segunda-feira, 20 de março de 2017

Faturamento do turismo nacional no último trimestre de 2016 supera em 37% estimativas do setor


O faturamento alcançado pelo setor turístico brasileiro como um todo no último trimestre de 2016 superou em 37% as estimativas previamente projetadas pelo setor. Na mesma linha, o nível de emprego efetivamente observado nos três últimos meses do ano passado superou em 38% o que representantes da área tinham como prognóstico.
Os números estão no Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, publicação trimestral realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Fundação Getulio Vargas (FGV). Foram ouvidas 918 empresas, que representam 71.498 postos de trabalho e apresentaram um faturamento no trimestre de R$ 7,8 bilhões. Elas integram sete setores: Transporte Aéreo, Parques e Atrações, Agências de Viagens, Meios de Hospedagem, Turismo Receptivo, Organizadores de Eventos e Operadoras de Turismo. O levantamento foi realizado entre 2 e 31 de janeiro de 2017.
“Os números mostram que o empresariado do turismo aposta no setor e acredita na recuperação econômica do país. Do ponto de vista do MTur precisamos manter a parceria e assegurar os investimentos na melhoria da infraestrutura turística para fazer com que o turismo seja reconhecido como uma importante atividade econômica no país”, afirmou o ministro Marx Beltrão.
Em outra frente, o percentual do faturamento das empresas previsto para ser usado como investimento no primeiro trimestre de 2017 supera 11% para 67% dos entrevistados. Levando em conta todos os profissionais ouvidos, o percentual médio de investimento é de 7,5% do faturamento. As principais áreas/atividades citadas para serem beneficiadas são as de compra de materiais e equipamentos, marketing e promoção de vendas, infraestrutura de instalações e tecnologia da informação.
Em uma comparação com o terceiro trimestre de 2016, o resultado do faturamento em outubro, novembro e dezembro do consolidado das atividades do turismo revela aumento em 61% dos entrevistados, estabilidade em 15% e queda em 24%. Os segmentos com saldo mais elevado foram transporte aéreo e parques e atrações turísticas. Meios de hospedagem, operadoras de turismo e agências de viagem se mostraram estáveis. Turismo receptivo e organizadores de evento apresentaram baixa.
O mercado de turismo no Brasil mobiliza anualmente cerca de 60 milhões de viajantes nacionais e emprega 3,14% da população economicamente ativa. Em 2016, mais de 6,5 milhões de estrangeiros visitaram o país, e deixaram aqui mais de US$ 6 bilhões.


(Fonte : MTur / Imagem divulgação)

Ministério do Turismo atualiza regras e critérios para repasse de recursos


O Ministério do Turismo lançou na última quarta-feira (15) uma nova portaria que estabelece regras e critérios para o repasse de recursos da Pasta para entes públicos e privados. A Portaria 39, publicada no Diário Oficial da União, trata de processos de seleção, análise, fiscalização e prestação de contas dos convênios e contratos de repasse para a execução de obras de infraestrutura, realização de eventos e outros projetos de responsabilidade do Ministério.
“São medidas que aprimoram a gestão e aperfeiçoam o processo de distribuição dos recursos públicos com base nos princípios da eficiência e transparência”, comenta o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
A Portaria é uma atualização da portaria 182/2016 que vigorou até ontem (14). A adoção de um novo instrumento do MTur para tratar das transferências voluntárias de recursos orçamentários e de emendas parlamentares foi necessária devido à necessidade de adequação à Portaria Interministerial 424/2016. A portaria conjunta dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse.


(Fonte : MTur / Imagem divulgação)

Setor de viagens e eventos perdeu 6.187 vagas em SP


O setor de viagens e eventos do Estado de São Paulo extinguiu 6.187 postos de trabalho formais em 2016, aponta a Pesquisa de Emprego do Setor de Viagens e Eventos (Pesve), da Fecomercio-SP.
Somente nos meses de outubro, novembro e dezembro, 4.566 empregos foram eliminados.
O estoque de empregados no setor caiu 1,6% em relação ao terceiro trimestre e 2,2% se comparado a dezembro de 2015.
Assim, encerrou 2016 com 276.564 trabalhadores formais.
Entre as seis atividades analisadas pela pesquisa, somente o setor de alimentação apresentou alta: 2,9%. O setor de cultura e esportes teve a maior queda, com menos 7,9% de postos de trabalho. Em seguida, veio o setor de agências e operadoras de viagens, que recuou 4,3%.
A Fecomercio-SP destaca que, apesar de ter havido queda, o decréscimo registrado no quarto trimestre de 2016 foi menor do que o do mesmo período em 2015, o que apontaria para um princípio de recuperação do setor.
A região do Estado que mais perdeu vagas foi a Capital Expandida (4.712), principalmente na área de serviços de transportes e setor alimentício. O destaque positivo foi a geração de empregos na Macro Regiões Turísticas (MRT) Vale do Paraíba, Serras e Mar e na MRT Praias e Mata Atlântica, com saldos positivos de 1.145 vagas e 439 vagas, respectivamente.


(Fonte : Panrotas / Imagem divulgação)

As melhores cidades do mundo para se viver e o que derruba as brasileiras no ranking

 

Você já se perguntou alguma vez qual é a cidade com a melhor qualidade de vida do mundo?
Levantamento feito por uma consultoria colocou Viena, na Áustria, no topo da lista das cidades onde se melhor vive em todo o planeta.
O Brasil tem quatro representantes no ranking, todas abaixo da posição 109ª — ocupada por Brasília. A capital do Brasil é a primeira entre as brasileiras que aparecem na lista de 231 cidades.
Brasília (109º), Rio de Janeiro (118º), São Paulo (121º) e Manaus (127º) estão no ranking que, pela oitava vez, elegeu a capital austríaca como o lugar com melhor qualidade de vida no planeta. Viena alcançou melhores notas em transporte, segurança, normas sanitárias e acesso a serviços públicos.

AS CAMPEÃS

O principal público-alvo da lista são companhias internacionais. A ideia é ajudar essas firmas a avaliar as cidades para envio de funcionários ou abertura de sucursais.
"O ranking tem como foco os estrangeiros. Então leva em conta tudo que afeta um expatriado", disse à BBC Brasil Indre Medeiros, consultora sênior no Brasil da Mercer, empresa responsável pela lista. Medeiros explica ainda que a base de comparação é Nova York.
Segundo Medeiros, o objetivo do ranking é ajudar o investidor estrangeiro a contabilizar não apenas o impacto logístico e financeiro de manter um funcionário fora, mas também avaliar o que pode influenciar no desempenho do expatriado.
A maioria das cidades nos primeiros lugares são da Europa. "Apesar dos últimos meses tumultuados e das dificuldades econômicas, cidades europeias mantêm padrão alto em itens como segurança e acesso a serviços públicos", observou o presidente da Mercer, Ilya Bonic.
Auckland, na Nova Zelândia, e Vancouver, no Canadá, respectivamente terceira e quinta colocadas, aparecem como exceção ao predomínio europeu no topo do ranking.
Montevidéu é a cidade latino-americana com melhor desempenho na lista. A capital uruguaia está na 79ª colocação, seguida por Buenos Aires (93ª) e Santiago (95ª).
A poluição, por exemplo, é um problema em Santiago. Na Argentina, pesam fatores como "manifestações, agitação política e instabilidade econômica".
A consultoria analisa 39 fatores agrupados em dez categorias. Entre os itens analisados estão estabilidade política e taxa de crimes, acesso a serviços médicos, saneamento, incidência de doenças infecciosas e poluição; transporte público e tráfego; atividades recreacionais e oportunidades de lazer.
A pesquisa avalia a situação de 450 cidades, mas nem todas são ranqueadas. No caso do Brasil, foram selecionadas quatro cidades com um grande volume de estrangeiros para entrar para a lista de qualidade de vida.
Rio de Janeiro e São Paulo se destacam pela facilidade de acesso de bens de consumo e atividades de lazer. "Há muita opção para se comprar alimentos, vestuário, veículos. Há também opções de lazer, esporte, cinemas, teatros, restaurantes", disse Indre Medeiros.
Brasília, por sua vez, tem melhor performance do que as demais cidades brasileiras em transporte e outros serviços públicos, opção de moradia e histórico de problemas ambientais.
A relação pacífica de Manaus com os países vizinhos é o item em que a cidade da Amazônia mais se destaca.

PONTOS NEGATIVOS

Apesar de diferentes entre si, as quatro cidades brasileiras compartilham, de modo geral, os pontos negativos que as derrubam no ranking global. O Brasil vai mal na categoria "ambiente político social" e a criminalidade é um dos itens que mais prejudicaram a performance do país.
O Brasil registrou, por exemplo, recorde de 59,6 mil homicídios em 2014, alta de 22% em comparação aos 48,9 mil registrados em 2003. A taxa de 29,1 casos por 100 mil habitantes também foi a maior já registrada na história, conforme levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

QUALIDADE DE VIDA

Países da América Latina
79. Montevidéu (Uruguai)
93. Buenos Aires (Argentina)
95. Santiago (Chile)
97. Cidade do Panamá (Panamá)
109. Brasília (Brasil)
110. Monterrey (México)
110. São José (Costa Rica)
115. Assunção (Paraguai)
118. Rio de Janeiro (Brasil)
121. Quito (Equador)
121. São Paulo (Brasil)
124. Lima (Peru)
127. Manaus (Brasil)
128. Cidade do México (México)
129. Bogotá (Colômbia)
139. Santo Domingo (República Dominicana)
147. Port of Spain (Trinidad e Tobago)
157. La Paz (Bolívia)
174. Manágua (Nicarágua)
183. São Salvador (El Salvador)
188. Tegucigalpa (Honduras)
189. Caracas (Venezuela)
192. Havana (Cuba)
228. Porto Príncipe (Haiti)

Fonte: Mercer

A dificuldade de aplicação de leis de forma democrática e equilibrada é outro fator negativo, assim como a instabilidade política interna, afirmou Medeiros. O cenário econômico ruim e a precariedade de serviços públicos, sobretudo transporte, também comprometeram a performance.
"Os protestos de 2016, a conjuntura politico-econômica, o agravamento da criminalidade, os escândalos de corrupção, a situação do transporte público, a estrutura dos aeroportos e disponibilidade de voos. Todos esses fatores combinados colocam o Brasil em situação de desvantagem em relação aos vizinhos da América do Sul", disse a consultora da Mercer.

AS PIORES

O relatório também enumera as cidades com pior qualidade de vida do mundo, das quais o Brasil não faz parte. Bagdá, a capital do Iraque, ocupa o último lugar do ranking de 2017.
Logo antes, estão Bangui (República Centro Africana), Sana (Iêmen), Porto Príncipe (Haiti), Cartum (Sudão), Ndjamena (Chade), Damasco (Síria), Brazzaville (Congo), Kinshasa (República Democrática do Congo) e Conacri (Guiné).
Além de aplicar questionários com expatriados, a empresa coleta dados em órgãos governamentais e acompanha a imprensa local. "São várias as fontes de informação para cruzar, contextualizar e analisar os dados. Há ainda um comitê de qualidade para verificar os dados", diz a consultora. 


(Fonte : BBC Brasil / Imagem divulgação)

Novas concessões de aeroportos beneficiam turismo brasileiro


A concessão de mais quatro aeroportos brasileiros, em leilão realizado nesta quinta-feira (16), promoverá importantes mudanças e melhorias na infraestrutura dos terminais internacionais de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). E nesse processo quem sairá ganhando é o viajante. De acordo com Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo, 57% dos brasileiros que deverão viajar nos próximos meses utilizarão o avião como meio de transporte, um aumento de 10% em relação ao ano passado.
As empresas vencedoras do leilão poderão investir, inclusive, na ampliação da capacidade de passageiros, como é o caso do aeroporto de Florianópolis que deverá ganhar um novo terminal com incremento de 70% na capacidade atual de 4,1 milhões de passageiros/ano. A medida vai ao encontro das ações que estão sendo defendidas pelo Ministério do Turismo junto ao Governo Federal para impulsionar o turismo no Brasil como a dispensa de vistos a países estratégico e a ampliação da conectividade aérea. Hoje, 60 milhões de brasileiros já consomem o turismo e a meta é fazer com que outros 40 milhões de brasileiros sejam incluídos no mercado de viagens nacional.
“O Turismo e, principalmente os milhões de passageiros que viajam anualmente pelo país – e aqueles que ainda desejam viajar -, serão os grandes beneficiados com essa mudança. As empresas que ganharam os leilões já têm experiência nos maiores aeroportos europeus e tem muito a acrescentar na melhoria de infraestrutura e serviços prestados. Esse é mais um passo no reconhecimento de que o turismo é um importante segmento econômico para o Brasil”, afirmou o ministro Marx Beltrão.

CONCESSÕES -  A previsão é de que os contratos das concessões, no valor total de R$ 3,7 bilhões - 23% maior que o esperado -, sejam assinados em 28 de julho. Para a primeira etapa do contrato, o Brasil receberá R$ 1,46 bilhão, 94% acima do preço mínimo previsto incialmente, que era de R$ 753 milhões. O prazo para as empesas explorarem os serviços é de 30 anos em Fortaleza, Salvador e Florianópolis e 25 anos em Porto Alegre.
O leilão segue o exemplo do que já ocorreu com os aeroportos de Natal (RN), Guarulhos (SP), Confins (MG), Galeão (RJ), Brasília (DF) e Viracopos (SP). Com as novas concessões, o regime de gestão privada dos terminais vai passar a atender cerca de 59% da movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros, 12% deles somente nos quatro novos terminais.
Atualmente, os seis aeroportos brasileiros que já funcionam no regime de concessão representaram cerca de 47% dos embarques e desembarques em voos domésticos e internacionais no ano de 2016. Os novos grupos já administram 51 aeroportos pelo mundo, por onde transitam mais de 420 milhões de passageiros por ano.


(Fonte : MTur / Imagem divulgação)

Setor de turismo no Brasil se adapta para receber mais chineses


Eles formam hoje o maior grupo de turistas a embarcar para outros países do mundo, mas o Brasil ainda recebe menos de 0,1% do total. Desde 2014, a China é líder global no embarque de viajantes para o exterior –o que faz o setor turístico nacional ficar de olho nesse mercado.
Segundo o Ministério do Turismo, 53.064 chineses vieram ao país em 2015 – em 2014, quando o Brasil sediou a Copa, chegaram 57.502; os dados de 2016 e o impacto da Olimpíada nesses números ainda não foram divulgados.
Mesmo assim, é pouco se comparado aos mais de 100 milhões de chineses que viajaram ao exterior em 2015.
Para atraí-los e ampliar investimentos da potência asiática no país, o Brasil tem firmado parcerias com a China. Tanto que o ministério divulgou uma lista com agências credenciadas para receber grupos de chineses. Elas se comprometeram a cumprir requisitos como indicar guias que acompanhem esses estrangeiros e instalar linhas de atendimento telefônico para casos de emergência.
No total, 304 agências estão habilitadas no Cadastur (sistema de cadastro do setor de turismo). Em 2014, eram 23 agências autorizadas.
"Os números do mercado chinês são fabulosos. Nunca tivemos experiência com esse público, mas grandes redes já estão fomentando ações e contratando colaboradores que falam mandarim", diz Dilson Jathay Fonseca Jr., presidente da ABIH nacional (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).
A exigência de visto, entretanto, ainda é um entrave. "É preciso abrir essa política. A dificuldade de conseguir visto para entrar no Brasil afasta turistas chineses", ressalta Hang Szeyee, presidente da Hang Tour, agência baseada no Rio e especializada no mercado chinês.
Nascido no país asiático, ele afirma que a maioria dos visitantes viaja ao Brasil a negócios. "Mesmo assim, o número de chineses que vêm para cá ainda é pequeno. Temos de trabalhar com a Argentina e o Uruguai, pensando como América do Sul. O mundo está globalizado."

INTERNET E MANDARIM

Um dos principais obstáculos na hora de receber chineses é o idioma. Também nascido no país, Lee Chih Li, supervisor de serviços do hotel Viale Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR), conta que poucos dos seus compatriotas falam inglês. "Até os 30 anos, eles têm conhecimento básico. Acima dessa faixa etária, é praticamente zero."
Para a hotelaria interessada no público, um ponto essencial, portanto, é inserir na equipe profissionais que falam mandarim.
"Cerca de 90% dos turistas chineses vêm com companheiros de trabalho, 80% são homens e, de maneira geral, eles não procuram as praias brasileiras. Os principais atrativos são Rio, São Paulo, Salvador, Amazônia e Foz do Iguaçu", afirma Li.
No Brasil, muitos turistas chineses sentem falta de uma coisa básica: fornecimento de água quente, serviço-chave para o hábito chinês de beber chá. Auxílio para conectar hóspedes à internet também é essencial. "Os recepcionistas estão treinados para pegar o celular deles, inserir a senha e habilitar os aparelhos para navegar na internet", diz Li.
Hoje, o Viale Cataratas recebe quatro ou cinco grupos por mês e estuda instalar pontos com água quente nos corredores dos quartos.
Apesar de não registrarem aumento na demanda de viajantes do país, grandes hotéis da capital paulista já se preparam para atender ao público de forma personalizada. O Unique faz adaptações no café da manhã no quarto –disponibiliza chaleiras elétricas para consumo de chá– e na recepção.
"Nosso concierge sênior fala o básico de mandarim e estuda o idioma", diz Fabíola Carezzato, gerente de hospedagem do hotel.
Há quatro anos com serviços específicos para hóspedes asiáticos, o InterContinental tem café da manhã diário em formato de bufê que pode conter itens como peixe grelhado e chá verde. Os quartos também têm sachês de chá de jasmim.
Segundo Claudia Marino, diretora-geral do Fasano, o turismo chinês costuma movimentar mais o comércio de bens materiais do que a hotelaria de luxo. "É uma questão cultural", diz.
A rede tem parceiros que falam mandarim, para melhorar a comunicação com esse visitante. "É importante, já que muitos chineses não têm fluência no inglês, idioma oficial da hotelaria."
*
O QUE É QUE A CHINA TEM

Particularidades do turista que virou a menina dos olhos do mundo

COMPRAS
Os chineses gostam de comprar, comprar e comprar. Este é seu maior interesse ao viajar para o exterior, e eles gostam de marcas de luxo. Relatório da WTM (World Travel Market) e Euromonitor International apontou que turistas do país gastaram mais de US$ 50 bilhões em compras em 2015. Elas corresponderam a 1/3 do seu orçamento de viagem.

TRABALHO E LAZER
Segundo o Ministério do Turismo, eles também gostam de riquezas naturais, atrações culturais, gastronomia e valorizam o turismo de negócios combinado com o de lazer.

HIERARQUIA
Na hotelaria, a equipe de recepção deve conhecer o protocolo hierárquico vigente no país. No momento do check-in, é preciso hospedar os chineses mais velhos em andares mais altos. Andares mais baixos são destinados aos mais jovens do grupo

NÚMERO PROIBIDO
Outra medida importante é evitar colocar chineses em quartos com o número 4 ou mesmo no 4o andar. Em mandarim, a pronúncia do algarismo é muito parecida com a palavra "morte". Trata-se de um número "maldito" na China.

COMER & BEBER
Fornecer água quente, preferencialmente no quarto, é um serviço considerado essencial, já que eles não vivem sem chá. No café da manhã, um diferencial é a oferta de itens típicos como pão cozido no vapor, arroz, canja e leite de soja.

INGLÊS COBIÇADO
Como muitos chineses não dominam o inglês, a recomendação é que hotéis tenham ao menos um colaborador que fale o essencial do mandarim, e as agências de turismo devem disponibilizar guias que saibam se comunicar no idioma

53 mil
turistas chineses visitaram o Brasil em 2015; fatia ainda é pequena em relação aos 100 milhões de pessoas que viajaram da China para o exterior naquele ano


(Fonte : Jornal Folha de SP / Imagem divulgação)

Cresce o número de turistas que viajam para ir ao médico


Cada vez mais pessoas entram em um avião e viajam para outro país com o objetivo de se submeter a uma cirurgia ou fazer exames, alimentando um tipo de turismo que está em crescimento, segundo especialistas.
Pela primeira vez, o Salão ITB de Berlim (salão mundial de turismo, aberto até o último dia 12), dedicou parte do seu espaço a viagens médicas, mercado que movimenta anualmente 50 bilhões de dólares e que deve crescer 25% ao ano durante a próxima década. Os dados são de um estudo recente da Visa e da Oxford Economics.
"A demanda aumenta devido ao envelhecimento da população, mas também por uma classe média crescente que se informa pela internet sobre tratamentos em outros países", explica Julie Munro, presidente da Medical Travel Quality Alliance.
Estados Unidos, Turquia, Tailândia, Cingapura, Espanha e Alemanha são alguns dos países para onde turistas viajam para escapar das longas listas de espera ou acessar tratamentos que não estão disponíveis ou são caros demais em seus países.
"Muitos alemães vão, por exemplo, à Polônia ou à Croácia para cuidados dentários mais baratos. Por outro lado, há russos que vão à Alemanha em busca de hospitais de qualidade", detalha Thomas Bömkes, diretor da agência Diversity Tourism.

FLUXO DE VISITAS

A rede de clínicas oftalmológicas Worldeye (Dünyagöz), com unidades na Turquia, na Alemanha e, em breve, na Holanda, afirma que recebe 50 mil pacientes estrangeiros de 107 países por ano.
"Trabalhamos com agências de viagem e oferecemos pacotes completos", com recepção no aeroporto, diz Jacco Vroegop, diretor das clínicas de Amsterdã e Frankfurt.
Além de ter instalações médicas de qualidade e boa infraestrutura, a segurança do país também é um critério para atrair turistas de saúde.
Dubai aposta desde 2012 nesse tipo visita, selecionando 42 centros que priorizam o atendimento a pacientes estrangeiros. Em 2015, 298 mil pessoas viajaram a Dubai para receber cuidados médicos –30% deles de países árabes. O objetivo é atrair meio milhão de pacientes turistas até 2020, ano da Exposição Universal de Dubai.
Portugal começa agora a se lançar nesse setor. "Ainda estamos preparando nossa estratégia", afirma Joaquim Cunha, do Health Cluster Portugal, que diz que o país planeja "um parque moderno de hospitais particulares".


(Fonte : AFP)

CVC dá desconto de 50% para 2º pax nos EUA e Canadá


Em comemoração ao lançamento do portfólio de circuitos “Estados Unidos e Canadá para Brasileiros”, a CVC oferece uma promoção que dá 50% de desconto para o segundo passageiro na parte terrestre de determinados roteiros.
A oferta é válida nas compras realizadas até 27 de março para os circuitos “Brasileiros na Califórnia e Las Vegas” e “Brasileiros no Leste Canadense”, tanto para a série "Conquista Flex" quanto a "Mais". Os embarques devem ser programados a partir de maio de 2017 até dezembro de 2018.
De acordo com a operadora, os roteiros incluem hospedagem com café da manhã, percurso em ônibus de turismo entre as cidades do roteiro, guia em português, transporte aeroporto–hotel–aeroporto, passeios selecionados. É possível parcelar o pagamento em até 12 vezes sem juros.
Com duração de 11 dias, o roteiro pelo Estados Unidos, por exemplo, conta com visitas a São Francisco, São Luis Obispo, Los Angeles e Las Vegas, além de passeios para Monterrey, Carmel e Napa Valley. O preço é a partir de US$ 2.247 para o primeiro passageiro em apartamento duplo.


(Fonte : Panrotas / Imagem divulgação)

terça-feira, 14 de março de 2017

Regra de bilhete aéreo estreia com veto na Justiça e dúvidas


As novas regras do setor aéreo sobre bagagens, compra de passagens e adiamento de viagens começam a valer nesta terça (14), mas com um de seus artigos suspensos pela Justiça e uma série de dúvidas aos passageiros.
Na véspera, a pedido do Ministério Público Federal, uma decisão liminar da Justiça Federal suspendeu a regra que autorizaria a cobrança por bagagens despachadas em voos domésticos e internacionais. Essa norma havia sido aprovada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em meio a um novo marco regulatório para o setor. A agência vai recorrer dessa decisão judicial.
A Procuradoria alega que a cobrança por despacho de bagagem fere os direitos do consumidor e levará à piora dos serviços mais baratos prestados pelas aéreas.
Hoje, quem compra uma passagem aérea tem o direito de despachar uma bagagem de até 23 kg, em voos domésticos (em voos internacionais, a franquia é de duas bagagens de 32 kg). Este serviço já é embutido no preço do bilhete.
Com as novas regras, as companhias teriam o direito de cobrar pelo despacho de bagagens em passagens emitidas a partir desta terça.
A primeira justificativa é a de que o modelo atual é defasado frente às práticas internacionais. Segundo a Iata (Associação Internacional de Aviação Civil), apenas a Venezuela tem franquias de bagagens reguladas pelo governo. Segundo a Anac, outra razão para a mudança é corrigir injustiças tarifárias aplicadas ao passageiro que não despacha bagagens e que, na teoria, também paga pelo serviço. Estima-se que 35% dos passageiros de aviões no país não despachem suas malas.
A Iata e a Abear (associação que representa as companhias aéreas brasileiras) foram favoráveis à possibilidade de cobrança pelas bagagens e disseram que a mudança estava dentro do contexto de desregulamentação do setor que, desde 2002, reduziu em 50% o preço médio das passagens.
Três das quatro maiores empresas do setor aéreo brasileiro já haviam anunciado que alterariam suas tarifas para contemplar a mudança. As companhias disseram que a tendência era a de que o preço das passagens cairia.
A Latam, por exemplo, estimou uma redução em 20% no preço das tarifas mais baratas da empresa ao longo dos próximos três anos.
Segundo o presidente da comissão de direitos do consumidor da OAB, no entanto, as novas regras da Anac não garantem a redução das passagens. "Em momento algum a portaria trata de redução de tarifas. Não há previsão de fiscalização ou de punições às empresas que não reduzirem suas passagens", diz Marco Antonio Junior.
Na sentença que suspendeu liminarmente a cobrança, o juiz federal José Henrique Prescendo atenta-se à mesma questão.
"Há apenas uma suposição da Anac de que isso [a redução gradual das passagens] venha a ocorrer. Todavia, na prática será muito difícil constatar isso, uma vez que o preço das passagens varia muito conforme a companhia aérea, o dia da semana, a proximidade do voo, o fato de ser realizado em feriado prolongado, o trajeto ou o horário".
A Abear acredita que a liminar será revertida.

OUTRAS MUDANÇAS
As outras medidas aprovadas pela Anac em dezembro não foram suspensas pela Justiça e entrarão em vigor nesta terça-feira.
Entre elas está o direito de levar bagagens de mão de 10 kg à bordo. Pela regra antiga, o passageiro poderia levar no máximo 5 kg. A ampliação deste limite veio justamente para compensar a possibilidade de cobrança do despacho de bagagens.
Outra alteração é a possibilidade de cancelamento sem custos de uma passagem, caso a desistência do viajante ocorra até 24 horas após a compra e sete dias antes do voo.
As regras também mudarão caso um passageiro não consiga embarcar devido overbooking. Ele deverá ser imediatamente indenizado no valor de R$ 1.000 para voos nacionais e de R$ 2.000 para voos internacionais.
Além disso, caso o passageiro perca o voo de ida ao seu destino, ele ainda terá direito ao voo de volta, desde que informe com antecedência à companhia aérea que terá condições de viajar no segundo trecho. Até hoje, ao perder o primeiro voo, o passageiro perdia automaticamente o trecho de volta.


(Fonte : Jornal Folha de SP / Imagem divulgação)

Novas regras não tratam apenas de bagagens; veja o que entra em vigor hoje


Embora a justiça tenha barrado a cobrança por bagagens despachadas, as novas regras para a aviação civil que entram em vigor nesta terça-feira (14) não tratam apenas deste tema. Entre os temas tratados na resolução da Anac está a reserva garantida para a volta em caso de cancelamento da ida e a desistência da compra em até 24 horas após a compra e sete dias antes do embarque. Veja abaixo tudo que está previsto na resolução:

DIREITO DE DESISTÊNCIA O passageiro poderá cancelar a viagem sem custo e sem a necessidade de informar à empresa em até 24 horas após a compra, desde que com até sete dias antes do voo.

PREÇO FINAL A oferta de passagem terá que constar o preço com todas as taxas obrigatórias. As taxas só aparecem depois da oferta.
Serviço Adicional – Existirá uma proibição para que os serviços adicionais como seguros sejam pré-selecionados.
Correção do nome sem custo até o check-in – As empresas não poderão cobrar a correção do nome em caso de erro de registro, diferentemente do que acontece atualmente, quando a companhia pode recusar a mudança e cobrar por um novo bilhete.

MUDANÇA DE HORÁRIO DE VOO Alterações da empresa de mais de 30 minutos em voos nacionais geram remarcação ou o direito de reembolso automático. Atualmente, as empresas já fazem isso, mas não seguem qualquer regra obrigatória.
Cancelamento de retorno – Será proibido o cancelamento automático de retorno caso o passageiro perca o voo de ida. Atualmente, o cancelamento é automático.
PRAZO PARA REEMBOLSO  Será de apenas sete dias, diferente do que é praticado atualmente, com até 30 dias de prazo, mas podendo demorar mais em caso de compra indireta

MULTAS Não poderão ultrapassar o valor pago pelo passageiro e é garantida a restituição da tarifa de embarque. Atualmente, a companhia pode cobrar mais de uma multa, mais de 100% da passagem.

PRETERIÇÃO As companhias serão obrigadas a indenizar de forma imediata os passageiros preteridos, em casos de overbookings com até R$ 1.000 para voos nacionais e R$ 2.000 para internacionais.


(Fonte : Mercado & Eventos / Imagem divulgação)

Novas tarifas ajudam na retomada da aviação, diz Latam


A presidente da Latam Airlines Brasil, Claudia Sender, acredita na retomada da indústria e da economia a partir do segundo semestre deste ano.
Mas confiança não é o bastante. De acordo com ela, o País precisa passar por uma série de mudanças na esfera política, como a a aprovação da polêmica PEC dos gastos públicos e a Reforma da Previdência. Para a dirigente, essas transformações ajudariam o consumidor e as empresas, incluindo as aéreas, a enxergarem os investimentos de maneira mais positiva no longo prazo.
“Se a reforma [da Previdência não for feita], em 25 ou 30 anos o Brasil vai estar quebrado. Os investidores de concessões não vão acreditar mais no país e cortarão a injeção do capital estrangeiro, tão necessário para o setor. Essas reformas vão trazer mais competitividade para o País e haverá retomada de investimentos. Quem tem mais competitividade, tem custo controlado e o passageiro [se beneficia] com preços mais competitivos”, declarou Claudia.
Para a presidente da Latam Brasil, a nova classe tarifária das companhias aéreas, instaurada após a cobrança de bagagem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é uma das medidas que irá aumentar o número de viajantes domésticos.
Com mais de 206 milhões de habitantes, o Brasil tem cerca de 90 milhões de viajantes, uma taxa de 0,45 ponto por habitante. O Chile, o país da fusão com a antiga Tam, com cerca de 18 milhões de cidadãos, tem o dobro do índice, com 0,9. “Imagine se chegássemos ao patamar do Chile”, sugeriu.


(Fonte : Panrotas / Imagem divulgação)

Azul suspende tarifas promocionais após veto a cobrança de bagagens


A Azul informa que por conta da decisão da Justiça de São Paulo, que suspendeu os artigos 13 e 14 da Resolução no. 400 da Anac relativos à franquia de bagagem, a  companhia cancelou as tarifas promocionais – que começariam nesta terça feira (14)– para os clientes sem bagagem conforme anunciado semana passada.
A redução de tarifa chegava a 30% em algumas rotas, como Viracopos-Curitiba. As novas regras beneficiariam os clientes, favorecendo uma cobrança mais justa na qual só se paga pelo serviço usado. Além disso, estimulariam a livre concorrência e estão em linha com práticas mundiais.


(Fonte : Mercado & Eventos / Imagem divulgação)

Três grupos estrangeiros desistem de leilão de aeroportos brasileiros

 

Ao menos três grupos desistiram de participar do leilão de concessão dos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), marcado para quinta-feira (16).
O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões com as outorgas nessa rodada de licitação de aeroportos. Os vencedores investirão R$ 6,6 bilhões.
A CCR, que já opera em Confins (MG) com a suíça Zurich e com a Infraero; a espanhola OHL e o Pátria Investimentos, que estudava parceria com a alemã AviAlliance, decidiram não concorrer.
Até a conclusão deste texto, estavam no pleito a operadora alemã Fraport, a francesa Vinci Airports e a Corporación América, da Argentina.
A Fraport é sócia da Infraero em uma subsidiária da estatal brasileira, e a Corporación América cuida dos aeroportos de Brasília (DF) e São Gonçalo do Amarante (RN).
O governo espera de que a operadora suíça Zurich também dê lance no leilão. O grupo pretendia participar da nova rodada de licitações com o fundo brasileiro Vinci. Mas eles se desentenderam.
Os espanhóis da Aena também se mostraram interessados, mas as chances de apresentarem proposta são consideradas pequenas pelo governo. O grupo queria modificações no edital para facilitar sua instalação no país.
Foram apresentadas propostas para todos os aeroportos. Três deles têm mais de um interessado.
Fortaleza é o que desperta mais interesse, porque poderá ser convertido em "hub" internacional, um centro de conexão de voos que chegam da Europa e dos EUA para outros destinos na América Latina. Por isso, é o aeroporto pelo qual o governo pede mais: R$ 1,44 bilhão de lance mínimo. O investimento será de R$ 1,4 bilhão em 30 anos.
Em relação a Porto Alegre e Salvador, são apontadas dificuldades de engenharia e riscos ambientais.

RAZÕES DA DESISTÊNCIA

Segundo o diretor de novos negócios da CCR, Leonardo Vianna, os quatro aeroportos exigirão investimentos maiores do que o previsto e trarão receitas menores.
Por esse motivo, houve tentativas de impugnar o leilão, mas sem sucesso.
"Os estudos de demanda foram realizados no fim do ano passado, e há uma defasagem que chega a 19%, no caso do aeroporto de Salvador", disse Vianna.
Nos bastidores, o governo também considera que a ausência da CCR se deve à discussão na Infraero em torno da reabertura do aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, para voos de fora do Estado. Caso siga adiante, essa medida vai retirar passageiros de Confins, que fica distante da capital de Minas, prejudicando ainda mais a rentabilidade do aeroporto.
Vianna nega que essa situação seja o motivo.
Folha apurou que um dos motivos da desistência da OHL é que o modelo do leilão contempla um crescimento da economia e da demanda fora da realidade.
O Pátria não informou a razão da desistência.


(Fonte : Jornal Folha de SP / Imagem divulgação)