quinta-feira, 24 de março de 2011

TIM-TIM


O Brasil comprou 979,6 mil garrafas de champanhe em 2010, o que representou aumento de 63,2% na comparação com o ano anterior, segundo o comitê profissional do vinho da região francesa de Champagne.
O Reino Unido foi o país que mais importou o produto, com 35,5 milhões de garrafas e crescimento de 16,3% em relação a 2009.
O segundo colocado foram os EUA, com 16,9 milhões de garrafas de champanhe.
A demanda chinesa foi a que mais aumentou no ano passado, 89,9%, ultrapassando a marca de 1 milhão de unidades da bebida.
As exportações de champanhe renderam 4,1 bilhões (cerca de R$ 9,6 bilhões) para a França em 2010. Foram comercializadas 319,5 milhões de garrafas para 196 países no período.

(Fonte : Col. Mercado Aberto / imagem divulgação)

DEPUTADO QUER MAIS CAPITAL ESTRANGEIRO NAS AÉREAS


O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) apresentou três emendas à MP 527/11, que cria a Secretaria de Aviação Civil. Uma delas pede que os concursos públicos para provimento dos cargos contenham prova escrita e oral de língua inglesa. “O domínio do idioma para os controladores de tráfego aéreo é imprescindível para a segurança do espaço aéreo brasileiro.
A crescente demanda do setor pede controladores bem treinados e com fluência em um segundo idioma”, justifica o deputado.
Outra emenda refere-se à participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais, antigo pleito de boa parte do setor. “O aumento da porcentagem do capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais acarretará uma significativa melhoria nos serviços prestados. O fortalecimento da concorrência estabelecerá novos padrões, onde o maior beneficiário será o usuário do sistema”, afirma o deputado.
Por fim, a emenda de número três pede que o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) financie programas de formação de pilotos civis profissionais. “A carência de profissionais habilitados e devidamente preparados, em especial, o piloto civil profissional, aumenta a possibilidade de abertura do mercado de trabalho para pilotos de outras nacionalidades. Ações e incentivos do poder público para apoiar a formação de pilotos civis são primordiais para o setor aéreo brasileiro. Os recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil poderão custear bolsas e parcerias para tal fim”, finaliza Leite.

(Fonte : Panrotas)

BUENOS AIRES ULTRAPASSA ORLANDO COMO FAVORITA DE BRASILEIROS


Buenos Aires, capital Argentina, tornou-se o destino internacional preferido pelos brasileiros, tomando o lugar de Orlando (EUA), agora em segundo lugar. Os dados vêm de levantamento do site britânico de reservas Hotels.com --Hoteis.com, no Brasil. Eles se referem a 2010, e se baseiam nas buscas dos visitantes no site da empresa.
Os três destinos seguintes na lista de preferência do brasileiro, segundo o site, também são nos EUA: Nova York, Miami e Las Vegas. Em seguida, vêm Paris (França) e Santiago (Chile), em sexto e sétimo lugares.
Já para os estrangeiros, os três destinos preferidos no Brasil continuam sendo, na ordem: Rio, São Paulo e Salvador --ajudada por uma queda de 25% nos preços de hospedagem em relação ao último índice. Búzios, que estava em quarto lugar nesta preferência, caiu para oitavo.
As informações vêm com o Índice de Preços de Hotéis (HPI), publicado anualmente há sete anos pelo Hotels.com.

RIO CARO

Segundo a pesquisa, a capital do Rio de Janeiro continua sendo o destino mais caro do Brasil, com diária média de R$ 314 por quarto. Em segundo lugar, vem o balneário de Búzios, também no Rio, com quartos a R$ 306; e São Paulo, com preço médio de R$ 242.
Em geral, houve aumento de 1% no custo de quartos de hotel no Brasil em 2010, sendo R$ 252 o valor médio cobrado por noite. Mas alguns destinos brasileiros registraram crescimento de dois dígitos. Por exemplo, Natal (RN) teve aumento de 17%, com tarifas a R$ 220; Recife (PE), de 15%, a R$ 188; e Porto Alegre (RS), de 10%, cobrando atualmente R$ 199.
Em paralelo, o HPI registrou quedas em algumas cidades. Salvador (BA), que na última edição do estudo era a terceira cidade mais cara do Brasil, após um corte de 25%, apresenta o valor médio de R$ 200, caindo para o oitavo lugar.
O preço médio pago por viajantes em um quarto de hotel na América Latina também aumentou 1% em 2010, comparado ao ano anterior. Os valores das diárias também ficaram relativamente estáveis na Europa e no Caribe, com o mesmo percentual.
Já na Ásia foi registrada queda de 2% em relação a 2009. O aumento de 2% na América do Norte foi o que impulsionou a média global do índice, que registrou crescimento de 2% no período.
Algumas capitais latinas registraram quedas de preço, como Lima, no Peru (-21%); Montevidéu, no Uruguai (-10%); e Santiago (-6%). Já Buenos Aires e Bogotá tiveram, respectivamente, aumento no valor das diárias de 6% e 5%.

ESTRELAS PELO MUNDO

Na categoria de hotéis cinco estrelas, o Rio é o segundo destino mais caro do mundo, perdendo apenas para Nova York. Nenhuma cidade brasileira aparece entre as dez onde é possível se hospedar a preços melhores em hotéis cinco estrelas --a lista é liderada por Lisboa, em Portugal.
Um turista com R$ 300 para gastar em hospedagem por noite consegue ficar em hotéis quatro estrelas de cidades como Pequim (China), Buenos Aires (Argentina), Amsterdã (Holanda) e Barcelona (Espanha).
O mesmo valor paga hotéis três estrelas de Milão (Itália), Santiago (Chile), Estocolmo (Suécia) e São Paulo. Já no Rio, o valor é a média para hospedagem em hotéis duas estrelas.
Os brasileiros investiram em 2010 somas equivalentes para hospedagem no Brasil ou no exterior: R$ 252 contra R$ 253 por noite, em média, respectivamente. Já os espanhóis são os que pagam a maior diferença quando saem de seu país: R$ 182 nacionalmente contra R$ 242 no exterior.
O índice aponta os valores efetivamente pagos por clientes na contratação de 111 mil quartos em cerca de 18 mil lugares.

(Fonte : Folha Online)

A GOL VAI REDUZIR CUSTOS COM DEVOLUÇÃO DE AVIÕES E A REDUÇÃO DE PESSOAL


A GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. anunciou ontem que, a partir do segundo trimestre, iniciará uma nova etapa de redução de seus custos operacionais, por meio de ganhos de sinergias administrativas e operacionais - devolução de duas aeronaves 767-300 e redução de posições em seu quadro de colaboradores. A companhia concluiu a negociação para devolução antecipada de duas aeronaves B767, do total de seis aeronaves desse modelo, que estão sendo utilizadas até este mês de março para fretamentos de longa distância. Isso gerará uma redução de despesas operacionais da ordem de R$ 20 milhões ao ano, a partir do segundo semestre de 2011.
Adicionalmente, como resultado da conclusão de projetos visando a otimização operacional da companhia iniciados em 2010, a GOL concluiu a análise de redundâncias em certos processos. Essa iniciativa reduzirá as despesas operacionais da GOL em, aproximadamente, R$ 45 milhões de forma anualizada. Os projetos em questão fazem parte da orientação da companhia de fortalecer sua estratégia de baixos custos e baixas tarifas. O comunicado distribuído pela companhia diz: “Com essas medidas, a GOL acredita estar mostrando seu comprometimento com a indústria, focando a rentabilidade e qualidade de suas operações, e garantindo, por mais um ano, a posição de empresa aérea mais rentável do Brasil, com balanço patrimonial robusto”.

(Fonte : Business Travel Magazine)

AMERICAN EXPRESS LANÇA UM CARTÃO DE VIAGEM PRÉ-PAGO EM TRÊS MOEDAS


A American Express lançou no Brasil o cartão pré-pago recarregável de viagem American Express Global Travel Card, destinado ao mercado de viajantes para o exterior. Em todo o mundo, o novo produto é aceito em milhões de estabelecimentos onde os cartões American Express (AMEX) são aceitos online e para saques em caixas eletrônicos (ATM’s).
O American Express Global Travel Card já está sendo vendido nas agências do banco Itaú e pode ser disponibilizado em dólares norte-americanos, libras esterlinas e euros - podendo ser utilizado também em países que utilizam uma moeda diferente. De acordo com a vice-presidente das Américas para Produtos Pré-Pagos da AMEX, Rose Del Col, a estratégia da companhia é continuar expandindo a rede de distribuição, abrangendo os maiores bancos do Brasil.
Entre os principais benefícios que o novo cartão pré-pago traz para os consumidores, destacam-se:

• Ele pode ser recarregado a qualquer tempo no banco onde o cartão foi adquirido;
• Os clientes podem checar o saldo online, no site americanexpress.com.br/globaltravel, ou pelo telefone onde quer que estejam, 24 horas por dia, sete dias por semana;
• O cartão não tem tarifa de inatividade e o saldo nunca expira;
• A taxa de câmbio é fixada no momento da aquisição ou recarga do cartão, evitando flutuações na mesma;
• Utilizando o cartão, os consumidores pagam somente 0,38% de IOF em vez de 2,38% sobre transações internacionais efetuadas com cartões de crédito;
• Clientes têm acesso a ofertas especiais do programa American Express Selects, relacionados no site americanexpress.com.br/selects;
• Um cartão reserva com número e senha diferentes do cartão principal é emitido no momento da aquisição, minimizando a inconveniência no caso de perda ou roubo do cartão principal;
• Substituição gratuita do cartão e/ou acesso a fundos de emergência sem custo adicional, no caso da perda ou roubo dos cartões principal e reserva;
• Direito aos serviços do American Express Global Assist, que oferecem ajuda no caso de uma emergência, desde a perda de passaporte ou bagagem até assistência jurídica ou médica.

(Fonte : Business Travel Magazine)

ECLÉTICOS, HARMOZINAM COM QUALQUER REFEIÇÃO


Vinhos Madeira: Antes desprezados pelos importadores brasileiros, hoje já existem boas opções disponíveis no mercado

Há certas bebidas impossíveis de serem reproduzidas fora de suas regiões de origem. Fatores históricos e culturais associados a condições naturais do local são tão marcantes que impedem até imitações baratas. Se isso garante individualidade e, muitas vezes, reconhecidas virtudes, nem sempre lhes é dada a devida atenção. Um bom exemplo é o Vinho Madeira, que, tanto quanto o Porto, é um vinho fortificado produzido em Portugal. No entanto, em condições de clima e solo, e com um processo de elaboração muito peculiar, que lhe confere características únicas.
Situada a cerca de 1.000 km a sudeste de Portugal e a 700 km da costa do Marrocos, a ilha da Madeira era parada obrigatória no século XVII para que os barcos que navegavam pelo Atlântico se aprovisionassem de água e vinho. Posicionadas nos porões dos navios, as barricas atingiam altas temperaturas. Alguns desses vinhos acabavam retornando e, surpreendentemente, voltavam melhores, fenômeno que, verificou-se, estava associado ao calor que acelerava sua evolução.
A descoberta incitou produtores e negociantes a enviar tonéis de vinho para longas viagens marítimas com o objetivo de valorizá-los. Nascia assim o "Vinho de Roda" ou "Vinho Torna Viagem". Tempos depois, tais condições foram passadas para as adegas, transformando-se no processo industrial de elaboração dos Madeira, que, com poucas mudanças, é empregado até hoje: as uvas são desengaçadas e encaminhadas para as cubas de fermentação, onde, depois, num certo momento, vai receber aguardente vínica que eleva a graduação alcoólica para algo entre 17 graus e 20 graus, interrompendo imediatamente o processo. O momento da adição da aguardente é que vai definir o grau de doçura do vinho - se isso for feito cedo (mais ou menos no meio do processo de vinificação) sobra mais açúcar sem fermentar, ensejando um vinho doce; a interrupção no final resulta num Madeira seco; situações intermediárias dão, por conseqüência, meio secos ou meio doces. São, de fato, as quatro classes de Vinho Madeira.
Até aí, em tese, nada o distingue de outros vinhos fortificados. Seu diferencial começa a tomar forma com o sistema de envelhecimento, que se resume em passar o vinho recém-elaborado por uma fase de calor. Dois processos são empregados, o "por estufagem" e o "por canteiro", com resultados qualitativamente distintos.
No primeiro, os vinhos permanecem durante cerca três meses em cubas de inox ou concreto, dotadas de serpentinas por onde circula água a uma temperatura de 45 a 50 graus centígrados. Estima-se que este "cozimento" antecipe em três anos seu envelhecimento natural. Mas não sem conseqüências: os vinhos se oxidam e adquirem uma sensação "queimada", razão pela qual é comum correção com adição de caramelo. Novas técnicas, contudo, estão sendo empregadas por alguns produtores, constituindo-se basicamente na adoção de cubas de inox com camisas externas para "esquentar" o vinho, que criam um efeito natural de circulação interna, minimizando o problema. Em todo caso, a estufagem é aplicada aos Madeira mais baratos, destinados a serem vendidos jovens.
No sistema de "canteiro", utilizado para os vinhos melhores, eles evoluem e se oxidam em tonéis situados nos pisos mais elevados dos depósitos, onde as temperaturas são mais elevadas, permitindo, assim, acelerar sua evolução - algo similar ao que acontecia nos porões dos navios. Estes só podem ser comercializados após, no mínimo, três anos em madeira.
No fundo, textura macia, notas fortes de oxidação e boa acidez são, em maior ou menor grau, comuns a todos os vinhos da Ilha. São características que junto com os quatro graus de doçura existentes entre os Madeira - seco, meio seco, meio doce e doce - definem a ocasião em que devem ser consumidos e que devem ser levadas em consideração na hora de harmonizá-los com a comida. A capacidade de se compatibilizar com os mais diferentes pratos é uma da suas grandes virtudes. São menções que necessariamente constam dos rótulos desses vinhos caso uma das quatro castas nobres não seja citada. Para todos os efeitos, Sercial é sinônimo de seco, Verdelho e Terrantez de meio seco, Bual de meio doce, e por fim, Malvasia (ou Malmsey, na versão inglesa) de mais doce na escala.
Em linhas gerais o Sercial, além de ser o mais seco é também o que tem a acidez mais elevada, o que recomenda sua utilização como aperitivo, acompanhando frutas secas salgadas, caso das amêndoas, em entradas de embutidos e peixes defumados (arenques), sopas fortes e bisques. Na área dos queijos, os de cabra são boa pedida.
O Verdelho, valendo para o hoje raro Terrantez - restam desta variedade pouquíssimos hectares, o que, pela sua escassez e qualidade, deu origem ao ditado "As uvas Terrantez, não comas nem as dês, para vinhos Deus as fez" -, tem uma ponta de açúcar a mais que lhe abre um bom campo nas comidas condimentadas, gênero thai e indiana, porém, antes disso, nas entradas, como presunto cru, e (casa perfeitamente) com uma sopa de cebola. Esse estilo de Madeira combina com foie gras e é menos invasivo do que, por exemplo, um Sauternes. No final da refeição, ou ainda para passar o tempo num final de tarde, são ótimas companhias para frutas secas como castanhas, figos e tâmaras.
O grupo dos mais adocicados começa com o Bual e segue num grau acima com o Malvasia. O primeiro, mais delicado, pode escoltar entradas, e, assim o foie gras, voltando depois do prato principal nos queijos mais fortes, caso dos azuis, do taleggio e do epoisses, e emendar em sobremesas bem variadas, entre elas tarte tatin, pudins, crème brûlée e tiramisú. Já o Malvasia restringe um pouco os queijos - melhor ficar com os azuis - e é ótima opção para sobremesas mais caramelizadas e aquelas à base de chocolate.
A Ilha da Madeira vive nos últimos tempos muito em função do turismo. Para dar conta dessa leva cada vez maior de gente que busca seu clima agradável e suas águas límpidas para passar férias, muito concreto ocupou lugar dos melhores vinhedos. Atualmente restam poucos hectares destas castas nobres. Franco domínio exerce a Tinta Negra Mole, casta que ocupa em torno de 85% da superfície plantada de uvas viníferas e não tem o mesmo padrão de qualidade. É sobretudo usada para mesclas, compondo, inclusive majoritariamente, até meados da década de 90, Madeiras que ostentavam no rótulo uma das cinco castas nobres (para enganar consumidores). Alguns produtores estão agora investindo nela, acreditando em seu potencial se for bem conduzida. Invariavelmente, os Madeira que não ostentam uma das cinco castas nobres são produzidas com ela, devendo, como citado acima, especificar qual o grau de doçura do vinho.
Há apenas oito produtores de Madeira, que não têm vinhedos próprios - exceto basicamente a Henrique & Henriques, que tem ao redor de 10 hectares -, comprando dos mais de 2.000 vinhateiros da ilha, em sua grande maioria famílias que cultivam pequenas áreas de vinhas. Cinco deles estão representados no Brasil (o HM Borges, embora seja distribuído hoje com exclusividade pela Adega Alentejana, ainda tem alguns de seus vinhos, fruto de compra antiga, vendidos pela World Wine), o que reflete uma mudança de postura dos importadores brasileiros, que pouco se interessavam - e pouco trabalharam - por este gênero. Os vinhos disponíveis estão na tabela.
Podem comprar sem medo. Além de serem vinhos ecléticos, prazerosos e diferenciados, duram uma eternidade. Mais que tartarugas.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)