terça-feira, 9 de agosto de 2011

GOVERNO QUER CRIAR "SUPER ABONO" PARA NOVA CLASSE MÉDIA




O governo quer criar um "super abono" salarial para garantir a renda da classe C (chamada de a nova classe média). O objetivo é tentar evitar que essas pessoas percam o padrão de consumo obtido com a melhoria nos rendimentos nos últimos anos, sobretudo diante da crise internacional.
A exemplo do que foi feito com o Bolsa Família, a medida empacotará sob uma mesma marca benefícios já pagos a trabalhadores de baixa renda, como o salário-família e o abono do PIS/PASEP.
Para o governo, a medida vai estimular a formalização, uma vez que só receberão os benefícios trabalhadores com carteira assinada.
Segundo o ministro Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos), as ideias serão debatidas com os ministérios da Fazenda, Trabalho e Previdência. Ontem, foram tema de seminário em Brasília.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

GOVERNO AMPLIA SIMPLES E ESTIMA RENÚNCIA FISCAL FEDERAL DE R$ 4,8 BI



O governo anunciou a ampliação do programa Simples Nacional para incentivar a formalização de um número maior de micro e pequenas empresas. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o programa vai implicar renúncia fiscal de R$ 4,84 bilhões somente em tributos federais, prevendo-se de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões em renúncia de imposto estadual.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Mantega informou que hojez são 5,2 milhões de empresas no Simples, que representam 76% das empresas brasileiras. Em 2010, elas empregavam 9,3 milhões de pessoas. Criado em 2007, o Simples Nacional reuniu sete tributos federais, estadual e municipal numa alíquota única.
Mantega anunciou que vai haver um aumento de 50% nas faixas de faturamento anual para enquadramento do Simples. A faixa mínima sobe de R$ 120 mil para R$ 180 mil e o teto, de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões anuais. A alíquota única de imposto cai de 5,7% para 4%, sendo que a alíquota máxima vai ficar em 11,61%.
O ministro não informou quando a mudança vai entrar em vigor. Um dos objetivos do programa, segundo Mantega, é estimular o ingresso do pequeno empresário no comércio exterior. Uma empresa do Simples que fatura até R$ 3,6 milhões por ano poderá exportar volume igual sem perder os benefícios do sistema.
O programa também simplifica regras para a expansão de microempreendedores individuais, cujo teto de faturamento anual aumenta de R$ 36 mil para R$ 60 mil. Entre as medidas, eles terão uma via única para recolhimento de tributos e ficam livres da declaração anual de tributos.

(Fonte : J. Valor Econômico)

BONS NÚMEROS EM SP E PÉSSIMOS NO BRASIL



(por Silvio Cioffi)

Num ambiente em que as bolsas de todo mundo desabam com o medo de uma recessão mundial, o turismo brasileiro tende a continuar na berlinda, com um desempenho fraquíssimo, atraindo uns 5 milhões de turistas estrangeiros/ano.
Teria vocação para bem mais que isso, mas está na contramão do que está sendo feito no mundo desenvolvido, onde o fomento à indústria de viagens é assunto sério.
Há muita gente viajando para o exterior em função do dólar estar cotado a um patamar que oscila entre R$ 1,50 e R$1,60 _câmbio que torna o Brasil caro para viajantes brasileiros e estrangeiros.
E há a catastrófica previsão do Banco Central, que projeta para este ano um déficit da ordem de R$ 15 bilhões entre o que os turistas brasileiros gastam lá fora e o que os estrangeiros deixam por aqui.
Apesar disso, a cidade de São Paulo bem que está apresentando números alvissareiros no que diz respeito à ocupação hoteleira.
Segundo o Observatório do Turismo de São Paulo, ligado à SPTuris, no primeiro semestre de 2011, os hotéis da capital paulista tiveram ocupação média de 69,3%, o que representa um aumento da ordem de 4,61% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além da pujança da economia da cidade e do seu setor hoteleiro, o bom resultado pode ser também creditado à gestão profissional da SPTuris, dirigida por Caio Luiz de Carvalho e por Tasso Gadzanis, ambos com reconhecida militância na área de turismo.
Iniciativas como o "Fique Mais um Dia" têm feito que os visitantes estiquem suas viagens a negócios e aproveitem melhor a estada na metrópole realizando também atividades de lazer.
Segundo dados do já mencionado Observatório do Turismo de São Paulo, é bem provável que em 2011 o turismo paulistano reporte dados ainda mais expressivos do que os do ano passado, quando a capital paulista recebeu 11,7 milhões de visitantes e faturou com o turismo cerca de R$ 9,7 milhões.

É PRECISO AVANÇAR

Há ainda, é verdade, muito o que fazer. A cidade de São Paulo é violenta e insegura, não tem sinalização adequada, é caríssima, tem transporte público e aeroportos precários e não dá muita bola para o visitante estrangeiro (são raros os postos de informação turística; não se vê nos hotéis mapas adequados e folhetos em inglês, para ficar em apenas alguns exemplos).
Mas se compararmos com o que acontece com o turismo brasileiro na esfera federal, não dá muito para reclamar.
Temos um ministro do Turismo cuja única credencial para ocupar tal cargo é ser do PMDB maranhense. Idem, um presidente da Embratur, que também nunca militou no setor de viagens e é tido por adversário político do ministro com quem deveria coordenar ações em prol do desenvolvimento da indústria do turismo no país como um todo.
O Brasil teoricamente já deveria estar se preparando aceleradamente para hospedar a Copa-2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Além de rumores de maracutaia, de superfaturamento e da dispensa de licitação nas obras prementes, pouco se houve falar a respeito dos progressos necessários para que esses dois megaeventos mundiais aconteçam.
Porque será que o governo federal não profissionaliza a gestão do turismo brasileiro colocando à testa do Ministério do Turismo e da Embratur pessoas que entendam do assunto?

(Silvio Cioffi é editor do caderno de Turismo do J. Folha de S. Paulo)

POLÍCIA TREINA AÇÕES CONTRA TERROR NA COPA 2014




Uma sala na cobertura de um hotel em Brasília. Cerca de 20 homens e uma mulher discutem como resolver um ataque terrorista iminente: uma bomba com material radioativo está prestes a explodir em um shopping, em um raio de 4 km do Congresso e do estádio da Copa-2014.
Para que essa cena (simulada) não vire tragédia, policiais militares, civis e federais de oito Estados e do Distrito Federal se reuniram nas últimas duas semanas com ex- -agentes norte-americanos para um curso sobre gerenciamento de incidentes críticos. Dos nove, quatro sediarão a Copa (MT, DF, RJ e PE).
O treinamento faz parte de um programa antiterrorismo que os norte-americanos desenvolvem há 30 anos e que vai ser intensificado no Brasil com vistas ao Mundial de 2014 e à Olimpíada de 2016.
A política também foi feita em países como África do Sul e Canadá, palco de recentes eventos internacionais.
"Não há discussão de terrorismo [no Brasil]. Mas, se você nunca teve essa experiência, por que você teria [a discussão]? Nos EUA, aprendemos do jeito difícil", diz Paul Kennedy, diretor-geral de segurança na embaixada norte-americana em Brasília.
A simulação na capital federal foi a parte prática de um curso que discutiu estratégias e estruturas aplicadas em casos reais, como ataques a embaixadas e o 11 de Setembro.
O treinamento em Brasília abarcou da montagem de centros de operação em casos de crise à forma como repassar informações à imprensa e à população.
Também foi levantada a necessidade de integração das forças durante a segurança dos grandes eventos. Esse é, justamente, um dos principais entraves que o governo federal tenta resolver desde o ano passado, com a criação de um centro de comando e controle.

DEVER DE CASA

Apesar de incluir situações como graves acidentes de carro e catástrofes naturais, o curso foi voltado para atos de terrorismo, conta Laercio Rossetto, delegado-chefe da região central de Brasília e um dos participantes.
"Um ponto importante é a mentalidade que foi desenvolvida aqui. Hoje um ataque terrorista não é somente praticado contra autoridades. É [para] provocar o terror", diz o delegado. Para ele, a bola está com o governo federal.
"Nossas forças de segurança têm condições, o que precisamos é de uma coordenação nacional", declara.
Nesta semana, uma nova equipe vem ao país para encontros com autoridades federais e locais, em Brasília e no Rio. A intenção, diz Kennedy, é trocar experiências. "Não dizemos como fazer."
No último ano, outros cursos foram realizados - segurança na aviação, identificação de documentos fraudulentos e alvos sensíveis. Até 2014, a lista vai aumentar.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

MINISTRO SE MOSTRA PREOCUPADO COM PREVISÃO DE CAOS AÉREO



Como vencer o gargalo dos aeroportos brasileiros até a Copa do Mundo e como atender a demanda de 80 milhões de pessoas que migraram para a classe média, trocaram ônibus por aviões e estão lotando os hotéis. O ministro do Esporte, Orlando Silva, manifestou nesta segunda-feira (8) preocupação com essa situação, durante gravação do programa Roda Viva, na TV Cultura, em São Paulo.
Assim que acabou a gravação, Orlando Silva participou de uma cerimônia de premiação aos patrocinadores esportivos, na sede do Clube Pinheiros, e ouviu de outro dirigente uma reclamação direta. Atrasado, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Artur Nuzman, foi abraçado pelo ministro:
“Presidente Nuzman, como foi a viagem do Rio até São Paulo?”
“Ministro, querido ministro, um caos. Muita gente que vinha está atrasada, em outros voos”.
Dados divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, revelam que 53% da população brasileira já estão na classe media e os aeroportos não têm condição de atender a tanta gente. Orlando Silva conhece todas as estatísticas do caos aéreo:
“Vou lhe dar um dado: a Infraero previa um crescimento de 12 % ao ano até 2014. Em 2010 até agora, tivemos um crescimento de passageiros de 20%. Isso é mais que Japão, China, Estados Unidos. Nos preocupa mas temos condição de atender essa demanda com a nova secretaria criada pelo Governo Federal, um novo modelo de gestão da Infraero e os investimentos federais.”
Outro gargalo que preocupa o ministro e a indústria hoteleira é a mobilidade urbana. O dinheiro para projetos urbanos está disponível na Caixa Econômica Federal, mas os projetos estão atrasados.
“Esse é um problema, sim”, disse Orlando Silva. “Aprendemos muito com o os Jogos Pan-Americanos. Se o governo federal não entrasse na reta final, teríamos tido problemas de prazo para o encerramento das obras. Agora, não. Cada prefeito e governador envolvido está assinando termo de compromisso para entregar projetos e atingir metas mensais. Caso o governante não possa atingir as metas, ele perderá o dinheiro que está sendo destinado ao desenvolvimento da Copa do Mundo. Temos 50 projetos que precisam avançar e o tempo é curto.”
Apesar do drama, Orlando Silva ameniza o impacto: “Mobilidade não chega a ser um gargalo porque a Copa não depende desses projetos diretamente. Claro que o legado da Copa inclui a mobilidade. Não ter esse legado é ruim para essas cidades. Seria uma chance para as cidades aproveitarem o momento e melhorarem seus serviços de transportes. Mas quem não atender a planilha de responsabilidade de metas não terá legado. Isso será um problema. A participação do Governo Federal é o financiamento. O dinheiro está esperando os projetos. “
Para forçar agilidade nos projetos de mobilidade urbana, o Planalto só vai aceitar propostas até 31 de dezembro de 2011 “e aqueles obras que possam ser entregues até dezembro de 2013. São duas datas importantes para os gestores municipais e estaduais.”, explicou Orlando Silva.
A cidade que não apresentar os projetos a tempo ficarão sem o financiamento especial oferecido com a rubrica da Copa do Mundo. “Nesse caso, prefeituras e governos estaduais que ficarem de fora, terão de buscar outras fontes de financiamento, como o PAC2, por exemplo”, disse Silva.
Além disso, os projetos que forem alterados no meio do percurso com majoração de preço, também perderão o benefício oferecido pelo evento Copa do Mundo.

(Fonte : Folha Online / Ag. Brasil de Notícias)

PASSAGEM AÉREA ATINGE EM MAIO MENOR PREÇO PARA O MÊS DESDE 2002




O preço das passagens aéreas no país em maio atingiu o menor patamar para o mês desde o início da série histórica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em 2002.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, a tarifa aérea média - valor médio pago pelo passageiro por uma viagem aérea em território brasileiro - foi de R$ 263,81 no mês. O valor representa uma queda de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com maio de 2002, a redução foi de 29%.
Já o yield doméstico - que representa o valor médio que o passageiro paga para voar 1 km em território nacional - foi de R$ 0,34754, redução de cerca de 22% em relação ao mesmo mês do ano passado.
De acordo com a Anac, "os dados confirmam a queda constante nas tarifas apresentado nos últimos 11 meses". A agência afirma que os valores do yield são seguidamente os mais baixos da série desde junho de 2010.
Os valores são calculados com base nos dados das tarifas comercializadas pelas empresas aéreas, mensalmente registradas na Anac, e atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
São considerados os dados dos bilhetes de passagem do transporte aéreo doméstico regular de passageiros, comercializados junto ao público em geral, independentemente de escalas ou conexões; e desconsiderados os bilhetes oferecidos gratuitamente, decorrentes de programas de fidelização (milhas), vinculados a pacotes turísticos ou a tarifas corporativas, tarifas diferenciadas oferecidas a empregados e tarifas diferenciadas de crianças.

(Fonte : Folha Online / imagem divulgação)

TÁXI AÉREO PODE PERDER HANGARES NOS AEROPORTOS



Se virar serviço privado, governo pode tirar concessão de espaço; aviação comercial seria beneficiada

O governo federal quer acabar com a classificação do táxi aéreo como serviço público. Pela proposta, que está em apreciação no Congresso Nacional, o táxi aéreo passaria a ser tratado como serviço privado.
Se aprovada, a mudança fará com que o setor, que agrega 188 empresas, deixe de ser fiscalizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o que implica riscos à segurança.
As empresas seriam dispensadas de registro na agência, devendo apresentar apenas um certificado de que a aeronave está em condição de uso.
O setor também perderá espaço nos aeroportos. Atualmente, por prestarem um serviço público - transporte remunerado de passageiro-, as empresas de táxi aéreo têm direito garantido a hangares e a horários para pouso e decolagem.
Como serviço privado, esse direito acaba.
"A medida levará à extinção de inúmeras empresas", diz Francisco Lyra, presidente da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral).
A entidade argumenta que o setor contribui para a universalização do transporte aéreo. Embora seja um serviço relativamente caro, o táxi aéreo voa para destinos não atendidos pela aviação regular. Enquanto esta última chega a 130 cidades, o táxi aéreo chega a 3.370.
Dependem do táxi aéreo setores como petróleo e mineração, bancos, a área de saúde (ambulâncias aéreas) e até mesmo ONGs e povos indígenas. "Não são só executivos que voam de táxi aéreo, mas a área técnica de muitas empresas com operações em locais mais distantes."
Para o presidente da Abag, a medida é uma "estratégia para aumentar o valor da Infraero visando a privatização", com a retomada de áreas hoje destinadas à aviação executiva. "É um casuísmo que poderá provocar danos irreparáveis a esse setor."
Mesmo antes da mudança, a Infraero já vem tentando retirar áreas do táxi aéreo para abrir espaço para a aviação comercial. A Folha apurou que empresas prejudicadas entraram com ação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por abuso de poder de monopólio.
O Cade enviou questionamento sobre o assunto para a Anac nesta semana.

AGÊNCIA DIZ QUE NÃO É RESPONSÁVEL PELA PROPOSTA

A SAC (Secretaria de Aviação Civil) não quis comentar a mudança na classificação do táxi aéreo. A Anac disse que não é responsável pela elaboração da proposta e não quis se pronunciar.
Por meio de sua assessoria, a Anac disse ainda não ter sido convidada pelo Congresso para se pronunciar sobre o projeto e que só vai se posicionar "quando for convidada ou quando o projeto for realmente aprovado".
A proposta do governo federal que prevê transformar o táxi aéreo em serviço privado consta do projeto de lei complementar 6.961 de 2010.
O PLC foi apresentado pelo então ministro da Defesa Nelson Jobim ao Congresso Nacional como manifestação de alterações que o Executivo gostaria de ver no novo CBA (Código Brasileiro da Aviação).
Do mesmo projeto consta a proposta de elevar para 49% o limite para a participação de empresas estrangeiras no setor aéreo.
O artigo que trata especificamente do táxi aéreo tinha sido rejeitado pelo antigo relator do projeto do novo CBA, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PN).
Porém, com a não reeleição do deputado, o seu texto perdeu a validade. O novo relator ainda não foi designado, mas a expectativa é que seja o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).
A Folha apurou que o Executivo reapresentou a proposta e tem pressionado para que a medida seja aprovada.
O diretor de relações institucionais da Abag em Brasília, Francisco Horário Mello, afirmou: "O deputado Araújo não fez objeções [à demanda de manutenção do táxi como serviço público], mas apontou que existem argumentos fortes na direção contraria e que ele está ponderando isso".

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

PISTA DO AEROPORTO DE CURITIBA SERÁ FECHADA



O aeroporto de Curitiba ficará parcialmente fechado aos finais de semana a partir de 12 de setembro, para obras de recapeamento e instalação de sistemas para melhoria da visibilidade.
O Snea (sindicato das empresas aéreas) estima que 90 mil passageiros sejam prejudicados nos nove meses de obras, que vão até junho.
A Infraero vai fechar o aeroporto das 23h às 6h nos dias de semana e das 14h de sábado às 12h de domingo. As aéreas pediram horário mais flexível.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

MULTIPLUS PAGA R$ 400 MI POR PASSAGENS DA TAM



A Multiplus, empresa que administra o programa de fidelidade da TAM Linhas Aéreas, fechou um contrato de antecipação de compra de bilhetes aéreos da companhia no valor de R$ 400 milhões.
Essa é a segunda operação do tipo entre as duas companhias, que fazem parte da holding TAM S.A.
As ações da TAM S.A. estão entre as que sofreram mais punição neste momento de turbulência nas Bolsas de Valores de todo o mundo.
As ações recuaram 12,4% ontem, ante 8,1% de queda do Ibovespa. No mês, a desvalorização dos papéis da TAM é de 35,5%, ante um recuo de 20,9% do Ibovespa.
Entre os motivos para a queda das ações, segundo analistas, estão as incertezas com relação aos resultados para o setor aéreo neste ano. A TAM divulga hoje os resultados relativos ao segundo trimestre.
No fim de julho, a concorrente Gol divulgou uma revisão das projeções de margem de lucro operacional.
A revisão considerou um cenário de preço de combustível em alta e baixa margem para reajuste de tarifas. O cenário negativo afetou não apenas os papéis da Gol, mas também os da TAM. Ontem, as ações da Gol caíram 7,22%.

DESCONTOS

Em janeiro do ano passado, o Multiplus pagou R$ 622 milhões por um grande lote de bilhetes. Assim como o acordo celebrado ontem, a compra de bilhetes se deu mediante a concessão de grandes descontos.
Esse estoque de bilhetes será usado pelo Multiplus no momento de resgate de pontos por parte dos participantes do programa.
O primeiro contrato foi pago com 94% dos recursos levantados pelo Multiplus em sua oferta pública de ações na Bolsa, um total de R$ 692 milhões.
Na semana passada, a Multiplus divulgou um lucro de R$ 81,2 milhões relativo ao segundo trimestre, ante R$ 23,1 milhões no mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o lucro foi de R$ 70,9 milhões.
O programa de fidelidade encerrou o trimestre com 8,6 milhões de participantes, alta de 19,5% na comparação com o segundo trimestre de 2010.
A empresa também divulgou ter realizado a emissão de 18,5 bilhões de pontos, um crescimento de 51,4% sobre o segundo trimestre do ano passado.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

EMPRESAS RECORREM A TREINAMENTOS NO EXTERIOR PARA NÃO PERDER FUNCIONÁRIOS



Com o aquecimento do mercado interno, a proximidade de grandes eventos esportivos e o investimento de empresas estrangeiras no país, setores como serviços, turismo e varejo têm observado o aumento na demanda por mão-de-obra e sofrido ainda mais com a alta rotatividade de funcionários.
Uma pesquisa feita no ano passado pela empresa de meio de pagamento Ticket, em parceria com a consultoria de RH Empreenda, apontou que 73% dos profissionais de RH esperam que 2011 seja um ano difícil para reter talentos. O levantamento aconteceu em nove cidades brasileiras (Porto Alegre, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador).
Para manter funcionários motivados e diminuir o turn over de profissionais, algumas empresas desses setores mais aquecidos resolveram adotar a prática de treinamento no Brasil ou mesmo fora do país. “Por causa do aumento da demanda por profissionais experientes e competentes, as empresas foram obrigadas a criar condições diferenciadas”, avalia Mariá Guiliese, diretora-executiva da consultoria Lens & Minarelli.

PARIS-NOVA YORK

O salão de beleza de alto luxo Homa, em São Paulo, é um exemplo. Quando resolveu se aposentar e abrir a empresa, depois de 40 anos de trabalho em uma multinacional do aço – dez deles como presidente –, o empresário João Beltran sabia que teria um desafio pela frente. “Desde o início eu sabia que a mão-de-obra qualificada, que se destacasse pela excelência, era algo muito difícil na área da beleza”, conta Beltran. A estratégia adotada pelo salão na época foi contratar os profissionais com três meses de antecedência da inauguração do salão, em dezembro, para que houvesse tempo de treiná-los.
Maquiadores e cabeleireiros foram enviados para cursos em Roma, Paris, Milão, Londres e Nova York. O que era tática de formação virou prática e uma saída para manter (ou mesmo atrair) os bons profissionais na empresa.
Até acertar a equipe, no primeiro ano, Beltran trocou 50% dos profissionais. O quadro de funcionários, inicialmente com 20 pessoas, possui hoje 70 integrantes. No ano passado, apenas duas pessoas deixaram o time.
Atualmente, os funcionários são analisados por meio de uma avaliação de competências por metas. Quem se destaca e tem os pré-requisitos necessários tem de 50% a 100% do custo de cursos no país ou no exterior pagos pelo salão. Segundo os cálculos de Beltran, 30 empregados já foram beneficiados. Neste ano, sete pessoas serão treinadas no exterior.
Duas vezes ao ano, o salão promove um treinamento para todos os funcionários. O último, feito recentemente em um hotel próximo à empresa, contou com palestra do consultor em etiqueta Fábio Arruda. “Você não pode cobrar de ninguém se não informá-lo sobre os objetivos da empresa e treiná-lo adequadamente”, avalia Beltran.
Segundo Mariá, a situação é mais complicada em lugares como o Rio de Janeiro, cidade que deve receber o maior número de turistas durante a Copa e as Olimpíadas. “Outro dia, em uma palestra, a dona de uma escola de idiomas estava desesperada porque seus professores tinham migrado para outras escolas ou ido dar aulas em empresas que precisavam treinar seus funcionários com agilidade até os eventos esportivos”, diz.

TURISMO

A preocupação em perder funcionários qualificados perto de receber tantos turistas tem tirado o sono de muitos empresários no ramo hoteleiro. No Grand Hyatt São Paulo, algumas das soluções encontradas foram investir em programas de treinamento interno, financiar parte dos estudos de seus empregados e proporcionar experiências de aprendizado fora do país. “É preciso cultivar os talentos. Oferecer um salário maior garante a permanência do funcionário por um curto período de tempo. As pessoas gostam é de se sentirem desafiadas”, afirma Miguel Angel Bermejo, diretor regional de recursos humanos do Hyatt para a América Latina.
Os cursos no exterior funcionam como uma ferramenta de especialização para os funcionários do hotel que, em vez de almejar uma promoção, desejam se especializar naquilo que fazem. "Já enviamos um chef de cozinha que não queria ser chef gerente para um curso de pâtisserie na França”, lembra Bermejo. Em outro caso, por exemplo, um chef foi aprender a arte do chocolate na Bélgica. “Muitas vezes as pessoas não querem exercer cargos de liderança. Elas precisam ser reconhecidas por sua capacidade técnica.”
A ultraespecialização acaba sendo uma boa saída para as empresas que não têm muitos cargos de liderança para oferecer, o que dificulta as promoções. Nesse sentido, a solução do Hyatt foi enviar os funcionários treinados em cursos específicos para replicar o conhecimento em suas unidades de outros países.
Há 20 anos no Hyatt, Bermejo é, ele mesmo, fruto da política de retenção da companhia. Começou na empresa como trainee e está há 14 anos no RH da empresa. Neste período, já participou da abertura da filial de Washington (EUA), e já trabalhou nas unidades da Argentina, Turquia, Espanha e Chile. “Você acaba se sentindo parte de algo maior, isso é chave nesse processo”, afirma.
Mas e o preço de manter funcionários em constante aprendizagem é alto? Tanto o Hyatt quanto o Homa divulgam que gastam 2% de seu faturamento com estas iniciativas. Os executivos das duas empresas têm, ainda, o mesmo discurso de que treinamento não é gasto, é investimento. “Como a colheita de um investimento como este demora em média de 4 a 5 anos, as companhias acabam não apostando nisso. Mas esses treinamentos são vitais para a sobrevivência das organizações”, diz Bermejo.
A consultora Mariá concorda: “Uma empresa não segura nem prende alguém que não quer ficar. E o que faz um funcionário querer ficar é um ambiente em que a pessoa se sinta em constante aprendizado.”

(Fonte & foto : Revista Época)

HOTÉIS DA REDE DAYS INN CHEGAM AO BRASIL EM DEZEMBRO



A marca de hotéis Days Inn começará a operar no Brasil em dezembro deste ano, para competir com a rede Ibis, da Accor. A primeira unidade está sendo construída na cidade de Linhares, no Espírito Santo, com 120 quartos. O segundo hotel da rede está previsto para 2014, em Vitória, com 131 apartamentos.
A Days Inn é a marca hoteleira com o maior número de unidades do mundo. São 1.800 hotéis afiliados, sendo 1.700 nos Estados Unidos. A rede faz parte do grupo Wyndham.
Para colocar a marca no mercado brasileiro, a Wyndham fez uma parceria com a Investhotels. A aliança entre as duas companhias foi negociada pela empresa de consultoria em investimentos hoteleiros BSH International. A BSH já havia negociado a vinda de outras marcas do Grupo Wyndham ao Brasil, como Howard Johnson e Ramada.

(Fonte & foto : Veja online)

PF PRENDE SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO TURISMO



A Polícia Federal prendeu nesta manhã o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa e o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moyses, na operação Voucher que investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá.
Costa foi nomeado em janeiro pelo ministro Pedro Novais (PMDB) e Moysés dirigiu a Embratur até o meio deste ano.
A ação, com cerca de 200 policiais federais, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, a PF está cumprindo 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e 7 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, são investigados também funcionários do Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e empresários.
Em São Paulo, foram presas 12 pessoas, sete em prisão preventiva e cinco temporária. Os detidos serão levados para o Amapá.
O principal preso em São Paulo foi o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo Colbert Martins da Silva Filho. Moyses é ligado ao PT e assessorou a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy. Colbert foi indicado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima.

ONG RECEBEU R$ 19,5 MILHÕES DO MINISTÉRIO DO TURISMO

A Polícia Federal revelou que a ONG que teria desviado recursos do Ministério do Turismo é o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).
A Folha apurou que a ONG, com sede em São Paulo, recebeu emenda da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) para treinamento em turismo no ano de 2009 no valor de R$ 4 milhões.
De acordo com a PF, houve "direcionamento das contratações às empresas pertencentes ao esquema de corrupção; ausência de preços de referência e de critérios de aceitabilidade de preços; inexecução ou execução parcial do objeto pactuado no convênio; pagamento antecipado de serviços; fraude nos documentos comprobatórios de despesas; contrapartida não executada ou executada irregularmente pelo Instituto sem fins lucrativos".
Entre 2009 e 2011, esta ONG prestou outros serviços para o Ministério do Turismo que somam R$ 15,9 milhões.
A ONG se apresenta com tendo quatro dirigentes: Luiz Gustavo Machado, Maria Helena Necchi, Sandro Saad e Jorge Fukuda.
Luiz Gustavo foi assessor da presidência da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) entre 1999 e 2002. Maria Helena trabalhou no mesmo período na Secretaria de Assistência Social do Estado de São Paulo. Fukuda foi assessor jurídico na SPTrans - empresa municipal que cuida do transporte na capital paulista - na década de 90.

(Fonte : Folha online)