quinta-feira, 8 de abril de 2010

ABIH APROVA IMPLANTAÇÃO DO SELO DE QUALIDADE PROPOSTO PARA HOTELARIA

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Álvaro Bezerra de Mello, considera que a utilização do Selo de Qualidade proposto pelo Ministério do Turismo dentro do novo programa de classificação hoteleira será um instrumento útil que serve de referêncial para os hóspedes.
Segundo o dirigente o Selo de Qualidade poderá servir de orientação aos turistas e torcedores que vierem ao Brasil para a Copa em 2014. "Tivemos esta semana uma apresentação do modelo chileno e o Selo de Qualidade será um comprovante que o hotel atende as exigências mínimas exigidas pelo Ministério do Turismo e o Inmetro", explica.
Álvaro Bezerra de Mello confirmou que o tema Copa do Mundo será objeto de ampla discussão durante o próximo Conotel. O processo de implantação do Selo de Qualidade ainda não tem data definida mas segundo o próprio MTur deve já estar sendo utilizado a partir do próximo ano

(Fonte – Mercado & Eventos)

TURISMO NO RIO VOLTA A SE NORMALIZAR


De acordo com a Riotur, equipamentos e serviços turísticos voltam a funcionar regularmente no Rio, após as fortes chuvas que castigaram a cidade. O bondinho do Pão de Açúcar, na Urca, na Zona Sul do Rio, funcionou na terça, dia 6 até as 17 horas, quando as viagens foram interrompidas por conta dos ventos fortes. Hoje o funcionamento foi normal o dia inteiro, segundo.
A visitação ao Cristo Redentor só deve ser retomada a partir de amanhã, dia 8, caso não chova mais na cidade. Como houve queda de barreiras no trajeto da linha férrea, o Trem do Corcovado só deve voltar a funcionar na sexta-feira, dia 9.
Situados próximos à Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos locais mais afetados pela chuva, o Jardim Botânico e o Parque da Catacumba não abriram suas portas nesta quinta para realizar uma operação de limpeza. Caso não ocorram novos temporais, o funcionamento será retomado amanhã. Já o Circuito de Arvorismo no Parque da Catacumba será reiniciado na sexta-feira. Apenas a visitação turística ao Maracanã ainda não tem previsão de retorno.

(Fonte Brasilturis Jornal – Foto http://fotos-gratis-do-brasil.blogspot.com/2009/05/rio-de-janeiro.html)

SELO DE QUALIDADE E CLASSFICAÇÃO HOTELEIRA EM DEBATE

O Brasil segue tendência mundial e o MTur discute critérios para que equipamentos turísticos se enquadrem em padrão internacional

- “É como se o selo de qualidade fosse o software, e a classificação, o hardware.” Com essa analogia, o consultor em Turismo, José Augusto Abreu, ilustra a diferença entre o selo de qualidade e a classificação hoteleira, processos que estão sendo implantados pelo Ministério do Turismo (MTur), para a qualificação dos produtos, equipamentos e serviços turísticos brasileiros.“O selo requer atendimento a requisitos mínimos estabelecidos para a prestação de serviços. Por outro lado, a classificação enquadra o empreendimento numa tipologia previamente estabelecida, com foco nos aspectos físicos” esclareceu Abreu, em palestra no Seminário Qualidade no Turismo (Qualtur 2010), promovido pelo MTur, no Rio de Janeiro (RJ), nesta terça-feira (07).
No âmbito do Programa de Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos, um dos macroprogramas do Plano Nacional de Turismo (PNT), o MTur trabalha, no momento, para implantar o selo e na construção de matrizes de classificação dos meios de hospedagem. “O Brasil está seguindo uma tendência mundial de aumentar a competitividade do turismo, qualificando seus produtos”, afirma o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, citando exemplos como a Espanha e o Chile, países que enviaram representantes para fazer palestras no Qualtur.
O Selo de Qualidade Nacional de Turismo, criado em 2007 pela Lei 11.637, será concedido aos prestadores de serviços, empreendimentos e produtos turísticos que cumprirem requisitos de melhoria de qualidade estabelecidos pela legislação. A classificação vai enquadrar os alojamentos em categorias identificada com estrelas (de uma a cinco).

(Fonte – Ministério do Turismo)

SALÃO DE TURISMO DO RIO RECEBERÁ AGENTES SUL-AMERICANOS


O Salão de Turismo do Estado do Rio de Janeiro 2010 fechou uma parceria com a empresa aérea TACA para trazer 11 agentes de viagem sul-americanos para o evento, que ocorre nos dias 23 e 24, em Paraty.
Duas agências foram convidadas para representar cada destino: México (Juliatours e Quality), Venezuela (ATOM e Turaser), Colombia (Galeón e Global Tourist Market), Equador (Salmor e Reps. Internacionales). O Peru enviará três agências (American Reps, Destinos Mundiales e Viajes Falabella).

Informações: www.salaodeturismorj.com.br

(Fonte Brasilturis Jornal)

FLUXO DE DÓLARES PARA O PAÍS VOLTA A FICAR POSITIVO


O fluxo de dólares para o país voltou a ficar positivo em março e registrou o melhor resultado em quatro meses. A entrada de moeda estrangeira superou a saída em US$ 2,1 bilhões, segundo dados do Banco Central.
O resultado se deve ao aumento das exportações, que somaram US$ 16 bilhões, o maior volume desde setembro de 2008. Na área financeira, por outro lado, saíram US$ 280 milhões, primeiro resultado negativo desde abril de 2009.Entre janeiro e março, entraram US$ 2,8 bilhões, resultado impulsionado pelas operações financeiras, já que, no cenário trimestral, o comércio exterior ainda registra saldo negativo.
Com a volta dos dólares, o BC retomou a compra da moeda em março (adquiriu US$ 2,9 bilhões), para reforçar reservas.


(Fonte – Jornal Folha de S. Paulo – Foto 4.bp.blogspot.com)

GRANDE HOTEL SÃO PEDRO LANÇA CARTA DE CACHAÇAS


O Grande Hotel São Pedro - Hotel-escola Senac (http://www.grandehotelsenac.com.br/), em Águas de São Pedro, lançou sua nova carta de cachaças, com 22 rótulos de bebidas de Estados produtores como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba. Entre as marcas está a Anísio Santiago, que custa R$ 29 a dose. A carta ainda traz informações sobre origens e fabricação, entre outras.

(Fonte – Jornal Folha de S. Paulo)

CAMA E CAFÉ – MEIO DE HOSPEDAGEM SERÁ DEBATIDO NO RIO DE JANEIRO

Evento dá continuidade as discussões da nova classificação hoteleira

O Ministério do Turismo (MTur) promove nos dias 08 e 09 de abril, no Rio de Janeiro (RJ), a oficina sobre os meios de hospedagem Cama e Café. Representantes do setor, empresários e estudantes irão sugerir matrizes que darão embasamento para a nova classificação.
O evento dá continuidade às discussões sobre as novas matrizes hoteleiras. O evento é uma parceria entre o MTur, o Inmetro e a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM), visando os princípios da Legalidade, Consistência, Transparência, Simplicidade, Agregação de Valor, Imparcialidade, Melhoria Contínua e Flexibilidade.

(Fonte – Ministério do Turismo)

TRABALHO VOLUNTÁRIO LEVA À ÁFRICA DO SUL


A CI (http://www.ci.com.br/), empresa voltada para intercâmbios, oferece diferentes programas de trabalho voluntário na África do Sul, sede da Copa do Mundo, neste ano. É preciso ser maior de 18 anos, falar inglês básico e estar em boa forma física.

(Fonte – Jornal Folha de S. Paulo – Imagem 3.bp.blogspot.com/_N7qno7a5_DU/)

INTERCÂMBIO TEM OPÇÃO DE TRABALHO

A Experimento (www.experimento.org.br) oferece uma série de programas de intercâmbio combinados com trabalho nos EUA. Universitários podem optar pelo Work Adventures; há ainda trabalho temporário, programas de trainee e de au pair.

(Fonte – Jornal Folha de S. Paulo)

AMAZÔNIA APROVA ADICIONAL PARA SUBSIDIAR LINHAS AÉREAS REGIONAIS


A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 5994/09, do deputado Marcelo Teixeira (PR-CE), que cria uma tarifa de 0,5% sobre o preço das passagens aéreas para subsidiar as linhas regionais “suplementadas” (que interligam dois lugares das regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste, desde que um deles apresente baixo ou médio potencial de tráfego). De acordo com o projeto, o adicional tarifário será recolhido pelas empresas aéreas.
O projeto remete para a regulamentação da lei o estabelecimento das condições de fiscalização da arrecadação e da aplicação dos recursos provenientes do adicional tarifário, bem como as penalidades cabíveis em caso de descumprimento do disposto na proposição.
“Não temos dúvidas que a interligação das comunidades de pequeno e médio porte à malha aeroviária nacional é imprescindível para a integração e o desenvolvimento do País, uma vez que viabiliza as atividades turísticas, os negócios e o lazer”, disse o relator do projeto, deputado Silas Câmara (PSDB-MG).
O autor explica que, até os anos 90, havia um adicional de 3% sobre os preços das passagens aéreas, que era destinado ao apoio às linhas regionais. Com a mudança no critério de distribuição de linhas e o questionamento judicial da cobrança, ele deixou de ser cobrado e acabou o apoio às linhas regionais. O resultado, afirmou o deputado, foi a diminuição do número de linhas.
Marcelo Teixeira argumenta também que o adicional não representa um grande ônus sobre as passagens aéreas. O deputado explicou que não houve uma condenação judicial à cobrança do adicional tarifário em razão de incompatibilidade do mecanismo com a Constituição e que o único problema era por não ter sido criado por lei.

Tramitação


A proposta, que tramita de forma conclusiva, ainda será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

(Fonte – Ag. Câmara de Notícias - Foto Divulgação)

SEGURIDADE APROVA BRINQUEDOS ADAPTADOS A DEFICIENTES EM PARQUINHOS

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta quarta-feira a exigência de que playgrounds e parquinhos de todo o País tenham brinquedos adaptados para crianças com deficiência. A medida é prevista no Projeto de Lei 3750/08, da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES).
Na opinião da relatora, deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), o projeto vai permitir a socialização das crianças com deficiência junto com as demais. "A inclusão social da pessoa com deficiência demanda prioridade no planejamento e execução de políticas públicas", afirma.

Milhões de deficientes


De acordo com a deputada dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2000, mostram que 14,5 % da população brasileira tem alguma deficiência. "Isso representa cerca de 24,5 milhões de pessoas", calcula.
Pelaes lembra ainda que, hoje, a maioria dos parques públicos não são adaptados para as crianças com deficiência. "Em muitos casos, essas crianças não podem nem contar com a ajuda dos pais porque muitos dos brinquedos não são acessíveis aos adultos", acrescenta.

Tramitação


A proposta segue para análise conclusiva das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

(Fonte – Ag. Câmara de Notícias)

RIO BOAT SHOW ADIADO


Em virtude dos últimos acontecimentos decorrentes das fortes chuvas na cidade do Rio de Janeiro, a abertura do RIO BOAT SHOW 2010 foi adiada para sábado, dia 10 de abril, às 12 horas. A direção do evento, que aconteceria a partir de quinta, dia 8, decidiu pela mudança de data por entender que esse é um momento de reorganização da cidade.
O 1º Forum Nacional para o Desenvolvimento do Turismo Náutico Brasileiro, do Ministério do Turismo, que abre o ciclo de palestras do RIO BOAT SHOW, também teve o início adiado para o dia 10 de abril.
O RIO BOAT SHOW 2010 acontece entre os dias 10 e 16 de abril na Marina da Glória. Toda a programação do evento será mantida.

(Fonte : In Press Porter Novelli)

FÉRIAS


A agência de viagens Decolar.com abre dois novos escritórios, no Panamá e na Costa Rica. Com as novas operações, a empresa passa a atuar em 12 países da América Latina. Para o primeiro ano das operações, o grupo estima faturamento de cerca de US$ 6 milhões nos dois países. "Panamá e Costa Rica oferecem um interessante potencial de crescimento do mercado de viagens na internet", diz Alípio Camanzano, presidente da Decolar.com no Brasil.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

TAM INVESTE MAIS PARA AMPLIAR A FROTA


Depois de um ano em que sua receita caiu 6,5% por causa da guerra tarifária e em que perdeu participação de mercado para a rival Gol e outros concorrentes de menor porte, a TAM tem expectativas otimistas para 2010. O crescimento da demanda por voos domésticos fez a empresa aumentar em cerca de US$ 200 milhões seu plano de investimentos em frota, conta seu presidente Líbano Barroso. Agora, a companhia vai investir o equivalente a US$ 800 milhões para ter 148 aeronaves. A ideia anterior era fechar 2010 com 137 aviões. O aumento líquido de aeronaves, que no plano inicial era de 5 unidades, passou a ser de 11 aviões.
Em entrevista ao Valor, Líbano forneceu ainda novas projeções para 2010: a receita de serviços auxiliares (tudo o que não é passagem aérea) vai passar dos atuais 22% para 25%. Essa meta será alcançada, diz o executivo, com a oferta de serviços que estão em fase de teste nos voos internacionais, como a cobrança maior por assentos com mais conforto, como os das primeiras fileiras e próximos à saída de emergência, por exemplo. Caso essa novidade vingue, será adotada nos voos domésticos. No ano passado, a receita líquida total da TAM foi de R$ 9,9 bilhões.
Líbano acredita que a classe C tem potencial para aumentar o seu peso relativo no total de viajantes embarcados, atualmente em 6%. Em 2006, essa participação era de apenas 2%, mas já foi de 9% em 2008. Um dos meios para expandir a presença desse tipo de consumidor serão as lojas de rua da TAM Viagens. Em dois anos, a TAM pretende ampliar sua rede de 70 para 200 pontos de venda. Ainda com foco nesse público, a empresa assinou ontem um convênio com a Caixa Econômica Federal, que permitirá financiar pacotes de viagens em até 24 meses, inclusive para não correntistas do banco.
Na avaliação do executivo, a maior companhia aérea do país tem a aprender com a Pantanal, aérea regional adquirida em dezembro. O nome da empresa será mantido. A aquisição foi estratégica para o plano de transformar a TAM em uma companhia que atenda o cliente desde sua cidade de origem, muitas vezes no interior, até destinos globais. "Queremos ter um único despacho de bagagem de Bauru a Pequim", diz. Na outra ponta, para ampliar sua oferta no exterior, a empresa conta com a entrada na aliança internacional Star Alliance, que será oficializada em 13 de maio.


A seguir, os principais trechos da entrevista:

Valor: O ano passado foi marcado por uma guerra tarifária que reduziu a receita das empresas. Como será 2010?
Líbano Barroso: Nós entramos em 2009 com a maior crise financeira dos últimos 80 anos. Isso causou muita incerteza de como a economia iria reagir e fez com que as companhias estimulassem muito a demanda. O lado bom é que conseguimos estimular a demanda. No ano, o setor deve crescer entre 14% e 18% no mercado doméstico. Cada vez mais o passageiro vê que viajar de avião é acessível. Qual a nossa visão para 2010? Nossa projeção é de 5% de recuperação de preço no mercado doméstico e no internacional deve recuperar entre 10% e 15% em dólares. Nós esperamos guerra tarifária? Não esperamos. A tendência é de racionalidade. Se você tem demanda, para que guerra tarifária?
Valor: No ano passado a concorrência aumentou e a TAM perdeu mercado...
Líbano: Perda de mercado é muito mais efeito matemático, porque todo o novo entrante dilui a participação de todos. Nós crescemos menos do que o mercado. Porém, se você olha a base que tínhamos, você está comparando com uma base que já era boa. Quando se faz uma comparação dos concorrentes que têm, uma base bem menor, o crescimento deles é muito mais alto. O que estamos buscando é o equilíbrio entre uma participação de mercado que nos dê capacidade de oferecer malha para o cliente voar e rentabilidade. Perseguimos um "market share", um número mágico? Não. Queremos a liderança nos pares de cidades de maior tráfego, com rentabilidade. Concorrência sempre vai ter.
Valor: A TAM vai aumentar preço porque a concorrência vai aderir a esse movimento?
Líbano: É racional, porque os preços estão, na comparação anual, cerca de 20% abaixo de 2008. Então é muito razoável que se recupere. Estou falando em termos nominais. Se você coloca a inflação então, os preços vão subir de 25% a 30%.
Valor: E qual será a estratégia para a classe C?
Líbano: Nós temos uma abordagem para o cliente que voa mais e para o que voa menos. O que voa menos, falando da classe C, de renda familiar de R$ 1,1 mil até R$ 4,2 mil, no último ano representou 6% dos nossos passageiros. Em 2008 chegou a representar até mais, 9%. É preciso vencer a barreira cultural de que viajar de avião é acessível, então é preciso um canal de comunicação. Em segundo, oferecer uma forma de financiar para caber no orçamento. Há dois anos participamos com a TAM Viagens na Super Casas Bahia. Agora assinamos um acordo com a Caixa Econômica Federal para financiar pacotes de até R$ 10 mil.
Valor: Valor: Este ano qual vai ser o peso da classe C para a TAM?
Líbano: Não temos projeção. Se considerarmos que crescerá igual ao consumo no país, em torno de 12% a 15% ao ano, então pode aumentar nessa proporção.
Valor: A TAM pretende abrir lojas de rua para estar perto desse consumidor?
Líbano: Aí vem a TAM Viagens, que vende pacote turístico, mas também passagem. Vamos aumentar de 70 para 200 lojas em dois anos.
Valor: Depois de anunciar voos do Rio para Frankfurt e Londres, a TAM pode ter mais rotas internacionais este ano?
Líbano: Não, acho que não. Já está definida a malha internacional.
Valor: E os voos para Frankfurt e Londres poderão ser diários?
Líbano: Não neste ano, mas a ideia é avaliar essas rotas para se tornarem diárias no futuro. Então vamos iniciar Frankfurt cinco vezes por semana, do Rio, e Londres três vezes por semana. Nós temos Nova York quatro vezes por semana do Rio.
Valor: Qual o plano para os voos no mercado doméstico?
Líbano: Vamos aumentar a oferta de assentos. Estamos em 43 destinos, nas principais cidades. E a ideia é expandir mais frequências onde nós já estamos.
Valor: Mas esse número de 43 poderá ser maior em 2010?
Líbano: Pode ser maior. Não temos o número ainda porque estamos finalizando a malha da Pantanal. O crescimento de novos destinos acontecerá mais por ela.
Valor: Como será a operação da Pantanal? O nome vai permanecer?
Líbano: Vamos manter o nome Pantanal. Parece paradoxal, mas no mesmo momento que estamos entrando numa aliança global, temos na outra ponta a Pantanal, que atende cidades de média densidade. Mas faz sentido. Hoje o viajante do interior vai para fora. Queremos ter um único despacho de bagagem de Bauru a Pequim.
Valor: Como a Pantanal é uma empresa de menor escala, ele será o instrunento para concorrer com as empresas de médio porte?
Líbano: Queremos aprender muito com a Pantanal, porque ela soube manter uma malha de qualidade, claro que reduzida ao longo do tempo por dificuldades financeiras. Mas ela tem processos simples que podem nos ensinar muita coisa. Ao fazer uma integração total e imediata, em que se tira a marca e tudo vira TAM, você perde oportunidade de visitar esse processo e ver que soluções simples podem representar redução de custos na TAM.
Valor: Depois da Pantanal, pensam em outras aquisições?
Líbano: Hoje não temos nenhum alvo em vista. Achamos que tem um espaço de crescimento significativo [com a mesma estrutura]. Cidades de médio porte crescem mais que as de grande porte.
Valor: Vocês revisaram o plano de frota para cima? Qual o motivo?
Líbano: Revisamos por causa da Pantanal e do crescimento do mercado. São seis aeronaves adicionais ao que era previsto antes, mais cinco da Pantanal.
Valor: A alta de 9,77% no preço do querosene de aviação (QAV) até abril mudou a política de hedge de combustível?
Líbano: Não mudamos a política de hedge. Acreditamos que o dólar vai ficar em R$ 1,81 com o barril a US$ 85. Ano passado foi um dólar médio de R$ 2 com o barril a US$ 62. Nossa previsão para o ano é de aumento mais ou menos de 16% do QAV.
Valor: Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a TAM foi a empresa que mais atrasou voos nos cinco meses até fevereiro. Por que isso tem acontecido e o que está sendo feito a respeito?
Líbano: Nos últimos dias isso já mudou sensivelmente. Nos atrasos, 50% é questão meteorológica, 50% são questões de gestão da própria companhia. Um voo que vem do Norte com algum atraso tem conexão e impacta a malha doméstica também. Isso aconteceu muito em janeiro, fevereiro com nevascas no hemisfério Norte. Em março já tivemos uma recuperação importante da pontualidade.
Valor: Quais foram os problemas de gestão?
Líbano: Aumentamos o número de horas voadas por aeronave a partir de novembro e dezembro. Isso tem impacto inicial na malha, tem um aprendizado dessa nova eficiência e que vem com o tempo. Reduzir o tempo de solo, melhores processos, mais pessoas nos aeroportos. Trocamos todo o sistema de check-in, reserva e vendas. Isso também gera uma certa lentidão. Estamos prontos desde abril para ter uma operação mais eficiente.
Valor: Qual é hoje a representatividade de outras receitas na TAM e como ela fecha em 2010?
Líbano: Elas representaram 22% das nossas receitas. São cargas, o programa de fidelidade, manutenção para terceiros e outras, como taxa por excesso de bagagem. A gente espera este ano em torno de 25%.
Valor: Pensam em cobrar pelo serviço a bordo ou outros serviços?
Líbano: Começamos na semana passada, a oferecer o "duty free" a bordo na Europa e EUA, mas para o serviço de bordo não temos plano. E estamos fazendo um teste no internacional, de cobrar a marcação de assentos. Não é o conceito de "low cost" [baixo custo], mas de conveniência. Se quiser ir no assento de emergência ou primeira fila podemos cobrar a mais. Em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Curitiba coletamos a bagagem na sua casa e entregamos no destino.
Valor: Como vê a TAM do futuro?
Líbano: Vemos a TAM daqui a cinco ou 10 anos como uma corporação de negócios ligado à aviação, sendo a espinha dorsal do grupo a operação aérea. Vemos a operação aérea forte, consolidada na América do Sul, Estados Unidos e Europa e usando a potencialidade da aliança global. Hoje não temos planos de fazer voos para Ásia, mas achamos que vamos aumentar muito o tráfego para Ásia via aliança. Vemos cada vez mais a consolidação da TAM como a companhia internacional brasileira. Em dois ou três anos vamos assumir essa posição, de ter mais estrangeiros voando na TAM.
Valor: Dentro dessa visão de futuro, quando chegarão os modelos da Airbus A350?
Líbano: A partir de 2013 seremos os lançadores do A350. Em 2013 recebemos dois, em 2014 quatro. Começaremos então a substituir o A330 pelo A350, que é um avião 20% mais leve, 20% mais eficiente em combustível, leva mais passageiros. O A330 tem 220 passageiros em três classes. O A350-800 tem 250 passageiros e o A350-900 tem 300 passageiros. Eles serão usados nas rotas que operamos hoje, mas vamos aumentar a capacidade, basicamente nos Estados Unidos e Europa.
Valor: Qual será o investimento em frota no longo prazo?
Líbano: O investimento em frota e peças até 2022 será de US$ 6,9 bilhões.
Valor: E qual será o investimento em frota apenas em 2010?
Líbano: Uns US$ 800 milhões. Com a revisão aumentamos uns US$ 200 milhões. São recursos de geração de caixa mais financiamento

(Fonte – Jornal Valor Econômico)