quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EMPRESA MAIOR TAMBÉM QUER O SEU “SUPERSIMPLES”



Um dia depois de o governo aumentar o teto do faturamento para as micro e pequenas empresas se enquadrarem no Supersimples, as maiores reivindicaram benefícios semelhantes.
Representantes da Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base) pediram ontem ao ministro Guido Mantega (Fazenda) a elevação do limite para que as empresas declarem Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) pelo chamado lucro presumido.
Nessa modalidade simplificada, o governo estabelece um percentual sobre o faturamento para determinar o lucro da empresa. Sobre esse montante são calculados os tributos, cuja alíquota varia de acordo com o setor.
"É o mesmo movimento [do Supersimples], só que para médias empresas. O governo está disposto a encontrar um caminho", disse Paulo Godoy, presidente da Abdib.
Nas próximas semanas, representantes da associação e da CNI (Confederação Nacional da Indústria) debaterão o tema com o secretário da Receita Federal, Carlos Barreto.
Segundo Godoy, o ministro recebeu bem o pedido e determinou o início dos estudos, mas a Receita afirmou que teriam que ser alteradas alíquotas em alguns setores para adequar o tamanho da desoneração.
A proposta apresentada seria a de elevar o teto dos atuais R$ 48 milhões para R$ 78 milhões -as empresas que faturam acima desse limite têm que declarar os tributos pelo lucro real, pagando alíquota de até 25%, geralmente menos vantajosa do que a primeira modalidade.
O reajuste corresponde ao IPCA acumulado desde 2003, última vez em que o teto foi revisto.
A campanha pela mudança foi encabeçada por grandes indústrias, cujo faturamento ultrapassa em muito esse valor, por um motivo: as SPEs (Sociedades de Propósito Específico) que elas montam apenas para um contrato, como na reforma de uma rodovia ou construção de uma usina.
Como nesses casos o faturamento anual pode ficar abaixo do limite proposto, elas viram na elevação do teto uma chance de pagar menos impostos.
Anteontem, Dilma Rousseff enviou ao Congresso projeto de lei que eleva em 50% o limite de faturamento para as empresas se enquadrarem no Supersimples.
O teto passou de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

MINISTÉRIO DO TURISMO SUSPENDE CONVÊNIOS POR 45 DIAS PARA APURAR IRREGULARIDADES



O Ministério do Turismo suspendeu por 45 dias convênios com entidades privadas sem fins lucrativos. A portaria foi publicada nesta quarta-feira, 10, no Diário Oficial da União e decorre da suspeita de irregularidades no convênio celebrado entre o ministério e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), que culminou com a prisão de servidores em Macapá, São Paulo e Brasília, pela Polícia Federal.
A portaria determina também às secretarias nacionais e à diretoria de gestão interna do ministério o levantamento dos convênios pendentes, o exame da prestação de contas e a apresentação de relatório quinzenal sobre análise de prestação de contas concluídas e as pendentes.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira, 9, o Ministério do Turismo informou que o ministro Pedro Novais solicitou ao ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, a instauração de uma Comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para a apuração de possíveis irregularidades no convênio celebrado com o Ibrasi.
A nota acrescenta que os servidores presos durante a Operação Voucher da Polícia Federal serão mantidos afastados de suas funções durante o prazo de investigação.
A operação da Polícia Federal, deflagrada nesta terça, envolveu cerca de 200 policiais federais em São Paulo, Brasília e Macapá, com expedição de 38 mandados de prisão, entre eles, as do secretário executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa; o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do ministério, ex-deputado Colbert Martins da Silva Filho, e o ex-presidente da Empresa Brasileira do Turismo (Embratur) Mário Moysés.

(Fonte : Ag. Estado de Notícias)

BRASIL É REFERÊNCIA MUNDIAL NO TURISMO DE AVENTURA


O Brasil lidera o processo de certificação no segmento de turismo de aventura e ecoturismo com respaldo do Inmetro. Além disso, as normas técnicas brasileiras são referência no processo de normalização internacional, no âmbito da Organização Internacional para Normalização (ISO). Hoje, o país conta com 92 empresas do segmento certificadas e outras 130 estão em processo de certificação. Isso significa mais segurança para os turistas que se aventuram em atividades ao ar livre no Brasil.
A criação de normas técnicas e a certificação estão entre os resultados do Programa Aventura Segura do Ministério do Turismo (MTur), desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Sebrae Nacional. Os resultados do programa foram apresentados, nesta terça-feira (09), em Brasília, durante o evento “Programa Aventura Segura: um marco no fortalecimento da cultura da vida ar livre no Brasil”.
No Maranhão, a empresária Cássia Valentim ressalta que as conquistas geradas pelo programa foram fundamentais para o sucesso do negócio. “Sem o programa seria difícil a implementação da norma técnica. O Programa Aventura Segura ajudou na profissionalização das nossas ações como um todo, não apenas na gestão da segurança. Deu uma cara nova à nossa empresa. Foi uma mudança radical”, afirma. Para Valentim, a certificação ampliou a confiança dos clientes que percebem as mudanças na operação.
O empresário Jurandir dos Santos, de São Paulo, concorda e ressalta que a certificação favorece não apenas o empresário, mas, principalmente, o cliente de ecoturismo e turismo de aventura. “O processo de normas técnicas e a certificação ajudaram no amadurecimento de ideias e práticas que já existiam na conduta de muitos empreendimentos”, acrescenta.
O Aventura Segura já mobilizou mais de 50 mil pessoas e qualificou diretamente mais de 5 mil profissionais do segmento. A iniciativa contemplou mais de 100 municípios, em 17 destinos, presentes em 13 estados e nas cinco regiões brasileiras.

Aventura Segura em números

• 17 destinos priorizados
• 13 estados contemplados
• 5 regiões do país participantes
• 28 Normas Técnicas criadas e publicadas no âmbito da ABNT específicas sobre Turismo de Aventura
• Mais de 100 municípios mobilizados nas ações
• 4.838 pessoas qualificadas nos cursos a distância e presenciais (Gestão Empresarial; Sistema de Gestão da Segurança e Competências Mínimas do Condutor; Primeiros Socorros e Curso de Qualificação para voluntários do Grupo Voluntário de Busca e Salvamento)
• Mais de 50 mil pessoas mobilizadas nas ações
• Mais de 600 empresas mobilizadas e participantes das ações
• Avaliação da Conformidade em 137 empresas do segmento, tendo como base a ABNT NBR 15331 – Sistemas de Gestão da Segurança
• 92 empresas com seus Sistemas de Gestão da Segurança certificados (dados até 21/07/2011)
• 24 comissões regionais da ABETA formalizadas
• 13 Grupos Voluntários de Busca e Salvamento (GVBS) criados e formalizados
• 59 oficinas de GVBS realizadas nos 16 destinos
• 11 Manuais de Boas Práticas de Turismo de Aventura criados com base em normas técnicas da ABNT
• 58 oficinas de associativismo realizadas nos 16 destinos
• 32 Seminários Técnicos Aventura Segura realizados

Destinos do Aventura Segura

• Bonito e Serra da Bodoquena (MS)
• Brotas (SP)
• Chapada Diamantina (BA)
• Chapada dos Veadeiros (GO)
• Fortaleza Metropolitana (CE)
• Foz do Iguaçu e Paraná (PR)
• Grande Florianópolis (SC)
• Grupo São Paulo (SP)
• Lençóis Maranhenses (MA)
• Manaus (AM)
• Recife e Fernando de Noronha (PE)
• Rio de Janeiro Metropolitana (RJ)
• Serra do Cipó (MG)
• Serra dos Órgãos (RJ)
• Serra Gaúcha (RS)
• Socorro (SP)
• Vale do Alto Ribeira (SP)

Para mais informações, acesse http://www.aventurasegura.org.br/ .

(Fonte & foto : MTur)

MUNICÍPIOS DO RIO RECEBEM QUALIFICAÇÃO PARA A COPA DE 2014



Embora não sejam cidades-sede da Copa de 2014, os municípios fluminenses de Niterói, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Petrópolis, Teresópolis, Angra dos Reis e Paraty foram incluídos no Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem (PQPMH), que a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) inicia no próximo dia 17.
A coordenadora-geral do programa, Leonora Guedes, explicou que a inclusão desses municípios e de mais 13 em todo o país resulta do fato de serem cidades com grande potencial de atração de turistas, além de constarem da relação de 65 destinos indutores do desenvolvimento turístico, do Ministério do Turismo. “A gente sabe que eles vão ter um impacto com a Copa. O turista que for ao Rio de Janeiro para um jogo pode, automaticamente, visitar uma dessas cidades que estão em um raio de até 250 quilômetros”.
Realizado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Hospitalidade (IBH), o programa estabelece a realização de 32 workshops Pequenos e Notáveis, com duração de dois dias cada. O evento começa, simultaneamente, em Manaus (AM), Gramado (RS), Recife (PE) e Blumenau (SC).
O presidente da Abih Nacional, Enrico Fermi Torquato, lembrou que os pequenos meios de hospedagem representam 73% da hotelaria nacional. “Ou seja, 73% da hotelaria nossa são hotéis com até 50 apartamentos”. Ele disse que a capacitação visa a criar “maiores possibilidades de esse pequeno (hoteleiro) enfrentar os grandes. E vai enfrentar se tiver capacidade, se estiver qualificado, com uma visão ampla do mercado”.
Durante as oficinas, os pequenos hoteleiros e donos de pousadas receberão capacitação em ferramentas de gestão. “O foco desse projeto são os gestores dos pequenos meios de hospedagem, dentro da área de sustentabilidade, competitividade, marketing, empreendedorismo individual”, explicou Leonora Guedes. Além de prepará-los para o fluxo de turistas que virá para a Copa e, posteriormente, para as Olimpíadas de 2016, o programa tem como estratégia tornar esses pequenos meios de hospedagem mais competitivos.
“Competitivos para atuar nesse mercado. Diante dos grandes eventos internacionais que a gente vai receber, eles têm que estar mais competitivos para atender a essa demanda de turista internacional. Essa é a linha mestra do projeto: tornar mais competitivo e, consequentemente, sustentável”, acrescentou Leonora.
No dia 24 deste mês, o encontro chegará a Belém (PA), Alto Paraíso e Cuiabá (ambos em GO) e Fernando de Noronha (PE). A meta é atingir, até dezembro, 2 mil empresários e gestores de pequenos meios de hospedagem.
O presidente da Abih destacou que o setor hoteleiro terá três grandes legados da Copa. O primeiro é a visibilidade que o Brasil vai ter no contexto mundial. Seguem-se as obras de infraestrutura e de mobilidade urbana. “E o terceiro é, justamente, essa qualificação. O brasileiro já tem, intrínseca, a questão de bem receber as pessoas. E estando qualificado, ele poderá receber melhor”.
Paralelamente ao programa de qualificação, será realizada uma pesquisa específica do setor de pequenos meios de hospedagem. Os resultados serão divulgados no Congresso Nacional de Hotelaria (Conotel), que ocorre a partir do dia 9 de novembro em São Paulo.

(Fonte : Ag. Brasil de Notícias)

CIDADES SEDES DA COPA DE 2014 NECESSITAM DE MAIS HOTÉIS?


Diante das oportunidades criadas por este grande evento, muitos hotéis deverão ser construídos nos próximos anos e alguns deles, por pura especulação imobiliária. Mas haverá hóspedes para estes hotés no pós copa?

Um recente estudo divulgado pela BSH Travel Research, divisão estatística da BSH International empresa especializada em hospitality asset management, aponta que deverão ser investidos cerca de R$ 7,3 bilhões em novos hotéis no Brasil até 2014. De acordo com esta pesquisa há 198 hotéis previstos para abrir até o final de 2014, totalizando 46.296 apartamentos e geração de 31.729 empregos diretos. O estudo aponta ainda que nos anos de 2011 e 2013 devem se concentrar a maior quantidade de inaugurações e, consequentemente, de novas unidades habitacionais, investimentos e geração de empregos. Um dos fatores determinantes apontados para a concentração de inaugurações no período é a Copa do Mundo e as cidades sedes é quem receberão o maior número de novos hotéis. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, terá 17 lançamentos, a maior de todas as cidades sedes no Brasil. O alto número leva em conta, além da realização do evento esportivo, a necessidade de diversificação da oferta atual, restrita em momentos de alta ocupação, e da importância financeira na rota do petróleo.
Se os investimentos em novos hotéis impressionam pela pujança e crescimento em ritmo acelerado da hotelaria brasileira para os próximos anos, fica uma preocupação: De onde virão tantos turistas para garantir a taxa de ocupação dos hotéis existentes e dos novos que virão, muitos dos quais são investimentos especulativos visando atender unicamente as oportunidades da Copa do Mundo de 2014 ou mesmo das Olimpíadas de 2016. Alguns investidores estão esquecendo que estes eventos possuem duração de apenas um mês cada, mas muitos entusiastas de plantão alegam que os olhos do mundo estarão voltados ao Brasil como o grande destino turístico nos próximos anos. Fomos a campo saber dos presidentes de algumas ABIH´s Regionais — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de algumas cidades sedes para a Copa do Mundo e descobrimos que mesmo entre eles não existe consenso se novos hotéis serão bons ou ruins para o setor.
Uma das cidades que mais preocupam em relação a corrida desenfreada de se construir novos hotéis é Manaus que nos últimos anos teve uma verdadeira enxurrada de novos hotéis, mas pouco se fez para melhorar o acesso seja aéreo, rodoviário ou mesmo fluvial. De acordo com o Presidente da ABIH do Amazonas, Roberto Bulbol, Manaus hoje possuí 4.500 apartamentos, uma oferta de 9.800 leitos e a taxa média de ocupação anual chega somente a 57%. “Atualmente estão sendo construídos dez hotéis em Manaus, fora os projetos de viabilização para futuros hotéis, mais eu prefiro falar só os que já estão em construção que vai nos dar uma oferta de 1.800 novos apartamentos e mais ou menos 3.800 leitos. Se somente com os hotéis operando hoje a taxa de ocupação acumulada está em 57%, nossa preocupação é com o Pós Copa, que certamente vai desequilibrar a lei da oferta e da procura e será difícil garantir ocupação real desses hotéis. Haverá uma concorrência ainda mais acirrada e teremos que trabalhar juntos com as Secretarias de Turismos para divulgarmos e vendermos melhor o destino Manaus”, assegura Bulbol.

SE ADEQUANDO A NOVA REALIDADE

O Presidente da ABIH/RS, José Reinaldo Ritter aponta que Porto Alegre possui hoje cerca de 7.000 apartamentos com capacidade para 16.000 leitos e atualmente a taxa de ocupação gira em torno de 65% ao ano. “Com os novos projetos já em construção chegaremos até 2014 com aproximadamente 10.000 novos apartamentos e em torno de 21.000 leitos sendo mais do que suficientes para a Copa de 2014. Além disso, temos mais de 6.000 leitos na região metropolitana e mais 18.000 leitos num raio de 100 km. Esperamos que o número fique neste patamar, mas o mercado está sempre especulando novos projetos o que não seria bom para o futuro provocando uma demanda bem superior a oferta e conseqüentemente baixando índices de ocupação”, preocupa-se Ritter. De acordo com ele, a grande maioria destes investimentos estão sendo captados no mercado de investidores e inseridos no pool de locação e que isto força os empreendimentos existentes a se posicionarem de maneira competitiva no mercado. “A grande maioria dos hotéis existentes já estão se adaptando e promovendo reformas para se adequarem, senão eles estarão fora do mercado. Os que não se adequarem com certeza terão problemas”.
Já em Cuiabá, o Presidente da ABIH/MT, Luiz Verdun, afirma que pela previsão que a entidade dispõe, mesmo sem a construção de novos hotéis, haverá leitos suficientes para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014. E ele leva em consideração a precária infraestrutura aérea e terrestre que ligam os principais centros emissores de turistas a capital matogrossense. “Atualmente temos 71 meios de hospedagens o que equivale a 8.060 leitos que no ano passado tiveram uma taxa de ocupação média de 57%. Particularmente penso que teremos poucas pessoas, dirigindo-se a Cuiabá, em função das distâncias dos grande centros emissores, e não acredito que a Infraero resolva até lá nosso gargalo aéreo, a não ser que tenhamos uma grande demanda de voos contratados. Atualmente sem que exista grandes eventos nacionais ou regionais, nosso movimento aéreo, está com uma demanda de 80%. Por via terrestres as capitais mais próximas estão a mais de 740 Km, com um trânsito congestionado, por treminhoes e carretas, o que gera um grande transtorno e insegurança nas viajens, pois as BR´s, atualmente não estão em bom estado de conservação. Acredito que os lugares no estádio serão ocupados por habitantes do entorno de Cuiabá de no maximo de 500 km, mas estas pessoas geralmente possuem apartamentos em Cuiabá, ocupados com filhos em Escolas e Faculdades e amigos. logo, não necessitarão de meios de hospedagens. Outra expectativa de movimento, depende de quais países que disputarão a Copa, serão direcionados a nossa Cidade”, questiona Verdun.
Segundo ele, atualmente existem oito projetos de hotéis em construção em Cuiabá, e seis hotéis em ampliação de sua capacidade de unidades habitacionais. “Se esses Hotéis forem concluidos, nosso parque hoteleiro terá sua demanda atual satisfeita, e mesmo assim com algum risco, Muito embora Mato Grosso esteja com um desenvolvimento e crescimento populacional espantoso, até o momento não temos uma projeção oficial de possível demanda daqui a três anos. Temos apenas quatro hotés de redes, mas os agricultorores do segmento do soja, são muito poderosos e devem investir com recursos próprios em novos hotéis. Por enquanto a competividade entre os hotéis, atualmente é harmônica, mas teremos que aguardar o apito final do juíz, para verificarmos como o mercado se comportará. É logico que se houver excesso de hóteis, haverá concorrências desleais principalmente ocasionadas pelos novos empreendimentos, o que normalmente ocasiona o sucateamento a médio prazo, dos hotéis mais antigos, principalmente os que não se modernizaram em seus equipamentos”, conclui Verdun.

LEI DA OFERTA E DA PROCURA

A taxa média anual de ocupação hoteleira em Natal, no Rio Grande do Norte está em torno de 58%, mas o número de leitos é de 28.000, bem superior a várias outras cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. O Presidente da ABIH/RN, Habib Chalita afirma que Natal e municípios limítrofes possuem capacidade mais que suficiente para atender perfeitamente a demanda da Copa de 2014, levando em consideração também, os litorais Sul e Norte, além de Pipa/Tibau do Sul, que tem capacidade de 4.000 mil leitos. “Temos ainda mais 11 projetos em andamento para os próximos anos, que somam um investimento de cerca de R$ 350 milhões. Esses empreendimentos contribuirão para aumentar ainda mais a nossa oferta hoteleira para a Copa de 2014”, avalia Chalita. Pelo fato de Natal já ter 28 mil leitos e uma taxa de ocupação que não passa dos 60%, ele não considera que a entrada de mais 11 empreendimentos hoteleiros nos próximos anos irá desiquilibrar a lei da oferta e procura. “Os investimentos, sejam na hotelaria ou em qualquer outro setor, são feitos levando-se em consideração a demanda. Quem investiu ou investirá no setor certamente já dispõe de dados que justifiquem a viabilidade do negócio. O segmento não dispõe de pesquisas que consideram a oferta ideal de meios de hospedagem, mas devemos considerar que temos um potencial muito grande para diversificar a nossa oferta enquanto destino. Estamos em ascensão em segmentos como eventos e religioso”, justifica Chalita.

PLACAR DA HOTELARIA 2015

Um recente estudo preparado pela empresa de consultoria Hotel Invest, com o apoio do Senac São Paulo para o FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, denominado Placar da Hotelaria 2015, que tem como objetivo mensurar o risco de superoferta hoteleira, apontou que a cidade de Salvador corre um alto risco para novos investimentos hoteleiros. Mesmo assim será a segunda cidade sede da Copa de 2014 que mais receberá novos meios de hospedagens, sendo 14 novos empreendimentos no total e a taxa média de ocupação registrada no ano pasado foi de 67%. “Temos uma previsão que exista 70.000 leitos na Região Metropolitana de Salvador e esta quantidade é mais do que suficiente para atender às expectativas do fluxo turístico para a Copa de 2014. Com a entrada em operação destes novos empreendimentos o desequilíbrio já fica estabelecido, cabendo agora cobrar das autoridades as obras de infraestrutura, principalmente mobilidade urbana, que não saíram do papel e uma maior divulgação do destino da iniciativa privada aliada a gestão publica”, destaca José Manoel Garrido Cambeses Filho, Presidente da ABIH/BA. Mesmo com esta situação, ele se diz otimista. “Não creio que fechemos nenhum hotel, acreditamos nos projetos para nossa cidade. Se criarmos um poderoso plano de marketing podemos sim, reverter esta tendência”.
Segundo dados da ABIH/PE, a cidade de Recife e Região Metropolitana conta hoje com 514 meios de hospedagem que perfazem 38.822 leitos, mas com 20 novos hotéis que podem sair do papel até 2014, a disponibilidade de leitos pode chegar a 47.737, número muito superior a cidade de São Paulo que atualmente possui cerca 42 mil leitos. Se levar em consideração que o estudo Placar da Hotelaria 2015 do FOHB aponta que a taxa média de ocupação em Recife em 2010 ficou em torno de 70%, a situação pode ser preocupante, assim como em Belo Horizonte. Segundo a prefeitura da capital mineira, já deram entrada 30 projetos de hotéis que estão em obras e licenciamento na capital, com previsão de construção de 6.800 apartamentos até a Copa de 2014, mas consultores e especialistas imobiliários asseguram que há ainda mais 11 hotéis em negociação, com um total de 2.590 apartamentos e expectativa de que sejam investidos R$ 1,57 bilhão até 2014.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA É O GRANDE PROBLEMA

Segundo dados da ABIH/MG, Belo Horizonte possui 103 meios de hospedagem que totalizam 18 mil leitos e a taxa de ocupação acumulada no ano passado ficou em 69%. O mais provável é que apenas dez novos hotéis sejam construídos, pois muitos projetos deram entrada na Prefeitura somente com o intuito de assegurar o prazo e obter as benécias que o erário público concedeu. “O incentivo à construção de novos empreendimentos gerou uma grande especulação no mercado de Belo Horizonte. É necessário, portanto, muita cautela, pois a Copa do Mundo só garante a hospedagem de 12 dias em Belo Horizonte e quem investir em hotéis de forma especulativa, se dará muito mal, pois a cidade só comportará estes novos empreendimentos se o Centro de Eventos do Expominas for ampliado, assim como a segunda pista do Aeroporto de Confins. Se a Copa do Mundo fosse hoje teríamos totais condições de receber os turistas com os leitos que já temos”, assegura a Vice-presidente da ABIH/MG, Silvania Capanema.
Pelo fato da cidade do Rio de Janeiro ser sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 e o principal porta de entrada dos tuistas que visitam o Brasil, por si só motiva a construção de novos hotéis. Segundo dados da ABIH/RJ, somado a capacidade hoteleira do Rio de Janeiro com Niteroi, o número de meios de hospedagens é de 255 e de 39.311 leitos. A taxa de ocupação média anual esperada para este ano na capital fluminense é de 78% e que sejam construídos 17 novos hotéis até 2016 com 10 mil novos apartamentos. De acordo com o Presidente da ABIH/RJ, Alfredo Lopes, juntos estes novos hotéis deverão exigir um investimento de cerca de R$ 3,5 bilhões e o modelo condohotel que alavancou a maioria de novos investimentos hoteleiros no Brasil, só poderá ser executado no Centro da cidade e na Região Portuário, como forma de revitalização desta regiões.
E quanto a cidade de São Paulo que é o principal pólo econômico e destino de turismo de negócios do Brasil, como fica a hotelaria para a Copa do Mundo de 2014? Quem responde é Bruno Omori, Presidente da ABIH/SP. “A capital paulista possui hoje 42 mil leitos, sendo a maior oferta da América do Sul, seguida pelo Rio de Janeiro com aproximadamente 28 mil e por Buenos Aires com 18 mil leitos. Fechamos o ano de 2010 com uma taxa média de ocupação em torno de 70%, que reflete um mercado em equilíbrio, pois se compararmos com outras cidades no mundo com características parecidas, veremos que nossas taxas de ocupação são sensivelmente inferiores. Buenos Aires possui 76%, Nova York 82%, Tóquio 83% e Paris 86%”, explica Omori.
Segundo ele, hoje a oferta de leitos em São Paulo hoje é suficiente para atender a demanda da Copa do Mundo de 2014, pois se somar o entorno de São Paulo num raio de 100 km, incluindo regiões como Santos-Guarujá, Guarulhos, Campinas, São José dos Campos, São Roque, Atibaia, entre outras, o número de unidades habitacionais chega a cerca de 80.000, mas é natural que à medida que cresça a demanda a oferta tem de acompanhar. Ele prevê que a cidade de São Paulo deverá ter nos próximos quatro anos um aumento na oferta hoteleira de mais 2.500 leitos e até 2020 uma oferta total na cidade de aproximadamente 48.500 unidades habitacionais.
“Este crescimento se dará de forma natural de demanda, com projetos hoteleiros com análise de viabilidade profissional e planos de gestão hoteleira, diferentemente da década de 90 que crescera baseado no mercado imobiliário, pois tanto o pequeno investidor como as incorporadoras entenderam o funcionamento correto e coerente do mercado hoteleiro”, concluiu Omori.

(Fonte : Revista Hotéis / imagem divulgação)

GOVERNO QUER REDUZIR CUSTO DE TELEFONIA PARA COPA E OLIMPÍADA



O governo irá negociar a redução do preço de roaming internacional, afirmou ontem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
A medida valerá tanto para estrangeiros que vêm ao Brasil como para brasileiros que precisam usar serviços de telecomunicações do exterior.
Roaming é o serviço que permite o acesso a serviços de telefonia celular e internet móvel fora do local de origem, quando uma pessoa faz uma ligação do seu celular de outro país, por exemplo.
Segundo ele, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) será acionada para tentar regulamentar uma forma de baratear o serviço, hoje "exorbitante".
Essa é uma das medidas pensadas para a Copa e a Olimpíada, quando o fluxo de turistas estrangeiros deve chegar a 800 mil. Segundo o ministro, a medida, se avançar, não servirá apenas para a época de grandes eventos.
Paulo Bernardo citou também investimentos de R$ 200 milhões para construção de redes de transmissão de dados nas cidades-sede.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

AVIAÇÃO TEM PROJETO PARA ‘CENTRO DE GESTÃO PERMANENTE’, DIZ MINISTRO




O ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil, afirmou nesta quinta-feira (11) que há um projeto na pasta para a criação de um “centro de gestão permanente” para administrar a infraestrutura dos aeroportos do país, uma “autoridade aeroportuária”.
Segundo o ministro, o centro reuniria Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Força Aérea, Receita Federal, Polícia Federal e outros órgãos que atuam nos aeroportos, com o objetivo de facilitar a comunicação entre as instituições.
“Tudo na vida é gestão. E como em um aeroporto há uma grande quantidade de instituições responsáveis. Não existe um responsável sozinho por todo o resultado. É importante que todos os órgãos envolvidos trabalhem em conjunto de forma organizada no sentido de prestar o melhor atendimento ao usuário”, afirmou o ministro.
Bittencourt participou de cerimônia de abertura da Labace 2011, feira de negócios de aviação para a América Latina, que acontece na capital paulista. Também estavam presentes o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, da Anac, Marcelo Guaranys, e o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito.

CENTROS

Desde junho, seis aeroportos começaram a contar com o novo sistema de gestão chamado Centro de Gerenciamento Aeroportuário (CGA), parte das diretrizes da Secretaria de Aviação Civil, segundo informações da Infraero: os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Confins, em Belo Horizonte, e no Aeroporto Internacional de Brasília, Juscelino Kubitschek.
“Com estas ações de gestão, pretendemos melhorar o atendimento ao cliente e melhorar e agilizar as operações nos aeroportos”, disse o ministro, que também negou se tratar de um gabinete de crise. “Não é um gabinete de crise, é um centro de gestão.”
Em seguida, questionado pelo G1 sobre se há dificuldades de comunicação entre os órgãos subordinados à pasta com os que continuam sob responsabilidade do Ministério da Defesa, como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado à Aeronáutica, o ministro afirmou que o trabalho é de parceria. “Não, pelo contrário, temos uma relação excelente com a Defesa, que nos ajuda muito. O controle aéreo é da Defesa, é um parceiro, assim como os outros órgãos ligados ao sistema aéreo”, disse.

(Fonte : Portal G1 de Notícias / imagem divulgação)

ANAC VAI REVER NORMA PARA MELHORAR ATENDIMENTO A PASSAGEIROS COM DEFICIÊNCIA


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai rever a resolução sobre acessibilidade nos aeroportos para melhorar o atendimento aos passageiros com deficiência e mobilidade reduzida. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias que debateu o tema. A resolução está em vigor desde 2007 e traz as obrigações das companhias aéreas e da administração aeroportuária no atendimento às pessoas com deficiência.
O superintendente de segurança operacional da Anac, David Neto, afirmou que houve avanços de acessibilidade nos aeroportos, mas admitiu a necessidade de melhorias. Cadeirante, a deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) questionou, por exemplo, como os aeroportos brasileiros vão receber os atletas dos Jogos Paraolímpicos de 2016 se a atual resolução da Anac prevê que o número de cadeirantes por aeronave deve obedecer a um limite de 50% dos tripulantes de cabine.
David Neto explicou que esse limite é estabelecido por segurança operacional. Segundo ele, a resolução está em processo de revisão e as novas normas serão submetidas a consulta pública antes da publicação. "Estamos revendo a Resolução 9/07 de uma forma bastante técnica, estudando o assunto com a importância que ele merece. A Anac, as empresas áereas e as administrações aeroportuárias sabem que o assunto é importante e requer uma dedicação maior e que essa nova resolução traga melhorias nas condições de transporte desses passageiros", ressaltou.
David Neto garantiu que a fiscalização da Anac quanto à acessibilidade é firme. Desde 2007, a agência autuou empresas áereas 123 vezes e órgãos de administração aeroportuária 142 vezes por descumprimento das normas.

Melhorias

O representante da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) na audiência, Valdeci de Albuquerque, informou que o órgão trabalha com base em um plano de ação até 2013 para a plena instalação de equipamentos e serviços de acessibilidade nos 66 aeroportos administrados pela empresa, como telefones públicos, ônibus e sanitários adaptados, piso tátil e check-in acessível. Segundo ele, já foram treinadas mais de 10 mil pessoas para atender bem os deficientes nos aeroportos.
A coordenadora-geral de Acessibilidade da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Angela Cunha, anunciou que o órgão vai trabalhar, junto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na normatização dos equipamentos complementares de acessibilidade, como as passarelas telescópicas usadas para o embarque e desembarque dos deficientes nas aeronaves.

Reclamações

Entidades ligadas aos usuários reclamaram muito do atual atendimento. Foi o caso do vice-presidente da Associação Nacional em Defesa dos Passageiros do Transporte Aéreo, Alcebíades Santini, que apontou como principais problemas hoje nos aeroportos a falta de infraestrutura e de gestão, o loteamento político de cargos técnicos e falhas na fiscalização, além da ausência de investimento tecnológico. Ele fez um apelo ao governo, às companhias aéreas e às entidades de consumidores para proporem soluções conjuntas e efetivas para mudar esse quadro.
Deputados cadeirantes, como Rosinha da Adefal, Walter Tosta (PMN-MG) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), relataram vários das dificuldades que vivenciam no dia a dia dos aeroportos brasileiros. Eles citaram problemas e constrangimentos no embarque, desembarque e revista de passageiros e nos banheiros das aeronaves; casos de extravio de cadeira de rodas; e até a história de um passageiro cego que foi proibido de entrar na aeronave com cão-guia.
Segundo Walter Tosta, autor do requerimento da audiência, o objetivo do debate foi sensibilizar os órgãos reguladores e fiscalizadores para a implementação efetiva da acessibilidade, a fim de garantir a plena circulação da pessoa com deficiência. "Para que o deficiente possa realmente fazer uso da aeronave e de suas passagens e para que tenha um conforto e não passe por tantos constrangimentos como têm ocorrido hoje", destacou.
Tosta é autor de um projeto de lei (PL 435/11) que disciplina o uso de passarelas fingers e ambulift, usadas no embarque e desembarque de passageiros com deficiência. O texto está em fase inicial de tramitação.

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias)

GOL RECEBE BOEING COM MOTOR QUE REDUZ CONSUMO EM 2%


A Gol recebeu o primeiro Boeing 737 Next Generation equipado com um motor que permitirá a redução do consumo de combustível em 2%, na comparação com o atual motor.
A empresa informou nesta terça-feira que o modelo da aeronave foi desenvolvido com modificações de pressão de turbina e melhorias que reduzem o arrasto, diminuindo o atrito da aeronave com o ar.
"A Gol continua empenhada em reduzir o consumo de combustível e as emissões, diminuindo ainda mais seus custos operacionais", disse o vice-presidente Técnico da segunda maior companhia aérea do Brasil, Adalberto Bogsan, em comunicado.
O novo motor CFM56-7BE é parte do pacote de melhorias de desempenho que a Boeing começou a testar nos aviões da família 737 em novembro de 2010 para reduzir o consumo de combustível.
Outras novidades focadas no uso eficiente de querosene de aviação serão incorporadas em 2012 pela Boeing, disse a Gol.
A Boeing já reduziu o consumo de combustível da aeronave 737 Next Generation de 4% a 6% desde que o primeiro avião foi entregue em 1998, completou a companhia aérea.
Na última quinta-feira, a empresa reduziu sua previsão de margem operacional para 2011 de uma faixa de 6,5% a 10% para a de 1% a 4%, citando dificuldades com altos preços do combustível e custos adicionais com treinamento de pessoal.

(Fonte : Reuters / imagem divulgação)

TAM REVERTE PREJUÍZO E LUCRA R$ 60 MI



Apesar de registrar custos mais altos e redução no preço das tarifas, a TAM reverteu o prejuízo e encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 60,3 milhões.
No mesmo período de 2010, o prejuízo foi de R$ 174,8 milhões. Mas o resultado foi 53% inferior ao do primeiro trimestre deste ano (lucro de R$ 128,8 milhões).
Para o presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, o segundo trimestre é tradicionalmente o período de menor demanda para o setor.
Com promoções para estimular a demanda fora do horário de pico, a política de tarifas contribuiu para um aumento da demanda.
O resultado, porém, foi uma queda de 21% no chamado "yield" (indicador que reflete o preço das passagens), na comparação com o segundo trimestre de 2010.
Para o terceiro trimestre, Líbano espera uma recuperação de 5% do "yield" na comparação com o ano passado.
A crise financeira internacional e os possíveis reflexos na economia do país não alteraram as projeções da TAM, que prevê crescimento de 15% a 18% do setor neste ano.
No primeiro semestre, a alta foi de 21%. "Está cedo para fazer projeções", disse Marco Antonio Bologna, presidente da TAM S.A.
"Dado o cenário de tarifas acessíveis, o mercado continuará aquecido." No entanto, Bologna disse que a TAM está atenta para não exagerar na oferta de assentos.
"Não temos muita ordem de avião para receber acima da necessidade, ao contrário de outras companhias, e temos flexibilidade para ajustar a capacidade."

LATAM

O Tribunal Constitucional de Chile acolheu ontem uma queixa da PAL Airlines contra a LAN, que aguarda a aprovação de sua fusão com a TAM.
A PAL alega que um acordo da LAN com a Fiscalía Nacional Económica (órgão do governo do Chile que zela pela livre concorrência) para mitigar os efeitos da fusão é inconstitucional. O tribunal deu cinco dias para as partes se manifestarem.
A Justiça chilena, porém, decidiu não suspender, "por hora", como queria a PAL, a investigação anticoncorrencial que está sendo realizada pelas autoridades chilenas.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

ANAC FERE SEU PARECER AO AFROUXAR NO INGLÊS



Ao deixar pilotos da TAM com nível de inglês inferior ao exigido por normas de aviação atuarem em voos internacionais, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) contrariou parecer do seu departamento técnico.
Em 18 de março, o setor da Anac responsável pelos testes de inglês foi contra pedido da associação dos tripulantes da TAM para abrandar as regras, revela relatório a que a Folha teve acesso.
Apesar do parecer, a agência deixou a TAM colocar pilotos com nível 3 (pré-operacional) de inglês em voos internacionais, desde que pilotassem só em solo brasileiro.
A medida contraria regras nacional e internacional -pilotos que atuam em voos internacionais devem ter ao menos nível 4 (operacional).
A Anac diz que não há evidência de infração e que a TAM usa um piloto a mais do que é obrigada - referindo-se a outra norma, que trata do número mínimo de pilotos -, ainda assim só sobre o Brasil.
A TAM adotou o expediente após 13,8% de seus 370 pilotos de voos internacionais terem sido reprovados no teste de inglês -foram do nível 4 para o 3. O índice mais novo é de 5,2% que, diz a empresa, inclui quem espera novo exame e os já aprovados que aguardam a licença chegar.
O país deve cumprir a exigência de inglês desde 2009, mas a TAM queria estender o prazo até 2014. A Anac, porém, considerou que a extensão "conflitaria" com ações que o Brasil adotou "frente à comunidade internacional".
AGÊNCIA NEGA DISCREPÂNCIA ENTRE DECISÕES

A Anac nega haver discrepância entre seu parecer e o aval para pilotos com inglês abaixo do exigido atuarem em voo internacional.
A agência diz que negou o pedido dos tripulantes da TAM e que permitiu à empresa usar piloto com nível 3 só se for um extra -"além do número exigido por lei"- e que voe sobre o Brasil.
A TAM diz que segue todas as leis e que passou em todas as auditorias nos últimos meses. Declarou ainda informar às autoridades internacionais quando há piloto autorizado a voar só sobre o Brasil. A ATT não respondeu.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

BOMBARDIER VAI CRIAR ESCRITÓRIO REGIONAL NO BRASIL ATÉ O FIM DO ANO



A canadense Bombardier, concorrente da Embraer, anunciou ontem que irá abrir em São Paulo um escritório de suporte a clientes de jatos na América Latina. A previsão é que isso ocorra até o final do ano.
Segundo a empresa, as novas instalações "fazem parte do projeto global da Bombardier de fornecer a seus clientes no mundo inteiro um acesso a serviços de suporte regionais em seus próprios fusos horários e idiomas".
A frota de jatos executivos da Bombardier na América Latina é formada por mais de 475 aeronaves das famílias Learjet, Challenger e Global.
Desse total, 180 se encontram atualmente na América do Sul, sendo um grande número com base no Brasil.
"Para competir mundialmente, é necessário estar envolvido e pronto para executar o trabalho localmente", afirma Andy Nureddin, vice-presidente de serviços ao cliente e suporte de jatos executivos da Bombardier.
"Com o novo escritório, poderemos resolver mais rapidamente os problemas dos nossos clientes, atenuar os riscos para que não se transformem em problemas e melhorar ainda mais o suporte à nossa base crescente de clientes na região", disse o executivo.
A Bombardier tem hoje escritórios de suporte regional para jatos executivos e comerciais instalados em Mumbai (Índia), Tóquio (Japão), Sydney (Austrália), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Xangai (China) e Munique (Alemanha).

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

UMA ÉPOCA DE VISITA DE GRANDES ENÓLOGOS



Aproveitando a brecha existente no calendário vitivinícola de enólogos e produtores de fora, julho, no Brasil, é um dos meses pródigos em eventos de vinhos. Apesar de concordar e incentivar tais atividades por entender que proporcionam aos profissionais da área e aos consumidores - pelo menos parte desse universo - conhecer mais de perto o que existe no mercado, confesso ir a pouquíssimas. Mesmo tendo por norma não aceitar que me mandem amostras para provar, há outras maneiras de (tentar) me manter atualizado, seja em feiras ou mesmo comprando as garrafas, o que (ambas) faço habitualmente. É para mim bem mais interessante e objetivo ter um encontro com o responsável. Algumas oportunidades surgiram recentemente.
A primeira delas foi com Michel Rolland, consultor que tem uma imagem controvertida em função do filme Mondovino. Sobre isso, aliás, já me manifestei várias vezes, não só contrariando a tese que ele induz a vinhos padronizados e demasiado robustos, como ressaltando sua fundamental contribuição para a generosa oferta de bons vinhos que temos hoje, vindos de todas as partes do planeta. O trabalho que ele faz no Brasil com a Miolo não é diferente. Isso não desmerece a atuação e os méritos de Adriano Miolo, que tem a mente aberta para enxergar as vantagens de ter um assessor com tal expertise com quem possa trocar ideias - vinho não é uma ciência exata - e é competente para implementá-las. Pena que poucos produtores no Brasil tenham tal visão.
Vindo direto do Vale dos Vinhedos, Rolland passava por São Paulo, onde teria uma apresentação dos novos vinhos da Miolo. Havia passado o dia anterior reunido com a direção técnica da vinícola preparando os blends da safra 2011, tarefa que faz com extrema e quase inigualável habilidade. Eu já tinha informações sobre a excelência da safra deste ano, quando conversei em junho com Bruno Lemoine, um dos enólogos que trabalham com Rolland e a quem cabe acompanhar a Miolo. Mesmo jovens, as amostras do Merlot Terroir, Lote 43 e Sesmarias degustadas comprovam a qualidade da colheita, que, segundo Adriano e Rolland, permitiu alcançar padrão inédito, opinião que corroboro. As condições climáticas, em especial na Campanha, contribuíram muito - choveu só 50 mm na fase de amadurecimento das uvas -, mas o resultado não seria o mesmo sem o trabalho desde o início da consultoria de Rolland, em 2003.
Essa questão de vinhedos foi tema recorrente na conversa. Independentemente do cuidado no manejo das vinhas, falou-se muito sobre identificação de terroirs e o plantio de castas adequadas a cada um deles. É um avanço. Com base em alguns desses estudos, por exemplo, foram definidas as castas implantadas no projeto do locutor Galvão Bueno, na Campanha. Não é de lá, ainda, que saíram os cachos para o correto Bueno Paralelo 31, safra 2009, bebido no almoço e que está agora no mercado.
Trocando uma prosa mesclada de francês e castelhano - Michel Rolland é fluente em espanhol - para outra em (mezzo) italiano, é sempre inspirador conversar com Pio Boffa, proprietário e quarta geração da Pio Cesare, histórica vinícola do Piemonte. Prazeroso, igualmente, é compartilhar seus vinhos, entre outros o Piodilei 2008, um chardonnay fermentado em madeira, equilibrado, intenso e elegante, e o eternamente rico e complexo Barolo Ornato 2005. Com meus elogios ao branco, Boffa disse que, para se aprimorar, acertou uma assessoria "light" com Denis Dubourdieu, professor da Universidade de Bordeaux.
Com relação ao Ornato, nunca me canso de abordar o assunto "barolistas conservadores versus modernistas". Vira e mexe lembro de uma frase dele, dizendo que elabora seu barolo "com os olhos no futuro e os pés no passado", o que significa elaborar um vinho atrelado às tradições, mas sem a dureza e defeitos de antigamente. É uma das pautas futuras da coluna.
E, nesta semana, estive com Enrique Tirado, enólogo da Concha y Toro responsável pelo Don Melchor, um dos xodós da maior vinícola do Chile. Vale dizer que, dos 5 ícones da Concha y Toro, o simpático e "low profile" Tirado cuida de 3: Gravas del Maipo, syrah com 10% de cabernet sauvignon; Eolo, majoritariamente malbec de vinhas velhas da Trivento, na Argentina; e o Don Melchor. Os outros são o Maycas de Limari Chardonnay Quebrada Seca e o carmenère Carmin de Peumo, sob a tutela de Marcelo Papa e Ignacio Recabarren.
A vinda de Tirado faz parte do lançamento no mercado brasileiro do Don Melchor 2007, safra que comemora 20 anos de sua estreia e que inaugurou a categoria "premium" no Chile. Desde então, apenas dois outros enólogos estiveram na sua condução: Goetz Von Gersdorff, lendário diretor do grupo Concha y Toro, até 1991, e Pablo Morandé, um dos mais brilhantes do setor no país, que passou o bastão a Tirado em 1997.
A história do Don Melchor - nome em homenagem ao fundador da vinícola - começa pela decisão de produzir um vinho de expressão maior no Chile, na primeira metade dos anos 80. Para tanto, e mostrando que era para valer, uma comitiva foi a Bordeaux procurar o venerado Émile Peynaud, considerado o pai da enologia moderna, para buscar assessoria para desenvolver o projeto. Já em fase de aposentadoria - ele faleceu em 2004, aos 92 anos -, Peynaud indicou seu mais próximo colaborador, Jacques Boissenot, que participa de seu desenvolvimento até hoje - nas "ideias" e no blend.
A pergunta que não poderia faltar a Enrique Tirado era o que mudou desde que assumiu. Na vinificação, pouca coisa: dupla seleção de uvas, uma nova prensa vertical e macerações algo mais curtas, de 20 a 25 dias. No blend saiu a merlot, que havia sido incorporada em 1995 - até então era 100% cabernet sauvignon -, e entrou cabernet franc (entre 3% e 9%, dependendo do ano) a partir de 1999. O vinhedo é que mereceu mais atenção, mas sem grandes mágicas. Enrique fez um trabalho paciente de identificar a diversidade de características e comportamentos nos mais de 100 hectares de cabernet sauvignon, conseguindo por fim dividi-los em parcelas homogêneas que recebem tratamento específico. Ele tem, assim, uma paleta de cabernets distintos, que permite compor melhor o lote final.
A velha frase "na prática, a teoria é outra" não coube na hora da degustação. As seis safras degustadas demonstram que houve um trabalho sério e, como se fosse necessário, que Enrique Tirado não é um mero marqueteiro (aliás, é o contrário). Começamos com o 1989, que surpreende por estar bem vivo, ainda que falte um pouco de frescor e elegância. A safra 1993 já se mostrou mais clássica com bons taninos, uma boa preparação para o ótimo 1999, um tinto vibrante e compacto - bela estreia da cabernet franc. Achei que o seguinte, o 2003, ficou num patamar abaixo, faltando integração de álcool, acidez e taninos. Discutindo a questão com Tirado, talvez atinja o necessário equilíbrio com o tempo.
Nenhum senão, por sua vez, com o excelente 2007, que tem tudo em equilíbrio, com bela trama tânica. O mesmo, supostamente, pode se esperar do 2010 dadas as condições climáticas semelhantes - ano mais fresco -, segundo Enrique Tirado. Era uma amostra de barrica, jovem, portanto. Promete. Assim como o compromisso de nos reunirmos num futuro breve para mais conversa. Cada ano que passa há mais história para contar. Com vinho é assim.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)