quarta-feira, 6 de abril de 2011

BNDES PRETENDE REDUZIR EMPRÉSTIMOS EM R$ 30 BI



Medida abre espaço para maior financiamento privado de longo prazo


O BNDES espera reduzir em R$ 30 bilhões o volume de empréstimos neste ano e, assim, deixar espaço para fontes privadas de financiamento de longo prazo. "O volume de projetos aprovados, que somam perto de R$ 190 bilhões, significaria chegar ao final do ano a algo em torno de R$ 165 bilhões, se tivéssemos "funding". Não é o nosso objetivo", afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante evento sobre títulos privados. Segundo Coutinho, o sucesso do banco neste ano será a moderação e não a ampliação do volume emprestado. Ele prevê uma alta de 8% a 10% nos investimentos do país neste ano. "Temos um desafio de [financiamento privado] de R$ 200bilhões. Mas isso não acontece da noite para o dia. Num horizonte próximo, acho esse número [R$ 30 bilhões] realista", disse o economista Armando Castelar, no mesmo evento. Coutinho afirmou já ter observado desaceleração nos empréstimos no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e acredita em queda maior no segundo trimestre. Para o segundo semestre, a Anbima (associação de entidades dos mercados financeiro e de capitais) espera emissões de títulos privados no Novo Mercado. A expectativa é que esse novo modelo se some a estímulos fiscais anunciados pelo governo em 2010 e ajude a ampliar o mercado de renda fixa para que ele possa servir de fonte alternativa de financiamento às empresas. O BNDES destinará R$ 10 bilhões para estimular a compra desses títulos.


(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

PARA VIAGEM


O cartão pré-pago de viagem American Express GlobalTravel Card passa a ser comercializado no Brasil pelo Bradesco. O cartão pode ser carregado em dólar, libra e euro e usado nos caixas eletrônicos do exterior que aceitam a bandeira.

(Fonte : Col. Mercado Aberto – J. Folha de S. Paulo)

ABRACORP VENDEU 5,25 MILHÕES PERNOITES EM HOTÉIS NACIONAIS EM 2010


Na semana passada a ABRACORP - Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas divulgou as estatísticas consolidadas de seus membros no exercício de 2010, apresentando um movimento total de R$ 7,264 bilhões. As vendas de hospedagens nacionais representaram R$ 1,024 bilhão ou 14,10% das vendas totais da Associação. Foram vendidos 5.251.599 room nights, com uma tarifa média de R$ 195,00. O número de room nights de hotéis de redes associadas ao FOHB chegou a 2.202.846 ou a 41,95% do total. Em relação ao movimento de 2009, as vendas de hotéis cresceram 27,69% no ano passado. No ranking de redes hoteleiras divulgada pela ABRACORP, as quatro primeiras operadoras mantiveram as mesmas posições de 2009. Destaque para a variação anual das vendas das redes Transamérica (+47,96%), Intercity (+39,21%), Windsor (+34,72%) e Atlantica (+30,87%). Destaque também para a Sol Meliá, única rede cujas vendas caíram em 2010, e para o aumento de 32,32% nas vendas de “outros hotéis”, cuja participação nas vendas totais de hotéis nacionais chegou a 66,23% (63,91% em 2009) - mostrando que os hotéis independentes estão crescendo a uma taxa superior aos de rede.

(Fonte : Business Travel Magazine)

FMI CONDICIONA CONTROLE DE CAPITAL A CÂMBIO VALORIZADO E JURO BAIXO


Com a oposição do Brasil e de outros países emergentes, a diretoria do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um novo arcabouço, divulgado ontem, que servirá de roteiro para as suas recomendações sobre controles de capitais. Antes de barrarem os fluxos de divisas, diz a nova orientação, os países devem adotar um conjunto de políticas macroeconômicas, como permitir a valorização do câmbio, acumular reservas internacionais e baixar os juros, quando possível. Do ponto de vista prático, o FMI não tem poderes para impor as suas recomendações, exceto quando os países membros tiverem que cumprir condicionalidades em eventuais programas de empréstimos feito pelo organismo. "Esse arcabouço será usado pelo fundo como base para fazer recomendações sobre políticas para todos os países membros," afirmou Aasim Hussain, consultor do departamento de políticas e estratégias do FMI. "Ao longo do tempo, ele será ajustado com base na experiência." O trabalho ainda não está terminado, disse o FMI, e vai incluir também uma avaliação das economias que geram os fluxos de capitais. No trabalho do dia a dia, as orientações servirão de guia para os técnicos ao fazer a revisão da política econômica de cada um dos seus membros. Também se juntará à base teórica que dá suporte aos relatórios do organismo, como o Panorama Econômico Mundial. O novo arcabouço é formado por nove recomendações. A primeira delas é deixar sua moeda se valorizar, no caso de economias com taxa de câmbio subvalorizada. A recomendação seguinte é comprar divisas no mercado para reforçar as reservas internacionais, quando ela está abaixo de seu valor ideal. O último passo macroeconômico é baixar os juros, se a economia não está superaquecida, e apertar a política fiscal para tirar a sobrecarga dos instrumentos monetários. De forma geral, só depois de atendido os três pré-requisitos macroeconômicos o país deve partir para os controles de capital propriamente dito. Mas há algumas exceções. O aperto nos compulsórios feito pelo Brasil no ano passado, afirma o FMI, é um exemplo de medida com efeitos indiretos nos fluxos que pode ser tomada mesmo antes de cumpridas as etapas macro. A exceção não se aplica, porém, à taxação com o IOF sobre investimentos estrangeiros. Como regra geral, dizem as novas diretrizes do FMI, os países não devem adotar controles de capitais se não lidarem antes com políticas fiscais que alimentam a demanda agregada quando a economia já está superaquecida. Mas o FMI diz que os controles podem ser um instrumento auxiliar para conter os fluxos de capitais enquanto as eventuais medidas fiscais não fazem efeito. Quando adotar controles, diz o FMI, os países devem procurar não discriminar entre residentes e não-residentes. Os controles devem ser proporcionais aos riscos criados pelos fluxos de capitais, e devem ser suprimidos assim que o perigo desaparecer. Boa parte das recomendações foi feita com base na experiência recente de controle de capitais em sete países, entre eles Brasil, Coreia e Peru. O FMI também fez um exame de 22 economias que apontou que pouco menos de um terço delas estariam prontas a usar controles de capitais, depois de atender aos critérios de valorização cambial, acúmulo de reservas e baixar os juros. O diretor para o Brasil e outros sete países da América Latina e Caribe no FMI, Paulo Nogueira Batista Jr., considera que o novo arcabouço é um retrocesso em relação a um outro documento divulgado no ano passado de autoria dos técnicos do FMI. "Os controles de capitais são o último passo, no fim de uma longa lista", disse ele, enfatizando estar opinando em caráter pessoal. Para ele, se uma economia estiver lidando com um fluxo de capitais de natureza temporária, os controles muitas vezes devem ser o primeiro remédio a ser adotado, e não devem se subordinar a medidas macro. No papel, afirma, a ideia de que os países devem atender alguns pré-requisitos macroeconômicos pode fazer sentido, mas executar as coisas no mundo prático é bem diferente. "São bem conhecidas as dificuldades em identificar a taxa de câmbio de equilíbrio, o hiato do produto e o nível ótimo de reservas", disse ele, referindo-se aos instrumentos que servem para aferir, respectivamente, se o cambio está subvalorizado, a economia está superaquecida e as reservas têm tamanho adequado. Para ele, é discutível se os técnicos do FMI estão mais capacitados a fazer esse julgamento do que as autoridades nacionais. "Isso enfraquece a noção de que as diretrizes estabelecida pelo fundo podem ter relevância prática."

(Fonte : Jornal Valor Econômico)