terça-feira, 20 de março de 2018

Feiras e encontros executivos ganham novos polos pelo país




Mercado de eventos fora do eixo Rio-SP cresce, mas cidades menores demoram para se recuperar da crise



Maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro dominam o setor de turismo de negócios brasileiro, como era de se esperar. Juntas, respondem por 45,3% do mercado doméstico e 71,3% do internacional, segundo dados da subsidiária paulista da Abav-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens) e do Ministério do Turismo.
Polos regionais, porém, também recebem bom número de viajantes a trabalho. Campinas (a 95 km de São Paulo) é um desses casos.
A cidade respondeu por 6,26% do turismo de negócios doméstico e 2,8% do internacional em 2016.
Além de indústrias, especialmente dos setores farmacêutico, químico e automobilístico em seus arredores, a cidade conta com dois centros para eventos e convenções e vai ganhar o terceiro em junho deste ano.
Tem localização estratégica, de fácil acesso por terra a partir de outras cidades importantes de São Paulo e pelo ar, por meio do Aeroporto Internacional de Viracopos, que recebeu 9,3 milhões de passageiros no ano passado segundo Anac (Agência Nacional da Aviação Civil).
Campinas tem as qualidades para ser destino de turismo de negócios: oferta de meios de hospedagem, mão de obra capacitada, estrutura de compras e alimentação e acesso fácil, diz Douglas Marcondes, 58, coordenador de hotelaria do CRCVC (Campinas e Região Convention & Visitors Bureau).
Terceira maior do estado, a cidade recebeu 165 eventos corporativos em 2017 e hospedou 1,5 milhão de pessoas em seus hotéis, a imensa maioria viajantes a trabalho. Os dados são do CRCVC.
O turismo de negócios em Campinas, porém, já viu dias melhores. Marcondes afirma que, apesar de uma recuperação do mercado no ano passado, o volume de eventos na cidade ainda é cerca de 20% menor que antes do início da recessão, no começo de 2014.

MAIS AFETADAS

Segundo dados da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), o setor teve faturamento de R$ 11,4 bilhões em 2017, cifra 6% superior a do ano anterior.
O número em si, entretanto, ainda é menor que os R$ 11,5 bilhões movimentados cinco anos antes, em 2012.
De acordo com Armando Campos Mello, 70, presidente-executivo da Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras), as cidades menores tendem a sofrer mais que os destinos já consolidados, como Rio e São Paulo, quando o país entra em crise.
O setor de feiras é um espelho da economia. Se o expositor não tem verba para participar de três ou quatro feiras, ele acaba cortando a menos tradicional, diz.
Carlos Prado, vice-presidente da Abracorp, concorda. No segmento de eventos, o mercado ficou concentrado nos maiores, afirma.
Para fugir da crise, os centros menores apostam em diferenciais ou na tradição de um evento específico.
Em 2012, Fortaleza inaugurou um novo equipamento: o Centro de Eventos do Ceará, que tem 76 mil metros quadrados, o segundo maior do Brasil em área útil, divididos entre dois pavilhões.
Construído em módulos, o local consegue se adaptar para receber até 44 feiras, convenções ou congressos ao mesmo tempo.
Os eventos diminuíram de tamanho [durante a crise], mas não foram cancelados. Essa foi a nossa sorte: como tínhamos um espaço modular, conseguíamos nos adaptar para os menores, diz Lívia Holanda, gerente-geral do espaço.
Lívia enfatiza a importância de haver um local nas dimensões do Centro de Eventos para o setor em Fortaleza. O antigo centro não comportava grandes feiras.
O novo, por sua vez, já recebeu a cúpula dos Brics (sigla que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em 2014 e feiras de alcance nacional, como a da Abad (Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores).
A Secretaria do Turismo do Ceará não tem dados específicos sobre turismo de negócios, mas a receita do turismo como um todo no estado cresceu 95,4% entre 2011 (último ano sem o centro) e 2017 de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,9 bilhões, mesmo com a crise.
Já Ribeirão Preto (a 312 km de São Paulo) aposta na segunda maior feira em agronegócio do mundo para receber turistas desse setor.
A Agrishow, que existe desde 1994, movimentou R$ 2,2 bilhões e recebeu 160 mil visitantes no ano passado. Os organizadores esperam que ambos os números cresçam de 5% a 8% em 2018. A feira é também uma das responsáveis por ajudar a desenvolver a capacidade hoteleira local.
A Agrishow contribuiu para que a estrutura da cidade crescesse. Ribeirão e toda a região se preparam muito para a feira. Hotéis são reservados de um ano para o outro, diz Francisco Matturro, 69, presidente do evento.


(Fonte : Folha Online – Imagem divulgação - 20/03/18)

sexta-feira, 16 de março de 2018

Voos para Madri ou Barcelona a partir de R$ 1.806 saindo do Rio e de R$ 1.866 de São Paulo e mais cidades


Assino a Newsletter do Melhores Destinos e hoje recebi a informação que as companhias TAP, Air Europa, Avianca, American, Alitalia e outras estão vendendo passagens com bons preços para a Espanha.

A matéria está aí para vcs aproveitarem :

Tem voos para Madri ou Barcelona a partir de R$ 1.806 ida e volta com taxas incluídas. O menor valor é de voos da TAP saindo do Rio de Janeiro. Mas tem opções com origem em Salvador a partir de R$ 1.812 e em São Paulo e outras cidades a partir de R$ 1.866.
Quem optar pelos voos com a TAP ou da Air Europa deve ficar atento a franquia de bagagem despachada, que não está incluída na tarifa e pode ser adquirida separadamente. Já as demais companhias oferecem bagagens despachadas.

Madri

Irresistível destino para os amantes de artes, cultura e arquitetura, Madri é uma cidade de muitas virtudes. A capital do Reino da Espanha concentra em si três dos mais importantes museus do mundo:  Prado, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza, além de edifícios seculares que são fonte de uma história inigualável. Andar pela Gran Vía, a Times Square da cidade, e fazer uma parada na Plaza Mayor, como um legítimo madrilenho, são alguns dos passeios que você não pode deixar de fazer.

Barcelona

Barcelona, a segunda maior cidade da Espanha e capital da Catalunha é um destino turístico completo. Rica arquitetura, repleta de ruazinhas charmosas e pra lá de animadas, praças, museus interessantes, monumentos, belas praias, bons restaurantes, vida noturna agitada e muito mais...

Origens Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória.

Destinos Barcelona e Madri.

Período Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2018 e Janeiro e Fevereiro de 2019
Vale dar uma conferida no site http://www.melhoresdestinos.com.br/promocao/passagens-espanha-madri-barcelona-2?utm_source=Promo%C3%A7%C3%B5es+de+Passagens+A%C3%A9reas&utm_campaign=1275a4e3e8-news_diaria_md&utm_medium=email&utm_term=0_4a12f3849e-1275a4e3e8-60390125&mc_cid=1275a4e3e8&mc_eid=2d6b3e4327 


''Não existe política de turismo no Brasil'', afirma pesquisadora


A falta de uma política de Estado para o turismo e o excesso de tributações que recaem sobre quem faz viagens nacionais e internacionais impedem que o setor se desenvolva no Brasil na mesma medida que em outros países de destaque na área pelo mundo.
Os altos impostos cobrados de empresas de aviação, por exemplo, dificulta o crescimento do número de viagens no país, assim como impede que, com preços menores, brasileiros possam viajar a lugares mais distantes no território nacional.
Essas foram algumas das conclusões a que chegaram especialistas na área em debate durante o seminário Turismo e a Internacionalização do Brasil, promovido nesta quinta-feira (15) pela Folha, com apoio da Embratur e da CVC, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. A jornalista da Folha Joana Cunha fez a mediação.
“Não existe política de turismo no Brasil”, declarou Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora na área de políticas públicas de turismo da USP. Segundo ela, o que motivou a criação do Ministério do Turismo, cerca de 15 anos atrás, não foi o desenvolvimento do setor, mas a criação de cargos para acomodar representantes de partidos aliados ao governo.
Para Aldrigui, apenas investimento financeiro na área também não deve trazer grandes benefícios para a imagem do país no exterior, hoje fortemente associada a casos de violência como a recente intervenção federal no estado do Rio de Janeiro.
"Nossa imagem só melhora quando trouxermos jornalistas de fora para mostrar uma realidade diferente no Brasil. É preciso primeiro investir em segurança, saúde e educação para depois começar a falar de turismo. Quando estiver tudo em ordem, as pessoas virão, como vão a outros países”, afirmou.
Uma das críticas feitas por Aldrigui foi ao fato de novas políticas para o setor sempre levantarem no governo discussões sobre aumento de taxas e impostos, em vez de fomentar iniciativas que incentivem turistas e empreendedores.



Uma das áreas que mais sofrem com os altos impostos é o mercado aéreo, segundo o advogado especializado no setor Guilherme Amaral.
Para ele, antes de estudar como auxiliar o turismo, o mais importante para o governo é tentar não atrapalhar, com taxas e excesso de burocracia, o trabalho de empresas que atuam hoje na área.
Segundo Amaral, uma iniciativa que traria benefícios para companhias aéreas e passageiros seria a diminuição e equalização entre todos os estados do país dos preços do querosene de aviação, que hoje implicam cerca de 40% do custo das companhias.
“A proposta ia ser votada no Congresso, mas senadores de São Paulo fizeram um trabalho em conjunto para que não fosse aprovada”, disse o advogado. “Isso porque é o estado que concentra mais voos no país e o que mais arrecada com os impostos da aviação.”
Amaral elogiou a retirada da obrigatoriedade de oferecer serviço gratuito de envio de bagagens, o que, segundo ele, encarecia o valor das passagens. O advogado não soube afirmar, no entanto, se com a iniciativa os preços dos voos diminuíram no país. “Mas a tendência é que a empresa obrigada a levar bagagens gratuitamente e a oferecer outros tantos serviços vai ter preços mais altos”, afirmou.

MAIS DESTINOS

O secretário de Turismo de Pernambuco e presidente do Fornatur (Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo), Felipe Augusto Carreras, citou como exemplo positivo no setor uma iniciativa de redução de impostos para as companhias aéreas em seu estado, com o objetivo de incentivar viagens a mais municípios pernambucanos.
“O estado saiu de 14 destinos domésticos para 30, e de 4 internacionais para 16. Como resultado, passamos a liderar pela primeira vez a movimentação de passageiros do Nordeste, arrecadando o mesmo valor em impostos de antes”, contou.
Carreras ainda fez críticas à falta de um planejamento duradouro para o turismo no Brasil, exemplificando os problemas de visão estratégica com a grande quantidade de trocas de comando no Ministério do Turismo desde sua criação —foram 12 ministros desde 2003.
“O Brasil foi o único país do mundo que teve seguidamente Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpíada e não ultrapassou 7 milhões de turistas internacionais por ano. Ainda por cima, o governo Temer cortou no ano passado 75% do orçamento do Turismo, que já não tinha quase nada”, afirmou.
Além do problema de verbas, a falta de estrutura para receber turistas e a grande quantidade de notícias negativas sobre o país divulgadas em redes sociais acabam minando as perspectivas do turismo, segundo a gerente de Comércio e Serviços do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Ana Clévia Lima.
“Vivemos em um mundo disruptivo, em que se compartilham experiências positivas ou negativas, gerando imagens para milhões de pessoas todos os dias. Fazer com que os visitantes sintam-se seguros, com acesso a todas as necessidades, permitindo que usufruam da viagem e tenham uma estada inesquecível, é o que vai fazer com que os estrangeiros comecem a nos olhar de outra forma”, afirmou.

(Fonte : Jornal Folha de SP - 15/03/18)