segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TURISTAS BRASILEIROS GASTAM US$ 21 BI


A economia pode estar patinando, mas com renda maior e emprego garantido, o brasileiro nunca viajou tanto no exterior. Assim, os gastos lá foram devem somar mais de US$ 21 bilhões, cerca de R$ 45 bilhões, o equivalente a tudo o que o governo precisou desembolsar ao longo de 2012 para estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). De olho no instinto consumista dos nossos turistas, as operadoras de viagens montam pacotes exclusivos para quem está disposto a viajar para comprar. Há programas para quem quer fazer o enxoval do bebê, renovar o guarda-roupa ou apenas ir atrás dos presentes de Natal. A tendência chamou a atenção da Receita Federal, que redobrou a vigilância nos principais aeroportos do país e já pediu reforços para os feriados de fim de ano.
O patamar de gastos deste ano é similar ao de 2011, mas ganha peso considerando-se o fraco desempenho do PIB brasileiro, que cresceu apenas 0,6% no último trimestre, causando surpresa na própria equipe econômica. Ao longo deste ano, o governo tenta estimular a economia com medidas que incentivam o crédito e o consumo interno, como a redução do IPI para automóveis e linha branca, além da desoneração da folha de pagamento em alguns setores.

ROUPAS, IPAD, RELÓGIO E ÓCULOS

Segundo levantamento da aduana do Galeão feito a pedido do GLOBO, já são 600 mil viajantes por ano a mais do que em 2010 no aeroporto. A alfândega nunca recolheu tantos tributos sobre mercadorias trazidas de fora, segundo o inspetor-chefe-adjunto, Fernando Fraguas. A arrecadação praticamente dobrou em dois anos. As guias de recolhimento de impostos, os Darfs, passaram de uma média de R$ 594 por passageiro em 2010 para R$ 1.000 até setembro deste ano, de acordo com o estudo. O valor inclui o que os viajantes declaram espontaneamente e o que são obrigados a pagar após serem pegos pelos fiscais da Receita.
Mas esta é apenas uma amostra da capacidade de compra do brasileiro, que, de acordo com dados do Banco Central, deixa nada menos que R$ 5,4 milhões por dia no exterior. Sobre boa parte do que traz na bagagem não incidem impostos, como no caso de roupas, acessórios e eletrônicos para uso pessoal. Os dados da aduana do Galeão mostram que a média mensal de voos internacionais que desembarcam no Rio saltou de 1.200 há dois anos para quase 1.400 em setembro. Com mais voos e uma frota renovada de aviões, de maior porte, o fluxo de passageiros que chegam ao Galeão é de mais de 180 mil por mês, ante 130 mil em 2010. Nas malas, cada vez mais roupas e acessórios.
Maior operadora de viagens da América Latina, a CVC tem três pacotes especiais para quem quer gastar: "Compras em Miami", "Nova York com compras" e "Compras em Orlando". Há até programas para aproveitar as promoções da Black Friday nos EUA. Pesquisa da Global Blue mostra que o desembolso de brasileiros passou de ¬ 98 milhões para ¬ 208 milhões. Esses chamados "compradores globais" realizaram uma média de cinco idas ao exterior em 2011. Considerando apenas a última viagem ao exterior, cada comprador gastou uma média de ¬ 1.190.
A médica Denise Barbosa Lima, de 31 anos, embarcou ontem para Orlando, onde pretende passear e ir às compras.
- Vou mais por curiosidade. Pretendo comprar coisas para a minha casa nova, algumas roupas e eletrônicos, entre eles um iPad. Minha mãe me encomendou um relógio e meu irmão, um par de óculos - disse, antes da viagem.
Mas não é só a renda do brasileiro que explica o movimento. A pesquisa da Global Blue mostra que cerca de 60% dos turistas compram fora do país porque encontram novidades ainda não lançadas aqui e pelo preço, cuja diferença pode ser gritante.
Dados do Movimento Brasil Eficiente mostram que enquanto um iPhone4 (32GB) sai ao equivalente a US$1.322,26 no Brasil, a média mundial, já considerado o imposto, é de US$ 589,20. Um tênis Nike air Max Courtballistec cai do equivalente a US$ 320 aqui para US$ 140. Um vidro de perfume Gucci Guilty (75 ml) sai a US$ 106,77 no exterior contra US$ 189,03, se comprado aqui, cerca de R$ 380. Com a diferença, o viajante compra cinco blue-rays do X-Men, que lá fora sai a US$ 15,05, contra US$ 34,59 no Brasil.
- Isso explica em boa medida a euforia do turista - disse o inspetor Fraguas.

FOCO NAS ROTAS DOS EUA

Por isso mesmo, mais do que os turistas que chegam carregados ao Brasil, o maior alvo do Fisco são aquelas pessoas que fizeram da viagem de compras um meio de vida. Em muitos casos, a diferença de preços pode não apenas pagar a viagem como também virar fonte de receita. Na última quinta-feira, os fiscais do Galeão apreenderam a bagagem de um passageiro que trazia nada menos que 270 camisas de uma famosa grife italiana. Segundo Fraguas, esse ainda não é um grupo representativo, mas começa a incomodar.
- Estamos atrás da destinação comercial das compras lá fora, do tráfico de drogas e importação irregular de suplementos alimentares, que passaram a ser proibidos pelas autoridades competentes no país e passaram a ter tratamento análogo a drogas - explicou.
Para chegar a essas pessoas, a inteligência tem trocado informações com outras aduanas, verificado os carimbos repetidos dos passageiros no passaporte em um curto período de tempo e até mesmo a declaração do Imposto de Renda em casos extremos. Há ainda casos de denúncias e investigações com base em dados postados em redes sociais. Muitos apostam na grande quantidade de passageiros para tentar passar despercebidos ou em algumas estratégias para tentar driblar o Fisco.
- Ninguém tem sorte sempre. A Receita tem aprimorado o treinamento dos funcionários, que podem verificar carimbos repetidos ou notar um nervosismo no passageiro - disse Fraguas.
As autoridades também já identificaram as rotas mais frequentes de quem viaja para revender produtos. O principal país de origem é Estados Unidos. Mas, sabendo que o Fisco tem monitorado os voos de procedência americana com lupa, os contrabandistas passaram a buscar rotas alternativas, como voos com escalas no Panamá e em Santiago.
O Galeão este ano tomou a dianteira e já é o principal aeroporto do país a alimentar um sistema do Fisco com dados de ações fiscais concluídas.

(Fonte : Jornal O Globo / imagem divulgação)

FLUXO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS DEVE SER 10% MAIOR EM DEZEMBRO E JANEIRO


O fluxo de passageiros deverá ter um aumento de 10% nos 63 aeroportos públicos brasileiros neste final de ano e em janeiro de 2013, em relação ao mesmo período de 2011 e 2012. Segundo a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, são esperados 25,7 milhões de passageiros nos 63 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Para atender a esse aumento de demanda, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero ampliarão as equipes de fiscalização e atendimento. A Anac fará, por exemplo, fiscalização especial com 290 servidores em 12 aeroportos do país: Antonio Carlos Jobim/ Jobim/Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro), Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Brasília, Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte), Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Curitiba.
A Infraero aumentará em 55% os funcionários identificados com coletes amarelos, que ajudam passageiros no aeroporto. No ano passado, foram usados 234 funcionários. Neste ano, serão 363. “É uma garantia de que teremos um final de ano com atendimento de qualidade para a população”, disse o ministro da secretaria, Wagner Bittencourt.
No Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, a Polícia Federal e a Receita Federal vão ampliar o efetivo em 63% e 88% em relação ao ano passado, respectivamente.
Em Guarulhos, aeroporto concedido à iniciativa privada, a expectativa é um movimento de 2,8 milhões de passageiros neste mês, ou seja, 10% a mais do que o registrado em novembro. Estão previstos aumentos de 42% no efetivo da Polícia Federal e de 43% no da Receita Federal. A administração também usará 24% mais funcionários para o atendimento dos passageiros.
Segundo Bittencourt, as empresas aéreas também se comprometeram a colocar aeronaves reservas, antecipar manutenções programadas e não vender mais passagens do que a capacidade do avião (prática conhecida como overbooking).

(Fonte : Agência Brasil / imagem divulgação)

ANAC FISCALIZARÁ 12 AEROPORTOS NESTE FINAL DE ANO


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai intensificar a fiscalização em doze aeroportos do País entre 13 de dezembro e 14 de janeiro para evitar problemas durante as viagens de fim de ano, informou, nesta segunda-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Em 2012, a fiscalização foi feita em seis aeroportos. Segundo ele, a autarquia terá 290 servidores que trabalharão na fiscalização e na prestação de informações aos passageiros.
Os aeroportos que terão esse reforço são: Galeão e Santos Dumont (RJ); Brasília; Congonhas, Guarulhos e Viracopos (SP); Confins (MG); Salvador; Fortaleza; Recife; Porto Alegre e Curitiba. De acordo com Bittencourt, a Anac está oferecendo treinamento para as companhias aéreas e para seus servidores para prepará-los para o fim do ano.
"Estamos preparando atuação conjunta para que possamos funcionar de maneira estruturada e organizada", disse. A estimativa da secretaria é de que em dezembro 17,4 milhões de pessoas passem pelos aeroportos do Brasil, número 8% maior do que o registrado em igual mês de 2011.

COMPANHIA AÉREAS TERÃO AERONAVES RESERVA NO FIM DO ANO

As companhias aéreas assumiram uma série de compromissos para evitar problemas nos aeroportos no fim do ano. As empresas se comprometeram a não fazer overbooking (venda de passagens além do lugares disponíveis), manter todas as posições de check-in em funcionamento e ter aeronaves de reserva.
A informação foi dada pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, durante o anúncio das medidas para o setor aéreo no fim do ano, no Rio.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Gol, TAM, Azul/Trip e Avianca devem ter, juntas, sete ou oito aeronaves de reserva, podendo chegar a 11 nos dias de pico

(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)

COM MENOS ASSENTOS DISPONÍVEIS, PASSAGEM BARATA ESTÁ MAIS DIFÍCIL


TAM e Gol – as duas gigantes da aviação brasileira, com, respectivamente, 41,1% e 33,9% de participação no mercado doméstico – já deram o recado: o consumidor que não comprar passagens com antecedência pagará mais caro. Com cada vez menos assentos disponíveis e redução das promoções, as companhias do setor estão com as margens apertadas e buscam saídas para recuperar a rentabilidade. Ao longo de 2012, os balanços dessas empresas e as declarações de seus executivos mostram que a tarefa não tem sido fácil
De acordo com o diretor-presidente da Gol Linha Aéreas, Paulo Kakinoff, 2009 foi o último ano em que a empresa viu boas margens de lucro. "O ano de 2012 traz o cenário mais adverso enfrentado pelo setor até agora", lamenta. O executivo explica que o forte aumento do preço do querosene de aviação – que corresponde a 43% dos custos de operação de uma aeronave – foi um dos principais fatores que provocaram essa reversão de cenário. De fato, relatório elaborado pela Tendências Consultoria aponta que o querosene de aviação, conhecido como QAV, deve encerrar o ano com um reajuste de 18,1%. Para 2013, no entanto, este preço deve apresentar alta bem menor, de 1,8%.

DÓLAR MAIS CARO

Além da pressão exercida pelo combustível, o setor foi bastante impactado nos últimos meses pela valorização do dólar, que começou o ano cotado próximo a 1,90 real e deve fechar 2012 em torno de 2,10 reais. As companhias aéreas têm vários de seus custos fixados na moeda americana, principalmente aqueles relacionados à manutenção e aluguel de aeronaves (tecnicamente conhecido como leasing). De acordo com Cláudia Sender, vice-presidente da unidade de negócios domésticos da TAM, cerca de 60% dos custos da empresa são dolarizados. A Gol revela patamar semelhante: perto de 55% de seus custos entre janeiro e setembro foram em dólar.
A proximidade da alta temporada e o recente anúncio feito pela Gol do encerramento das atividades da WebJet deixaram o consumidor ainda mais atento com o peso desses elementos nos valores que terão de desembolsar para viajarem de avião. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostrou que as passagens aéreas foram o item que mais pesou no índice em novembro – com alta de 10,87% ante um queda de 2,19% em outubro. As empresas do ramo, entretanto, negam que estejam reajustando. Segundo elas, o aumento dos preços é reflexo da sazonalidade do período – termo técnico que se refere à alta temporada e à tendência de as tarifas ficarem naturalmente mais caras nesta época.
Para o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, o aumento ocorrido em novembro não está muito longe do verificado em 2011. "Aparentemente não teve uma grande diferença, até o momento, em relação ao ano passado. A aceleração dos preços é que está sendo mais rápida. Normalmente ela é mais gradual e neste ano ficou mais concentrada no finalzinho de novembro", explica.

VISÕES DIFERENTES

Danielle Crema, superintendente de regulação econômica e acompanhamento de mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), comenta que os resultados do IPC podem implicar um problema de compreensão por não considerar a sazonalidade. Ela diz que a agência reguladora se vale de outra metodologia e de uma base de dados mais ampla. Com base nessas estatísticas, o órgão vê o contrário do IPC: uma queda no preço médio das passagens. "Esses indicadores não consideram a sazonalidade e o perfil do cliente. Às vezes, as informações não são captadas adequadamente. Não quer dizer que é um erro, mas nossa base de dados é maior", justifica.
Para a especialista, as companhias aéreas não têm conseguido repassar seus aumentos de custos para as passagens. "Se você eleva o preço da passagem, as pessoas deixam de voar. Com isso, as empresas não conseguem impor um aumento", explica.

O “X” DA QUESTÃO

Representantes das empresas afirmam que o consumidor nota, na prática, que as passagens estão mais caras devido à estratégia que TAM e Gol adotaram neste ano para baixar custos: a diminuição de oferta de voos, principalmente nos locais onde o custo de operação é mais alto.
As empresas explicam que, de acordo com o modelo de liberdade tarifária adotado em 2002, os preços das passagens são formados levando em consideração dois fatores principais: antecedência da compra em relação à data da viagem e a lotação do voo. Nessa lógica, quanto antes a passagem for comprada, mais barata ela fica. O fator ocupação tem o mesmo sentido, isto é, quanto mais vazio está o avião, mais baratos os bilhetes para aquele voo. Seguindo essa fórmula, menos oferta significa, consequentemente, aviões que enchem mais rapidamente – e maior dificuldade para encontrar os valores promocionais. O consumidor, por sua vez, tem de se planejar com antecedência ainda maior para não pagar valores absurdos.
De acordo com Cláudia Sender, da TAM, a compra antecipada das passagens representa um amadurecimento do mercado brasileiro. "Hoje está mais caro porque a oferta disponível é muito menor. A média de preços pagos não é muito maior do que no ano passado. Esse é um comportamento de indústrias mais maduras. O brasileiro vem amadurecendo em consumo de passagens aéreas", argumenta. "Eles estão aprendendo a comprar passagens para pagar menos". A Gol segue a mesma linha da TAM e recomenda que o usuário se planeje com maior antecedência para evitar custos mais altos.

OUTRAS TARIFAS

Outro fator apontado pelas duas empresas é o aumento das tarifas aeroportuárias – tributos cobrados das aéreas por usar as instalações dos aeroportos, entre outros – e a criação de uma nova tarifa, a de conexão. Elas alertam que esse último fator deverá anular o efeito positivo da desoneração da folha de pagamento para o segmento – anunciada neste ano pelo governo federal, em meio às medidas de estímulo à economia, e que passará a vigorar em 2013.
"O aumento das tarifas terá um impacto de mais de 100 milhões de reais só para TAM. A desoneração da folha será totalmente compensada por esse reajuste", explica Cláudia. Para a Gol, a desoneração da folha teria impacto positivo de 100 milhões de reais no ano que vem, mas este benefício será todo 'comido' e ainda haverá prejuízo porque a alta tarifária trará um impacto negativo de 150 milhões de reais.
Além desses custos, as empresas explicam que a operação no país é encarecida pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que varia de estado para estado. Graças a ele, por exemplo, os custos com combustível ficam até 20% mais caros no Brasil.

NORDESTE X BUENOS AIRES

Executivos das aéreas explicam que a cobrança do ICMS explica por que um voo entre São Paulo e Recife é muito mais caro que o que interliga São Paulo e Buenos Aires, a despeito das distâncias serem semelhantes. Nos voos para fora do país, a empresa não é taxada com o ICMS, pois a tributação dá-se no destino. Nos vôos domésticos, por sua vez, os custos variam pelo fato de o preço do combustível ser diferente em cada localidade onde se aterrissa – tendo em vista que os estados brasileiros possuem alíquotas muito distintas para o tributo.
Kakinoff explica que, enquanto o querosene de aviação tem custo unitário de 0,90 centavos de dólar (aproximadamente 2 reais) na Argentina, esse valor em Guarulhos (SP), por exemplo, salta para 2,66 reais. O maior aeroporto do país é também o que tem o maior custo de abastecimento. Somando-se os valores dos impostos, a Gol estima que um voo no Brasil é 38% mais caro do que no país vizinho.
De acordo com o presidente da Asssociação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, apesar de margens cada vez mais apertadas, as empresas não conseguem fazer grandes aumentos nas passagens. A explicação está na reação do mercado consumidor. "Se a gente subir o preço em 1%, a demanda cai na ordem de 1,4%", explica.

OTIMIZAÇÃO

"Vivemos uma situação em que é preciso otimizar a receita. Aumentar a utilização do capital, colocar mais passageiros dentro das aeronaves e assim mexer na estratégia de preço", comenta a executiva da TAM. A empresa explica que quer se aproximar das taxas de ocupação de outros países, que giram em torno de 80%, enquanto no Brasil a média é de 70%. "O nosso planejamento é de redução de capacidade de 7% em 2013, trabalhando para ganhos de produtividade. Queremos aumentar a taxa de ocupação e melhorar a utilização de ativos. Este ano a gente deve ter redução entre 1% e 2% da capacidade", explica.
A Gol anunciou que reduziu sua capacidade de oferta em abril em 8%. O valor anualizado dessa redução será de 6% a 6,5%, contabilizando o fechamento da WebJet. Contudo, a empresa garante que não deixou de atender nenhum destino nacional, apenas reduziu a frequência de alguns voos, especialmente daqueles com custos mais altos. As regiões mais afetadas por essa redução foram Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

NA CONTRAMÃO

Enquanto as líderes de mercado anunciam redução de oferta, a Avianca (que tem 5,95% de participação no mercado doméstico), a Azul (9,35%) e a Trip (4,53%) falam em ampliação.
As companhias Azul e Trip, que anunciaram fusão em maio, divulgaram por meio de assessoria de imprensa que "não vão diminuir as ofertas e planejam ainda incluir novos destinos e voos à malha aérea – sempre de forma sustentável".
De acordo com o presidente da Avianca no Brasil, José Efromovich, a empresa encerrará 2012 com um aumento de 90% da oferta na comparação com o ano anterior. Segundo o executivo, este crescimento se deve à substituição por novas aeronaves que oferecem mais poltronas. Ele reconhece, porém, o impacto do aumento do combustível para o negócio. "Impactou a Avianca e impactaria qualquer empresa que esteja voando no Brasil. O combustível representa um pouco mais de 40% dos nossos custos", explica.
Efromovich acrescenta que não fosse o aumento, a Avianca passaria do prejuízo dos últimos anos para lucro já neste ano. A empresa vem sofrendo prejuízos desde 2008, ano em que deu início à reestruturação que consiste na substituição das aeronaves. "Nós estamos tendo prejuízo, mas ele vem diminuindo a cada ano e esperamos acabar neste ano de forma estável", disse. Ele explica que um dos fatores que contribuem para a perspectiva positiva é que a empresa opera com uma taxa de ocupação mais alta que a do mercado doméstico como um todo, em torno de 80%.

O FATOR GOVERNO

Além da tentativa de melhora de receita através de otimização de recursos e redução da oferta, as aéreas estão aumentando o diálogo com o governo para tentar ajustar os fatores que mais pesam em seu orçamento: impostos, tarifas aeroportuárias e combustíveis.
A valorização do dólar, por exemplo, tem sido defendida pela equipe econômica do governo. Embora continue a afirmar que o regime cambial no país é flutuante, todos sabem que o Planalto tem tomado medidas para manter o real desvalorizado – na esperança de que isso possa ajudar a indústria a exportar mais e a contar as importações. Ao permitir que a moeda americana deixe o patamar de 1,90 real e atinja 2,10 reais, a variação afeta diretamente os negócios das aéreas.
O encarecimento do combustível também tem a influência direta do governo, via Petrobras. É que para tentar compensar perdas com os preços de combustíveis comuns (gasolina e diesel), a estatal reajusta pesadamente outros de seus produtos, como é o caso do querosene de aviação.
A estatal amargou prejuízo de mais de 1 bilhão de reais neste ano devido à estabilização forçada do preço de gasolina. É que a empresa é proibida pelo governo federal de efetuar os reajustes que bem entender porque isso teria efeito direto sobre a inflação. Por outro lado, a estatal – que nunca foi inteiramente autosuficiente – tem de trazer do exterior petróleo e gasolina mais caros. Com a paralisação da expansão da capacidade de refino no país e a explosão das vendas de veículos, a Petrobras passou a importar cada vez mais combustível importado e caro para abastecer o mercado interno – e os prejuízos com o subsídio que lhe é imposto saltaram a ponto de levá-la ao prejuízo. O debate sobre o reajuste da gasolina transformou-se, nos bastidores de Brasília, numa queda de braço entre o Ministério da Fazenda, que reluta em autorizá-lo, e a presidente da estatal, Graça Foster, que, apesar de negar o conflito com o governo, defende abertamente a necessidade de novos aumentos.
Para reforçar essa negociação, em julho deste ano, as empresas aéreas criaram uma associação, a Abear, que se tornou responsável pelo diálogo com o governo. "Não há um só dia que a Abear não tenha agenda com alguma esfera do poder concedente", explica Kakinoff. O executivo explica que as empresas estão pleiteando a diminuição do custo do combustível, discutindo as tarifas aeroportuárias – se elas serão convertidas em melhoria em infraestrutura – e na mudança do ICMS, o que, inclusive, já está na pauta atual do governo.

(Fonte : Veja / imagem divulgação)

MINISTRO DA AVIAÇÃO CIVIL DIZ QUE PREÇOS DAS PASSAGENS AÉREAS VÊM CAINDO


O ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, minimizou o aumento de 11,8% nas passagens aéreas em novembro e o impacto na inflação oficial. Ele disse que o cálculo do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) é limitado e que os preços vêm caindo. A ampliação da capacidade dos aeroportos, acrescentou, barateará os bilhetes.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado mais cedo pelo IBGE, registrou em novembro, próximo das comemorações de fim de ano, o maior aumento das passagens em 2012, depois do aumento de 10,6% em janeiro - mês que engloba as férias escolares de verão. Em outubro, o aumento tinha sido menor, de 1,62%, em relação a setembro (4,99%).
“Você pode, eventualmente, num processo de liberdade tarifária ter um movimento de um mês sobe outro desce, mas a tendência é declinante ou a estabilização de preço”, disse.
Os dados do IBGE são coletados em nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia, onde estão concentrados os principais aeroportos do país, mas segundo o ministro, não refletem a realidade nacional. O levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre 2002 e junho de 2011, revela queda de quase 50% nos preços das passagens.
“Se você olhar uma estatística da Anac, que faz a avaliação de todos os voos no país, que não é o caso da realizada pelo IBGE, que é limitada, não é de todos os voos, você verifica, que, de 2002, quando foi instaurada a liberdade tarifária, até 2011, o preço das passagens caiu 43% em termos reais”, disse Bittencourt, em entrevista, no Rio.
Segundo o ministro, as estatísticas da Anac mostram que o preço das passagens diminuíram. O valor médio mais baixo, registrado em junho deste ano, foi R$ 272, embora não tenha chegado nem à metade do valor médio cobrado em 2002, que foi R$ 494. Em 2011, o preço médio era R$ 282, o que mostra que a queda tem sido constante.
Com os investimentos nos aeroportos e ampliação da capacidade, a estimativa do governo é aumento da concorrência e queda dos preços. Atualmente, para o ministro, já há aumento da competição no mercado, mesmo com a extinção recente da companhia Webjet, que praticava preços mais populares e foi comprada pela concorrente Gol Linhas Aéreas.
“A Webjet era uma empresa muito pequena. As grandes empresas concorrentes são a Gol, a TAM, a Azul e a Trip e a Avianca. Temos grandes empresas, algumas disputando mercado no exterior e não temos dúvidas que, se aumentarmos a capacidade, teremos mais competição e mais condições de continuar a queda de preços que já é muito grande”, disse Bittencourt.

(Fonte : Agência Brasil)

AEROPORTOS RECEBEM APENAS UM TERÇO DOS INVESTIMENTOS DE 2012


Apesar da proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, os investimentos nos aeroportos brasileiros ainda não deslanchou. Até o fim de outubro, a Infraero havia investido apenas 787 milhões dos 2 bilhões autorizados pelo orçamento para 2012. Ou seja, conseguiu gastar somente 39,1% do que tinha disponível. Considerando apenas os aeroportos das 12 cidades-sede, a baixa execução é ainda mais preocupante: 441 milhões nos 10 primeiros meses, 36,7% dos 1,2 bilhão de reais previsto para 2012. O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas com dados do Ministério do Planejamento.
Mesmo diante dos números ruins, a Infraero não desanimou. Em resposta, a empresa disse que “pretende executar integralmente o orçamento aprovado e revisado” até o fim de dezembro.
“Nos primeiros meses do ano, ocorreram atrasos em obras decorrentes de problemas climáticos e no processo de contratação. Estes atrasos deverão ser compensados nos próximos meses”, disse a Infraero em nota.
Há casos particularmente sérios. No Rio de Janeiro, os investimentos previstos para os aeroportos de Santos Dumont e Galeão, por exemplo, ficaram em apenas 18,6% até outubro. A empresa teria, assim, que executar 80% do orçamento previsto em novembro e dezembro.
Os números referem-se ao investimento público, mas três dos mais importantes terminais aeroportuários do país – os de Guarulhos, Campinas e Brasília – foram concedidos à iniciativa privada no início do ano, com a Infraero mantendo 49% de participação em cada um deles.
Resta esperar que nestes aeroportos - que representam, segundo a ANAC, um terço do movimento total de passageiros e dois terços dos passageiros internacionais – os investimentos andem mais rápido até a Copa.
É esperado que Confins (Belo Horizonte) e Galeão também sejam incluídos em uma nova etapa de concessões, que deve ser anunciada ainda antes do Natal, segundo informou a presidente Dilma Rousseff.

(Fonte : Exame)

TRIPADVISOR LISTA OS CINCO MELHORES HOTÉIS ALL INCLUSIVE NO BRASIL


O site TripAdvisor® divulgou nesta segunda-feira (10), a lista dos cinco melhores hotéis all inclusive no Brasil – os destinos vencedores foram selecionados com base na média das avaliações de todos os hotéis classificados como all inclusive listados no TripAdvisor e que tiveram mais de 30 opiniões recolhidas em 2012.
A região Nordeste é o grande destaque, presente em todas as colocações do ranking. Segundo as avaliações e comentários dos viajantes no site do TripAdvisor.
As diárias incluem alimentação, bebidas alcóolicas e não alcoólicas e acesso a atrações como piscinas, spas e programações especiais para crianças. Os resorts all inclusive normalmente se encontram em regiões ensolaradas e com paisagens paradisíacas. Popular entre os viajantes brasileiros, esses resorts são opção para quem busca conforto e comodidade.

Confira abaixo a lista do Top 5 Hotéis All Inclusives no Brasil:

1. Salinas do Maragogi All Inclusive Resort, Alagoas

2. Club Med Trancoso, Bahia

3. Iberostar Praia do Forte, Bahia

4. Club Med Itaparica, Bahia

5. Iberostar Bahia, Bahia

(Fonte : Mercado & Eventos / imagem divulgação)

RELATÓRIO DA IATA PROJETA O TRÁFEGO DE 3,6 BILHÕES DE PASSAGEIROS EM 2016


As companhia aéreas projetam transportar aproximadamente 3,6 bilhões de passageiros em 2016, cerca de 831 milhões a mais do que o número transportado em 2011. Os dados foram revelados pela IATA - International Air Transport Association, que divulgou o IATA Airline Industry Forecast 2012-2016, e projetam a expansão do número de passageiros a uma taxa anual média de crescimento de 5,3% entre 2012 e 2016. O aumento de 28,5% no número de passageiros transportados no período considerado, será pelo menos 500 milhões de novos passageiros viajando em rotas domésticas e 331 milhões de novos passageiros em voos internacionais.
O volume de carga aérea internacional crescerá a 3% ao ano para um total de 34,5 milhões de toneladas em 2016. Isso é 4,8 milhões de toneladas a mais do que as 29,6 milhões de toneladas de carga transportadas em 2011. Na América Latina, o crescimento da demanda por carga internacional crescerá à taxa de 4,4% ao ano. Nas projeções 2011-2016, o Brasil ocupa a 3ª posição entre os mercados com mais rápido crescimento para carga aérea internacional, com taxa anual de 6,3% e atrás apenas do Sri Lanka (8,7% aa) e do Vietnã (7,4% aa).
As economias emergentes da Ásia-Pacífico, América Latina e Oriente Médio registrarão forte crescimento de passageiros, lideradas pela China, que deve responder por 193 milhões (um em cada quatro) dos 831milhões novos passageiros previstos para o período, sendo 159 em rotas domésticas e 34 milhões em voos internacionais. A região da Ásia-Pacífico deve ser responsável pela adição agregada de 380 milhões de novos passageiros até 2016.
Até 2016, os EUA continuarão a ser o maior mercado individual para passageiros domésticos (710,2 milhões). No mesmo ano, passageiros em rotas internacionais conectadas aos Estados Unidos totalizarão 223 milhões, fazendo com que seja também o maior mercado individual para viagens internacionais. Segundo o estudo da IATA, até 2016 os cinco maiores mercados para passageiros domésticos serão os EUA (710,2 milhões), China (415 milhões), Brasil (118,9 milhões), Índia (107,2 milhões) e Japão (93,2 milhões). A América Latina verá a demanda internacional de passageiros crescer a uma taxa anual de 5,8%.

(Fonte : Business Travel Magazine)

GALEÃO: VOOS AO EXTERIOR FICARÃO NO TERMINAL 2


Quem pretende viajar para o exterior a partir do dia 18, partindo do Galeão, pode enfrentar problemas devido ao início da transferência de empresas do terminal 1 para o terminal 2. A chamada “desinternacionalização” do terminal 1 prevê que todas as 11 empresas estrangeiras se mudem para o terminal 2 em até um ano. Como a mudança não será acompanhada de uma nova ampliação da área de embarque nem do número de posições de fingers (passarelas que conectam os aviões às salas de embarque), teme-se um congestionamento de passageiros e filas na imigração. As empresas aéreas se dizem apreensivas com a situação.
Na primeira fase, que começa no dia 18, às vésperas do Natal, serão transferidas as americanas Delta, Continental e American Airlines, além da angolana Taag. Juntas, vão acrescentar, na alta temporada, até 1.500 passageiros por dia ao terminal 2 em horário de pico, no cálculo das aéreas. Hoje, os dois terminais têm uma média de 7.200 passageiros em horários de pico, de acordo com a Infraero, estatal que administra o Galeão e outros 63 aeroportos.
Outro problema apontado pelas companhias é que, num primeiro momento, os clientes ficarão sem sala VIP. Hoje, há apenas uma sala em operação no terminal 1, da Gol. Outras duas serão abertas só no ano que vem. Os passageiros de voos internacionais com conexões domésticas terão ainda o inconveniente de ter que mudar de terminal para seguir viagem, a não ser que voem pela TAM, que será mantida no terminal 2 ao lado das estrangeiras.
Quando a reforma do terminal 2 estiver concluída, no fim de 2013, terão migrado para lá outras sete estrangeiras, entre elas Aerolíneas Argentinas. Considerando as aéreas internacionais que já operam no terminal 2 e as que serão deslocadas, serão 16 no total. No terminal 1, ficarão Gol, Avianca e Azul.

INFRAERO: RESPALDO EM ESTUDOS

Segundo fontes, a desinternacionalização do terminal 1 ocorre devido a uma pressão da Receita Federal, que prefere concentrar seu pessoal em apenas um espaço físico. O superintendente regional da Infraero para o Rio, Abibe Ferreira, diz que a decisão é baseada em estudos da estatal e ressalta que o tráfego internacional representa 30% do fluxo total de passageiros do Galeão.
— Nos horários de pico, os passageiros internacionais são 15% do total. É perfeitamente compatível concentrar os voos internacionais no terminal 2.
A Infraero informou que a sala de embarque do terminal 2 foi ampliada e que o número de guichês da Polícia Federal vai subir de oito para 18, para evitar filas na imigração. Haverá audiência pública no Congresso na terça-feira.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, visitou as obras do Galeão. Ele disse que a tendência é que a fatia da Infraero nas novas concessões de aeroportos deverá ser mantida em 49%

(Fonte : Jornal O Globo / imagem divulgação)

DPDC INVESTIGA TAM SOBRE RESPONSABILIDADE DE BAGAGEM


Depois de receber denúncias de consumidores de que a TAM estaria exigindo que passageiros assinassem um Termo de Isenção de Responsabilidade para bagagens classificadas como frágeis, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) decidiu ontem instaurar processo administrativo contra a aérea.
“Há sérios indícios de que a companhia estaria desrespeitando o Código de Defesa do Consumidor, que diz que toda bagagem despachada, seja ela frágil ou não, é responsabilidade da aérea”, diz Amaury Martins de Oliva, diretor do DPDC, que é ligado ao Ministério da Justiça.
“Recebemos várias denúncias de consumidores e decidimos que era hora de investigar, porque é inadmissível a exigência de assinatura de qualquer termo que isente a responsabilidade da empresa”, afirma Oliva.
A companhia tem, a partir do recebimento da notificação, dez dias para responder ao DPDC se está ou não exigindo dos clientes a assinatura do termo. Depois disso, o órgão avaliará a resposta e decidirá se multa ou não a companhia em até R$ 6,2 milhões. Não há prazo para que a avaliação seja concluída.

INDENIZAÇÃO

Esta semana, a TAM teve de pagar R$ 90 mil em indenizações à passageira Gislene de Fátima Machado Pires de Almeida, de São José dos Campos (SP). Em 2009, após passar dois anos na Europa, a atendente de telemarketing voltou ao País pela companhia aérea, que extraviouduasmalascom50quilos de bagagens cada uma.
“A Gislene procurou a empresa, o Procon e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o problema não foi resolvido. Então, decidimos abrir o processo”, afirma o advogado da passageira, Luiz Eduardo Pires Martins.

● Sanção

R$ 6,2 mi
é a multa à qual a TAM está sujeita se o DPDC entender que ela infringiu a lei ao exigir que seus passageiros assinassem um termo que a isenta de responsabilidade por bagagens

(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)