terça-feira, 9 de agosto de 2011

MINISTRO SE MOSTRA PREOCUPADO COM PREVISÃO DE CAOS AÉREO



Como vencer o gargalo dos aeroportos brasileiros até a Copa do Mundo e como atender a demanda de 80 milhões de pessoas que migraram para a classe média, trocaram ônibus por aviões e estão lotando os hotéis. O ministro do Esporte, Orlando Silva, manifestou nesta segunda-feira (8) preocupação com essa situação, durante gravação do programa Roda Viva, na TV Cultura, em São Paulo.
Assim que acabou a gravação, Orlando Silva participou de uma cerimônia de premiação aos patrocinadores esportivos, na sede do Clube Pinheiros, e ouviu de outro dirigente uma reclamação direta. Atrasado, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Artur Nuzman, foi abraçado pelo ministro:
“Presidente Nuzman, como foi a viagem do Rio até São Paulo?”
“Ministro, querido ministro, um caos. Muita gente que vinha está atrasada, em outros voos”.
Dados divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, revelam que 53% da população brasileira já estão na classe media e os aeroportos não têm condição de atender a tanta gente. Orlando Silva conhece todas as estatísticas do caos aéreo:
“Vou lhe dar um dado: a Infraero previa um crescimento de 12 % ao ano até 2014. Em 2010 até agora, tivemos um crescimento de passageiros de 20%. Isso é mais que Japão, China, Estados Unidos. Nos preocupa mas temos condição de atender essa demanda com a nova secretaria criada pelo Governo Federal, um novo modelo de gestão da Infraero e os investimentos federais.”
Outro gargalo que preocupa o ministro e a indústria hoteleira é a mobilidade urbana. O dinheiro para projetos urbanos está disponível na Caixa Econômica Federal, mas os projetos estão atrasados.
“Esse é um problema, sim”, disse Orlando Silva. “Aprendemos muito com o os Jogos Pan-Americanos. Se o governo federal não entrasse na reta final, teríamos tido problemas de prazo para o encerramento das obras. Agora, não. Cada prefeito e governador envolvido está assinando termo de compromisso para entregar projetos e atingir metas mensais. Caso o governante não possa atingir as metas, ele perderá o dinheiro que está sendo destinado ao desenvolvimento da Copa do Mundo. Temos 50 projetos que precisam avançar e o tempo é curto.”
Apesar do drama, Orlando Silva ameniza o impacto: “Mobilidade não chega a ser um gargalo porque a Copa não depende desses projetos diretamente. Claro que o legado da Copa inclui a mobilidade. Não ter esse legado é ruim para essas cidades. Seria uma chance para as cidades aproveitarem o momento e melhorarem seus serviços de transportes. Mas quem não atender a planilha de responsabilidade de metas não terá legado. Isso será um problema. A participação do Governo Federal é o financiamento. O dinheiro está esperando os projetos. “
Para forçar agilidade nos projetos de mobilidade urbana, o Planalto só vai aceitar propostas até 31 de dezembro de 2011 “e aqueles obras que possam ser entregues até dezembro de 2013. São duas datas importantes para os gestores municipais e estaduais.”, explicou Orlando Silva.
A cidade que não apresentar os projetos a tempo ficarão sem o financiamento especial oferecido com a rubrica da Copa do Mundo. “Nesse caso, prefeituras e governos estaduais que ficarem de fora, terão de buscar outras fontes de financiamento, como o PAC2, por exemplo”, disse Silva.
Além disso, os projetos que forem alterados no meio do percurso com majoração de preço, também perderão o benefício oferecido pelo evento Copa do Mundo.

(Fonte : Folha Online / Ag. Brasil de Notícias)

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