segunda-feira, 12 de novembro de 2012

COM OLIMPÍADA E COPA, BRASIL QUER ATRAIR 10 MILHÕES DE TURISTAS


Com a grande vitrine mundial criada a partir da realização da Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada de 2016 no Brasil, a expectativa do Ministério do Turismo é que o país se torne o terceiro mercado mundial de turismo e alcance 10 milhões de turistas internacionais por ano até 2022. Atualmente, cinco milhões de estrangeiros transitam pelas cidades brasileiras, movimentando US$ 6 bilhões anuais. Dobrando esse número de visitantes de fora, essa receita saltaria para US$ 12 bilhões por ano. "O país ainda está concentrado no turismo interno, temos hoje 54 milhões de brasileiros viajando todo ano. E estes números se manterão durante muitos anos. O que nos preocupa é turismo internacional, nós temos que captar mais turistas estrangeiros", disse o secretário Nacional de Políticas do Turismo, Vinicius Lummertz, após sua participação no seminário "Rio: Destino do Mundo", organizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Segundo o secretário, para que as metas se concretizem é preciso atrair investimentos privados para o país e a cidade do Rio de Janeiro pode ser considerada a porta de entrada tanto para os investimentos, como para os turistas. "O papel do Ministério é criar condições para mais investimentos. O estado tem de liberar espaços para que a iniciativa privada trabalhe, pois os grandes montantes virão a partir deles, com concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs). O Rio de Janeiro é o motor deste processo porque é aqui que fica-rão64% das pessoas que assistirão aos jogos da Copa de 2014. No imaginário internacional, o Brasil é o Rio de Janeiro, e ele tem de servir como porta de entrada para outras regiões", explicou Lummertz. "O Brasil vai ter, nos próximos anos, uma visibilidade de mídia que nunca teve e talvez que nenhum país tenha tido antes", completou. Para Lummertz, a ineficiência dos aeroportos brasileiros re-força a falta de planejamento enfrentada pelo Brasil ao longo de décadas. "Não fizemos as contas, o crescimento do turismo era um e não nos prevenimos. Sabemos que hoje temos aeroportos com capacidade de trans-portar um milhão de passageiros que atualmente recebem mais de três milhões. O caminho para os aeroportos é a privatização", ressaltou.

POTENCIAL

Durante a abertura do seminário, uma opinião foi unânime: o país ainda não explora seu potencial turístico da forma que deveria. "A desoneração de vá-rias áreas do turismo foi importante, mas o setor representa apenas 3,7% do PIB. Na minha cidade, Florianópolis, ele responde a 14% das riquezas geradas. Temos aí espaço para crescer uns 10% no país", afirmou Lummertz. Para Antenor Barros Leal, presidente da ACRJ, o setor precisa, com urgência, ser incluído de forma efetiva na economia. "É preciso repensar o turismo e enquadrá-lo como atividade econômica capaz de gerar empresas, empregos e riquezas", disse. "A principal vocação tanto da cidade do Rio, como do estado e do país, que é o turismo, ainda não foi descoberta", concordou Sávio Neves, presidente do Conselho Empresarial de Turismo Pró-Rio da ACRJ.

(Fonte: Brasil Econômico / imagem divulgação)

CURSOS QUALIFICAM PROFISSIONAIS PARA TRABALHAREM NA COPA DO MUNDO 2014


A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, movimenta o mercado de trabalho em várias áreas. Para quem procura uma vaga há oportunidades de cursos gratuitos em Belo Horizonte. O Pronatec Copa qualificará quem já atua ou quem pretende se profissionalizar nas áreas de hospedagem, alimentação fora do lar, agências de viagens e outros setores do turismo. A iniciativa compreende cursos de formação inicial e continuada para quem já trabalha na área e também para quem pretende se profissionalizar no setor.
Os cursos oferecidos estão relacionados aos processos de recepção, viagens, eventos, serviços de alimentação, bebidas, entretenimento e interação.Trata-se de um convênio estabelecido entre o colégio técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Turismo.
Será oferecido para cada aluno uma camisa de uniforme, caderno, caneta e as apostilas do curso, além de lanche e vale-transporte. O material didático será totalmente gratuito e fornecido pelo projeto, sendo que o livro didático adotado foi avaliado e selecionado por profissionais da área de letras da UFMG.
O objetivo é preparar o profissional de turismo para se comunicar (fala e escrita) em inglês e espanhol e desenvolver a capacidade de comunicação em língua estrangeira, organização, iniciativa, adaptação a novas situações, eficiência. O aprendiz terá aulas com professores selecionados, treinados e orientados por profissionais da UFMG, com experiência na área.
Os professores são supervisionados para garantir a prática dentro dos padrões de elevada qualidade de ensino oferecido pela universidade, que tem longa tradição na formação de profissionais para o mercado de trabalho.

(Fonte : G1)

SÃO PAULO 2020


A Prefeitura de São Paulo estrutura uma PPP (parceria público-privada) para erguer em três fases os 715 mil m² de um novo centro de convenções, em uma área de 5,7 km² (mais de três vezes o tamanho do parque Ibirapuera).
"Na PPP, será criada uma sociedade de propósito específico, na qual participarão o vencedor da licitação para ser sócio da prefeitura e a SPTuris, que terá 49%", afirma o secretário municipal Marcos Cintra (Desenvolvimento Econômico e Trabalho).
Além de R$ 2,2 bilhões em investimentos apenas para a construção da primeira fase do centro, será necessário um aporte público de cerca de R$ 1,5 bilhão para obras de acesso da Rodovia Bandeirantes, saneamento, despoluição, além de desapropriações.
"Não são gastos, mas um legado que fica para SP, e que estariam fora da PPP."
Se São Paulo for eleita, a organização da Exposição Universal 2020 demandará outros recursos, da ordem de R$ 5,9 bilhões, públicos e privados, diz o secretário.
Para obras de infraestrutura, como as do metrô, irão outros R$ 18 bilhões.
"Temos o apoio imprescindível dos governos estadual e federal." Uma outra área será disponibilizada para a construção de pavilhões dos países, restaurantes, parques e uma torre ambiental.
A expectativa é atrair 30 milhões de visitantes, em seis meses. Xangai (China) obteve mais de 70 milhões na feira de 2010.
"Prevemos receitas de cerca de R$ 6,1 bilhões com patrocínios e venda de 21 milhões de ingressos", diz.
"A ideia não é dar lucro. Se sobrarem, serão apenas R$ 200 milhões. E, nesse caso, baratearíamos os ingressos estimados em cerca de R$ 71."
As obras em Milão (Itália), para o evento em 2015, estão em cerca de R$ 10 bilhões.
Para Cintra, a Expo acelerará investimentos na área.
"Além disso, o setor de eventos, uma vocação de São Paulo, é dos que mais crescem. E as instalações para feiras, como o Anhembi, estão obsoletas e insuficientes."

ELEIÇÃO EM PARIS

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o seu sucessor, Fernando Haddad, vão participar de reuniões de apresentação da candidatura da cidade para sede da Exposição Universal 2020, entre os dias 20 e 22, em Paris.
Na comitiva, estarão também representantes da Abdib (associação de infraestrutura) e de empresas interessadas no projeto.
A cidade concorrerá com Dubai (Emirados Árabes Unidos), Esmirna (Turquia), Ayuthaya (Tailândia) e Iekaterinburgo (Rússia).
As duas primeiras são consideradas as candidatas de maior potencial para vencer.
A eleição para sediar o evento, que reúne dezenas de países durante seis meses, está marcada apenas para o ano que vem.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo / imagem divulgação)

TEMPORADA DE CRUZEIROS MARÍTIMOS 2012/2013 JÁ COMEÇOU E VAI ATÉ ABRIL


A temporada brasileira de cruzeiros marítimos 2012/2013 já começou. Durante esta semana diversos navios chegarão ao Brasil e darão início a seus roteiros. A previsão da Abremar - Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos é de que, até abril do ano que vem, até 762 mil cruzeiristas aproveitem 280 roteiros de viagens. Durante esse período, 15 navios percorrerão 19 cidades do nosso litoral. A oferta será 15% menor se comparada aos 894 mil leitos disponíveis na temporada 2011/2012, por causa da temporada mais curta – 5 meses contra 7 na última estação, e do aumento de roteiros rumo a Buenos Aires

(Fonte : Business Travel Magazine / imagem divulgação)

SÃO PAULO PREPARA EXPANSÃO DE HOTÉIS DE OLHO NA EXPO 2020


O setor hoteleiro prepara a construção de 12 hotéis na cidade de São Paulo. Os empreendimentos devem entrar em fase de lançamento até o fim do próximo ano e têm a previsão de inauguração entre 2014 e 2020, segundo o vice-presidente de Assuntos Turísticos Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat.
Serão 3.000 novos apartamentos para hospedagem, de acordo com as projeções do Secovi-SP. Já a SPTuris estima 4.000 leitos até 2020, segundo seu presidente, Marcelo Rehder. Hoje, a cidade tem 42 mil apartamentos.
A expectativa é que a cidade dê conta de abrigar os turistas para a Copa de 2014. São previstos 258 mil turistas estrangeiros nessa época.
Segundo a Secopa (Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo), a Fifa determina que cada cidade-sede tenha, no mínimo, o equivalente a um terço da capacidade de seu estádio.
No caso de São Paulo, esse número seria de aproximadamente 23 mil quartos, pouco mais da metade da estrutura atual.
"A maior limitação da capital é a sua taxa de ocupação. Fica na média em 70%, mas em dias de semana chega a se aproximar de 90%", diz Calfat.
A Cidade do México, outra metrópole da América Latina, recebeu um fluxo pouco superior ao paulista em 2011 (12,3 milhões, contra 12,1 milhões), porém registrou uma taxa de ocupação próxima a 50%. A capital mexicana tem 50 mil apartamentos.

MAIS TURISTAS

Projeções do Ministério do Turismo apontam um salto no número de visitantes na capital paulista. Passarão para 16,5 milhões em 2020. Em 2012, deverão ser 12,6 milhões no total.
A estimativa pode se mostrar conservadora se a cidade for escolhida no ano que vem para sediar a Expo 2020, exposição mundial de projetos urbanos que ocorre a cada cinco anos em uma cidade diferente.
Os responsáveis pela candidatura de São Paulo esperam de 25 milhões a 30 milhões de turistas ao longo dos seis meses da Expo.
O escolhido será anunciado no ano que vem.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

OLIMPÍADA E PRÉ-SAL FAZEM 15 MIL QUARTOS DE HOTÉIS SAÍREM DO PAPEL NO RIO


De arranha-céus espelhados à beira-mar a pequenos hotéis de luxo incrustados no centro da cidade, o Rio de Janeiro caminha em direção à meta de 15 mil novos quartos exigidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para a Olimpíada de 2016.
Grandes redes como as americanas Hilton e Hyatt, ainda sem hotéis na cidade, estão chegando e ficarão de frente para o mar da Barra da Tijuca (zona oeste).
"Há anos que olhamos para o Rio com a expectativa de fazer um investimento de grande porte, pois aumentar a presença no Brasil é essencial dentro da nossa estratégia de expansão", afirmou Myles McGourty, vice-presidente da rede Hyatt. O hotel iniciará suas obras neste mês e a conclusão é para 2015.
Levantamento da Secretaria Municipal de Urbanismo mostra que há 18.126 quartos em construção, com licenciamento aprovado ou com pedido de análise na pasta.
Neste momento, há 4.606 quartos em construção em pelo menos 28 empreendimentos diferentes.
Não há estimativa oficial de quantos dos cerca de 18 mil quartos estarão prontos para a Copa, em 2014.
A expansão não está concentrada nas novas bandeiras. Outras redes, já conhecidas localmente, investem na expansão de seus negócios.
São os casos da brasileira Windsor, que está erguendo duas torres com quase mil quartos, e da francesa Accor, que opera a rede Ibis, que investe R$ 420 milhões para saltar dos atuais 12 hotéis para 18 daqui a quatro anos.
Novos investidores brasileiros também estão chegando. A REX, empresa do setor imobiliário da EBX, de Eike Batista, está reformando o Hotel Glória, adquirido em 2008 e que voltará a operar em 2014, com 352 quartos.

NEGÓCIOS

Analistas do setor e redes hoteleiras dizem que não só dos eventos esportivos viverão os novos hotéis.
O resgate da economia local, impulsionado pelo pré-sal, é visto como o grande fator para a "euforia hoteleira". "Tomamos a decisão de investir na rede antes mesmo de o Rio ser escolhido como sede da Olimpíada", afirmou Paulo Marcos Ribeiro, diretor de marketing da Windsor.
É fato, contudo, que os Jogos mexeram com o setor. Temendo não atingir o número de quartos suficiente para a Olimpíada, a Prefeitura do Rio criou em 2010 uma lei que dá benefícios fiscais para empreendimentos hoteleiros.
"A lei deu um impulso, mas ninguém pensa em construir hotel para lotar por um mês apenas", disse o presidente da consultoria Jones Lang LaSalle, Ricardo Mader.
Nos últimos dois anos, o Riocentro, principal centro de convenções da cidade, recebeu ao menos oito conferências internacionais de grande porte, como a Rio+20, na metade deste ano.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo / imagem divulgação)

FALTA DE VAGAS EM HOTÉIS ELEVA PREÇO DE QUARTOS NO RIO


É consenso entre integrantes do setor que o Rio de Janeiro tem uma demanda reprimida por empreendimentos hoteleiros.
O mais recente levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que a cidade tem em torno de 31 mil quartos. A taxa de ocupação média em 2011 foi de 79,08% e atingiu 82,49% nos últimos três meses do ano, segundo a unidade carioca da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).
"A pouca oferta faz com que os hotéis lotem em qualquer evento fora do calendário da cidade", afirma o presidente da consultoria Jones Lang LaSalle, Ricardo Mader.
A ocupação no limite, diz, permite que as redes aumentem os preço das tarifas.
Levantamento da Abih e da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro) mostrou que a diária média dos hotéis no Rio chega a R$ 369,76 na alta temporada. O valor atinge R$ 502,78 em hotéis cinco estrelas.
Os números mais recentes ainda não estão fechados, mas as últimas polêmicas mostram que os valores aceleraram muito ao longo deste ano.
Durante a Abav 2012, principal feira de turismo, que ocorreu no fim do mês passado do Rio, foi anunciado que o evento sairá da cidade devido ao alto valor das diárias do hotéis.
De acordo com a direção da feira, o evento passará a ser realizado em São Paulo.
As tarifas também geraram polêmica durante a Rio+20, ocorrida em junho.
Irritado com o alto preço das diárias, que, segundo integrantes de delegações internacionais, atingiram R$ 1.000, o Parlamento Europeu chegou a cancelar o envio de representantes à conferência. Precisou o governo federal intervir para que os preços voltassem a um nível razoável.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

MAIS RÁPIDA, EMISSÃO DE VISTOS AMERICANOS DISPARA NO BRASIL


O drama na hora de tirar o visto de turismo para os EUA, com prazos que chegavam a três meses de espera para a concessão do documento, ficou no passado. As mudanças adotadas pelas autoridades norte-americanas no país em abril deste ano ajudaram a agilizar o processo, tornando-o mais rápido e simples.
Em março, o tempo de espera para agendar uma entrevista no Consulado de São Paulo era de 35 dias. Após a modificação, o prazo foi reduzido para apenas dois dias em média.
A maior agilidade foi possível, principalmente, após a criação de dois postos do Casv (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto) na cidade --um na Vila Mariana, região sul, e outro no Alto de Pinheiros, região oeste. Os centros ajudaram a descentralizar o processo do consulado, antes responsável por todas as etapas.
Apesar do inconveniente de ter de ir a duas representações norte-americanas, em dois dias diferentes, os interessados conseguem hoje receber o visto cerca de uma semana após ter dado entrada no pedido.
Os resultados da mudança já podem ser medidos em números: de janeiro a setembro foram concedidos 801.273 vistos para brasileiros no país, dos quais 411.830 foram processados em São Paulo. Os números representam um aumento de 16% no Brasil em relação ao mesmo período de 2011.
O crescimento no número de concessões emitidas também ajudou o Brasil a ultrapassar a China na quantidade de vistos de turismo e esquentou o debate sobre a inclusão dos brasileiros no programa de dispensa do documento para a entrada nos EUA. A discussão, porém, não tem data para acabar.

ATRASO NA ENTREGA

A entrega de vistos tem atrasado em todo o país depois que a Justiça Federal determinou que a empresa de logística DHL suspendesse seu serviço de entrega do documento. Ainda não há prazo para a normalização.

Como pedir o visto americano

1. Formulário
Preenchimento é feito no site ceac.state.gov/genniv

2. Taxa
Única, no valor de US$ 160. Pagamento pode ser feito pelo site do agendamento ou por telefone

3. Agendamento
No site brazil.usvisa-info.com ou por telefone

4. Centro de atendimento
Coleta das fotos e digitais. Leve o passaporte e a página de confirmação do DS-160
Casv Vila Mariana. Av. José Maria Whitaker, 370, região sul.
Casv Alto de Pinheiros. Av. São Gualter, 308, região oeste.

5. Entrevista
Feita no consulado. Leve passaporte e a confirmação do formulário DS-160. Renovação do visto dispensa entrevista em alguns casos

6. Entrega
Passaporte pode ser entregue em casa ou ser retirado pessoalmente. Mais informações: brazil.usvisa-info.com

(Fonte & imagem : Folha Online / imagem divulgação)

PREÇO FAZ PASSAGEIRO TROCAR AVIÃO POR ÔNIBUS


O aumento do preço das passagens aéreas, principalmente as adquiridas com pouco antecedência, tem levado passageiros de volta às linhas de ônibus.
O crescimento do volume de viajantes rodoviários começou em setembro. E, em outubro, as companhias chegaram a registrar volumes até 20% superiores aos do mesmo período do ano passado.
Na linha SP-RJ, a mais movimentada do país, com 2 milhões de passageiros/ano, houve 15% mais passageiros no mês passado em relação a outubro de 2011.
O movimento inverte uma tendência dos últimos anos. Desde 2010, já havia menos gente viajando de ônibus entre Estados do que de avião nos mesmos trechos no país.
Não há dados consolidados que mostrem a retomada dessa expansão. Desde 2011, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsável pelo controle, não considera mais os números enviados pelas empresas. Só voltará a fazê-lo após a licitação das linhas interestaduais, prevista para 2013.
A estimativa registrada na licitação é que em 2010 houvesse 55 milhões de passageiros nas chamadas rotas rodoviárias entre Estados (em que passageiros não podem viajar em pé), as que competem com o aéreo.
Já os passageiros de avião chegaram a 80 milhões em 2011, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), sendo que 94% viajam em trechos que competem com os rodoviários interestaduais.
Empresários do setor rodoviário apontam que o crescimento foi mais significativo nas linhas de distância entre 500 e 1.000 quilômetros. Como podem ser feitas em tempo competitivo com o gasto para pegar o avião, têm passageiros mais frequentes. Quando há reajuste de tarifa aérea, reagem mais rápido.
Em relação a março de 2011, as passagens aéreas mais baratas estão sendo vendidas por até o dobro do preço.
Naquele mês, alguns trechos eram mais baratos de avião que de ônibus.
Os relatórios da Anac mostram números até junho, quando estavam praticamente nos mesmos valores do ano passado.
Leonardo Marques, criador do site Melhores Destinos, que faz comparação de preço, diz que não é possível estimar o quanto subiram as tarifas. Mas não há mais as promoções de antes, afirma:
"A Gol fez duas grandes promoções por mês no ano passado. Neste ano não fez nenhuma tão agressiva quanto as de 2011 e também reduziu a frequência para uma vez por mês. Com a TAM, a lógica é a mesma", afirma.
A redução nas promoções pode ser explicada pelo aumento de custos das companhias aéreas, que redundou em prejuízos nos balanços mais recentes.

TARIFA EM QUEDA

Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), diz que o setor não tem registro de perda de passageiros e que as tarifas estão em queda.
Jenkins citou o IPC da Fipe, que registrou queda de 8,98% no preço das passagens na terceira semana de outubro. A leitura foi feita após o feriado do dia 12, quando as passagens sobem naturalmente. O IPC registra as passagens na cidade de São Paulo.

WI-FI GRÁTIS

O fator preço ajudou. Mas os empresários de ônibus apontam que, desde o início da queda, as companhias estão melhorado o serviço. Entre São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os ônibus têm Wi-Fi gratuito.
"Investimos fortemente em melhoria, com ônibus novos e de alta qualidade. Uma parcela das pessoas já está vindo por estar viajando com mais conforto", afirma Marcelo Antunes, diretor da JCA, grupo controlador de empresas como 1001 e Cometa.
Outro fator que pode estar estimulando a reação é a retirada pela ANTT das linhas da Transbrasil, considerada pelo órgão uma empresa clandestina que operava com liminares baseadas em documentos falsificados, conforme a Folha mostrou em 2011.
Na linha São Paulo-Rio de Janeiro, a Transbrasil tinha dois ônibus diários, enquanto suas competidoras tinham em média quatro horários.
Algumas aumentaram a frequência em uma ou duas viagens.
A agência acusava a empresa de obter liminares para linhas em que não operava -como uma do Acre ao Ceará, com mais de 6.000 quilômetros- para vender a donos de ônibus o direito de transportar em trecho da linha. As liminares foram revogadas. A empresa nega as acusações.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

REFORMAS EM AEROPORTOS TÊM DOIS ANOS PARA DESLANCHAR


Nos últimos cinco anos, o movimento de passageiros nos aeroportos brasileiros saltou 63%, para 180 milhões de pessoas em 2011. Resultado do aumento da renda média, do crédito farto e da maior concorrência entre as empresas aéreas. No mesmo período, a média de execução dos investimentos da Infraero ficou em 48%, segundo levantamento da ONG Contas Abertas. Esse descompasso tornou os aeroportos um dos principais gargalos da infraestrutura do país. Filas no check-in e engarrafamento nas pistas se tornaram rotina.
A Infraero afirma que a dificuldade de execução dos investimentos se deve a problemas jurídicos e de licenciamento ambiental. Mas, diante da perspectiva de novos aumentos no fluxo de passageiros — estudo da Coppe/UFRJ prevê crescimento de 55% entre 2010 e 2014, para 239,5 milhões — e da proximidade da Copa e das Olimpíadas, a estatal concederá mais terminais à iniciativa privada, para agilizar as obras. E está acertando os últimos detalhes do modelo para Galeão (RJ) e Confins (MG), que deve constar do pacote para o setor aéreo que o governo divulgará este mês. Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas-SP) e Brasília foram licitados em fevereiro. No total, a Infraero administrava 66 terminais.
Há três opções: concessão a investidores privados, em que a Infraero seria minoritária com 49% da sociedade (como no leilão de fevereiro); parceria público-privada com um grande operador internacional, com a Infraero majoritária; e transferência de gestão. A preferência da presidente Dilma Rousseff era pelo segundo modelo, mas o desinteresse dos grandes operadores deve levar o governo a optar pelo primeiro.
— Seria mais prudente manter as regras do leilão de fevereiro, com pequenos ajustes. Não há por que ficar testando novos modelos — diz o consultor José Wilson Massa, ex-assessor da Superintendência da Infraero no Galeão.

AEROPORTOS: RADIOGRAFIA DO SETOR

Uma das mudanças deve ser a exigência de experiência em aeroportos com movimento igual ou superior a 30 milhões de passageiros por ano. No leilão de fevereiro, o piso era de cinco milhões, o que atraiu operadores de médio porte.
Os consórcios que acabam de assumir Guarulhos, Viracopos e Brasília rebatem as críticas com promessas de investimento. Juntos, investirão R$ 5,8 bilhões até 2014. A Infraero planeja R$ 8,3 bilhões para todos os seus aeroportos no mesmo período.
Um dos principais gargalos é a capacidade dos terminais. Segundo o estudo da Coppe/UFRJ, Guarulhos tem a situação mais crítica. Em 2010, foram 26,7 milhões de passageiros para uma capacidade de 24,9 milhões. Em 2014, a previsão é de 37,7 milhões de passageiros para uma capacidade de 40 milhões.
Em Brasília, a capacidade em 2010 era de 14 milhões de passageiros. Os embarques e desembarques atingiram 14,1 milhões. Para 2014, esperam-se 20 milhões de pessoas. No Galeão, a situação é mais confortável: em dois anos, espera-se uma demanda de 21,4 milhões de passageiros por ano, metade da capacidade projetada (44 milhões).
— As promessas da Infraero e das empresas são que as obras virão a tempo para os eventos esportivos. A privatização pura e simples não é sinônimo de melhoria, é uma decisão política. Vamos esperar e ver — afirma Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ, que fez o estudo a pedido do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea).

VIRACOPOS TERÁ R$ 9,5 BI EM 30 ANOS

A concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos prevê investir R$ 3 bilhões até 2014, com um novo edifício-garagem de 2.400 vagas e um novo terminal de passageiros, elevando a capacidade do aeroporto para 40 milhões. Para os 30 anos de concessão, serão R$ 6 bilhões em investimentos.
Há preocupação também com o deslocamento no aeroporto. O presidente da concessionária, Antonio Miguel Marques, promete um monotrilho para interligar os terminais, ao custo de US$ 40 milhões, que ficaria pronto em 2016.
Outro gargalo são as pistas de pouso, seja pelo tamanho aquém do necessário ou pelo fato de a maioria dos terminais ter apenas uma. Caso de Viracopos, onde um acidente com um cargueiro interditou o local por 46 horas em outubro. Outra pista, só em 2017, por causa do licenciamento ambiental.
— Enquanto isso, estamos investindo R$ 50 milhões na revitalização de uma pista auxiliar e da pista de taxiamento. Se elas estivessem funcionando como deveriam, Viracopos não precisaria ter sido fechado — diz João Santana, presidente do Conselho de Administração da Aeroportos do Brasil, que assume o controle de Viracopos esta semana.
O consórcio ainda prevê investir R$ 2 bilhões até 2014, com um novo terminal de passageiros, que ampliará sua capacidade total para 14 milhões, acima da demanda projetada (11,7 milhões). Em 30 anos de concessão, serão R$ 9,5 bilhões em investimentos.
Já a Inframérica, que ganhou o leilão de Brasília, planeja investir R$ 2,85 bilhões em 25 anos, sendo R$ 750 milhões até 2014. Inicialmente, as pontes de acesso aos aviões passarão de 13 para 28, os dois terminais de passageiros serão ampliados e um terceiro, construído. O consórcio garante que os investimentos serão suficientes para atender à demanda prevista para 2014, de 20 milhões de passageiros por ano. Hoje, a capacidade é de 15,4 milhões.
A situação é pior nos pequenos e médios terminais. Segundo empresários do setor, mais de duas dezenas desses aeroportos poderiam ser lucrativas e concedidas à iniciativa privada. Apostole Lazaro Chryssafidis, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), diz que o setor poderia ser 30% maior se problemas simples fossem resolvidos. Ele lembra que algumas regras no Brasil são mais rígidas que nos EUA, porque um pequeno terminal precisa de estrutura igual à dos grandes:
— Cidades com dois ou três voos por dia precisam de uma estrutura própria de combate a incêndios e ambulâncias exclusivas, que custam R$ 600 mil. Não podem usar a estrutura da cidade.
Chryssafidis afirma que, com poucas alterações burocráticas e investimentos — um estudo apontou serem necessários R$ 2,5 bilhões para 180 aeroportos regionais prioritários —, os preços seriam mais competitivos, e o volume de passageiros aumentaria em 30%.

(Fonte & imagem: Jornal O Globo)

BRASIL PRECISARÁ DE 1.060 NOVOS AVIÕES EM 20 ANOS


O Brasil precisará de 1.060 novas aeronaves até 2031 para atender a crescente demanda das empresas aéreas e renovar sua frota, segundo a última previsão divulgada pela Airbus. No total, esses aviões somariam valor de mercado de cerca de R$ 160 bilhões.
A empresa aeronáutica ainda especifica a necessidade por tipos de aviões: são 700 de corredor único, 310 de corredor duplo e 50 aeronaves de grande porte. O mercado de tráfego aéreo doméstico do País é o quarto do mundo, atrás de Estados Unidos, China e Japão.
"O Brasil torna-se, a cada dia que passa, um candidato mais forte para o A380", afirmou em nota Rafael Alonso, vice-presidente executivo da Airbus para a América Latina e Caribe. O "avião gigante" pode levar 525 passageiros na tradicional configuração de três classes.

(Fonte : Jornal do Brasil)

AEROPORTOS BRASIL QUER TRAZER MUITOS VOOS INTERNACIONAIS PARA VIRACOPOS


O consórcio Aeroportos Brasil anunciou que tem o objetivo de trazer muitos voos internacionais para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Atrair a aviação executiva também faz parte dos planos do consórcio.
"Com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas o fluxo de jatos executivos será grande e Viracopos estará preparado para recepcionar esta demanda" afirmou o Gerente de Novos Negócios do Consórcio, Aluizio Margarido.
Trazer novas companhias aéreas para o aeroporto é outra estratégia do consórcio, segundo o gerente, o aeroporto possui duas vantagens para conseguir atrair mais companhias.
"Os aeroportos próximos já estão saturado e, além disso, Viracopos é o aeroporto mais estável do Brasil" destacou ele.
No entanto, uma desvantagem apontada por ele é a pequena malha de distribuição quando comparada ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP).
“Mas nada impede de trazermos para Campinas uma American Airlines” disse.
Além disso, o consórcio pretende implantar uma cidade aeroportuária com um centro de convenções, três hotéis, sendo um no centro aeroportuário e dois remotos, e um shopping.
O início das obras do novo terminal já sofreu antecipação, em vez de outubro agora vão começar em agosto, o terminal terá capacidade para 14 milhões de passageiros em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
Já a construção da segunda pista do aeroporto será iniciada e 2017 com previsão de entrega entre 2018 e 2019.
O consócio ganhou o direito de administrar o aeroporto em fevereiro deste ano ao vencer o leilão de concessão à iniciativa privada com um valor de R$ 3,821 bilhões, um ágio de 159,75%.

(Fonte : Portal Guarulhos / imagem divulgação)

QUANDO AS MILHAS ACUMULADAS DESAPARECEM


O sonho de ser um cliente VIP das companhias aéreas fazendo parte dos programas de fidelidade se transforma em pesadelo quando se percebe que usufruir das principais vantagens oferecidas — passagens, descontos e áreas reservadas em aeroportos — nem sempre é fácil. Pontos e milhas acumulados durante longo tempo podem simplesmente desaparecer em consequência de fraudes ou decisões administrativas das empresas.
De janeiro a outubro deste ano, o banco de dados da seção Defesa do Consumidor recebeu 205 queixas relacionadas ao sumiço de milhas ou à dificuldade para trocar pontos por bilhetes. Débora Costa, por exemplo, contou que seus problemas começaram depois de o Itaú comprar o Unibanco.
“Durante anos, fui cliente do Unicard Unibanco e tive um cartão de crédito Mastercard sem anuidade. Quando o Itaú comprou o Unibanco, em tese, eu continuaria tendo os mesmos benefícios, sendo um deles o programa Sempre Presente. No início deste ano, resolvi concentrar as compras no cartão e, assim, tirar uma passagem gratuita para o exterior, com o objetivo de celebrar, com minha avó, seu aniversário de 90 anos. No mês passado, liguei para o atendimento. Foi quando soube que, em maio, havia sido desligada do programa”, escreveu Débora.
Em nota, a Itaucard informou que “recentemente foram feitas mudanças no Sempre Presente em função de ajustes da política praticada pelas empresas aéreas. Tais alterações foram comunicadas por meio do site do programa.”
Renata Busch, cliente da LAN, atualmente Latam depois da fusão com a TAM, pretendia passar sete dias no Equador em outubro, utilizando pontos acumulados. Mas foi surpreendida pela mudança de condições do programa de fidelidade.
— Verifiquei que, com as 28 mil milhas que eu tinha, poderia adquirir passagens de ida e volta no trecho São Paulo- Quito. Mas para o período que escolhi, a quantidade exigida era de 32 mil milhas. Decidi pagar a diferença, que chegou a R$ 200. Mas quando acabei de preencher o formulário no site da empresa e ia emitir as passagens, soube que a quantidade de milhas necessárias era ainda maior. Fiquei tão chateada que acabei desistindo da viagem. E o pior é que a validade do meu cartão expira no início de 2013 — contou Renata.
Outro problema grave apontado por vários consumidores é a transferência não autorizada de pontos acumulados. Uma gerente de uma grande empresa, que preferiu não ter o seu nome publicado, contou que, em pelo menos cinco ocasiões, teve milhas roubadas do programa de fidelidade da TAM. Segundo ela, o desaparecimento dos bônus só era percebido quando tentava aguardar o voo na área reservada aos clientes especiais no Aeroporto Santos Dumont.
A TAM, em nota, afirmou que “os dados de acesso ao Programa Fidelidade e à Multiplus — rede de empresas e programas de fidelização da qual o TAM Fidelidade faz parte — são de total responsabilidade do cliente e não devem ser informados a terceiros ou em e-mails e sites de origem desconhecida”. A companhia pediu mais tempo para verificar o que ocorreu no caso da Latam.
Para a advogada Amable Fonseca, especialista em direito civil e do consumidor, em casos de roubo de milhas cabe uma ação penal por danos morais, pois os pontos acumulados são considerados patrimônio do cliente.
— As próprias empresas ressaltam que as milhas são de uso pessoal e intransferível. Se desaparecem, há desvio de um bem patrimonial. E isso é crime. A pessoa lesada deve fazer um registro em uma delegacia policial e enviar por escrito uma reclamação aos responsáveis pela administração do programa de fidelidade. E o reembolso deve ser feito em milhas, já que não há como fazer a equivalência em reais. A Justiça tem sido favorável ao consumidor nesses casos — disse Amable, acrescentando que mudanças nas regras dos programas devem ser comunicadas com antecedência ao cliente, e não apenas ser informadas no site.
Antes de se inscrever em um programa de fidelidade o consumidor deve verificar o regulamento de cada empresa para o uso das milhas. Mas a diretora de atendimento do Procon-SP, Selma do Amaral, alerta que o Código de Defesa do Consumidor se sobrepõe a essas normas:
— As empresas têm, sim, responsabilidade sobre as milhas que desaparecem. E é cabível a inversão do ônus da prova, ou seja, não é o consumidor que tem de provar que os pontos sumiram porque foi vítima de fraude.
Números

205 QUEIXAS Foram enviadas pelos leitores a esta seção este ano, relatando problemas com milhas aéreas

R$ 2OO Por mais milhas não garantiram viagem

(Fonte : Jornal O Globo)

TURISMO ON-LINE CRESCE E FORÇA A RENOVAÇÃO DE AGÊNCIAS DE VIAGEM


Do celular, com a ponta dos dedos, o gerente de marketing Derek Derzevic, 24, planejou o roteiro da viagem que fez pela Europa em setembro passado.
Meses antes do embarque baixou mais de dez aplicativos, entre mapas e guias de bares e restaurantes das cidades pelas quais passou. Além disso, procurou ofertas em sites e pesquisou em blogs e em redes sociais comentários sobre atrações interessantes. "Personalizei meu roteiro sem a ajuda de ninguém. Agência de viagem para quê?"
Segundo levantamento da consultoria americana comScore, a rede tornou-se uma das principais aliadas dos brasileiros que preferem planejar sozinhos os dias de folga, longe das agências e operadoras do setor.
Hoje, de acordo com o estudo, um em cada três usuários da internet visita sites de viagem, três vezes mais do que em 2009. Só em julho deste ano, 16,5 milhões de brasileiros acessaram páginas nacionais desse tipo, segundo a comScore, sendo as agências on-line Hotel Urbano e Decolar.com e a companhia aérea TAM as empresas cujas páginas na internet receberam mais visitas. Do total de acessos, 32% são oriundos do Estado de São Paulo.
"A internet possibilitou uma experiência de compra mais dinâmica e cômoda para o turista, suplantando a indústria tradicional, focada na venda física", analisa o CEO no Brasil da Decolar.com, Alípio Camanzano. A empresa, que concentra ações na venda de passagens aéreas, embarcou 3,6 milhões de pessoas no ano passado, quase a população do Uruguai. A agência on-line não revela estimativas, mas afirma que o balanço deste ano deve acompanhar o aquecimento do setor e fechar em alta em relação a 2011.
Um outro estudo da Braspag, empresa que atua em plataformas de pagamento para o comércio eletrônico, indicou que o turismo on-line deve movimentar neste ano R$ 13 bilhões no Brasil, incluindo a venda de pacotes, passagens e serviços relacionados. O levantamento ainda projeta uma alta de 20% para o setor em relação ao ano passado.
Os jovens ainda são os que mais se sentem à vontade na hora de fechar uma viagem pela internet. Dados da comScore indicam que 50,4% dos visitantes de sites de turismo têm entre 15 e 34 anos.
A força que a internet ganhou no setor nos últimos anos, porém, está longe de conseguir substituir por completo as tradicionais agências e operadoras.
"Não acredito que as operadoras vão acabar", afirma José Eduardo Mendes, fundador e CEO do Hotel Urbano, site especializado na venda de pacotes de diárias em hotéis que faturou, só no ano passado, R$ 100 milhões. A empresa estima encerrar 2012 com a cifra de R$ 250 milhões.
"No entanto, fica evidente, pelo número de visitas aos sites de turismo, que o viajante procura liberdade de escolha dos destinos e, nesse sentido, o grande intermediador do processo de compra será a internet, não o agente", diz Mendes.
Apesar de executivos afirmarem que há um esfacelamento do modelo tradicional de vendas de pacotes de viagens -mesmo não havendo dados oficiais sobre aumento no fechamento de operadoras e agências no país-, uma pesquisa da consultoria americana PhocusWright estima que, no Brasil, as agências virtuais correspondam a 10% das vendas de viagem de lazer. O restante desse valor ainda está nas mãos das agências e operadoras.
"Essas agências [virtuais] crescem rápido, mas continuamos maioria. Na verdade, há lugar para todo mundo, pois as pessoas viajam cada vez mais. As agências têm de focar esforços na personalização do atendimento, para oferecer viagens únicas, inesquecíveis. Já aos sites resta a venda de 'commodities' [bilhetes aéreos e reservas de hotéis]", afirma Antônio Azevedo, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem. "A internet ainda não consegue captar o sonho do consumidor e oferecer produtos exatos para que ele se concretize."
A aposentada Sônia Bussamara, 65, faz coro ao executivo. Cliente da agência Tia Augusta - uma das mais antigas de São Paulo, com 39 anos de mercado-, ela viaja para o exterior há três décadas utilizando os serviços da "tia". "Ao menos uma vez por ano viajo em excursões para Nova York ou Europa e sempre incentivei meus cinco filhos a planejar viagens em agências."

SEGURANÇA

O fator segurança foi citado pelos entrevistados da sãopaulo como o grande diferencial na hora de comprar viagens. "Os agentes conhecem o destino e fornecem informações seguras sobre ele. Não há o risco de decepção da internet, no qual a interação com o cliente ainda é defeituosa", diz Aldo Leone Filho, presidente da Agaxtur, operadora e agência paulista há 59 anos no mercado. "Temos serviços de atendimento 24 horas por dia e contato constante com os passageiros."

De acordo com dados do Procon de São Paulo, entre os sites mais visitados pelos turistas, Decolar.com, TAM e Gol estão no topo da lista de reclamações registradas no primeiro semestre deste ano. A principal queixa dos clientes é a cobrança indevida ou abusiva.
Segundo Alípio Camanzano, da Decolar.com, uma das prioridades da empresa é diminuir a quantidade de reclamações. "Crescemos muito nos últimos anos e trabalhamos para atender da melhor forma possível. Nossa tecnologia, hoje, é de ponta e sempre deixamos claro para o consumidor as taxas que serão cobradas em cima do valor", argumenta o executivo.
No início do ano, o estudante Eduardo Sivieri, 23, comprou uma passagem pelo site, que deu 72 horas para o envio da confirmação da compra. Sem resposta, cancelou o pedido e fez outra transação, também sem resposta. Após uma semana e meia, o preço da passagem subiu e ele não conseguiu a emissão do bilhete. "Fui num site de companhia aérea e fiz tudo em dez minutos. Passei apenas a pesquisar preços no site da Decolar.com e compro direto na companhia", conta Sivieri.
A universitária Bruna Marengoni, 22, também usou o Decolar.com como fonte de pesquisa de passagens aéreas para a viagem que fez com amigos, em julho. "Viajamos por quatro países. Fiz a pesquisa de preços de passagens, reservei tudo nos sites das companhias aéreas com os melhores preços e, depois, fiz reservas no HostelWorld, especializado em albergues", afirma Bruna, que diz não ter tido problemas em planejar tudo sozinha.
"Na verdade, só o banheiro e a localização de um dos albergues eram péssimos. Se viajasse com a família ou com o namorado, confiaria tudo a uma agência."
É o que faz o arquiteto Engelbert Bertoni, 31, cliente da operadora Nascimento Turismo. Das duas vezes que viajou com pacotes da empresa -uma para Punta Cana, na República Dominicana, e outra para os EUA-, ele e a namorada tiveram assistência total.
"Ela teve um problema de saúde nos EUA e o seguro que compramos na agência disponibilizou um médico no hotel em que estávamos", diz. "Além disso, viajamos de pacote sempre que precisamos parcelar uma viagem. Quando fechamos tudo pela internet, como na vez em que visitamos a África, o bolso pesou muito mais."

NOVOS RUMOS

As agências e operadoras de viagens colocam em prática seus planos para concorrer com a internet, ora apostando em endereços virtuais, ora na abertura de mais lojas físicas como forma de marcar território. A CVC, por exemplo, tem seu site entre os dez mais acessados na lista dos endereços virtuais de viagem.
"Cerca de 80% de nossos clientes visitam o site antes de comprar o pacote e já chegam à loja sabendo que tipo de viagem querem fazer e todas as condições de pagamento", diz Sandro Sant'Anna, vice-presidente de canais de venda da operadora. A empresa investe em opções para o Brasil e tem criado mais pacotes para classes de baixa renda que, segundo o Ministério do Turismo, em 2011 viajaram 21% a mais do que em 2007.
Outro movimento crescente nos negócios das operadoras é o aprimoramento das plataformas digitais. O diretor comercial da Nascimento Turismo, Cleiton Feijó, explica que o investimento em tecnologia da informação é uma das premissas da empresa para o futuro. "Aumentamos o número de pacotes anunciados na rede e melhoramos o suporte de atendimento ao cliente."
Em contrapartida, o CEO do site Hotel Urbano, José Eduardo Mendes, vai na contramão do mercado digital e afirma que serão inauguradas, ainda neste ano, duas lojas conceito da agência no Rio de Janeiro. Para o ano que vem, ele já planeja outros dois pontos em São Paulo.
"Queremos fazer com que as pessoas experimentem a compra on-line. Haverá computadores ligados ao site e vamos explicar que nada na internet é perigoso", diz Mendes.

(Fonte : Folha Online / imagem divulgação)

YOU E ACCOR VÃO LANÇAR HOTEL ECONÔMICO EM SP


Depois do boom dos flats, que criou uma superoferta de hospedagem e praticamente paralisou a construção de novos hotéis na cidade de São Paulo durante a década passada, novos empreendimentos no setor voltam à cena
A incorporadora You acaba de fechar uma parceria com Accor, gigante mundial na operação de hotéis, para construção de um hotel nas imediações da avenida Paulista, centro financeiro do País.
O empreendimento será erguido num de terreno de mil metros quadrados na rua Frei Caneca, onde funcionava um estacionamento. “A localização é privilegiada: em frente ao shopping Frei Caneca, próxima de três estações de metrô, hospitais e universidades”, diz Eduardo Muszkat, diretor da incorporadora.
Sem revelar as cifras que serão gastas no empreendimento, que começa a ser construído no primeiro semestre do ano que vem e será entregue em 2015, Muszkat diz que o investimento no hotel será feito com recursos da própria incorporadora. O Valor Geral de Vendas (VGV), isto é, quanto será arrecadado com a venda dos quartos do hotel para investidores, deve ficar entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.
Depois da conclusão da obra, a Accor terá a incumbência de administrar o hotel por um prazo de 15 a 20 anos, conta o vice-presidente de Desenvolvimento para América Latina da rede hoteleira, Abel Castro. Ele diz que o novo empreendimento será voltado para o segmento supereconômico e levará a bandeira Ibis Budget, que substituiu mundialmente a antiga marca Formula 1 no início deste ano. “As marcas Formula 1 e Ibis tinham o mesmo DNA. Por isso, resolvemos unificá-las”, diz o executivo.
Ele ressalta que, durante a semana, o público-alvo do novo empreendimento são executivos e, nos fins de semanas, famílias em viagem de turismo. Na verdade, é a nova classe média brasileira que está disposta a desembolsar entre R$ 130 e R$ 150 numa diária de hotel de um apartamento para três pessoas, sem café da manhã. “A nossa expectativa é que o índice de ocupação desse hotel supere a média das marcas supereconômicas da rede, que é de 81%”, calcula Castro, com base na localização privilegiada do hotel

(Fonte : Exame)

BRASILEIROS SÃO OS TURISTAS QUE MAIS CONSOMEM


O Brasil é o quinto país que mais envia turistas a Portugal, mas os brasileiros são os que mais gastam. Diante disso, o objetivo do governo português é aumentar as pernoites de brasileiros, para que eles consumam mais no país.
Cecília Meireles, secretária de Estado do Turismo de Portugal, disse à Folha que os brasileiros usam Portugal "como porta de entrada" na Europa, dado o grande número de voos entre os dois países. Mas permanecem pouco tempo: uma ou duas noites.
"Queremos que os brasileiros fiquem mais tempo", disse. Os brasileiros gastam no país, em média, 192 euros por dia, muito acima dos 98 euros dos turistas ingleses (os mais numerosos em Portugal).
É que, diz, os brasileiros aproveitam a viagem para fazer compras em lojas internacionais no país, o que não ocorre com outros turistas europeus.
O objetivo de Portugal parece começar a se materializar: o número de pernoites de brasileiros cresceu 24% no primeiro semestre. Em 2011, Portugal registrou 459 mil hóspedes brasileiros. De janeiro a junho de 2012, foram 233 mil hóspedes vindos do Brasil.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo / imagem divulgação)

PLANEJAMENTO É CHAVE PARA EVITAR SURPRESA PÓS-VIAGEM


Para muitos brasileiros, fim de ano é hora de viajar. Mas, para isso, é importante lembrar de preparar as finanças. Assim, é maior a chance de restarem boas lembranças.
A orientação dos especialistas é, "antes da viagem, coloque na ponta do lápis alguns itens".
São eles: despesas com hospedagem, que podem ser reduzidas com casa de amigos ou pousadas, deslocamento (passagens ou combustível), transporte no local (táxis, ônibus e metrô), alimentação (restaurantes ou compras no mercado), entretenimento e compras.
Há a opção de contratar pacotes prontos das agências de viagens, mas é preciso verificar se eles cobrem todos os itens e comparar os preços com a viagem avulsa.
Muitos dos gastos podem ser reduzidos comprando com antecedência, como passagens aéreas e tíquetes de teatro, por exemplo.
Para as compras, é interessante separar uma verba e não se deixar levar pelas boas ofertas. "Não caia naquela de estar muito barato e comprar mesmo que não precise. Aí você vai ter surpresas", diz o professor da FGV Alexandre Canalini.
A melhor opção é fazer uma lista do que quer comprar antes de viajar e já pesquisar os preços para separar o dinheiro.
"O fundamental é antever o que você vai fazer na viagem", diz o educador financeiro Mauro Calil.
Outro item importante é decidir como levar o dinheiro. As opções mais comuns hoje, segundo os especialistas, são cartão de crédito, pré-pagos e dinheiro vivo.
"O dinheiro é bom para quem não tem a menor ideia de quanto está gastando", diz Calil. Mas facilita o controle e não tem o efeito "câmbio surpresa" e o IOF, como os cartões de crédito. Os cartões pré-pagos são mais fáceis de controlar e têm IOF menor.
Alguns especialistas recomendam levar um pouco em cada meio. Seja qual for a forma, é essencial anotar os gastos para manter o controle.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)