sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HOTÉIS DO NORDESTE INVESTEM PARA ATRAIR TURISTA DE NEGÓCIOS

Quando relacionada à região Nordeste, a palavra destino é automaticamente interpretada sob o viés turístico, devido ao incontestável potencial dos inúmeros atrativos naturais. De alguns anos para cá, no entanto, a região também tem sido destino de grandes investimentos na área industrial, que começam a remodelar a vocação do Nordeste na arte de receber visitantes. Até pouco tempo voltada quase que exclusivamente aos veranistas do mundo afora, a rede hoteleira das principais capitais nordestinas tem investido pesado no atendimento aos viajantes de negócios.
De acordo com empresários locais do setor, a decisão de investir no novo nicho deve resultar sempre de uma análise apurada da demanda futura, tarefa que acabou facilitada por anúncios de investimentos bilionários em alguns Estados, com destaques para Pernambuco, Maranhão e Ceará. "Percebi que o Nordeste seria a bola da vez no governo Lula", conta Mauricio Sales, sócio da rede Luzeiros, que inaugurou em novembro do ano passado uma unidade em São Luís (MA), um investimento de R$ 40 milhões. A rede já conta com um hotel em Fortaleza, também com foco no público corporativo.
"O que nos levou para o Ceará, há nove anos, foi a perspectiva de criação de pólos econômicos importantes ao redor do Porto do Pecém", disse o executivo. No caso do Maranhão, o investimento foi motivado principalmente pela refinaria que a Petrobras irá construir a 58 quilômetros da capital, um aporte de R$ 20 bilhões. O empreendimento deve dinamizar significativamente a economia da região. "Porém, o Estado também deve crescer muito com projetos nas áreas de alumínio, celulose e siderurgia", acrescentou Sales.
De olho nessa mesma demanda, o grupo maranhense Solare está construindo um hotel no município de São Cristovão, ainda mais próximo ao distrito industrial onde será erguida a refinaria. Segundo o diretor-presidente do grupo, Rogério Tavares, serão investidos R$ 12 milhões no projeto, que deve ser concluído em 2012. Também para o hóspede de negócios, o Solare está aportando outros R$ 15 milhões na construção de um hotel em São Luís.
"Temos um grande perfil para destino de negócios e eventos. Há muitas empresas prospectando negócios de toda natureza. Isso leva a crer que seremos um destino importante para o público corporativo", reforça o presidente da São Luís Convention & Visitors Bureau, Nan Souza.
Segundo ele, o número de leitos da rede hoteleira da capital maranhense cresceu 83% desde 2004 e continuará avançando neste ano, puxado pelos empreendimentos voltados ao turista corporativo.
De acordo com os empresários, entre as características de um bom hotel de negócios está a presença de áreas de convenções e eventos, que rareiam nas cidades do Nordeste. Além disso, observam, é importante dar atenção especial aos serviços prestados, como refeições e internet de boa qualidade. "A exigência do turista de negócios é a mesma em Nova York e no Ceará", explicou Sales. "Pena que, no caso do Ceará, as tarifas são bem menores", brincou o executivo, após ensaiar uma queixa sobre as margens de lucro do negócio.
Além de São Luís, a rede Luzeiros já está na busca de um terreno para um novo hotel no Recife (PE), onde, segundo Sales, há carência de um projeto de qualidade para o turista de negócios. O grupo pretende investir R$ 30 milhões na capital pernambucana e espera cortar a fita do novo hotel antes da Copa do Mundo de 2014. No que será o primeiro passo fora do Nordeste, há também planos para uma unidade no Rio de Janeiro, com prazo de conclusão também em 2014 e que irá custar R$ 40 milhões.
Já o Solare tem planos ainda mais ousados para além das fronteiras do Nordeste. Até 2013, o grupo pretende inaugurar nada menos do que 10 novos hotéis na região Norte, sendo oito no Pará e dois no Amazonas. Os investimentos chegarão a R$ 150 milhões. "A gente enxergou uma oportunidade de renovar a rede hoteleira de Belém, que o mercado aponta como ultrapassada", contou Tavares.
Além dos dez da região Norte e dos dois hotéis em São Luís, o Solare abrirá ainda outros dois empreendimentos na cidade de Imperatriz, no sul do Maranhão, com investimento de R$ 30 milhões. Para o turista tradicional, será inaugurado em 2012 um hotel em Maceió, com aporte de R$ 50 milhões.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / 15/01/10)

PROJETOS PARA PORTOS DEVEM ATRAIR US$ 20 BI DE APORTE DE EMPRESA

O governo está desenvolvendo projetos que gerarão melhorias nos principais portos brasileiros e, nos próximos cinco anos, isso deverá atrair investimentos privados para o setor portuário, de até US$ 20 bilhões, segundo estimativas do ministro Pedro Brito, secretário especial de Portos (SEP).
Segundo ele, as obras do Programa Nacional de Dragagem , que
permitirão o ancoramento de navios de grande porte, e a desburocratização a partir da implantação, em abril, do Programa Porto Sem Papel vão baratear os custos de frete, com reflexo nos preços dos produtos importados e também dos produtos que serão exportados.
Nos próximos anos os portos das sete cidades brasileiras que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 receberão cerca de R$ 700 milhões. O objetivo é facilitar o ancoramento de transatlânticos em Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, Recife, Natal e em Manaus.
Brito destacou que esses investimentos têm foco nos eventos esportivos que serão realizados no país e inclui logística para recepção de visitantes. As novas instalações vão ainda dar agilidade ao transporte de cargas, com impacto sobre a balança comercial brasileira, disse o ministro. Dos R$ 700 milhões que serão investidos nas cidades portuárias que sediarão os jogos, o Rio de Janeiro deverá receber o montante de R$ 300 milhões. O ministro disse que haverá maior demora na conclusão das obras no Rio de Janeiro, pois serão construídos três novos piers de atracação para grandes navios.

Trânsito
Esta semana, o governo anunciou investimento de R$ 7,68 bilhões em 47 projetos que vão ajudar a melhorar o trânsito nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Foram selecionados projetos que facilitem a mobilidade entre aeroportos, hotéis e estádios e possam ser concluídos de acordo com o cronograma estabelecido pela Fifa, considerados os benefícios que os projetos trarão para as cidades após a realização do mundial.
"Os investimentos certamente vão garantir a mobilidade dos turistas, mas estão focados na melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram nessas cidades", ressalta o ministro das Cidades, Marcio Fortes. Fortes destaca que cerca de 30% serão investidos em sistemas de transporte sobre trilhos. Trata-se de projetos monotrilhos (trens suspensos), que serão implantados em São Paulo e Manaus, e de veículos leves sobre trilhos (VLT), em Brasília e Fortaleza.
Os demais recursos financiados serão investidos na implantação de corredores de ônibus, estações de transferência, terminais e sistemas de monitoramento e BRTs.

(Fonte : DCI / 15/01/2010)

GOVERNO QUER AMPLIAR PORTOS PARA A COPA

O governo anunciou ontem que vai investir R$ 700 milhões para ampliar os portos de sete cidades brasileiras para que possam receber transatlânticos durante a Copa do Mundo de 2014. O Rio de Janeiro receberá a maior parte dos recursos, cerca de R$ 300 milhões, que serão aplicados na construção de três novos píeres, dobrando a capacidade de recebimento de turistas.Santos, Fortaleza, Recife, Natal, Salvador e Manaus completam a lista de cidades que receberão recursos.
A expectativa do ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, é que as ampliações estejam concluídas em 2012. As melhorias também poderiam ser aproveitadas pela cidade do Rio na Olimpíada de 2016.
Para a Abdib (associação de infraestrutura e indústrias de base), porém, ainda faltam definições importantes do governo para que o investimento no setor portuário não se limite a eventos.
Segundo a entidade, o setor privado possui um plano de investimento de US$ 20 bilhões para os portos nos próximos cinco anos, que está condicionado a uma série de medidas prometidas pela administração pública.
Dentre eles está a definição do PGO (Plano Geral de Outorgas), prometido para 2009 mas que está atualmente sendo revisado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A definição do modelo de concessões ao setor privado também é aguardada.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo / Ed. Dinheiro / 15/01/2010)

GOVERNO FEDERAL DEFINE MATRIZ DE RESPONSABILIDADES PARA A COPA DE 2014

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, participou, na última quarta-feira (13), no Palácio do Itamaraty, junto ao presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, da solenidade de assinatura de Termo de Cooperação para realização da Copa do Mundo de 2014. O acordo foi assinado pelo governo federal, governadores, prefeitos das cidades-sede do mundial e, ainda, por representantes de clubes de futebol responsáveis pela gestão dos estádios. O objetivo é definir a matriz de responsabilidades e o cronograma de execução das obras para fortalecer a gestão pública e garantir transparência na realização da Copa de 2014.
“Esse documento mostra que estamos assumindo não só um compromisso, mas firmando um tratado perante a sociedade brasileira para realizarmos uma grande Copa do Mundo”, ressaltou o presidente Lula durante a solenidade. E, acrescentou que todos tem um compromisso em garantir que 2014 seja a maior Copa do Mundo de todos os tempos.
Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, serão investidos, neste primeiro momento, R$ 19,5 bilhões – recursos dos governos federal, estadual e municipal e recursos de financiamento – em obras de mobilidade urbana, estádios e modernização do sistema hoteleiro. “A matriz de responsabilidades traz projetos realistas que podem ser concluídos nos prazos determinados. Um legado permanente, um ganho significativo para a população das cidades”, declarou Rousseff.
Também estavam presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, ministros de Estado, prefeitos, governadores e parlamentares.

(Fonte : Site Ministério do Turismo / 15/01/2010)