terça-feira, 13 de julho de 2010

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE BEBIDAS

A Comissão de Finanças e Tributação promove hoje audiência pública para discutir uma taxa de fiscalização para custear o controle da produção de bebidas. O debate foi proposto pelos deputados Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e Guilherme Campos (DEM-SP).
Hoje, a Casa da Moeda do Brasil cobra uma taxa de R$ 0,03 por embalagem, independente de volume e tamanho, a título de fiscalização e controle da produção de bebidas no Brasil. Segundo os parlamentares, empresas não têm conseguido compensar esse custo de impostos devidos em decorrência de controvérsias na interpretação da atual legislação

Foram convidados:
- o chefe da Divisão de Controles Fiscais Especiais da Receita Federal, Marcelo Fisch Menezes;
- o diretor técnico da Casa da Moeda, Carlos Roberto de Oliveira; e
- o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros.

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias)

MTUR INVESTE R$ 30 MILHÕES EM CIDADES HISTÓRICAS


Os ministérios que executam o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas investiram, no ano passado, R$ 75 milhões no financiamento de obras de infraestrutura e recuperação de patrimônio, entre outras ações em todo o país. Somente do Ministério do Turismo (MTur), foram R$ 30 milhões em empenhos (empenho é o ato de reservar o recurso para a execução do projeto).
“A liberação é feito depois do cumprimento de uma série de requisitos legais”, esclareceu o diretor do Departamento de Infraestrutura do MTur, Roberto Bortolotto, ao público do II Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas. O evento está sendo realizado em Pirenópolis (GO), um dos municípios beneficiados com verbas do PAC.
Pirenópolis, patrimônio nacional, vai investir R$ 7 milhões, já empenhados pelo MTur, no projeto de revitalização da orla do Rio das Almas. “Estamos fazendo os últimos ajustes no projeto, antes de darmos início às obras”, revelou o secretário de Turismo da cidade, Sérgio Rady.
Os recursos do MTur foram empenhados para quatro municípios, além da cidade goiana. São eles: Belém (PA), Salvador (BA), Recife (PE) e Areia (PB). O diretor do MTur esclareceu que as cidades históricas não incluídas no PAC podem receber recursos de outros programas do ministério.

(Fonte : Ministério do Turismo / Foto Divulgação)

BANCOS APOSTAM EM CONTAS PARA CARTÕES


No novo cenário do mercado de cartões, não só credenciadoras de lojistas que aceitam cartões mas também bancos acirram a disputa por empresas de pequeno e médio portes. Se, no caso de credenciadoras como Cielo e Redecard, o objetivo, com o fim da exclusividade, é que o estabelecimento comercial centralize as transações em uma única máquina (POS), a meta dos bancos é fazer com que o lojista concentre o depósito do dinheiro das vendas feitas com plásticos em uma única conta corrente.
O movimento foi desencadeado por uma ofensiva do Santander, em março, que fez com que os demais se mexessem para defender suas bases de clientes. Para atrair o fluxo de recursos gerados pelas transações com todas as bandeiras do mercado, das internacionais Visa e Mastercard a marcas regionais, os grandes bancos de varejo apostam na oferta de pacotes que tanto auxiliam a gestão de caixa de varejistas como envolvem concessões de crédito, além de redução de preços de serviços bancários.
O Bradesco lançou na semana passada a "conta multicartão". Ela vai permitir ao lojista alavancar a concessão de empréstimos num volume equivalente a até cinco vezes o seu faturamento mensal. A operação é feita com base em estimativas de vendas do varejista, calculada pela média da receita com cartões apresentada nos últimos seis meses. Para os cartões de crédito, é possível alavancar a chamada antecipação de recebíveis em até cinco vezes e, para cartões de débito, em uma vez.
"O adiantamento de crédito era uma prática do banco que, agora, vira produto", diz Márcio Parizotto, superintendente executivo de produtos da Bradesco Cartões. Em outras palavras, o limite de alavancagem de até cinco vezes o faturamento permitido pela conta multicartão passa a valer como regra, pois está pré-aprovado. Antes, sua disponibilização dependia do relacionamento do cliente com o banco. "O pequeno lojista precisa de crédito e sem burocracia." Os custos tendem a ser inferiores à média praticada nas linhas de capital de giro, diz Marcelo Noronha, diretor da Bradesco Cartões.
Como o Bradesco detém os direitos dos cartões American Express no Brasil, Parizotto lembra que a alavancagem de operações de antecipação de recebíveis referentes a transações feitas com Amex só poderá ser realizada pelo banco. O Bradesco costurou ainda um acordo comercial com a Cielo, da qual é acionista controlador, que traz vantagem para os dois lados. Transações acima de R$ 2,5 mil por mês em máquinas da Cielo vão isentar o varejista de tarifa de manutenção de conta corrente. Há ainda a possibilidade de reembolso do aluguel cobrado pelo uso das máquinas da Cielo, mas essa é uma regalia que vai depender de negociação do lojista com o banco. "A briga por preço não é nossa opção", pondera Parizotto. "Mas vamos ser competitivos", avisa.
Os bancos preferem falar em adição de valor para o cliente em vez vantagens econômicas. "Mais do que emprestar, estamos vendendo um serviço", afirma Carlos Eduardo Maccariello, superintendente de estratégia e vendas para pessoas jurídicas do Itaú Unibanco, a respeito do "portal de domiciliação", lançado também na semana passada. Maccariello se diz entusiasmado com o potencial do produto. Antes mesmo de o banco fazer sua divulgação publicitária, prevista para começar nesta semana, foram contabilizados 15 mil acessos ao portal. A ferramenta online permite ao empresário monitorar o fluxo de vendas e de crédito. Mas o cliente pode também contratar operações de antecipação de recebíveis. A solução não estabelece um limite prévio de alavancagem. Os valores são negociados caso a caso.
O primeiro a lançar moda foi Santander. Em março, quando a instituição de capital espanhol fechou parceria com a empresa de captura e processamento de transações com cartões GetNet, aproveitou a ocasião para lançar sua "conta integrada". Desde 2007, a pessoa jurídica pode escolher o banco em que pretende concentrar o depósito do dinheiro das vendas feitas com plásticos, independentemente da credenciadora com a qual opera. O grande diferencial estava nas vantagens atreladas ao serviço de credenciamento de lojistas, combinadas a uma agressiva política de crédito. O produto do Santander oferece redução de até 100% no pacote de tarifas da conta se a empresa registrar o volume mínimo de R$ 3 mil em transações por mês. A antecipação de recebíveis pode chegar a oito vezes o faturamento do lojista.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / Foto Divulgação)

OBRAS DA COPA-14 JÁ ANDAM, MAS OS ATRASOS PREOCUPAM


Após o Mundial, todos os estádios do Nordeste serão explorados economicamente pelos consórcios

As obras da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014, começaram a sair do papel, mas 7 dos 12 estádios estão com os cronogramas atrasados. Enquanto cinco atrasos são relativamente pequenos (variam de dois a cinco meses), dois projetos ainda estão completamente indefinidos e podem ficar de fora da Copa: o Morumbi, em São Paulo, e o Arena da Baixada, em Curitiba. Nas obras de infraestrutura urbana e nos aeroportos, os problemas são maiores, e muitos projetos executivos ainda não foram feitos.
Apesar dos atrasos, o andamento das licitações para transformar os atuais estádios em arenas multiuso (ou construí-las do zero) mostram que os governos foram capazes de criar equações financeiras para tornar viáveis os projetos e atender às exigências da Fifa. No Distrito Federal, terrenos estão sendo vendidos para pagar a reforma de R$ 696 milhões do Mané Garrincha e transformá-lo em alternativa para a abertura da Copa. O governo do Mato Grosso formou um fundo de R$ 1 bilhão com recursos orçamentários e financeiros para cobrir os custos da nova arena e as prescrições da Fifa.
Após o Mundial, todos os estádios do Nordeste serão explorados economicamente pelos consórcios. A concessão mais longa será na Bahia, de 35 anos, e a mais curta, de somente oito anos, no Ceará. A licitação do Maracanã, com preço limite de R$ 720 milhões, foi adiada para 15 de julho. No Rio Grande do Sul, ao contrário de São Paulo e Paraná, a iniciativa privada está bancando os projetos.
O BNDES criou uma linha de R$ 4,8 bilhões para construção ou reforma dos estádios. Quatro pedidos - Ceará, Amazonas, Bahia e Rio - já foram formalizados. Ontem, em Johannesburgo, na África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país apresentou oficialmente o emblema da Copa de 2014.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

OLÁ, TURISTA! RESERVA 20 MIL VAGAS PARA SEIS CIDADES-SEDES DA COPA


O Ministério do Turismo (MTur) e a Fundação Roberto Marinho iniciaram uma nova rodada de lançamentos do programa Olá, Turista!, voltado para a qualificação em língua estrangeira nas cidades-sedes da Copa de 2014. A ação, que consiste na mobilização de entidades públicas e privadas do setor turístico, começou nesta segunda-feira (12), em Natal (RN), e será levada a mais cinco cidades até a próxima semana.
“Estamos realizando reuniões técnicas nos seis estados, onde abrimos novas inscrições para o programa. A intenção é mostrar como o Olá, Turista! funciona, para que as entidades estimulem seus filiados a participarem do programa”, explicou o coordenador-geral de Qualificação e Certificação do MTur, Luciano Paixão, ao público que participou da reunião em Natal.
O programa abriu 80 mil vagas para os doze estados que abrigarão sedes da Copa de 2014. Nos seis, onde as inscrições estarão abertas até 30 de julho, são 20 mil vagas para os cursos de inglês e espanhol. Participam dessa segunda etapa: Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Paraná.
A reunião em Natal, conduzida por representantes do MTur e da Fundação Roberto Marinho, reuniu autoridades públicas, empresários e representantes de entidades do setor. As associações do setor turístico serão responsáveis por encaminhar, aos seus associados, os códigos de acesso que permitem a participação no curso. Os profissionais e estudantes sem vínculo com órgãos do setor também podem se inscrever pelo site do projeto: http://www.olaturista.org.br/.


(Fonte : Ministério do Turismo)

ESPANHA COMEMORA E QUER APROVEITAR SUCESSO DO FUTEBOL NO TURISMO


Tudo é festa para os espanhóis. A repercussão do título mundial ampliou todos os significados de uma euforia contagiante, ainda mais por ser a primeira conquista da Copa, confirmando uma seqüência vitoriosa iniciada hà dois anos com a Eurocopa. Em plena recessão econômica, é certo que o país espere dividendos depois de ganhar o mais cobiçado torneio do futebol mundial.
A crise financeira, a bolha imobiliária, o desemprego, uma situação sem precedentes rondando o ambiente espanhol, tudo isto hoje está esquecido.
"Conquistar uma Copa é uma prova de que quando nos propomos algo conseguimos, e que, além disso, crescemos mesmo com dificuldades. Tudo isso é bom para a confiança em nosso país dentro e fora", disse hoje ministra da Economia, Elena Salgado.
O ministro espanhol da Indústria, Miguel Sebastián, havia indicado na quinta-feira que seria preciso elevar o PIB (Produto Interno Bruto) espanhol para 2010 em caso de vitória da "Roja". O governo aposta no momento em uma contração da atividade econômica de 0,3% em relação a 2009.
A recessão assusta os espanhóis com modesta alta do PIB de 0,1% no primeiro trimestre de 2010. O índice de desemprego chegou a 20%, recorde da zona do euro, o déficit atinge 11,2% do PIB e são muitos os desafios para sair da crise. O impulso de consumo que chega com a vitória, pois como diz Miguel Angel Fraile, "Quando uma sociedade está feliz, isso sempre se reflete no consumo". Ele é o secretário-geral da Confederação Espanhola de Comércio, que reúne cerca de 450 mil comerciantes varejistas.
E o setor econômico que poderá aproveitar o efeito do Mundial é o do turismo, que contribui com 10% do PIB. A Espanha é o terceiro destino turístico mundial, atrás de França e Estados Unidos.
"É muito positivo para o turismo", afirmou o brasileiro Marcio Favilla, diretor executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), que tem sede em Madri.
"Na promoção turística, a imagem positiva é muito importante", diz , acrescentando que cidades como Barcelona e Madri, que abrigam os dois principais times, devem "capitalizar este resultado o mais rápido possível".

(Fonte : Brasilturis Jornal / Foto Divulgação)

SANTANDER FINANCIA PROJETOS DE TURISMO SUSTENTÁVEL


Banco oferece linhas de crédito para meios de hospedagem; em um segundo momento, serão contemplados bares e restaurantes

Reduzir custos e melhorar a qualidade de produtos e serviços ofertados a partir do uso de práticas de sustentabilidade. É dessa forma consciente que o Grupo Santander quer tornar o crédito acessível para as micro e pequenas empresas. Para isso, o grupo lançou este ano o projeto-piloto 'Turismo Sustentável - Juntos faremos diferença' na cidade de Gramado (RS). O foco desta primeira fase são os meios de hospedagem. Em um segundo momento, serão contemplados bares e restaurantes.
A meta inicial é implantar o projeto nos estados do Nordeste e, até o fim de 2010, nas demais unidades da Federação. O projeto é resultado da parceria do grupo com a agência internacional da Organização das Nações Unidas, International Trade Center (ITC). A ação visa expandir o turismo, preservando o meio ambiente e garantindo a sustentabilidade da cadeia produtiva. “Inicialmente, Gramado foi escolhida pela estrutura que comporta. Mas a idéia é expandir o projeto nos 65 destinos indutores do turismo”, disse o responsável pelo setor de desenvolvimento de negócios sustentáveis do Santander, Julio Bin.
Entre as vantagens que o banco oferece estão três linhas de crédito diferenciadas (Santander Giro Premium, Compror Santander e Santander Reforma Acessível), que cobrem valores até R$ 10 mil, sendo a última parcela grátis para Giro Premium; pagamento a fornecedores (folha de pagamento Santander, facilidades no cartão de crédito e domicílio bancário); gestão e expansão, por meio do Super Cash e treinamentos sobre responsabilidade social e sustentabilidade.
Para adquirir o recurso, o empresário precisa apresentar um projeto sobre as mudanças ou implementações que pretende fazer em seu negócio. O banco irá analisar a proposta e, sendo aprovado, a instituição financeira repassará o recurso pleiteado diretamente à empresa ou às empresas que vendem os materiais necessários e que irão fazer o serviço.
“Por um lado, garantimos que o recurso tenha seu devido fim e, por outro, o empresário poderá negociar melhores taxas com as empresas de material de construção e prestadoras de serviço, já que o Santander fará o pagamento à vista e as empresas contratadas terão a garantia de que vão receber do banco”, explica Bin.
O projeto foi desenhado a partir de análises de cenários da cadeia do turismo realizados pelo Sebrae. “Em 2009 as áreas de turismo e serviços financeiros do Sebrae foram convidadas pelo Santander a participar de debates sobre a criação do projeto. As informações reunidas nas discussões juntamente com as análises já feitas pelo Sebrae serviram de subsídio para que o banco pudesse adequar o projeto às necessidades das micro e pequenas empresas”, afirmou o coordenador nacional de projetos de turismo do Sebrae, Dival Schimidt. Segundo ele, o turismo é o setor que mais cresce no mercado, sendo responsável por 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com Dival, as análises dos setores trazem o perfil de cada elo da cadeia do turismo, mostrando as deficiências dos meios de hospedagem, com foco nas questões ambientais, econômicas e sócio-culturais. “Os meios de hospedagem precisam se adequar tanto a pequenas tecnologias quanto às mais sofisticadas. É, por exemplo, adequação do empreendimento à prática da coleta seletiva de lixo, aproveitamento da água da chuva e redução da eficiência energética”, disse.
Ele chama a atenção para o fato de que existe um grande desconhecimento sobre o setor por parte dos agentes de crédito. “Além das dificuldades objetivas, os profissionais que atendem aos empresários do setor do turismo não estão preparados, não conhecem as particularidades do setor de meios de hospedagem. Outro aspecto é o fato de que os bancos privados tendem a direcionar suas opções de recursos de acordo com a classificação de risco das empresas”, lamenta. Mas para Dival, desde a crise financeira internacional, essa cultura entre as instituições financeiras passou a mudar.
Mais informações sobre o projeto-piloto "Turismo Sustentável - Juntos faremos diferença" podem ser adquiridas nas agências Santander de Gramado e Canela ou ainda no site www.santander.com.br/empreendedor.

(Fonte : ASN)

BRASIL GANHA NOVOS INDICADORES PARA MEDIR E INTERPRETAR RUMO DA ATIVIDADE


O país dos mais variados índices de inflação conta hoje com um número razoável de indicadores que tentam acompanhar de perto a evolução da atividade econômica. Com 16 anos de estabilidade monetária, bancos, consultorias e até o Banco Central (BC) têm investido na construção de índices que procuram apontar com mais clareza - e com menos defasagem - para onde vai o conjunto da economia, e em qual velocidade.
Serasa Experian, Itaú Unibanco, LCA Consultores e Bradesco calculam estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) mensal, usando metodologias diferentes, em que buscam antecipar a direção da atividade, unindo variáveis como a produção industrial, consumo de energia elétrica, estatísticas do mercado de trabalho e crédito e números de exportação e importação (ver quadro). O PIB divulgado pelo IBGE sai com atraso de cerca de 70 dias após o fim do trimestre.
O gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, vê o surgimento desses índices como fruto da evolução da economia brasileira. Segundo ele, cada vez mais é preciso acompanhar com lupa o ritmo da atividade, algo decisivo para definir os rumos da política monetária. Saber se há ou não folga de recursos na economia é crucial. Foi no "contexto de economia estabilizada" que surgiu o PIB mensal da Serasa Experian, lançado em dezembro de 2009.
"O país sempre teve muitos indicadores de inflação e poucos de atividade", lembra ele. Só entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem quase dez indicadores de preços.
A Serasa Experian divulga os números do PIB mensal tanto pelo lado da oferta (agropecuária, indústria e serviços) como pelo lado da demanda (consumo do governo, consumo das famílias, investimento e exportações e importações de bens e serviços). Rabi diz que o indicador tem mostrado boa aderência com os dados oficiais do PIB. "O PIB da Serasa Experian apontava alta de 2,8% no primeiro trimestre, na comparação com o anterior, e o número oficial foi de 2,7%." O número mais recente é o de abril, divulgado no fim de junho, após a publicação de informações sobre a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O indicador mostrou crescimento de 0,1% em relação a março, feito o ajuste sazonal, confirmando a desaceleração da economia no segundo trimestre.
O economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, diz que a ideia da instituição, ao construir o indicador, foi ter uma medida agregada da atividade econômica. Muitas vezes, os dados divulgados mensalmente desenham um cenário contraditório, com a produção industrial em alta e as vendas no varejo em queda, por exemplo. Com o indicador, é possível ter uma visão ampla do que se passa na economia sem ter de esperar o resultado do PIB do IBGE.
"Além de ser um método de previsão do PIB trimestral, o PIB mensal permite a estimação de modelos mensais que relacionam o crescimento do PIB com o mercado de trabalho e inflação", diz Bicalho. Em abril, o PIB mensal do Itaú Unibanco também apontou alta de 0,1% sobre março.
O BC lançou o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) em março, com o objetivo de refletir a "evolução contemporânea da atividade econômica" e contribuir "para a elaboração da estratégia de política monetária". O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que o surgimento dos diversos indicadores de monitoramento da atividade se deve ao "processo evolutivo" da economia brasileira. As séries de indicadores mensais têm hoje um histórico mais longo, o que as torna mais confiáveis.
O IBC-Br também só é calculado pelo lado da oferta, por haver muito mais elementos que possibilitam a estimativa, diz Lopes. Ele faz a ressalva de que o índice do BC não é uma projeção do PIB, mas sim um sinalizador da atividade, sintetizada num único indicador. O relatório de inflação do BC de março, porém, destaca "a relevância do cálculo do IBC-Br como indicador antecedente do PIB", reconhecendo também a "aderência da trajetória do IBC-Br ao comportamento do PIB". Em abril, o indicador teve alta de 0,3% sobre março, na série com ajuste sazonal.
O indicador da LCA, por sua vez, pretende ser um indicador coincidente do PIB. Com isso, leva em conta em seu cálculo apenas indicadores divulgados com frequência diária ou semanal: o licenciamento de veículos, o consumo de energia, expurgada a influência da temperatura, os valores das exportações e importações em valores e a evolução do M1 (papel moeda em poder do público mais depósitos à vista) deflacionada. O modelo também leva em conta o número de dias úteis de cada mês. O economista-chefe da LCA, Bráulio Borges, diz que "o IAE é uma proxy mensal do PIB", que tem o objetivo de mostrar o "pulso em tempo real da atividade econômica".
Enquanto os indicadores mais recentes do Itaú Unibanco, da Serasa Experian e do BC são de abril, o IAE de junho já está disponível, com recuo de 0,1% em relação a maio. Segundo ele, o indicador melhora a qualidade das previsões e ajuda na discussão da conjuntura econômica. O custo dessa rapidez é uma margem de erro maior, afirma Borges: "O modelo tem um erro médio de 0,4 ponto percentual, para cima ou para baixo."

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

MARINA DEFENDE CONCURSO PARA SETOR AÉREO

Em visita a São José dos Campos (SP), a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse ontem que a realização de concurso público para a contratação de engenheiros e técnicos é fundamental para se evitar um apagão de recursos humanos no setor aeroespacial brasileiro. "Muitas pessoas estão para se aposentar. O concurso público também é uma alternativa para os profissionais que perderam o emprego na Embraer", disse Marina durante entrevista coletiva, logo após uma visita institucional à fábrica da Embraer.
Segundo a assessoria de imprensa da candidata, a direção da Embraer apresentou um programa de recuperação gradual do pessoal que foi demitido em fevereiro do ano passado, quando a companhia reduziu em 20% seu número de funcionários, cerca de 4 mil pessoas. Marina, que também visitou o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), conheceu os números do déficit de vagas na carreira de ciência e tecnologia da instituição.
Segundo o diretor do IAE, brigadeiro Francisco Carlos Melo Pantoja, o déficit atual de funcionários na área de Ciência e Tecnologia no DCTA é da ordem de 1039. " Mostramos para a senadora Marina Silva quais as dificuldades que enfrentamos hoje para a contratação de pessoal , que leva vários anos para se formar. Se nada for feito os problemas tendem a se agravar", disse Pantoja. A candidata do PV, segundo ele, se mostrou bastante sensibilizada com a situação e prometeu trabalhar para tornar regular o ingresso de profissionais especializados no IAE, responsável hoje pelo programa de desenvolvimento do foguete VLS, entre outros projetos.
No IAE, Marina visitou o laboratório de montagem do VLS , onde teve a oportunidade de conhecer uma maquete em tamanho real do foguete. "O Brasil carece de centros de excelência como o DCTA, IAE e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a nossa ideia é continuar apoiando as linhas de pesquisa que são desenvolvidas ali, através de incentivos à inovação e ao desenvolvimento tecnológico".
A visita da candidata do PV à Embraer, que foi recebida pelo presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, durou três horas. Marina chegou a São José dos Campos por volta das 10h30, acompanhada do seu candidato a vice-presidente, Guilherme Leal e pelo candidato ao senado pelo PV, Fábio Feldman, que concorre ao governo paulista pelo mesmo partido.
Na empresa a candidata também conheceu o hangar de montagem final dos jatos Embraer e o Centro de Realidade Virtual (CRV), que permite acompanhar o desenvolvimento dos aviões, realizando simulações para avaliar a configuracão ideal, nas mais diversas fases da produção. "A Embraer está no topo do desenvolvimento tecnológico e nós temos um interesse estratégico de incentivar a empresa a investir nesses projetos, entre eles, o de aviões menos poluentes e que consomem menos combustíveis", comentou.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)