quinta-feira, 1 de setembro de 2011

GASTOS COM VIAGENS DE NEGÓCIOS AUMENTARAM 9,3% NO 2T11 DIZ A CONCUR



As companhias gastaram mais em viagens de negócios revelam os últimos dados divulgados pela Concur, empresa especializada na administração de despesas viagens. Durante o segundo trimestre do ano (2T11), o montante gasto com viagens aéreas corporativas aumentou 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado, apesar disso indicar que houve um maior aumento nas tarifas aéreas do que na demanda. As despesas com hotéis cresceram 5,6% no trimestre, enquanto que os gastos com transportes terrestres e entretenimento aumentaram 5,9% e 4,9%, respectivamente.
Entretanto, segundo os dados da Concur, os viajantes de negócios não estão gastando mais com refeições em restaurantes e locação de automóveis. Os gastos com jantares cresceram 0,5%, enquanto as despesas com locações de veículos aumentaram apenas 0,3% em relação ao 2T10. Segundo Barry Padgett, vice-presidente sênior da Concur e seu administrador geral para a Europa, os números mostram que o mundo corporativo “se mantém comprometido com interações presenciais (face-to-face) e envolvimentos sociais com clientes, parceiros e colegas.” E acrescentou: “essas atividades são essenciais para fazer negócios em qualquer país. Entretanto, com a recente instabilidade econômica global, os dados do 3º trimestre podem ser ligeiramente diferentes”.

(Fonte : Business Travel Magazine / imagem divulgação)

ANAC, SRF E AERONÁUTICA INTEGRARAM A FISCALIZAÇÃO DE AVIÕES ESTRANGEIROS



A partir de setembro, um sistema integrado desenvolvido pela ANAC, em parceria com a Receita Federal e a Aeronáutica, permitirá a intensificação da fiscalização das aeronaves privadas estrangeiras de pequeno porte que operam em território brasileiro. O sistema, um dos poucos do tipo em operação atualmente no mundo, cruzará os dados da autorização de sobrevoo emitida pela ANAC, do termo de admissão temporária gerado pelas aduanas da Receita Federal e das salas de tráfego aéreo sob responsabilidade da Aeronáutica, no momento da entrada da aeronave estrangeira no país.
A legislação brasileira determina que aeronaves estrangeiras realizando transporte aéreo não remunerado (normalmente pequenos jatos executivos) obtenham uma autorização de permanência junto à ANAC quando, após o primeiro pouso em um aeroporto brasileiro, tiverem a intenção de deslocar-se para outro aeroporto localizado no País. Ao pousar no Brasil e de posse dessa autorização, o piloto de uma aeronave estrangeira precisava ainda obter junto à aduana um termo de admissão temporária.
Com a assinatura do acordo de cooperação entre ANAC e Receita Federal, em janeiro deste ano, teve início a informatização desse processo. Hoje, é possível que um piloto, de qualquer lugar do mundo, solicite e receba, antecipadamente e pela internet, uma autorização emitida pela ANAC para permanência no território brasileiro por até 60 dias. Em seguida, o termo é registrado pela Receita Federal no sistema, validando a autorização de permanência no Brasil.
Quando da apresentação do plano de voo nos órgãos de controle do espaço aéreo, de responsabilidade da Aeronáutica, os dados são analisados e, com a autorização da ANAC validada pela Receita Federal, a aeronave estrangeira é autorizada a operar em território brasileiro. Se constatada qualquer irregularidade, o sistema emitirá um alerta e a aeronave será impedida de decolar. A meta da ANAC é fiscalizar diariamente em torno de 100 aeronaves estrangeiras que possuem autorização para operar em território brasileiro.

(Fonte : Business Travel Magazine)

INFRAERO LIBERA OPERAÇÃO DO MAIOR AVIÃO DE PASSAGEIROS DO MUNDO




A Emirates negocia com a Infraero para começar a operar com o superjumbo A-380 no aeroporto de Guarulhos a partir de dezembro.
A companhia dos Emirados Árabes já recebeu o sinal verde da Infraero para iniciar a operação.
Com capacidade para até 853 passageiros, dependendo da configuração, o Airbus A-380 é o maior avião de passageiros do mundo.
Com dois andares e 478 metros quadrados de área de cabine, o avião tem lounge, bar e camas privativas na primeira classe.
Da ponta de uma asa a outra, são 60 metros, o que exige adaptações em alguns aeroportos. No caso de Guarulhos, falta apenas acertar o horário do voo. Segundo o superintendente de gestão operacional da Infraero, Marçal Goular, Guarulhos "suporta o desembarque dos passageiros do A-380 desde que seja fora do horário do pico".

(Fonte : Folha online / imagem divulgação)

TURISMO DE SAÚDE GANHA DESTAQUE EM SÃO PAULO



Nesta segunda-feira (29) teve início a segunda edição do Medical Travel Meeting Brazil, principal evento de turismo médico do país que reúne profissionais e representantes do setor. Durante o evento, que vai até terça-feira (30), a São Paulo Turismo (SPTuris), empresa municipal de promoção do turismo na cidade, divulgará a infraestrutura médica e os atrativos turísticos que a cidade oferece.
"São Paulo ocupa uma posição de destaque nesse segmento e é o principal destino de turismo de saúde da América do Sul. Temos que ampliar isso e mostrar, cada vez mais, o potencial da cidade para o mundo inteiro", declarou o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho.
O Brasil recebe por ano aproximadamente 31 mil turistas estrangeiros atrás de tratamentos médicos. Quase metade desses turistas se dirigem para a capital paulista.
Segundo o levantamento sobre o perfil dos hóspedes de hotéis feito este ano pelo Observatório do Turismo, núcleo de pesquisas da SPTuris, atualmente cerca de 3,4% dos turistas vêm à cidade de São Paulo por motivos ligados à saúde, somando brasileiros e estrangeiros - estes vindos principalmente de Angola, Estados Unidos, Espanha, França e Indonésia.
Ainda segundo o Observatório do Turismo, o gasto médio diário desses "turistas de saúde" foi de R$ 623, número 54% maior do que a média do visitante que vem à cidade por outros motivos. Com a permanência média de 3,5 dias, o gasto no período chega a R$ 2.180.
"A excelente estrutura médica é o principal motivo, porém não é o único. Além da alta tecnologia, dos valores mais acessíveis e cobrados em reais, outros fatores seduzem pessoas do mundo inteiro. São Paulo une entretenimento, ampla oferta turística e boas opções de compras e gastronomia. Percebemos que muitas pessoas estão vindo para cá para fazer um check up e acabam ficando mais tempo para aproveitar a cidade", afirmou o presidente da SPTuris.

(Fonte : Folha online)

NO BRASIL, VINHOS CHILENOS SÃO OS MAIS CONSUMIDOS



A história do vinho chileno, o mais consumido por brasileiros, começa em 1551, na primeira colheita de uvas feita por Francisco de Aguirre, na cidade de Copiapó. Os vinhedos eram de uma tinta simples, denominada país, a mesma varietal plantada por religiosos na Califórnia, chamada de mission.
À época, os vinhos foram usados em ofícios religiosos, mas logo seu consumo se tornou hábito, e o sucesso do vinho chileno, nos 270 anos da dominação espanhola, criou uma involuntária competição com vinhos da Espanha. E logo surgiram decretos proibindo novas plantações de uvas e aumentando impostos para coibir a concorrência.
A Coroa espanhola agiu ainda de forma drástica, proibindo exportações e arrancando videiras. Essas medidas ajudaram a fomentar a revolta contra os colonizadores, o que, combinado com os eventos políticos na Espanha e com as guerras napoleônicas, culminou, em 1810, com a luta pela independência.
A luta duraria até 1818, com a vitória das forças de Bernardo O'Higgins e de José de San Martín, este último um general argentino que atuou na libertação do Chile.

INFLUÊNCIA FRANCESA

A influência da França nos rumos do vinho chileno veio a seguir. As mudanças na vitivinicultura que se seguiram à independência são creditadas a ricos donos de minas.
Indo à França, se tornaram apreciadores dos vinhos franceses, em especial dos produzidos em Bordeaux, e levaram uvas bordalesas para o Chile, especialmente das varietais cabernet sauvignon, carmenère, malbec, merlot, sauvignon blanc e sémillon.
O pioneiro foi Silvestre Ochagavía, em 1851; ele foi seguido por outros fundadores de vinícolas ainda em atividade: Viña Concha y Toro, Viña Errazuriz, Víña Carmen, Viña Cousino-Macul, Viña San Pedro, Viña Santa Carolina e Viña Santa Rita etc.
Com as uvas, vieram técnicas francesas e houve ganho de qualidade. Outro fator que diferenciou os vinhedos chilenos foi a ausência da filoxera, praga que dizimou videiras ao redor do mundo, exceto no Chile, no final do século 19, por razões não totalmente compreendidas. Hoje, seu território é um santuário de videiras originais, centenárias, plantadas em pé-franco, sem a necessidade do uso de enxertia.
O período de prosperidade propiciado pelas exportações para a Europa, que à época não tinha como produzir vinhos, revitalizou vinhedos.
A retomada da produção em países tradicionais, como a França e a Itália, se seguiu à cobrança de pesadas taxas para a importação de vinhos, adotada em 1902. Com isso, o Chile perdeu o mercado internacional e viveu período de estagnação.
Em 1970, o governo Salvador Allende iniciou um processo de reforma agrária, com expropriação de terras e divisão das grandes propriedades, golpeando a indústria do vinho. Para completar, exportações caíram a nível mínimo no período Pinochet.
Os tempos difíceis foram superados e, entre a metade dos anos 1980 e os anos 1990, o Chile respirou novos ares, com investimentos em vinícolas e vinhedos, buscando locais de plantio. Estudos do "terroir" conduzidos por nomes como Pedro Parra e Marcelo Retamal resultam em novíssimas regiões de plantio e fazem surgir vinhos elegantes e inovadores.
Também está nascendo no Chile o enoturismo, atividade próspera que atrai apreciadores: boa parte deles são brasileiros.

CONFIRA LISTA DE VINHOS CHILENOS QUE VALE A PENA COMPRAR

O especialista Arthur Azevedo indica os vinhos chilenos que vale a pena trazer na mala após uma visita ao país.
"Hoje a produção de vinhos no Chile se divide entre os grandes produtores e as vinícolas butique. Fique de olho em duas uvas, a syrah e a carmenère, que são sem dúvida as grandes estrelas na produção chilena."
Veja abaixo uma lista de vinhos tintos que merecem ser trazidos na bagagem (ou comprados aqui mesmo).

1) Almaviva - Almaviva (2007)

2) MontGras Ninquén (2008)

3) Errazuriz Kai Carmenère (2007)

4) De Martino Limávida Single Vineyard (2006)

5) Santa Carolina Herência Carmenère (2007)

6) Ventisquero Pangea Syrah (2007)

7) Montes Folly Syrah (2007)

8) Erasmo La Reserva de Caliboro (2006/2007)

9) Viña Concha y Toro Don Melchor (2007)

10) Viu Manent Viu 1 (2005)

11) Cono Sur Pinot Noir 20 Barrels (2007)

12) Lafken Garage Wine (2007)

13) Santa Rita Casa Real (2007)

14) San Pedro Cabo de Hornos (2007)

15) Odfjell Aliara (2007)

16) Valdivieso Caballo Loco 11


ARTHUR AZEVEDO, médico e enólogo, foi presidente da Associação Brasileira de Sommeliers (SP) e edita a revista "Wine Style" (http://www.winestyle.com.br/ ) e o site Artwine (http://www.artwine.com.br/ )

(Fonte & imagens : Jornal Folha de S. Paulo)