomenda o uso para viajar ao Nordeste, principalmente no fim do ano.
Afinal, 20 mil milhas da TAM -vendidas ilegalmente por R$ 800- permitem ida e volta a qualquer destino do Brasil, em qualquer época.

GUIA DE MILHAGENS

Tire suas dúvidas em 20 perguntas e respostas sobre acúmulo de pontos e troca de bilhetes nas companhias aéreas

1 - COMO FUNCIONA?
Trata-se de um programa de fidelização em que o cliente ganha pontos a cada passagem comprada (no caso da Azul, acumula-se valores em créditos). Ao atingir determinada quantidade, é possível trocar por trechos aéreos. Alguns cartões de crédito também contam pontos, e a troca pode ser por passagens de companhias aéreas parceiras ou diversos produtos -como locação de veículos, jantares e diárias em hotéis

2 - COMO SOU MEMBRO DE UM PROGRAMA?
Com as companhias aéreas, é preciso se inscrever, o que pode ser feito pelo site da empresa. Nos cartões, é preciso adquirir um que possua programa de fidelização

3 - PRECISO TER CARTÃO DE CRÉDITO?
Não. É possível acumular pontos usando só os programas das companhias aéreas

4 - QUAIS SÃO AS RESTRIÇÕES PARA ME FILIAR A UM PROGRAMA?
Não há, no caso das companhias. Quanto aos cartões, eles podem exigir uma renda mínima

5 - NÃO COSTUMO VIAJAR DE AVIÃO. FICO DE FORA DOS PROGRAMAS?
Não são exigidas viagens mínimas para se filiar aos programas das companhias aéreas, mas quanto mais viagens, mais pontos são acumulados. Com cartões, seu uso em compras vale pontos

6 - COMO VEJO MINHA PONTUAÇÃO?
Na maioria dos casos, é possível consultar os pontos no site das companhias. Se você não possui uma senha, entre em contato com a empresa. Algumas também enviam extratos mensais por e-mail. Nos cartões, muitos boletos de cobrança incluem essa informação

7 - A PARTIR DE QUANTOS PONTOS EU CONSIGO TROCAR PASSAGEM?
Depende de cada programa. Muitas companhias fazem promoções, com trocas possíveis, por exemplo, a partir de mil pontos. Para trechos internacionais, o valor pode ser de 10 ou 15 mil. No caso da Azul, cada crédito equivale a R$ 1. A partir de 50 créditos, o passageiro já pode ter desconto no valor do bilhete

8 - COMO MARCO UMA VIAGEM UTILIZANDO MINHAS MILHAS?
No caso dos programas das companhias, o processo é o mesmoda compra em dinheiro. Será preciso informar os dados do cartão fidelidade

9 - TENHO PRAZO PARA USAR MEUS PONTOS?
Sim, normalmente eles têm validade. A expiração depende de cada programa

10 - FAÇO VIAGEM PELA MINHA EMPRESA, POSSO ACUMULAR OS PONTOS?
Sim. Mesmo com outra fonte pagante, os pontos valem para o nome emitido na passagem

11 - POSSO PARTICIPAR DE VÁRIOS PROGRAMAS DE FIDELIDADE AO MESMO TEMPO?
Sim. A adesão a um programa não é exclusiva

12 - TENHO 20 MIL PONTOS NO MEU PROGRAMA DE FIDELIDADE E 10 MIL NO MEU CARTÃO DE CRÉDITO. POSSO JUNTAR OS DOIS E TROCAR POR PASSAGENS?
Depende. Os cartões de crédito geralmente permitem a transferência de pontos a partir de 10 mil. Atenção: seu cartão deve ter parceria com o programa de fidelidade do qual você participa

13 - HÁ RESTRIÇÃO DE DATAS PARA USAR MEUS PONTOS?
Depende. Algumas companhias restringem o uso dos pontos para a baixa estação. Voar na alta estação pode custa mais pontos, por exemplo. Há promoções que permitem o resgate com menos pontos do que a regra geral do programa

14 - SOU MEMBRO DE UM PROGRAMA, FIZ A VIAGEM, MAS MEUS PONTOS NÃO FORAM CONTABILIZADOS. O QUE FAÇO?
Entre em contato com a companhia. Ela deverá atualizar sua pontuação. Fique atento com os prazos, que variam de acordo com cada programa

15 - NÃO APRESENTEI MEU CARTÃO FIDELIDADE NO CHECK-IN. POSSO AINDA COMPUTAR OS PONTOS?
Sim. Entre em contato com a companhia para atualizar sua pontuação, atentando para o prazo, que varia de acordo com cada programa

16 - TENHO MUITOS PONTOS. POSSO DOÁ-LOS OU VENDÊ-LOS?
O benefício não pode ser transferido para outra pessoa, mas o titular pode emitir uma passagem em nome de outro passageiro. Legalmente, a venda não é permitida

17 - ESTOU TENDO PROBLEMAS COM O MEU PROGRAMA DE PONTUAÇÃO. ONDE POSSO RECLAMAR?
Primeiro, procure a empresa responsável pelo programa. Se o problema não for resolvido, entre em contato com o Procon ou com os outros órgãos de defesa do consumidor

18 - ACUMULEI PONTOS, MAS A COMPANHIA FOI À FALÊNCIA OU COMPRADA POROUTRA EMPRESA. AINDA TENHO DIREITOS?
De acordo com a advogada da OAB Joung Won Kim, quando uma companhia vai à falência, o consumidor corre o risco de arcar com o prejuízo, pois está em último na lista de prioridades da massa falida. Se empresa foi comprada, em geral, a outra assume os pontos

19 - QUAIS SÃO OUTROS BENEFÍCIOS PARA A MINHA VIAGEM ALÉM DA TROCA POR PASSAGEM GRÁTIS?
Alguns programas oferecem outros benefícios, como diárias em hotéis, descontos em restaurantes e aluguel de carros. Consulte o site do seu programa de fidelidade

20 - TENHO DÚVIDAS. ONDE POSSO ESCLARECÊ-LAS?



TAM
http://www.tam.com.br/
4002 - 5700
0800 - 5705700


Gol
http://www.voegol.com.br/
0800-8870000

Avianca
http://www.avianca.com.br/ 4004-4040
0300-789-8160
Azul
http://www.voeazul.com.br/ 0800-7021053

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)