quinta-feira, 11 de março de 2010

DESEMBARQUES INTERNACIONAIS CRESCEM 12,23% EM JANEIRO

Primeiro mês do ano registrou 734.636 passageiros em voos internacionais no Brasil, o melhor resultado desde 2000

A chegada de passageiros em voos internacionais atingiu recorde em janeiro de 2010. De acordo com a Infraero, o primeiro mês do ano registrou o desembarque de 734.636 pessoas nos aeroportos internacionais do Brasil (voos regulares e não regulares). O resultado é 12,23% superior ao do mesmo período do ano passado (654.556 desembarques internacionais).
“O crescimento dos desembarques internacionais, acompanhado pelo recorde nos desembarques domésticos também registrados em janeiro, mostra que o turismo no país vem crescendo de maneira consistente, fruto de uma política focada de promoção do país”, afirma o ministro do Turismo, Luiz Barretto.
A presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Jeanine Pires, também avalia os resultados positivos. “Em janeiro, a entrada de divisas por meio dos turistas internacionais no Brasil também teve desempenho excelente, com um aumento de 14,2% em relação ao ano passado. Essa combinação – mais desembarques e mais gastos dos estrangeiros – demonstra que o turismo internacional já se recupera da retração causada pela crise econômica mundial nos dois últimos anos”.
Os voos charters (não regulares) para o Brasil tiveram aumento ainda maior: 15,1%. Foram 44.483 desembarques em janeiro de 2010 contra 38.647 no mesmo mês de 2009. Já os voos regulares tiveram crescimento de 12,05% (690.153 desembarques em janeiro de 2010 e 615.909 em janeiro de 2009). Atualmente, existem 906 voos semanais diretos do exterior para o Brasil. A América Latina responde por 50,99% das aterrissagens, seguida pela América do Norte (23,4%), Europa (22,19%), Ásia (1,77%) e África (1,66%).
O cálculo de desembarques internacionais é feito pela Infraero e inclui turistas estrangeiros e brasileiros em retorno ao País.

(Fonte : Ministério do Turismo)

EMPRESA AÉREA INFORMARÁ APERTO DE POLTRONA

Em até um ano, quem comprar uma passagem aérea de uma companhia brasileira saberá, na hora de escolher o voo, o espaço disponível entre a sua poltrona e a da frente.
A indicação do espaço útil para o passageiro será feita por meio de uma etiqueta que classificará a aeronave utilizada em cinco tipos, de "A" (maior distância) a "E" (menor).
A classificação foi apresentada ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), quase três anos depois de o governo ter incluído a exigência de que as companhias aéreas ofereçam um espaço maior para os passageiros nos aviões. Agora, com a etiqueta, o passageiro poderá escolher entre as aeronaves com melhores poltronas para voar e privilegiar voos mais confortáveis.
A classificação é obrigatória para todas as companhias brasileiras que operam voos regulares com mais de 20 assentos, sejam trajetos nacionais ou internacionais. Haverá multa para as que não se adaptarem.
A etiqueta "A" indicará distância entre as poltronas -medida entre a almofada de apoio das costas de um assento e o assento da frente- maior que 73 cm. A "E", o espaço menor que 67 cm. Todas as medidas se referem à classe econômica.
De acordo com a agência, uma medição feita em 2009 indicou que as principais companhias operavam aviões com distâncias entre 55,7 e 78 cm. A medida glúteo-joelho dos brasileiros, na média, fica entre 55 e 65 cm, ainda segundo a Anac.
A agência afirmou que não sabe ainda quantas aeronaves ganharão o selo de melhor espaço, mas que devem ser poucas as tipo "A". As companhias terão seis meses para apresentar a medição à Anac.
Em 2007, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse que ele, com 1,90 m de altura, tinha "dificuldades para sentar nos voos de qualquer empresa" e declarou ter determinado a regulamentação do assunto ao Conac (Conselho Nacional da Aviação Civil). Ele foi criticado cinco dias depois pelo então presidente da Anac, Milton Zuanazzi, que disse que a ampliação beneficiaria só 5% dos usuários e aumentaria os preços.

Empresas

A reportagem questionou três empresas sobre as distâncias praticadas. A Azul afirmou que a distância entre suas poltronas é de 79 cm, chegando a 86 cm nas primeiras fileiras.
A Gol informou que segue a legislação e os padrões de segurança internacionais.
A TAM declarou que suas aeronaves seguem "os padrões internacionais das empresas que prezam pela qualidade de serviço", mas não informou a distância entre as poltronas.
A legislação atual apenas determina que a aeronave possa ser esvaziada em 90 segundos no caso de alguma emergência, sem determinar espaços, de acordo com a Anac.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / Ed. Cotidiano/ 11-03-10)

ANAC NÃO LIBERA VOO DA AEROLÍNEAS ARGENTINAS MARCADO PARA DOMINGO

Enquanto diminuem as turbulências no comércio bilateral, afetado recentemente pela aplicação mútua de licenças não automáticas de importação, Brasil e Argentina transferiram para os ares suas disputas econômicas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Secretaria de Transportes da Argentina, companhias aéreas brasileiras e a Aerolíneas Argentinas entraram em curto-circuito nas últimas 48 horas. O problema gira em torno da abertura do Aeroparque Jorge Newbery, o aeroporto central de Buenos Aires, para voos internacionais com cidades do Mercosul como destino.
A decisão de ampliar o uso do terminal foi tomada em fevereiro pela Secretaria de Transportes e a Aerolíneas Argentinas já havia marcado para domingo o início dos voos ao Brasil a partir do Aeroparque, que está a dez minutos do centro, transferindo-os de Ezeiza (a pelo menos 40 minutos e cujo acesso se dá por duas rodovias pedagiadas).
Na terça-feira, a Anac autuou a empresa argentina por ter começado a venda de passagens sem a obtenção prévia de "hotrans" (faixas de horário para pousos e decolagens). Segundo a Anac, os pedidos de hotran costumam ter sua análise concluída em até 30 dias. A Aerolíneas enviou o pedido no fim de fevereiro.
A autuação da Anac foi mal digerida em Buenos Aires, onde não faltaram especulações sobre o caráter político da medida, como represália às dificuldades que TAM e Gol vêm tendo nas conversas com o governo argentino. O gerente de relações institucionais da Aerolíneas Argentinas, Daniel Méndez, disse ao Valor que a companhia mantém os planos de começar neste domingo os voos a Guarulhos, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador a partir do Aeroparque. A intenção é resolver a pendência administrativa com a Anac até hoje, no máximo.
A agência garantiu que a autuação não pode ser entendida como represália e tem a função de preservar os passageiros, já que a companhia vendeu bilhetes sem a garantia de que cumpriria o trajeto informado. Não há qualquer compromisso, no entanto, de liberar as hotrans ainda nesta semana. Fontes da Anac acrescentaram que, caso os aviões da Aerolíneas decolem do Aeroparque sem autorização para a rota, terão pouso negado por torres de controle no Brasil.
De acordo com a Anac, trata-se de um procedimento administrativo e sem qualquer conteúdo político, e uma autuação semelhante foi feita na Trip, que havia começado a vender bilhetes para o voo Guarulhos-Joinville-Navegantes sem ter obtido previamente a hotran. As autuações geram multas, mas o valor depende da "gravidade" e da "incidência", segundo o órgão regulador da aviação civil.
O incidente com a Aerolíneas Argentinas deverá complicar ainda mais, porém, a já tensa negociação entre empresas brasileiras e a Secretaria de Transportes. Após a liberação do Aeroparque para a Aerolíneas Argentinas, a TAM fez pedido semelhante ao secretário Juan Pablo Schiavi e esperava contar com a autorização para iniciar, em 26 de abril, quatro dos nove diários que tem entre o Brasil e a Argentina. Até agora, no entanto, não recebeu nenhuma resposta e a TAM se queixa da suposta falta de isonomia, com suposto privilégio à Aerolíneas Argentinas.
Schiavi havia prometido tratamento "não discriminatório" às empresas - a LAN também esperava iniciar seus voos na primeira semana de abril -, mas o governo diz que as aéreas exageraram nas expectativas. "Não transcorreu nem um mês desde que as empresas apresentaram seus pedidos. A Aerolíneas levou seis meses até ter seus voos autorizados no Aeroparque", justificou ao Valor uma fonte da secretaria. Segundo a Jurca, associação das aéreas estrangeiras que operam na Argentina, esse período foi, na verdade, o de análise da viabilidade do uso do aeroporto central. "Uma vez liberado, basta dizer sim ou não ao pedido de outras empresas", disse um integrante da Jurca.
De acordo com a fonte da Secretaria de Transporte, o governo deverá, antes de avaliar os pedidos das aéreas estrangeiros, ver "como funciona a experiência" da Aerolíneas no Aeroparque, que é mais apertado e tem menos capacidade ociosa do que Ezeiza.
Hoje as companhias, incluindo a TAM, terão uma reunião com o secretário. "Quando vieram aqui pela primeira vez, fizemos uma apresentação clara e precisa. Ninguém reclamou. Agora elas sugerem de que há inércia por parte do governo, mas o trâmite da Aerolíneas levou seis meses", afirmou um interlocutor próximo de Schiavi.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / 11-03-10)

QATAR AIRLINES IRÁ OPERAR VOO DIÁRIO PARA SP

A Qatar Airlines irá operar voo diário Doha-São Paulo-Buenos Aires a partir de junho. A aeronave, um Boeing-777, terá capacidade para 365 passageiros. O anúncio foi feito por Taco Nieuwenhuijsen, vice-presidente de marketing da companhia, ao ministro Luiz Barretto (Turismo), que está em Berlim, participando da feira ITB.
Mais do que o fluxo Qatar-Brasil, a companhia quer ser uma opção para japoneses e coreanos que vêm ao país.
Para tirar melhor proveito dessa nova ligação com o Oriente Médio, a Embratur vai promover em maio seminários para agentes e operadores de viagem em Doha.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / Ed. Dinheiro / 11-03-10)