quarta-feira, 18 de julho de 2012

WEBJET LANÇOU SOLUÇÕES PARA CONFERIR AS DIMENSÕES DAS BAGAGENS DE MÃO



Saber qual é o tamanho da mala que pode ser levada a bordo do avião é uma dúvida muito frequente entre os clientes, principalmente para os que utilizam os serviços de autoatendimento. Pensando em evitar surpresas na hora de embarcar, a Webjet desenvolveu soluções que visam dar mais agilidade aos seus voos. Elas já estão disponíveis no Rio de Janeiro e nas próximas semanas estarão disponíveis em todos os aeroportos operados pela Webjet, tornando a acomodação dos passageiros dentro do avião mais rápida.
A partir de agora, o cliente vai encontrar no saguão do aeroporto, junto aos quiosques de autoatendimento e na entrada da fila de despacho de bagagem, um painel onde poderá conferir se a sua mala tem dimensões compatíveis com a da figura impressa, que mostra o tamanho máximo permitido para a bagagem de mão. Caso ultrapasse as dimensões do desenho, o volume deverá ser despachado. Já na área de embarque, um agente da Webjet terá uma espécie de caixa, com fundo falso, para medir se a mala tem tamanho compatível com o espaço do bagageiro da cabine do avião. Se a bagagem for maior, será despachada ali mesmo.

(Fonte : Business Travel Magazine)

EMPRESÁRIO CRITICA POLÍTICA DE CHARTERS DA EMBRATUR



Roberto de Almeida Dultra, ex-presidente da Bito e do Rio CVB, e um dos mais tradicionais empresários do turismo receptivo brasileiro, enviou ao Portal Panrotas artigo em que critica a iniciativa da Embratur de subsídio à captação de voos fretados internacionais.
Segundo ele, destino de charter ganha a imagem de destino popular, baseado em preço, e afugenta os turistas de qualidade. Confira o artigo a seguir.

"O EQUÍVOCO DOS CHARTERS

Recente reportagem dizia que a Embratur recebeu oito propostas para o Programa de Apoio a Promoção Internacional de Voos Fretados, sete de Estados da região Nordeste (Sergipe, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia) e uma da região Norte (Acre). Segundo Flavio Dino, presidente da Embratur “esse programa vai estimular o incremento da malha aérea do País, visando à diversificação das portas de entrada do turista estrangeiro”. Ainda de acordo com a mesma matéria, o programa vai disponibilizar, ao todo, R$ 8 milhões para auxiliar as secretarias de Turismo a divulgar voos internacionais para seus Estados. O programa prevê também aporte para auxilio à captação de novos voos internacionais.
Ao ler essa matéria veio-me logo à cabeça a pergunta que nós, experientes empresários brasileiros do turismo receptivo internacional, já fizemos tantas vezes: por que será que a Embratur – principal entidade brasileira responsável pela promoção do Brasil no Exterior –, insiste nessa estratégia equivocada de atração de voos fretados para incrementar o crescimento do turismo receptivo internacional? Qualquer profissional experiente do setor sabe que esses programas de voos fretados não agregam nada, por razões muito simples:

1) Como o Brasil não está entre os destinos mais baratos do mundo, a Embratur tem de interferir no equilíbrio natural da lei de oferta e procura, subsidiando e/ou assumindo riscos, para atrair o interesse de uma operadora estrangeira que monte e opere um programa de voo fretado para um destino brasileiro;

2) A empresa aérea será forçosamente uma empresa estrangeira de fretamento de aviões, até mesmo porque não temos empresas brasileiras de fretamento de aeronaves de grande porte, nem nossas companhias aéreas dispõem de aeronaves para esse tipo de fretamento – voos semanais durante vários meses, incluindo nossa temporada alta (verão brasileiro) quando nosso clima tropical mais atrai os turistas do hemisfério norte, que está no inverno;

3) Os hotéis “brasileiros” que recebem esses grupos de voos fretados quase sempre são hotéis do tipo resort “all-inclusive” (importante nesse tipo de pacote), de grupos hoteleiros estrangeiros, com os quais a operadora estrangeira do programa tem maior poder de negociação;

4) Os serviços no destino brasileiro ficam praticamente limitados aos traslados aeroporto-hotel-aeroporto, com a única adição, em alguns casos, de um passeio simples do tipo city tour. Ou seja, a rigor, a operadora do programa não precisa nem contratar os serviços de uma agência brasileira de turismo receptivo, pois, pela internet ou com o próprio guia coordenador do programa, pode contratar diretamente esse serviço de uma empresa local de ônibus, bem como os guias locais que forem necessários;

5) As empresas de ônibus e guias locais certamente concordarão com preços inferiores aos praticados aqui no Brasil com agências receptivas, por diversos motivos (ociosidade da frota, garantia de fluxo de caixa, possibilidade eventual da não emissão de nota fiscal ou recibo de autônomo, etc.);

6) Os turistas estrangeiros que compram esses pacotes são, em sua esmagadora maioria, pessoas de classe média baixa, para os quais o fator determinante da compra é o preço. Ou seja, turistas que estão mais interessados em descansar do que conhecer o destino (fazer turismo local) e/ou fazer compras.

Quem é que ganha com esse programa?

1) A operadora estrangeira ganha pela inclusão de mais um produto em seu portfólio; ganha a promoção gratuita do programa, subsidiada pela Embratur ou secretaria estadual de turismo; pode até ganhar também um subsidio da Embratur (ou secretaria estadual de turismo) para a garantia da realização dos voos fretados; e ganha um lucro razoável se o programa alcançar um bom nível de vendas;

2) A empresa estrangeira fretadora de aeronaves ganha pelo fretamento;

3) O grupo estrangeiro proprietário do hotel/resort ganha pelo menos a garantia de ocupação de 90 a 100 ou até mais apartamentos durante alguns meses, com todas as consequências positivas que isso traz para o hotel.

E o Brasil ganha o que?

1) O hotel “brasileiro” recebe apenas o necessário para justificar os custos operacionais, ou seja, não vai pagar um centavo sequer a mais de impostos por essa operação;

2) A empresa local de ônibus “ganha” fluxo de caixa, mas provavelmente também não vai pagar nenhum centavo a mais de impostos por essa operação;

3) Os poucos guias que porventura sejam contratados, idem;

4) Nenhum posto de trabalho será criado no Brasil graças a essa operação.

Chegamos então à conclusão de que a única ganhadora no Brasil é a Embratur, que poderá divulgar o fato de que seu Programa de Apoio à Promoção Internacional de Voos Fretados foi responsável pela vinda de mais alguns milhares de turistas estrangeiros, engordando a importante estatística, que, infelizmente, parece ser o único objetivo da Embratur! Será que vale a pena investir R$ 8 milhões só para engordar a estatística da Embratur?! Será que o Brasil é um país tão pobre e destituído de atrativos que precisa “comprar” turistas para aumentar o fluxo de turistas internacionais?!
Qualquer empresário ou técnico de turismo com alguma experiência sabe que um destino turístico deve ser “construído” a partir da atração dos ricos e famosos, do turismo de elite. Não se trata de elitismo ou discriminação, mas simplesmente de estratégia inteligente. Onde o rico e o famoso vai, todos querem ir, mas o inverso não é verdadeiro. Uma vez estabelecida a imagem de destino frequentado pelo turismo de elite, o próprio mercado se encarrega de oferecer condições para as classes de menor poder aquisitivo e o destino se desenvolve por completo. O inverso simplesmente não acontece – destinos baratos não conseguem atrair o turismo de elite e a pecha de destino barato acaba custando muito caro. Destinos que ficam conhecidos como destinos de charters acabam “ganhando” a pecha de destino barato!

Roberto Dultra"

(Fonte e foto : Panrotas)

TAM, AZUL E TRIP GANHAM “OSCAR” DA AVIAÇÃO



Todos os anos, o World Airline Awards elege as melhores companhias aéreas de todo o mundo. Conhecida como o “Oscar da Aviação”, a premiação leva em considerações a satisfação dos passageiros, que avaliam diversos quesitos nas companhias aéreas, como serviços prestados, conforto e preço.
Neste ano, TAM, Azul e Trip representaram o Brasil na premiação e estão entre as melhores aéreas da América do Sul, em diferentes categorias.
A TAM ganhou dois prêmios e foi eleita a melhor companhia aérea da América do Sul e a melhor em prestação de serviços, entre as aéreas sul-americanas. A Azul, por sua vez, foi escolhida como a melhor companhia de baixo custo da América do Sul. Já a Trip foi indicada como a melhor companhia regional da América do Sul.

MELHORES DO MUNDO

No ranking das 100 melhores companhias aéreas do mundo, a TAM ocupa o 32º lugar. Na premiação do ano anterior, a ela havia sido escolhida a 25ª melhor empresa de aviação do mundo. Já a Azul está na 54ª posição. Outra brasileira citada na lista é a Avianca, com o 56º lugar no pódio.
Pelo segundo ano seguido, a Qatar Airways foi eleita a melhor companhia aérea do mundo. A Asiana Airlines e a Singapore Airlines ficaram com o segundo e terceiro lugar, respectivamente.
O levantamento para a escolha das melhores aéreas, realizado entre julho de 2011 e junho deste ano, foi feito a partir da opinião de mais de 18 milhões de passageiros do mundo todo. Cerca de 200 companhias aéreas fizeram parte da pesquisa realizada pelo World Airline Awards.

(Fonte : Revista Exame)

HOTEIS.COM MOSTRA QUE O VIAJANTE CHINÊS MUDA A DINÂMICA DA HOTELARIA



O número de turistas chineses realizando viagens internacionais aumentou 22% em 2011, quando comparado ao mesmo período em 2010, e especialistas preveem que a China está a caminho de ultrapassar Alemanha e Estados Unidos no posto da nação que mais viaja para o exterior nos próximos anos. A primeira edição do CITM (sigla em inglês para Monitor de Viagem Internacional Chinês) da Hoteis.com, ressalta como o aumento do turista chinês está mudando a dinâmica do mercado hoteleiro mundial.
Johan Svanstrom, diretor da Hoteis.com para a região Ásia Pacífico, comentou: “Os chineses realizaram cerca de 70 milhões de viagens internacionais em 2011 e, mesmo que várias tenham sido para Hong Kong e Macau, o número de viagens internacionais cresce significativamente. A execução de estratégias para atender especificamente este mercado em ascensão passou de diferencial para uma necessidade competitiva”.
Considerando a opinião de mais de 5.000 hoteleiros parceiros da Hoteis.com em todo mundo, o relatório concluiu que a maioria dos entrevistados prevê a continuidade do crescimento do mercado chinês de turismo. Um em cada cinco respondentes (22%), esperam ver um aumento de quase 40%. Muitos governos nacionais estão facilitando este crescimento com a facilitação de vistos turísticos. Viajantes chineses internacionais são conhecidos por gastar em compras e existe uma oportunidade para a indústria hoteleira agarrar parte desta verba para experiência da estada em si.
O estudo descobriu que o perfil dos hóspedes chineses está mudando à medida que eles se tornam mais independentes, confiantes, jovens e familiarizados com culturas e costumes estrangeiros. Entre os hoteleiros consultados, fica claro que muitos estão se adaptando à demanda ao oferecer funcionários que falam mandarim, materiais traduzidos, menu chinês e opções de entretenimento, além de pagamento no sistema de cartão de crédito China UnionPay.
Exemplos do estudo indicam que 41% dos estabelecimentos planejam oferecer canais de TV chineses, enquanto 66% dos hoteleiros europeus pensam em disponibilizar opções chinesas para o café da manhã. Com a atual incerteza econômica em alguns dos principais países, atender o mercado chinês deve estar na lista de prioridades dos hotéis.
“Hoteleiros devem realizar planos concretos em duas áreas. Em primeiro lugar, desenvolver estratégias para atingir a fonte do mercado chinês, se concentrado em meios online, já que a população chinesa que utiliza a internet ultrapassou a marca de 500 milhões de usuários. Em segundo lugar, adaptar os serviços do hotel para atender as expectativas e necessidades deste público em crescimento” conclui Svanstrom.

(Fonte : Business Travel Magazine)

CAE APROVA AUTORIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS ESTRANGEIROS PELO RIO DE JANEIRO



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou autorização de empréstimos estrangeiros pelo Rio de Janeiro. O estado poderá contar com um reforço de caixa de até US$ 419,6 milhões tomados da Confederação Andina de Fomento (CAF) para recuperação e manutenção de estradas. A expectativa é que o assunto seja analisado em sessão plenária do Senado, que tem a prerrogativa de autorizar esses empréstimos.
Os pedidos de empréstimos, com aval do governo federal, estão divididos em dois projetos. Desses, apenas o que libera o governo estadual para contrair US$ 100 milhões de empréstimo na CAF foi aprovado pela comissão e enviado ao plenário em regime de urgência.
O presidente da comissão, Delcídio Amaral (PT-MS), encaminhou o projeto de US$ 319,6 milhões diretamente para análise em plenário, também em regime de urgência, para que seja votado hoje, último dia dos trabalhos legislativos antes do recesso.
O vice-governador do Rio de Janeiro, Luís Fernando Pezão, acompanhou a sessão da CAE. Segundo ele, os US$ 319,6 milhões serão aplicados no programa Pró-Vias para recuperar diversas rodovias estaduais. Já os US$ 100 milhões serão utilizados, exclusivamente, para financiar obras de infraestrutura nos principais municípios fluminenses atingidos pelas chuvas em 2011. Serão beneficiadas as cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.
A CAE aprovou ainda mensagem presidencial que autoriza a contratação de crédito externo pelo governo da Paraíba no total de US$ 25 milhões, financiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência de fomento das Nações Unidas.
O dinheiro financiará parcialmente o Projeto de Desenvolvimento Sustentável das regiões do Cariri e Seridó. O objetivo é implementar ações de redução das taxas de extrema pobreza com financiamentos de projetos agrícolas e outros fora do campo que tenham como foco a preservação ambiental.

(Fonte : Ag. Brasil de Notícias / imagem divulgação)

JUROS DO CARTÃO SÃO MAIS ALTOS NO BRASIL



O Brasil tem a maior taxa média de juros do cartão de crédito na comparação com outros seis países da América Latina, mostra pesquisa da ProTeste (associação de defesa do consumidor) divulgada ontem.
"Mesmo com a redução da Selic [taxa básica da economia, referência nas operações de crédito], os juros dos cartões seguem em um patamar extremamente elevado", afirma Renata de Almeida Pedro, estatística da ProTeste.
No corte mais recente, na semana passada, a Selic atingiu 8% ao ano, o menor nível registrado desde o início da série histórica, em 1986.
O estudo apontou que o brasileiro que usa o financiamento por meio do cartão de crédito, o chamado rotativo, paga taxa média de juro anual de 323,14% (veja quadro).
A comparação foi feita com Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México.
O segundo colocado, o Peru, tem taxa de 55% ao ano, quase um sexto da brasileira, seguido pelo Chile, com taxa de 54,24%. A Colômbia é a última da lista, com 29,23%.
Segundo a associação, não foram incluídos outros países, como os da zona do euro, por não financiarem saldos devedores de cartões de crédito, além de oferecerem taxas "sabidamente inferiores" em caso de atraso.
A média foi calculada com base nos valores cobrados pelos cartões de 13 instituições financeiras.

CUSTO

Por causa do custo elevado, a recomendação da ProTeste é evitar utilizar o rotativo do cartão de crédito.
"Se o consumidor já estiver pagando juro no cartão de crédito, o ideal é fazer um novo financiamento em seu banco, com taxas menores, e quitar a dívida mais cara", diz a especialista da associação.
Segundo o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, dois motivos dificultam a queda nas taxas: a baixa concorrência do mercado brasileiro e a alta inadimplência.
"Há poucas empresas atuando e os consumidores não costumam trocar de banco atrás de taxas menores."
A associação, que também pesquisa taxas com outra metodologia, aponta que os juros do cartão de crédito, de 238,3% ao ano em junho, não são alterados há 28 meses.
Em relação à inadimplência, a taxa de atraso no pagamento de contas superior a 90 dias foi de 29,49% em maio, segundo o Banco Central. Enquanto isso, a inadimplência de pessoas físicas em geral ficou em 8%.
"Os juros são altos para compensar a alta inadimplência. Por outro lado, como é um crédito caro, os consumidores deixam de pagar e a inadimplência sobe."

OUTRO LADO

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz que não se pronuncia sobre práticas e políticas comerciais e negociais de seus associados.
A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) informa que não detém gerência nem controle sobre a política comercial de suas empresas associadas.
De acordo com a associação, o mercado brasileiro tem peculiaridades, como parcelamento sem juros e período de até 40 dias sem juros para pagamento da fatura.
Segundo a entidade, hoje, só 29% das contas de cartões no Brasil têm juros e menos da metade delas corresponde ao rotativo (de acordo com dados de maio do BC).

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

BRASIL TERÁ CARTILHA DE SEGURANÇA PARA A COPA



Policiais e técnicos da área da segurança pública da Alemanha, reunidos no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, continuam apresentando soluções e sugestões para as equipes de segurança das 12 sedes da Copa no Brasil. O grupo coordenou as ações da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha e agora apresenta as estratégias e resultados no Simpósio de Segurança em Grandes Eventos Esportivos, realizado pela Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, do Ministério da Justiça.
Nesta terça-feira (17) um dos temas foi o risco em jogos individuais. O policial federal criminal da Alemanha, Jenny-Claire Detert, abordou situações que ocorreram na Copa de 2006. “Um dos pontos importantes de um megaevento é o credenciamento, pois esta é uma tarefa de proteção, quando você identifica as pessoas que participam, sejam autoridades, jornalistas, convidados, prestadores de serviços, membros das delegações, voluntários e até funcionários da área de segurança”, disse Detert.
Na Copa da Alemanha foram 148.35l pessoas credenciadas, sendo 144.926 concedidas, 2.055 com recomendações para negar e 1.334 rejeitadas. Além de pessoas com antecedentes criminais ou integrantes de distúrbios esportivos, existem também os desequilibrados, que podem oferecer risco ao evento.
O diretor-geral de Polícia Civil ostensiva dos estados, Bernd Manthey, informou que na Europa existe uma cartilha oficial com regras da segurança pública, que é obedecida por todos os integrantes das forças de segurança. O Manual Geral dos Grandes Eventos envolve todos os países europeus. “É uma regra a ser seguida, com itens que vão de pesquisas a relatórios de ações preventivas e ostensivas”, afirmou.
O secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo no Paraná, Mario Celso Cunha, destacou a importância deste Simpósio. “Estamos acompanhando um importante trabalho coordenado pela Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos que servirá de aprendizado para o trabalho oficial do mundial no Brasil. O Ministério também estuda a possibilidade de implantar a cartilha de segurança na Copa de 2014, o que irá ajudar no planejamento deste evento”, disse Cunha.
Participam do evento o major Antônio Geraldo Hiller Lino, da Defesa Civil, o capitão Cristiano Contijo Mota, da Polícia Rodoviária Estadual do Paraná, os delegados da Polícia Federal Fluvio Cardinelle Oliveira Garcia e Roberto Mello Milaneze, além do inspetor da Guarda Municipal de Curitiba, Claudio Augusto de Oliveira.

(Fonte : Paraná Online)

LONDRES REGISTRA PROBLEMAS DE TRANSPORTE ÀS VÉSPERAS DOS JOGOS



Faltando dez dias para o início dos Jogos Olímpicos de Londres, a capital britânica já começa a apresentar alguns problemas de transporte, especialmente na estrada que une o aeroporto de Heathrow ao centro, que registra intensos congestionamentos.
Pensando em facilitar o deslocamento das delegações do aeroporto de Heathrow até a Vila Olímpica de Stratford, as autoridades britânicas criaram uma linha especial nesta estrada, a chamada M4, que funciona das 5h às 22h (horário local).
Essa linha especial, no entanto, tem provocado imensos congestionamentos na região. O caso de maior repercussão foi o do atleta americano Kerron Clement, duas vezes campeão mundial dos 400 metros com barreiras, que passou quatro horas em um ônibus para chegar à vila olímpica nesta segunda.
O americano foi um dos primeiros atletas a desembarcar em Heathrow para participar dos Jogos de Londres, que serão iniciados no dia 27.
Segundo o próprio Clement, que comentou o fato no Twitter, o motorista de seu ônibus se perdeu e, por isso, ficou rodando com os atletas por Londres durante quatro horas.
Neste sentido, o prefeito de Londres, Boris Johnson, preferiu minimizar o fato e afirmou que o tempo gasto entre o aeroporto e a Vila Olímpica deverá ser reduzido com o passar dos dias.
Em breves declarações à imprensa, Johnson também destacou que os atletas que já estão na Vila Olímpica ficaram "boquiabertos" ao ver a estrutura das instalações.
Já no metrô, os passageiros são orientados a evitar a linha Central, que une o centro com o leste da cidade, em certos horários do dia, já que essa é a maneira mais fácil para se chegar a Stratford e, por isso, costuma apresentar uma grande aglomeração de pessoas.

(Fonte : EFE)

EMPRESA DE SEGURANÇA DE LONDRES 2012 DESISTE DA COPA 2014



Após o fiasco na organização da segurança dos Jogos Olímpicos de Londres, a empresa G4S anunciou nesta terça-feira que desistiu de concorrer aos contratos dos dois próximos grandes esportivos mundiais: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016, ambos no Brasil.
Diante de uma comissão do Parlamento britânico que fiscaliza a segurança olímpica, o executivo-chefe da empresa, Nick Buckles, se disse envergonhado por não ter conseguido cobrir todos os postos de segurança requeridos e reiterou suas desculpas, mas se negou a renunciar ao cargo.
A dez dias do início dos Jogos, a britânica G4S, que caiu 15% na bolsa em menos de uma semana, espera disponibilizar ao máximo 7 mil guardas particulares durante os Jogos Olímpicos, enquanto o Governo considerava necessários 10,4 mil para garantir a segurança nos locais pelos quais os atletas passarão.
Para proteger esses locais, o Exército britânico colocará em ação 3,5 mil soldados adicionais, que se juntarão aos 13,5 mil que já estavam mobilizados, um contingente extra que será totalmente custeado pela G4S.
"Estamos arrependidos de ter assinado este contrato, mas agora é preciso seguir adiante. Não era especialmente lucrativo. Ironicamente, pensamos que serviria para que a empresa ganhasse reputação", explicou o diretor aos deputados.
O acordo representaria para a empresa um lucro de 10 milhões de libras (R$ 31,7 milhões de euros). Por outro lado, haverá segundo Buckles um forte impacto econômico, com perdas próximas a 50 milhões de libras (R$ 158,7 milhões de euros), cerca de 10% de seus lucros anuais.
Dada a experiência com os Jogos de Londres, o diretor revelou que a G4S decidiu na última semana não se apresentar ao concurso para tramitar a segurança na próxima edição do evento, no Rio de Janeiro, nem para o Mundial de 2014, em 12 cidades brasileiras.
Apesar da falta de efetivos de segurança particular em Londres-2012, o presidente do Comitê Organizador Local (Locog), Sebastian Coe, garantiu que o plano olímpico não será afetado, já que todos os espaços vagos serão cobertos com soldados ou policiais.

(Fonte : Revista Exame / imagem divulgação)

GOVERNO VAI INVESTIR R$ 12 BI CONTRA DESASTRES NATURAIS



O governo federal vai investir R$ 12 bilhões em prevenção contra desastres naturais e incluirá todas as obras dessa área no PAC. O anúncio deve ser feito nos próximos dias.
Os recursos serão destinados a obras como construção de barragens, compra de radar e de sistemas de alerta.
Na lista de contemplados estão municípios tradicionalmente atingidos por desastres naturais e que tenham o maior histórico de mortes nos últimos anos.
Em 2011, a União destinou R$ 360 milhões para recuperar áreas atingidas pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

AVIANCA AMPLIA OPÇÕES DE RESGATE NO PROGRAMA AMIGO



Os clientes cadastrados no Programa Amigo, da Avianca Brasil, contam agora com novas opções de prêmios e resgates de passagens. Com o “Amigo todo dia” e o “Amigos & Money”, os membros do programa poderão emitir passagens com uma quantidade menor de pontos ou combiná-los com tarifas promocionais, respectivamente.
Além dessas vantagens, o Programa Amigo também oferece a Conta-Família , onde é possível inscrever até quatro familiares de primeiro grau e acumular pontos mais rapidamente.
As novas opções já estão disponíveis para os associados por meio da Conta Amigo, nas lojas da empresa ou na central de vendas da companhia. Para mais informações: 4004-4040 (São Paulo e capitais) e 0300-789-8160.

(Fonte : Panrotas)

PILOTOS TÊM NÍVEL DE INGLÊS "MUITO BAIXO", AFIRMA ESCOLA



O nível de inglês dos pilotos brasileiros é "muito baixo" -varia entre o mínimo exigido para voos internacionais ou menos do que isso, diz Ana Neufeld, sócia da Flight Crew, de Madri, que aplica testes de proficiência em inglês a esses profissionais.
Segundo ela, a maior parte dos brasileiros que ela avaliou tem nível operacional (nível 4, em uma escala de 1 a 6), o mínimo para fazer voos internacionais. Entre 15% e 20% são reprovados, disse.
O inglês é obrigatório para voos internacionais.
"É um nível muito diferente dos pilotos europeus que eu atendo; 35% dos europeus têm nível 5 (avançado). Os pilotos brasileiros não têm aspirações de chegar ao nível 5. Eles precisariam melhorar muitíssimo." A Flight Crew avaliou cerca de 150 pilotos brasileiros desde dezembro.
Ela criticou o fato de a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ter anulado, em junho, o resultado da prova de inglês feita por pilotos brasileiros na escola. Eles serão obrigados a refazer a prova no Brasil. Enquanto isso, só podem atuar em voos internacionais dentro do Brasil.
A Anac avaliou 95 pilotos que fizeram o teste em Madri, dos quais 88 terão que refazer a prova até dezembro sob pena de não poder mais voar para o exterior. Os outros sete já tinham no Brasil nota suficiente para fazê-lo.

QUALIDADE

"Minha escola é aprovada pela autoridade de aviação espanhola e pela europeia", diz a sócia da escola.
Duas inspetoras da Anac foram a Madri e constataram que os brasileiros melhoravam a nota na Flight Crew.
"Atendo a pilotos que voam em Hong Kong, no Qatar e em toda a Europa. Nunca tivemos reclamações."
Os áudios do teste ficam gravados, mas são repassados somente às autoridades às quais a escola é subordinada, afirmou.
Brasileiros escolheram a escola porque dizem que o teste é mais rápido e barato.
Advogado de parte dos pilotos, Carlos Duque Estrada diz que os profissionais têm inglês necessário para voar e são experientes. Ele pedirá para o Ministério Público Federal apurar o caso.
Ontem, a Associação Brasileira dos Pilotos de Aviação Civil criticou a Anac e disse que, se a segurança operacional é o motivo da restrição aos pilotos, todos os estrangeiros que obtiveram licença na Flight Crew deveriam ser proibidos de voar no Brasil. A Anac não comentou.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

TRÁFEGO ESPANHA-BRASIL CAI 4,6% NO PRIMEIRO SEMESTRE



O movimento de passageiros de voos de e para o Brasil nos aeroportos espanhóis registraram uma queda de 4,6% de janeiro a junho deste ano. Segundo a empresa aeroportuária espanhola Aena, os aeroportos tiveram 416,6 mil passageiros no primeiro semestre. A queda de 20,3 mil pessoas foi motivada pela redução de ligações com as cidades de Recife e Rio de Janeiro.

POR ROTAS

A principal rota brasileira em aeroportos espanhóis é São Paulo, com 298,7 mil passageiros, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar do ranking, com 83,6 mil (-14,9%), seguido de Salvador (+9,4%), com 33,9 mil . Já Recife, que tinha 20,5 mil viajantes, e Fortaleza, seis mil, ficaram apenas com 78 e 274 passageiros, respectivamente.

POR COMPANHIA

A Air Europa foi a empresa aérea que registrou o maior crescimento do semestre. Operando voos entre Madri e Salvador, a companhia incrementou sua oferta em 123,8% e transportou 33,9 mil passageiros. Singapore e Tam completam o ranking das que mais contribuíram com o crescimento de turistas no tráfego Espanha-Brasil. A primeira, que opera a rota Barcelona - São Paulo, transportou 29 mil viajantes (+ 122%) e a segunda, que liga Madri a capital paulista, chegou ao fim do primeiro semestre com 70,9 mil (+ 1,9%) clientes transportados entre os dois países. A Iberia obteve uma queda de 12,8%, transportando 269,4 mil passageiros de janeiro a junho.

(Fonte : Presstur / Panrotas)

SEDES DA COPA 2014 TERÃO ORELHÕES COM PONTOS DE ACESSO À INTERNET SEM FIO



As instalações deverão ser feitas primeiramente nas cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está com uma consulta pública aberta até o dia 23 de agosto, para saber a opinião da sociedade sobre a possibilidade de transformar os telefones públicos em aparelhos que possam entrar na internet e fazer ligações com moedas e cartões de crédito.
A previsão é instalar nas capitais mais de 225 mil telefones e mais 740 mil aparelhos no interior do País. A prioridade são as cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014.
"A ideia da Anatel é ampliar o uso do aparelho, incluindo dados, para que as pessoas possam acessar também a internet, via wi-fi.
Isso vai ampliar o acesso de dados no País, o acesso de banda larga", explica a conselheira da agência, Emília Ribeiro.

(Fonte : Mídia Max News)

FESTIVAL VINO WEEK ENALTECE A GASTRONOMIA DA CIDADE DE SP EM PARCERIA COM AÇÃO BENEFICENTE



Entre os dias 23 de julho e 5 de agosto acontece a primeira edição do festival Vino Week em 35 restaurantes de São Paulo e arredores. Em cada restaurante participante, o cliente poderá escolher uma refeição completa e degustar dois tipos de vinho, entre branco e tinto. Além do valor fixo do prato, o cliente paga o mínimo de R$ 2, para doação ao Instituto Chefs Especiais, que leva aulas de gastronomia a pessoas com Síndrome de Down.
O evento estará presente nas cidades de São Paulo, Sorocaba, Itu, Cotia e Barueri. O objetivo é enaltecer o consumo de rótulos brasileiros, portugueses e italianos, elegendo um menu característico de cada restaurante que seja complementado com vinho.
As refeições completas (entrada, prato principal e sobremesa) manterão um valor fixo de R$ 79 no almoço e R$ 89 no jantar. A contribuição mínima vai para o Instituto Chefs Especiais, que trabalha desde 2006 levando aulas de gastronomia a portadores da Síndrome de Down. O intuito da parceria com o evento é alavancar fundos para a construção de uma escola.

Serviço:

Vino Week

Data: De 23 de julho a 5 de agosto de 2012.

Horário: De acordo com as casas participantes.

Local: Consulte os restaurantes no site.

Preço: R$ 79 (almoço), R$ 89 (jantar) - além da contribuição social de R$ 2



(Fonte : Site Cidade de São Paulo / imagem divulgação)

PARA SINDICATO, CONGONHAS SEGUE “CRÍTICO” 5 ANOS APÓS ACIDENTE DA TAM



Cinco anos após o acidente com o voo JJ3054 da TAM, que matou 199 pessoas, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segue operando "nos seus limites" e "continua sendo um aeroporto crítico" na opinião do diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas Carlos Camacho.
Para ele, as mudanças aplicadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram insuficientes para eliminar a possibilidade de uma nova tragédia, embora reconheça que houve melhora na pista e que as medidas foram acertadas. Camacho critica, por exemplo, que as operações sigam ocorrendo em dias de chuva: "choveu, deveria parar".
Uma das 33 recomendações do relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o acidente, das quais a Anac afirma ter acatado 30, foi justamente "restringir, de imediato, a operação da pista principal à condição de 'pista seca'". A Agência diz que ela foi cumprida com a instalação do grooving (ranhuras para facilitar o escoamento), que impede a formação de lâminas d'água na pista. Hoje, o aeroporto só fecha sob chuva forte que provoque acúmulo de água e prejudique a visibilidade.
A pista escorregadia e o excesso de voos foram apontados pelo relatório do Cenipa como fatores que colaboraram - junto com o fato de uma das manetes que controlam as turbinas estar na posição para acelerar, o que provocou falta de freios - para que o Airbus A320 cruzasse a pista principal e colidisse com o prédio de um depósito de cargas da própria TAM no dia 17 de julho de 2007.
Além do grooving nas duas pistas, operacionalmente, o terminal reduziu o número de autorizações para pousos e decolagens de 38 para 30 por hora. O engenheiro aeronáutico Jorge Eduardo Medeiros, professor de aeroportos e transportes aéreos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), avalia como positivas as alterações. "O acidente da TAM seria evitado se, antes, fossem adotados em Congonhas os mesmos procedimentos do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro", argumenta. No terminal carioca, é proibido o pouso de aeronaves com o motor pinado (sem o reversor, item de segurança adicional que gera desaceleração e ajuda na frenagem), como aconteceu com o Airbus A320 da TAM. Essa proibição só foi adotada em Congonhas após o acidente.
De acordo com a Anac, as mudanças aplicadas seguem até hoje, como, por exemplo, a proibição de pousos e decolagens de aeronaves com o motor pinado e com os spoilers (equipamento instalado sobre as asas e que ajuda na frenagem) inoperantes. "Spoilers nada!", disse, segundos antes do choque, o copiloto do voo da TAM, conforme revelaram os áudios das caixas-pretas.
Dados disponibilizados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) mostram que o aeroporto de Congonhas recebeu, em 2003, mais de 220 mil aeronaves e passaram por seus corredores 12 milhões de passageiros. Em 2007, ano do acidente da TAM, foram 205 mil aviões e 15 milhões de usuários. Com a redução do número de autorizações para pousos e decolagens adotada pela Anac após a tragédia, em 2008, o número de aeronaves caiu para 186 mil e o de passageiros, para 12 milhões. Nos anos seguintes, os números voltaram a crescer e, em 2011, Congonhas recebeu mais aeronaves (209 mil) e mais passageiros (16 milhões) do que no ano do acidente. Até maio deste ano, no entanto, os volumes são menores do que o registrado no mesmo período de 2007.
Através da assessoria, a Anac informou que a movimentação no aeroporto não é aferida pelo número de passageiros transportados, "pois isso pode mudar com o aumento da taxa de ocupação das aeronaves ou pela troca por aviões com mais assentos", nem pelo número voos. De acordo com a Agência, a movimentação é monitorada pela quantidade de autorizações para pousos e decolagens, reduzidas após o acidente. "Em dezembro de 2007, eram 1.953 frequências semanais no aeroporto de Congonhas. Hoje temos 1.624", informou a Anac.

MUDANÇAS NA PISTA

Cercado pela cidade, o aeroporto de Congonhas não tem mais para onde crescer. A pista principal termina a poucos metros da avenida Washington Luís, o que impossibilita a criação de uma área de escape maior. Para o diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, "se o acidente tivesse ocorrido em Guarulhos, por exemplo, o avião teria sido danificado, mas provavelmente não haveria mortes". Camacho defende a colocação de um concreto poroso nas extremidades e nas laterais, o que criaria maior resistência se a aeronave saísse da pista.
A Anac diz que o aeroporto está "em conformidade com o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil" quanto à área de escape e que "esse incremento de segurança foi criado por meio do recuo das distâncias declaradas". Segundo o engenheiro aeronáutico Jorge Eduardo Medeiros, "a diminuição do comprimento declarado da pista aumentou a área de escape" e, com isso, houve um ganho na segurança.
O acidente com o voo JJ3054 ocorreu em julho, antes do final das obras de recuperação das pistas do aeroporto de Congonhas, finalizadas em setembro de 2007. De acordo com a Infraero, nos últimos cinco anos não foram necessárias novas modificações. A Infraero afirma que acatou as 13 recomendações do relatório do Cenipa, entre elas, a de executar uma vez por semana a verificação das condições de desgaste da pista.

OUTROS INCIDENTES

No dia que antecedeu a tragédia com o voo da TAM, foram feitos 10 reportes de que a pista do aeroporto de Congonhas apresentava hidroplanagem e estava escorregadia, segundo o relatório elaborado pelo Cenipa. No mesmo dia, um avião da companhia aérea Pantanal derrapou e saiu da pista imediatamente após o toque do trem de pouso dianteiro no solo. Um ano antes, uma aeronave da BRA teve problema parecido. "Foi um aviso, naquele momento deveriam ter sido tomadas providências", defender o comandante Carlos Camacho.
Apesar de todas as medidas logo após a destruição do Airbus A320, pequenos incidentes continuaram sendo registrados. No dia 24 de junho, uma semana depois do acidente, dois aviões se chocaram enquanto manobravam na pista. Em setembro de 2008, um bimotor derrapou e por pouco não caiu na avenida Washington Luíz, quase no mesmo local onde o avião da TAM saiu da pista. Em fevereiro deste ano, um pneu de um avião da Gol estourou durante o pouso.
Procurada, a Infraero informou que ocorrências como essas são informadas pelo piloto à torre de controle e inseridas em um relatório entregue à companhia aérea, que encaminha para o Cenipa. Um levantamento oficial de incidentes ocorridos após o dia 17 de julho de 2007 foi solicitado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, em Brasília, mas até o final da tarde desta segunda-feira não havia sido divulgado.

"CONGONHAS, NUNCA MAIS"

Para alguns familiares das 199 vítimas, parece não importar quantas mudanças sejam feitas no aeroporto. O trauma de perder uma filha de 14 anos fez o gaúcho Dário Scott, que preside a associação criada pelos parentes das vítimas do voo JJ3054 para acompanhar as investigações, abdicar do conforto de desembarcar em um aeroporto bem localizado nas frequentes viagens que faz a São Paulo. "Eu só vou lá para manifestações. Nunca mais desci nem decolei daquele aeroporto", desabafa. "Congonhas, nunca mais!".

O ACIDENTE

O voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo no dia 17 de julho de 2007. O Airbus A320 pousou às 18h48 no aeroporto de Congonhas, na capital paulista, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um depósito de cargas da própria companhia. Em seguida, a aeronave pegou fogo. Todas as 187 pessoas do avião e mais 12 que estavam em solo morreram.
Uma investigação do Setor Técnico Científico (Setec) da Polícia Federal apontou que uma falha dos pilotos é a hipótese "mais provável" para o acidente. De acordo com o Setec, uma das manetes que controla as turbinas da aeronave estava na posição para acelerar e isso anulou o sistema de freios. Não foi possível esclarecer se o comando estava na posição errada por falha humana ou mecânica.
Como fatores contribuintes para o acidente, o relatório final produzido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou que o monitoramento do voo não foi adequado, a Agência Nacional de Avião Civil (Anac) não havia normatizado regras que impedissem o uso de reversos (freios aerodinâmicos) travados e a Airbus não colocava avisos sonoros para mostrar aos pilotos quando as manetes estavam em posições diferentes (uma para acelerar e outra para frear o avião). Após a tragédia, a TAM instalou um dispositivo que avisa os pilotos sobre a posição incorreta do equipamento.
Em novembro de 2008, a Polícia Civil de São Paulo indiciou dez pessoas pelo acidente, entre elas o ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Milton Sérgio Silveira Zuanazzi e a ex-diretora da agência Denise Maria Ayres Abreu. Dias depois, no entanto, a Justiça suspendeu os indiciamentos alegando que "a medida policial ter sido lançada por meio de rede jornalística representa, aos averiguados, eventual violação de seu direito individual".
O inquérito sobre o acidente foi repassado para o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. Em julho do ano passado, o MPF ofereceu denúncia contra três pessoas por "atentado contra a segurança da aviação". São acusados: a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu; o ex-vice-presidente de operações da TAM Alberto Fajerman; e o ex-diretor de segurança de voo da companhia Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Desde 5 de junho de 2011, o processo está na mesa do juiz Márcio Assad Guardia aguardado a decisão final do magistrado.
Em janeiro de 2009, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Denise Abreu por fraude processual. Ela é acusada de ter apresentado à desembargadora Cecilia Marcondes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, um estudo interno como se fosse uma norma da Anac. Esse documento foi usado pela Anac no recurso que garantiria, em tese, a segurança nas operações em Congonhas com chuva, sendo que pousos e decolagens só precisariam ser proibidos caso a pista estivesse com uma lâmina d'água superior a 3 mm. Segundo depoimento da desembargadora Cecília Marcondes ao MPF, o documento foi fundamental para que a Justiça Federal liberasse a pista para pousos e decolagens de todos os equipamentos. Em junho de 2012, Denise Abreu impetrou habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo liminar para suspender a ação. No final do mês, o ministro Ricardo Lewandowski deu parecer favorável ao pedido.

(Fonte : Jornal do Brasil com informações do Terra Notícias)