terça-feira, 14 de junho de 2011

CRISE NO EXTERIOR E CÂMBIO MUDAM O FLUXO DE TURISTAS

A crise econômica nos países desenvolvidos e os preços caros no Brasil vêm causando uma queda no fluxo de turistas europeus e estadunidenses para o país. Ao mesmo tempo, com euro e dólar enfraquecidos em relação ao real, os brasileiros passam mais férias na Europa e Estados Unidos.
Mais turistas europeus, afetados pela desaceleração econômica em seus países, desistem de passear longe de casa e optam pelas praias mais próximas e mais baratas na Itália, Espanha e Grécia, conforme pesquisa feita pela Comissão Europeia. Isso acontece mesmo com os mais fiéis ao Brasil, como os portugueses, italianos e espanhóis.
Globalmente, o número de turistas que escolheram o Brasil caiu 10,3% entre 2005-2009. O fluxo de europeus declinou 21,8%, de estadunidenses 23,9% e dos sul-americanos ficou estável nesse período, segundo dados da Organização Mundial de Turismo. Se for considerado o período de 2006 a 2010, o volume de turistas estrangeiros no Brasil cresceu apenas 2,85%, para pouco mais de 5,16 milhões de visitantes, segundo dados do Ministério de Turismo do Brasil.
No caso dos latino-americanos, foi observado um salto de 17,4%, com pouco mais de 2,4 milhões de turistas, sendo 1,4 milhão desse total de argentinos, segundo o Ministério do Turismo do Brasil. O número de bolivianos que chegam ao Brasil cresceu 80% no mesmo período, seguidos por colombianos (71%), argentinos (50%) e, um pouco mais abaixo, peruanos (26,6%) e chilenos (13,8%).
O câmbio explica, em parte, esse movimento. Em 2010, o real desvalorizou-se em 3,15% em relação ao peso chileno e 1,5% em comparação ao peso colombiano. Em relação ao sol peruano, subiu apenas 2,02%, mas em relação ao euro, o real ficou 12,5% mais forte. Em comparação ao peso argentino, o ganho ficou menor, em 9,81%.
A fatia dos latinos no total de turistas estrangeiros passou de 37% para 46,6% entre 2006 e 2010. Consequentemente, a fatia dos europeus recuou de 28% para 21,5%. Já o peso dos americanos caiu de 14,4% para 12,4%.
Com o real forte, quem veio ao Brasil pagou uma fatura maior. De forma que, se o número de turistas diminuiu, o faturamento no setor deu um salto de 53%, de US$ 3,8 bilhões para US$ 5,9 bilhões entre 2005-2010, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT).
Nos países da "periferia" europeia - Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia (os PIGs), que passam por séria crise -, o fluxo de pessoas que partem de férias ao Brasil tende a cair ainda mais agora. Entre 2005 e 2009, o numero de turistas portugueses declinou 17,5%, de espanhóis 13,8%, de irlandeses 20% e de gregos 27,1%. Mesmo os alemães, considerados os ricos da Europa, baixaram o fluxo em 15,1%.
A quebra tem sido dramática no caso dos turistas portugueses ao Nordeste. Portugal é o país europeu com maior oferta de conexão aérea ao Brasil (70 frequências semanais, com voos diretos para Recife, Salvador, Fortaleza, Natal). O pico do turismo português no Nordeste foi em 2005. Desde então, o número de voos só caiu, até 2009, segundo a Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT).
Em 2010, o Ceará e a Bahia foram os dois Estados mais procurados, com pequeno crescimento, mas insuficiente para compensar a persistente baixa no fluxo para Pernambuco e Rio Grande do Norte. No conjunto, a queda em 2010 nos quatro Estados é estimada em 2%.
"Essa quebra ocorre para o Nordeste, e que não é de forma igual, porque no total do Brasil há um ligeiro crescimento, alavancado pelas rotas do Sul", ressalva Paulo Brehm, porta-voz da APAVT. Boa parte dessas viagens é mais de negócios do que de turismo. Para 2011, ainda não é possível medir a quebra porque não estão fechadas as vendas para o principal período de férias dos portugueses, entre julho e agosto, Mas a expectativa é de uma "ligeira queda".
Os portugueses, com as bolsas esvaziadas, são empurrados a fazer férias mesmo em casa, ou preferencialmente na vizinha Espanha. Os que têm mais recursos hesitam entre o Brasil e o Caribe, principalmente. "O problema é que o real está caro demais, enquanto no mesmo periodo o Caribe surge como destino fortemente concorrente na relação preço/qualidade mais favorável, o que desviou parte do tráfego", diz Brehm.
Outra dificuldade, segundo ele, é que a promoção do turismo brasileiro, e especialmente nordestino, diminuiu muito em Portugal. Representantes da Embratur em Lisboa e Madrid foram procurados pelo Valor, mas não retornaram ligações telefônicas.
A APAVT considera em todo caso que o Nordeste permanece como um destino com fortes atrativos e potencial de desenvolvimento no mercado português. Por isso, vai realizar seu congresso anual em Fortaleza, em fins de novembro, onde conta levar centenas de agentes de viagens e operadores turísticos.
Os portugueses estão de olho hoje cada vez mais é nos turistas brasileiros. O Brasil foi em 2010 o sétimo mercado em termos de receita turística de Portugal, com ? 309 milhoes e é considerado um dos mais promissores para os negócios portugueses.
Entre os espanhóis, um dos destinos preferidos no momento é Portugal. Entre os que vão para a América do Sul, 9% preferem o Brasil. A preferência maior é mesmo o México e o Caribe. Os irlandeses que conseguem tirar férias no estrangeiro tomam o rumo de Portugal e Espanha. Os gregos estão resignados a ficar em casa, trabalhando para pagar as contas.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

O QUE REPRESENTA O SETOR HOTELEIRO PARA A ECONOMIA DO PAÍS?

Pesquisa revela importância do segmento para o fortalecimento da economia regional

A pesquisa Meios de Hospedagem – Estrutura de Consumo e Impactos na Economia revela que 90% das empresas de hospedagem são micros e pequenos estabelecimentos. O setor também é um grande consumidor de bens industriais. Pelo menos uma vez por ano, esses estabelecimentos trocam ao menos um de seus equipamentos - televisores, aparelhos elétricos e eletrônicos, roupas de cama e banho -, movimentando as economias dos estados e municípios.
Estima-se que os empreendimentos com menos de 19 empregados sejam responsáveis pela aquisição de mais da metade do estoque de 615 mil unidades de TVs. Os empreendimentos com mais de 100 funcionários detêm 46 mil desses equipamentos. Quando comparado a outros setores, o setor de hospedagem é capaz de internalizar mais intensamente os efeitos multiplicadores na região em que se localiza, com implicações positivas para seu papel no desenvolvimento regional.
As estimativas dos impactos setoriais dos gastos em alojamento sugerem que entre 50% (no caso de valor da produção) e 25% (no caso de emprego) dos efeitos totais repercutem nos demais setores da economia. A pesquisa mostra ainda que a geração de riquezas está mais concentrada nas regiões Sudeste e, principalmente, Nordeste
Apesar de ser responsável pela absorção de 24,5% de todo o pessoal ocupado no País, o Nordeste absorve somente 20,6% do pessoal ocupado na cadeia produtiva do setor de hospedagem, o que sugere maior produtividade média da mão-de-obra ocupada na cadeia produtiva do setor.
O setor é responsável por cerca de 300 mil postos de trabalho. O custo da geração de emprego na hotelaria é um dos mais baixos da economia brasileira, exigindo um valor de produção de R$ 16 mil. Se compararmos com outros setores como o da construção civil ou o têxtil, observa-se que o valor para gerar emprego requer quase o dobro (cerca de R$ 28 mil). O setor da siderurgia é outro exemplo, apresentando um custo quatro vezes maior (R$ 68 mil).

(Fonte : Sebrae Turismo)

OS PORTAIS DA INTERNET BRASILEIRA

"As empresas que enxergarem o e-commerce como algo mais que uma caixa registradora digital serão os que vão se dar melhor. As vendas são o maior objetivo, é claro, mas a venda, por si mesma, é apenas uma parte da experiência on-line do cliente”. Foi Bill Gates, o fundador da Microsoft, que fez essa afirmação. Seguindo seu raciocínio, a internet é o fórum ideal para muitas empresas criarem experiências para o consumidor. E pode ser uma forte aliada especialmente para a atividade de turismo, cuja razão de ser é a experiência. Portanto, o marketing experiencial na internet, que busca gerar experiências positivas explorando estímulos sensoriais pelo computador, tende a ser uma das mais importantes ferramentas de marketing das empresas turísticas.

Então, fomos investigar se os principais portais turísticos brasileiros, assim considerados de acordo com classificação de 2002 do iBEST, estão aproveitando essa ferramenta de modo eficaz. Convidamos 22 pessoas para participar de uma pesquisa do tipo focus group. Nosso objetivo: saber como respondiam aos diferentes estímulos utilizados pelos portais turísticos brasileiros.



A PESQUISA



Para formar o focus group, o critério de seleção dos participantes foi baseado no perfil do usuário de internet brasileiro desenvolvido pelo instituto Ibope em 2002: a faixa etária entre 18 e 24 anos representa 43,9% dos usuários da internet brasileira e a faixa dos 25 a 34 anos, 24%. Os usuários com formação superior e/ou segundo grau são 49% do perfil. Quanto ao nível sócio-econômico, as classes A e B compreendem 74,2% dos usuários.
Nossa amostra foi composta de 11 mulheres e 11 homens com idades entre 26 e 37 anos, nível de instrução superior ou pós-graduação, pertencentes às classes socioeconômicos A e B. Todos eram usuários da internet fazia no mínimo 12 meses, e destinavam pelo menos 10 minutos de sua navegação semanal a sites de turismo. Os participantes foram distribuídos em três grupos focais, um composto por seis pessoas e dois por oito pessoas. Em cada grupo, o moderador solicitou aos participantes que acompanhassem sua navegação no projetor multimídia e interagissem quando julgassem oportuno, para detectar que estímulos presentes nos sites mais chamavam sua atenção e que respostas afetivas lhes provocavam.

O roteiro de entrevista foi o seguinte:

a) Quando vocês navegam por sites turísticos, quais elementos (estímulos) mais chamam a atenção?

b) Quais são as características preferidas e preteridas nestes elementos (estímulos)?

c) Quais sentimentos (respostas afetivas) são suscitados quando vocês deparam com estes estímulos?


OS ESTÍMULOS

Identificamos seis tipos de estímulos nos sites navegados:

Estímulos visuais

As imagens digitais (fotos), agrupadas nessa categoria, foram consideradas importantes pelos participantes, pois possibilitam a visualização de todos os locais e estabelecimentos de um determinado destino turístico que desejam conhecer. Além disso, eles mencionaram que os estímulos visuais devem ser congruentes com a realidade, passíveis de ampliação, disponibilizados em quantidade moderada e apresentados rapidamente, não incorrendo, portanto, na banalização do mesmo e/ou no aumento de informações, exacerbando a poluição visual do site. Comentaram também que as fotos não sejam incluídas no momento em que desejam imprimir algum conteúdo de determinado site.

Estímulos audiovisuais

Foram reunidos nessa subcategoria os conteúdos sobre estímulos audiovisuais, que consistem nos vídeos disponibilizados em alguns portais. Para os participantes, esses estímulos não são relevantes, pois geralmente são lentos (demoram a estarem disponíveis) e não agregam valor a experiência on-line.

Estímulos auditivos

Nessa categoria foram reunidas os comentários sobre os recursos auditivos disponibilizados em portais turísticos. A maioria dos participantes costuma desabilitar os recursos sonoros, pois eles acessam os sites no local de trabalho e/ou preferem ouvir seus próprios CDs. Comentaram, ainda, que consideram difícil que os estímulos sonoros escolhidos para os portais possam atender às preferências de todos os visitantes.

Informações textuais

As informações mais relevantes são as relacionadas à hospedagem (hotéis e pousadas), sendo que os participantes buscam conhecer os estabelecimentos de forma detalhada, inclusive, desejam obter acesso aos preços. Além do estabelecimento onde ficarão hospedados, querem informações sobre todas as opções de entretenimento (passeios, restaurantes, pontos turísticos), informações históricas da localidade e também mapas de localização.

Entre as informações consideradas indesejadas encontram-se aquelas que se referem às propagandas em geral. Os participantes mencionaram que janelas pop-up que surgem inesperadamente durante a navegação para informar o internauta sobre promoções são extremamente desagradáveis.

Além do fato dos participantes não tolerarem os conteúdos voltados a campanhas promocionais, preferindo sites que contenham apenas informações objetivas e completas, observou-se também a relevância da fidedignidade das informações, disponibilizadas nos portais. Eles enfatizaram que estas precisam ser confiáveis, no sentido de corresponderem ao que será encontrado no local. Os participantes mencionaram também que seria importante imprimir o material consultado no site num formato de guia, a fim de que pudessem levá-lo nas viagens.

Identidade visual

Foram agrupados nessa categoria os comentários referentes ao layout dos portais, que abrangem estrutura, organização das informações, poluição visual, utilização das cores e até tipo de letra.

Quanto à organização das informações nas páginas dos portais, a maioria dos participantes considera que uma disposição mais tradicional dos links (cartesiana) facilita a identificação dos conteúdos dos portais e, conseqüentemente, a navegação. Ao mesmo tempo preferem um layout moderno, menos poluído, com cores amenas.

Sobre as tonalidades, destacam como as mais apropriadas as tonalidades de azul, o branco e os tons pastéis, pois atribuem a esses uma conotação de maior refinamento. Apesar da preferência por cores discretas, as tonalidades vibrantes foram avaliadas como positivas por um pequeno número de participantes.

Navegabilidade

Nessa categoria foram agrupados os comentários sobre a velocidade no acesso das informações e sobre a tendência de tolerarem qualquer dilatação no tempo quando desejam obter uma informação.

Observou-se que todos os participantes desejam obter as informações completas com muita rapidez, buscam o máximo no menor tempo possível. Para alguns participantes, essa intolerância com maior morosidade na navegalibilidade, é um fenômenooriginado e estimulado pela internet, porém para outros é uma característica da vida moderna.

AS RESPOSTAS AFETIVAS

As principais respostas afetivas, ou sentimentos, mencionadas pelos participantes foram: irritação, satisfação, encantamento/excitação e insegurança. Essas categorias foram conceituadas a posteriori.

Irritação

Os sentimentos de irritação agrupados nessa categoria para os participantes decorrem, geralmente, da demora na navegação, da dificuldade no acesso à informação (número de cliques) e do fato de não encontrarem os conteúdos que procuram.

Satisfação

A satisfação experimentada pelos participantes durante a navegação, mencionada nessa categoria, está diretamente vinculada ao que contraria a irritação. Assim, é sentida quando há rapidez, facilidade no acesso as informações e todos os conteúdos esperados são encontrados nos portais turísticos.

Encantamento/Excitação

Esse sentimento foi mencionados pelos participantes como decorrente das imagens digitais (fotos), quando essas são capazes de transmitir a cultura do local e os fazem imaginar como seria a experiência vivenciada no mesmo.

Insegurança

Esta é experimentada pelos participantes quando eles utilizam alguns serviços disponíveis nos portais turísticos (reservas e compras de serviços ou produtos), pois temem, por exemplo, que suas solicitações não sejam executadas e também preferem não informar dados pessoais, em especial, o número do cartão de crédito.
UM BALANÇO FINAL

É preciso lembrar que as pessoas podem perceber os estímulos de maneira bastante distinta, variando de acordo com as suas necessidades individuais, experiências vividas, fantasias e estilo de processamento da informação, entre outros aspectos. Dito isso, resumimos as principais descobertas da pesquisa:

-Em primeiro lugar, as imagens digitais (fotos) são extremamente relevantes para os consumidores. Segundo os participantes, as fotos podem surpreendê-los, fazendo-os permanecer no site e permitindo a visualização de todos os locais e estabelecimentos de um determinado destino que desejam conhecer.

-As informações textuais são elementos imprescindíveis em um portal turístico. Elas devem ser completas e apresentadas em textos sucintos e interessantes. A busca de informações detalhadas, fidedignas e ilustradas possivelmente representa uma possibilidade de reduzir a questão da intangibilidade inerente aos serviços. Isso significa que o consumidor poderá ter acesso e avaliar os aspectos "tangíveis" presentes na prestação de serviços e já será capaz de saber se, ao menos esses elementos, suprem ou superam suas expectativas. Dentre essas informações mais "tangíveis" está o preço.

-É importante que as informações e imagens digitais (fotos) componham ambientes harmônicos, com uma disposição espacial moderna dos conteúdos e com tonalidades discretas, e, preferencialmente. Esse desejo de encontrar uma identidade visual mais contemporânea remete à estética, um dos quatro domínios da experiência, como elemento presente na mídia eletrônica (veja quadro na página 3).

-São desvalorizados os estímulos audiovisuais (pela demora da visualização) e sonoros (pela liberdade que o internauta deseja experimentar no processo de escolha na internet, escolhendo inclusive o que deseja ouvir). Quando a navegação torna-se mais lenta e os conteúdos não atendem às expectativas dos usuários, invariavelmente, os participantes referem sentimentos de irritação, remetendo a uma das possíveis respostas afetivas.

Portanto, para fidelizar o consumidor virtual, o segredo é oferecer informações completas e corretas e sem propaganda pop-up, um ambiente esteticamente agradável, com imagens digitais atraentes, de fácil e rápida navegabilidade e interatividade, resultando nos sentimentos de encantamento/excitação e satisfação.

O ARSENAL TEÓRICO DO MARKETING DE EXPERIÊNCIA
Para definir o marketing de experiência, os autores deste estudo se basearam principalmente em Bernd Schmitt, autor do livro Marketing Experimental (ed. Nobel) e em Joseph Pine e James Gilmore, autores de O Espetáculo dos Negócios (ed. Campus/Elsevier).

Segundo Schmitt, uma experiência é criada por meio de elementos primários, estilos e temas. Os elementos primários são relativos aos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Elementos primários combinados formam um estilo, que pode ser analisado de acordo com diversas dimensões, como: complexidade, representação, movimento e potência. Os temas dão âncoras mentais, pontos de referência e atalhos para a memória, como, por exemplo, slogans verbais, símbolos e jingles. Segundo o autor, na internet é possível explorar dois dos sentidos a visão e a audição, o que nos faz depreender que o bom uso de recursos multimídia pode gerar melhores experiências.

Ao estruturar seu modelo de marketing de experiência, Schmitt utiliza dois conceitos: os modelos estratégicos experimentais (SEMs, strategic experiential modules) e os provedores de experiência (ExPros, experience providers). O primeiro conceito é subdividido em cinco, conforme o tipo de experiência vivenciada pelo consumidor:

a) sentido - esse tipo de experiência apela para os cinco sentidos com o objetivo de prover prazer estético, excitação e satisfação por meio de estímulos sensoriais;

b) sentir - nessa situação a estimulação está voltada aos sentimentos íntimos e emoções objetivando, portanto, a criação de experiências afetivas;

c) pensar - voltada ao intelecto, busca criar experiências cognitivas;

d) agir - visa influenciar as experiências físicas, estilos de vida e interações do indivíduo;

e) relacionar - engloba os quatro aspectos descritos.

De acordo com o tipo de SEM utilizado deve-se definir o provedor de experiência mais adequado, o qual subdividese em sete tipos:

a) comunicação - equivale à propaganda;

b) identidade visual e verbal - nome, logotipo etc;

c) presença do produto - design do produto, embalagem e display de demonstração;

d) co-branding - eventos de marketing, patrocínio, relacionamentos, licenciamentos e merchandising em filmes e campanhas cooperativas;

e) ambiente - local;

f) web sites e mídia eletrônica;

g) pessoas - equipe de vendas, assistência técnica, e demais pessoas vinculadas à empresa.

Para Pine e Gilmore, as sensações têm quatro dimensões e é isso que deve ser trabalhado no marketing de experiência. O modelo proposto por eles investiga tanto o envolvimento dos participantes com o que vêem (participação ativa ou passiva) e sua conexão com o ambiente (de absorção ou de imersão). As combinações das dimensões geram aos quatro domínios da experiência, que podem interagir entre si:

Participação ativa com absorção = educação.

Participação ativa com imersão = fuga.

Participação passiva com absorção = entretenimento.

Participação passiva com imersão = prazer estético.

(Fonte : Portal HSM / imagem divulgação)

BNDES DEVE DOBRAR VALOR A INVESTIR EM HOTÉIS PARA COPA 2014

Os empresários da área de turismo dispostos a fazer investimentos no setor hoteleiro receberam na última sexta-feira (10), a notícia de que vão ter mais dinheiro para seus empreendimentos até o fim do ano.
O superintendente da Área de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ricardo Luiz de Souza Ramos, disse, ao participar de evento, que o banco poderá elevar para R$ 2 bilhões a dotação de recursos para a construção e reforma de hotéis para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Atualmente, a linha de crédito do BNDES destinada ao setor hoteleiro prevê financiamentos de R$ 1 bilhão.
O informe foi feito durante o seminário "Crescimento Econômico - Os Investimentos para a Copa do Mundo e Olimpíadas", promovido pela Associação e Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro.

ESTÁDIOS

Ramos também é responsável, no BNDES, pelo programa Pró-Copa Arenas, cujo limite para reforma ou construção de estádios para a Copa é até R$ 400 milhões por arena, ou 75% do custo total, totalizando R$ 4,8 bilhões para as 12 cidades que irão sediar os jogos. Desse total, apenas oito cidades pleitearam financiamentos do BNDES.
Dos cinco projetos já contratados (Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, Recife e Cuiabá), o banco desembolsou recursos até agora somente para Manaus. A expectativa é que até o fim do ano, quando expira o programa Pró-Copa Arenas, outras cidades poderão solicitar empréstimo para a construção ou modernização de seus estádios.
As arenas têm que cumprir, de acordo com o BNDES, pré-requisitos comuns a todos os projetos: um contrato firmado com uma entidade certificadora de qualidade ambiental, reconhecida internacionalmente ou acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro); e um contrato firmado com empresa independente para auditar a execução financeira dos investimentos.

(Fonte : Ag. Brasil de Notícias / imagem divulgação)

ENTIDADES REPROVAM NOVO MODELO DE CLASSIFICAÇÃO DE HOTÉIS

A nova classificação hoteleira por estrelas, lançada pelo Ministério do Turismo na semana passada, não caiu no gosto de entidades representativas gaúchas. Sindicatos apontam a iniciativa como obsoleta e invasiva, que pouco resultado trará ao setor. O Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass) adotará a simbologia de estrelas, em uma escala de uma a cinco, para identificar os tipos de hospedagem, sob critérios como infraestrutura, prestação de serviços e práticas de sustentabilidade. A portaria entrará em vigor 30 dias após sua publicação no Diário Oficial da União.
"A hotelaria se coloca contra a nova classificação", resume José Reinaldo Ritter, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RS). "Não há necessidade no mercado para classificar hotéis por estrelas; trata-se de mais uma interferência pública em atividade privada." Ritter lembra que iniciativas semelhantes não emplacaram no Brasil, como o sistema implementado na década de 1970 pela Embratur, absorvido por muitos hotéis, mas que esfarelou-se em função de desatualização.
Ritter observa que a precificação de hotéis de mesmas estrelas será um desafio ao setor, uma vez que no Brasil cada cidade tem um padrão diferente para definir valores. Também acredita que a divisão das hospedagens em sete categorias (hotel, hotel-fazenda, hotel histórico, flat/apart hotel, resort, pousada e cama&café) confundirá os clientes. "Os clientes não sabem o que significa cada categoria", observa.
São muitas regras para pouco benefício, acusa o setor. O vice-presidente do Sindicato de Hotéis da Capital e vice-presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), Daniel Antoniolli, acrescenta que os turistas já encontram na internet classificações dos próprios usuários. "Essas sim são levadas em conta no momento da reserva", diz. Para o dirigente, o sistema no ministério não pode medir fatores subjetivos, como atendimento, conforto, custo-benefício etc. "Este sistema de classificação vem na contramão dos fatos", defende Antoniolli.
O setor teme que a adesão ao SBClass, que será facultativa, acabe servindo, no futuro, como pré-requisito para a liberação de verbas de financiamento ou inclusão em programas de capacitação. Nos bastidores do setor hoteleiro, há um descontentamento com a falta de iniciativas do governo federal para subsidiar a capacitação de funcionários para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para dirigentes, o treinamento deveria ser prioritário à nova classificação.
No entanto, há opiniões favoráveis ao SBClass. Baltazar Saldanha, diretor da GJP Hotéis, acredita que a classificação levará mais segurança aos clientes na busca por hospedagens, inclusive reduzindo os índices de reclamações. "A classificação consolida o que viemos defendendo nos últimos dez anos na hotelaria, que é a busca pela qualidade e organização", diz Saldanha.
Com três hotéis no Rio Grande do Sul (dois em Gramado e um em Bento Gonçalves) e outro previsto para Porto Alegre, a GJP acredita que a classificação será importante no seu posicionamento de mercado e nas ações de comunicação, desde as credenciais que passará em seu site e nos sites de busca até o material entregue aos clientes. "A nova matriz será importante, mas o crucial para que vingue será a fiscalização e a regulamentação dos credenciados", condiciona Saldanha.

(Fonte & foto : Jornal do Comércio – RS)

FOCUS PREVÊ PIB EM 2011 ABAIXO DE 4%, PELA PRIMEIRA VEZ EM 1 ANO E MEIO


Pela primeira vez desde que começaram a ser divulgadas as projeções para 2011, em 15 de janeiro de 2010, o mercado reduziu para abaixo de 4% a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Na média das 80 instituições consultadas semanalmente pelo boletim Focus do Banco Central (BC), a aposta é que haja crescimento de 3,96%. É a menor previsão para o ritmo de atividade econômica desde junho de 2009, quando os cálculos eram de recessão para aquele ano e de expansão máxima de 3,5% para o seguinte.
O PIB mais fraco é uma consequência do aperto monetário em curso desde dezembro para conter a inflação. Medidas de restrição ao crédito foram impostas, bem como quatro altas seguidas dos juros básicos desde janeiro. A previsão para o PIB industrial de 2011 também recuou, de 3,50% para 3,46%.
Ainda que haja desaceleração da economia, analistas continuam céticos quanto ao comportamento da inflação. A projeção para o IPCA de 2011 recuou pela sexta semana seguida, de 6,22% para 6,19%, mas para 2012 houve revisão para cima, de 5,10% para 5,13%. Apesar disso, fontes do governo destacaram que a queda na projeção do PIB deste ano mostra que a política de aperto monetário está surtindo efeito. Para o próximo ano, os analistas mantiveram 4,10%.
- Foi um pequeno ajuste no PIB, mas já sinaliza um crescimento menor neste ano, como o governo espera. Já por outro lado, a alta na inflação, ainda que pequena, mostra que os analistas ainda estão céticos em relação ao processo de queda na inflação a curto prazo - disse o economista da consultoria Tendências Sílvio Campos Neto.
Segundo o Focus, os analistas mantiveram a previsão de que a Selic - hoje em 12,25% ao ano - termine 2011 a 12,50%, com apenas mais uma alta, de 0,25 ponto percentual, na reunião de julho. Porém, quando se observam apenas as cinco instituições que mais acertam as previsões de juros, a estimativa é de 12,75% ano em dezembro. A taxa de câmbio também caiu, de R$1,61 para R$1,60, no fim de 2011.

(Fonte : Jornal O Globo / imagem divulgação)

ANALISTAS JÁ PREVEEM EXPANSÃO DA ECONOMIA MENOR DO QUE 4%


Pela primeira vez, analistas consultados pelo Banco Central projetam crescimento da economia abaixo de 4% para 2011, segundo o levantamento semanal Focus.
Se confirmada a previsão do mercado (3,96%), o crescimento será o segundo menor em cinco anos, atrás apenas do de 2009, ano seguinte ao do início da crise financeira internacional.
O recuo nas previsões foi motivado pela divulgação de indicadores que mostram desaceleração maior neste ano, principalmente na indústria.
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo mostra que a população também está preocupada com a economia. O índice dos que apostam em dias piores subiu de 9% para 17%. A maioria (51%) acredita que a inflação continuará subindo.
A consulta foi feita nos dias 9 e 10 de junho, com pouco mais de cinco meses de governo Dilma.
A pesquisa Focus mostra que o aumento dos juros e as medidas para frear o consumo devem ajudar a conter a inflação neste ano, mas há dúvidas em relação a 2012.
A estimativa para o IPCA, índice oficial que serve de meta para o BC, caiu pela sexta semana seguida, para 6,19% em 2011. A projeção está acima do centro da meta (4,5%), mas abaixo do limite de tolerância (6,5%).
Para 2012, a estimativa do IPCA subiu de 5,10% para 5,13%, enquanto a previsão para o PIB ficou em 4,1%.
Os economista esperam, ainda, uma nova alta na taxa básica de juros: a previsão é que a Selic suba para 12,50% ao ano em julho. Na semana passada, o BC promoveu o quarto aumento seguido da taxa, hoje em 12,25% ao ano.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

AEROPORTOS PRIVATIZADOS TERÃO DE NEGOCIAR COM A ANAC AUMENTO DAS TARIFAS DE EMBARQUE

As empresas estrangeiras que decidirem participar das concessões para administração e operação dos aeroportos brasileiros terão que negociar com a Anac (Agência Nacional de Avição Civil) possíveis aumentos na taxa de embarque. A informação foi anunciada nesta terça-feira (14) pelo presidente da Infraero, Gustavo do Vale, após reunião com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo Vale, a Anac define o valor máximo e mínimo das taxas de embarque de todos os aeroportos do país, privatizados ou administrados pelos governos federal, estadual ou municipal.
Assim, as empresas privadas que vão compor, juntamente com a Infraero, as futuras sociedades, terão de negociar com a agência eventuais aumentos nas tarifas.
- Tarifa de embarque é estabelecida pela Anac, a Infraero só dá palpite. Os aeroportos não sairão do marco regulatório. Isso já acontece, temos aeroportos integralmente privatizados. A Anac estabelece o preço mínimo e o preço máximo, e, sem dúvida, esses aeroportos terão liberdade para trabalhar com essas tarifas de acordo com suas possibilidades.
No início do mês, o governo anunciou a decisão de privatizar, a partir do segundo semestre de 2012, a administração dos aeroportos de Viracopos (SP), Guarulhos (SP) e Brasília (DF). Empresas estrangeiras poderão participar dos leilões em parceria com a Infraero, que deterá 49% do capital das futuras sociedades.
A expectativa é que os próximos aeroportos a entrarem no sistema serão Galeão (RJ) e Confins (MG).
A previsão da Secretaria de Aviação (SAC) é que os editais fiquem prontos em dezembro, quando serão conhecidas as regras das futuras concessões, como se uma determinada empresa poderá participar da disputa em mais de um dos negócios.
O presidente da Infraero anunciou nesta tarde que uma mesma empresa não poderá ser sócia majoritária de mais de um aeroporto. O tamanho da participação dessas companhias ainda será definido pelo órgão.
O presidente do Coinfra (Conselho Temático de Infra-Estrutura da CNI), José Mascarenhas, afirmou que só “haverá negócio se empresários e governo estiverem satisfeitos”. Ele diz que, depois da apresentação de Vale nesta tarde, a classe empresarial “ficou mais tranqüila e terá paciência”.
- Eu fiquei mais tranqüilo porque o primeiro passo é fazer o planejamento, e isso ele nos mostrou. Evidentemente que precisa realizar. É preciso que os marcos legais sejam claros para que não haja insegurança jurídica no caminho. Tudo tem que ser muito claro para a sociedade.

(Fonte : R7 Notícias)

AMÉRICA LATINA É SAÍDA PARA CRESCIMENTO


Carlos Slim, o magnata mexicano das telecomunicações e o homem mais rico do mundo, pretende aumentar seus investimentos na América Latina para se beneficiar do custo mais baixo da tecnologia e do aumento do poder de compra na região, antes de considerar uma investida em outros mercados.
Em entrevista concedida ao "Financial Times", Slim, o acionista controlador da América Móvil (dona da Claro no Brasil), a maior empresa de telecomunicações da região, disse: "O terreno fértil é a América Latina(...). Dentro de 10 ou 15 anos, a região vai romper a barreira do subdesenvolvimento e formar um grande contingente de classe média, por isso temos de investir, e investir pesado."
Slim, que em 2007 lançou uma oferta pela compra da Telecom Italia, mas perdeu para a espanhola Telefónica, disse que quer gerar mais produtos ligados a dados de internet e de vídeo em seus mercados de origem, onde a Telmex (controladora da Embratel) soma mais de 275 milhões de assinantes.
"Questionar se alguém deveria decidir investir mais em mercados desenvolvidos ou nos emergentes é uma discussão estéril", disse ele. "O que conta mais é se há oportunidades de crescimento, nem tanto em número de clientes, mas sim nos aplicativos que eles usam."
Slim, que descreveu o iPad da Apple e outros tablets como "fantásticos", se concentra primordialmente na faixa mais popular do mercado, e abriu o caminho para o alto volume de uso dos celulares pré-pagos.
Mas, segundo ele, as melhores oportunidades estão na combinação entre o aumento do poder de compra das famílias latino-americanas e o crescente barateamento da tecnologia, como a dos smartphones, tablets, aplicativos e do conteúdo. O executivo disse acreditar que o uso dos tablets se tornará generalizado "à medida que os volumes subirem e os preços caírem".
A expansão do interesse de Slim por oferecer internet e conteúdo de internet - no ano passado ele se tornou o segundo maior acionista do jornal "The New York Times" - ocorre no momento em que suas tentativas de introduzir a TV paga em seu principal mercado, o mexicano, foram frustradas pelos órgãos reguladores.
Slim tacitamente engrossou o crescente coro dos destacados dirigentes empresariais que acreditam que a política para o problema das drogas na região não está funcionando e que preconizam sua reformulação radical.
O combate ao crime organizado exige "um enfoque multinacional", disse ele.
Cerca de 40 mil pessoas morreram no México em consequência de episódios de violência ligados ao tráfico de drogas desde que o presidente de centro-direita Felipe Calderón lançou uma ofensiva intensa contra o crime organizado, em dezembro de 2006.

(Fonte : Financial Times, da Cidade do México / imagem divulgação )

BID LIBERA FINANCIAMENTO DE NOVOS ESTUDOS PARA O PROJETO DO TREM-BALA

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai financiar um novo pacote de estudos e consultoria para implantação do trem de alta velocidade (TAV). Trata-se de uma segunda rodada de investimentos para viabilizar o trem-bala. Em 2008, em parceria com o BNDES, o BID desembolsou cerca de R$ 1,5 milhão para financiar o planejamento do TAV, projeto que foi realizado pela consultoria inglesa Halcrow Group. Agora, com apoio do banco, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) quer contratar três tipos de serviços de consultoria.
O primeiro contrato, voltado para a área de comunicação social do TAV, prevê a implantação de um serviço 0800 para tirar dúvidas da população, entre outras medidas. Um segundo contrato visa a preparação de um plano de desapropriação e reassentamento de famílias que vivem nas proximidades do traçado do trem. Com 510 quilômetros de malha entre Campinas, São Paulo e Rio, o TAV vai abranger área de desapropriação de 30 mil hectares, atingindo cerca de 40 municípios, de acordo com a ANTT. A execução desse plano ficará a cargo da estatal Etav.
Por fim, o governo quer contratar uma consultoria sobre os impactos ambientais do trem-bala. Com esse estudo nas mãos, a ANTT ficará incumbida de obter junto ao Ibama a licença ambiental prévia do projeto, bem como apoiar a obtenção da licença de instalação da obra. Até 4 de julho, a ANTT irá receber as manifestações de interesse de empresas em prestar os serviços. O passo seguinte será selecionar as seis melhores propostas para, depois, realizar uma licitação.
Ontem, a presidente da República, Dilma Rousseff, se reuniu com ministros e a equipe do governo que acompanha o trem-bala para tratar do projeto. O encontro foi acompanhado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, além de representantes ligados ao Ministério dos Transportes. O Valor apurou que Dilma pediu uma atualização sobre o andamento do edital, os principais interessados na obra e sua viabilidade para acontecer conforme o cronograma atual. Se nada interferir nos planos do governo, no dia 11 de julho o governo receberá as propostas dos consórcios interessados em construir e operar o trem-bala. No dia 29, os envelopes serão abertos.
O que está previsto até agora é que a ANTT publique, ainda nesta semana, algumas mudanças pontuais nas regras do edital -flexibilização de locais para a construção das estações e a adequação do processo de transferência tecnológica, o qual passará a ser feito com o consenso entre o governo e o consórcio construtor. Segundo uma fonte que acompanhou o encontro com Dilma, o governo se mostrou disposto a manter a estrutura atual do projeto, sem realizar alterações radicais no modelo de concessão.
O leilão do trem-bala já foi adiado duas vezes, em novembro do ano passado e abril deste ano. Com a realização do leilão em julho, o governo vai correr atrás do licenciamento ambiental para que as obras comecem no segundo semestre de 2012. Dado que o prazo para conclusão de todo o trecho é de seis anos, é pequena a chance de que o trem-bala fique pronto até a Olimpíada de 2016. Há, no entanto, a possibilidade de o consórcio responsável explorar trechos que estejam prontos antes da entrega total da obra.
(Fonte : Jornal Valor Econômico)

VULCÃO SEGUE AFETANDO TRÁFEGO AÉREO BRASILEIRO

A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue voltou a afetar o tráfego aéreo brasileiro ontem. A TAM e a Gol cancelaram no começo do dia todos os voos com origem e destino nos aeroportos de Buenos Aires (Argentina) e em Montevidéu (Uruguai). Os voos para Porto Alegre, suspensos semana passada, eram operados normalmente até a noite. Às 20h, a TAM informou o cancelamento dos voos com saídas previstas para a manhã de hoje dos aeroportos de Buenos Aires e Montevidéu.A LAN informou em nota que os voos com origem e destino nas cidades de Buenos Aires, Auckland, Nova Zelândia e Sidney foram afetados pela cinza vulcânica. Até as 19h de ontem, 31% dos 147 voos internacionais com origem e destino no Brasil tinham sido cancelados. No aeroporto de Guarulhos, que concentra os trajetos afetados pelo vulcão chileno, 22 partidas e 7 chegadas tinham sido canceladas.
Na tarde de ontem, a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou um comunicado em que afirma que as cinzas, que voltaram a atingir ontem a Argentina, o Uruguai e uma parte do município brasileiro de Chuí, no extremo sul do país, "devem ficar restritas à região".
A FAB se baseou no último boletim do "Volcanic Ash Advisory Centers" da Argentina. De acordo com o instituto, responsável por monitorar a situação do Cone Sul, "a nuvem não deve avançar sobre o espaço aéreo brasileiro, mantidas as atuais condições atmosféricas".
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomenda que todos os passageiros com origem ou destino na região sul do Brasil e nos destinos internacionais Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai consultem a companhia aérea antes de se dirigir ao aeroporto.
Em Curitiba, na sexta-feira, em vez de um, saíam dois ônibus para Caxias do Sul. E 11 carros partiram no mesmo dia em direção a Porto Alegre, seis a mais que o verificado em dias normais. "Para o exterior, sempre há espaço nos ônibus e, mesmo que tenha tido mais procura, não foi nada representativo. Mas para o Rio Grande do Sul, mesmo com ônibus extras, todos saíram lotados", contou Élcio dos Anjos, administrador do terminal.
A Pluma, de Curitiba, tem saídas diárias para Buenos Aires às 5h30 a R$ 235. A viagem dura 30 horas. No retorno, as partidas acontecem às 12h30.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)