terça-feira, 9 de julho de 2013

FRONTEIRA SUL GANHA CENTROS DE ATENDIMENTO AO TURISTA


 
A região de fronteira do Brasil com a Argentina e o Uruguai ganhará nove Centros de Atendimento ao Turista (CAT) até junho de 2014. Com investimento total de R$ 4,8 milhões do Ministério do Turismo e da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, o projeto visa melhorar o atendimento aos visitantes de países vizinhos, principais emissores sul-americanos de turistas para o Brasil. Foram R$ 4 milhões do MTur e R$ 872 mil da Secretaria de Estado de Turismo.
As primeiras cinco unidades, com conclusão prevista para o início do próximo ano serão implantadas em Porto Mauá, Porto Xavier e Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, e em Quaraí e Jaguarão, na divisa com o Uruguai. Na segunda etapa serão contemplados os municípios de Bagé, Santana do Livramento, São Borja e Santa Vitória do Palmar. A parceria entre o MTur e a Secretaria de Estado de Turismo prevê ainda a construção de um CAT em Porto Alegre, além da reforma dos CATs do Aeroporto Internacional Salgado Filho e da Rodoviária da capital.
"No ano passado destinamos R$ 116 milhões para as cidades-sede para implantação de CATs e também para obras de acessibilidade e sinalização turística”, afirma o secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo do MTur, Fábio Mota. Segundo ele, são obras que atendem a matriz de responsabilidades do governo federal para a Copa do Mundo.
A secretária de Turismo do Rio Grande do Sul, Abgail Pereira, afirma que os CATs funcionam como estratégia de gestão do estado, que aposta na perspectiva da criação das condições de atendimento e não apenas na prestação de informações. "Um centro, na nossa concepção, tem de acolher o turista e fazer um receptivo qualificado".
A Argentina, que enviou 1,67 milhões de turistas ao Brasil no ano passado, é o principal emissor de turistas para o país. O Uruguai é o quarto no ranking, depois dos Estados Unidos e da Alemanha. Cerca de 250 mil uruguaios visitaram destinos brasileiros em 2012.
 
(Fonte : MTur)

CRESCE A INTENÇÃO DE VIAGEM DO BRASILEIRO


 
A sondagem mensal realizada pelo Ministério do Turismo mostra que a intenção de viagem da população aumentou 9% em relação a junho do ano passado e alcançou o melhor resultado desde janeiro deste ano.
Em junho de 2012, 28% dos entrevistados declararam que pretendiam viajar até dezembro.  Agora, o percentual de respostas positivas chegou a 30,8%, o maior alcançado desde janeiro, de acordo com a Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem feita pela Fundação Getúlio Vargas para o MTur.
“Estes números refletem um período onde existem picos de crescimento de viagens como as férias de julho e o período do Natal”, afirma o diretor de Estudos e Pesquisas do MTur, José Francisco Lopes. 
A sondagem revela também que a maioria dos entrevistados, 71,8%, pretende viajar pelo Brasil. A opção de viagem para o exterior, que ficou em 26,8%, vem caindo desde abril, quando 30,6% disseram que pretendiam visitar destinos internacionais. O nível de indecisão em relação ao destino, Brasil ou exterior, também diminuiu em relação a junho do ano passado: de 8,3% para 1,4%.
A pesquisa é realizada mensalmente, por telefone, com duas mil pessoas de seis capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
 
(Fonte : MTur)

BRASILEIROS QUEREM VIAJAR PARA O NORDESTE


 
A maioria dos brasileiros que pretende viajar pelo Brasil até dezembro deste ano irá para algum destino do Nordeste. Mais de 55% dos entrevistados, em junho, em sondagem encomendada pelo Ministério do Turismo, apontaram a região como roteiro de viagem nos próximos seis meses.
Depois da região Nordeste, o Sudeste aparece como segundo destino, com indicação de 19,9% dos entrevistados que pretendem viajar. As posições vêm se mantendo desde janeiro passado, de acordo com a Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, realizada mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas nas seis maiores regiões metropolitanas do país.
A região Sul aparece com 11,9%, a Centro-Oeste com 9% e a Norte com 4% na indicação dos entrevistados em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Se comparado ao mês passado, houve aumento no percentual de entrevistados que pretendem viajar para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste e queda na intenção de viagem para o Sul e Sudeste.
A sondagem é realizada mensalmente em 2,1 mil domicílios e retrata a expectativa das famílias brasileiras de consumir os serviços relacionados ao turismo em um horizonte de seis meses.
 
(Fonte : MTur)

A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE PARA O TURISMO BRASILEIRO


 
As competições esportivas são cada vez mais importantes para o turismo brasileiro. Um estudo do Ministério do Turismo sobre características e dimensões do turismo doméstico no Brasil, feito em 2012, mostra que 1,6 milhão de viagens foram motivadas por eventos esportivos.
A etapa brasileira do Ironman, por exemplo, movimentou R$ 15 milhões nas imediações da praia de Jurerê, em Florianópolis (SC) e atraiu cerca de 2 mil triatletas brasileiros (71%) e estrangeiros (27%) no ano passado. Os visitantes passaram de 4 a 7 dias em Florianópolis e levaram pelo menos um acompanhante, de acordo com a Latins Sports, organizadora do evento.
As provas de atletismo são as que mais atraem turistas pelo Brasil. Cerca de 22 mil atletas de todos os estados estiveram no Rio de Janeiro para a Maratona Caixa. A maioria era do próprio estado (33%) e de São Paulo (19%). Havia 1.500 estrangeiros, de países como Japão, Austrália, Nova Zelândia, Noruega, Itália, Estados Unidos, México e Argentina. O número de participantes só não foi maior que o da Corrida Internacional de São Silvestre, prova de atletismo que ocorre na virada do ano em São Paulo e atraiu 25 mil atletas em sua última edição.
O automobilismo é outro evento importante para a economia turística do país. A realização do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 movimentou R$ 230 milhões durante o ano passado, entre investimentos de empresas particulares e gastos de turistas. O evento levou 69.984 visitantes para as arquibancadas de Interlagos, em São Paulo.
 
(Fonte : MTur)

ESPAÇO SERÁ DESTINO TURÍSTICO EM 5 ANOS E DARÁ ORIGEM A NOVO MERCADO


 
Tomar um refrigerante em um hotel lunar com vista para a Terra será possível em menos de 20 anos, segundo especialistas em turismo espacial, um novo ramo comercial que levanta questões típicas de histórias de ficção científica que ainda precisam de respostas baseadas em fatos reais.
O fundador da Space Tourism Society, John Spencer, disse à Agência Efe que a exploração econômica da órbita terrestre e dos corpos celestes próximos é inevitável. O que ainda não foi estabelecido é como a expansão humana pelo sistema solar será administrada.
Em meia década já será uma moda entre mais ricos experimentar a gravidade zero e tirar fotos da Terra à bordo de um voo da Virgin Galactic ou da SpaceX. Além disso, haverá uma estação orbital de uso turístico que será construída pela Bigelow Aerospace.
"Daqui a seis ou sete anos teremos o primeiro hotel no espaço com capacidade para 40 pessoas. Na próxima década, retornaremos à Lua e cinco anos mais tarde um hotel será construído lá", explicou Spencer.
Nessa época, a Planetary Resources estará perfurando algum dos 1.500 asteroides que orbitam regularmente próximos à Terra em busca de água e minerais, e saltos estratosféricos como o de Felix Baumgartner serão um novo tipo de esporte radical.
Os cruzeiros espaciais, as corridas de carros pela Lua, e a colonização de Marte parecem tecnicamente possíveis, mas fazer é mais fácil do que conseguir manter.
Para que estes avanços deem origem a um lucrativo mercado será necessária uma rede de serviços atualmente inexistente que facilite, entre outras coisas, que um hóspede lunar possa pagar uma bebida ou um passeio a uma cratera, responder e-mails e atualizar o perfil do Facebook.
"Qual é o endereço IP do espaço?", questiona em voz alta o diretor de comunicações do PayPal, Anuj Najjar, em entrevista à Efe sobre a iniciativa PayPal Galactic, apresentada oficialmente pela empresa, pertencente a eBay, em um evento na sede do Instituto SETI, na Califórnia.
O PayPal Galactic surge, segundo seus idealizadores, para fomentar um debate público que permita solucionar os desafios de fazer negócios fora do planeta.
"As perguntas são muitas e complexas para uma companhia possa respondê-las sozinha", disse Najjar. Ele acrescentou que o modelo de pagamentos do PayPal poderia ser utilizado no espaço se houvesse a infraestrutura adequada.
A Space Tourism Society e o SETI também apoiam o projeto do PayPal que ainda precisa do envolvimento de organismos internacionais e de países dispostos a fixar um marco regulador das atividades espaciais.
"Os governos se organizam, normalmente, no âmbito de fronteiras nacionais, mas discutimos desafios aos quais esses limites não se aplicam. Talvez os governos não sejam um modelo adequado, e devamos pensar em algum tipo de ONG", sugeriu Jill Tarter, diretor do SETI.
Tarter esclareceu que, no SETI, apenas um pequeno grupo de cientistas se dedica à busca de sinais alienígenas. A maioria deles são astrobiólogos que pesquisam a existência de vida no universo de maneira multidisciplinar, característica com a qual a iniciativa do PayPal Galactic se identifica.
"Acho que teremos que começar a pensar em algo equivalente à Teoria Especial da Relatividade de Einstein para as finanças e em como definimos o tempo quando nem todos estiverem na Terra, atual marco de referência", comentou a astrônoma cuja carreira inspirou a personagem de Jodi Foster no filme "Contato" (1997).
"Uma coisa é certa: não haverá dinheiro no espaço", afirmou Najjar que também não dúvida de que "o sistema bancário terá que ser adaptado" ao novo contexto. Isso poderia levar à criação de uma divisa específica, como os créditos imperiais de "Guerra nas Estrelas", os federais de "Jornada nas Estrelas" ou os cubits de "Galactica: Astronave de Combate".
 
(Fonte : EFE)

CRESCE O NÚMERO DE CADASTROS DE HOSPEDAGENS SIMPLES


 
Os proprietários e prestadores de serviços turísticos de hospedagem simples, do tipo albergues e cama e café, estão se movimentando para operar regularmente no país, revela números do Cadastur,  o sistema de cadastro dos prestadores de serviços turísticos, do Ministério do Turismo.  
Em 2010 eram apenas 27 hospedagens do tipo cama e café registradas. No ano passado, esse número passou para 71, um aumento de 162% em dois anos. O número de albergues atuando de forma regular também cresceu. Havia apenas 65 unidades cadastradas em 2010. No ano passado, o número passou para 79, um incremento de 21% em dois anos. Segundo o coordenador geral de Serviços Turísticos do Ministério do Turismo, Jair Galvão,  o crescimento se deve  “um maior entendimento da população sobre o que oferecem esses meios de hospedagem”.
Também houve um aumento da procura por esse tipo de hospedagem. Uma das maiores redes internacionais de albergues que atua no país, a Hostelling International Brasil, registrou 106 mil hóspedes no ano passado, 10 mil a mais do que há dois anos. Até o fim deste ano, a Hostelling  terá 124 unidades. Eram 92 unidades em 2011.
Hospedagens do tipo cama e café oferecem café da manhã e serviço de limpeza. Em geral, os proprietários moram no local e oferecem poucos quartos. Os albergues, de modo geral, oferecem quartos e banheiros coletivos. Por serem mais baratos que os hotéis e algumas pousadas, os albergues e cama e café são opções para quem viaja sozinho ou deseja gastar pouco
 
(Fonte : MTur)

SAC PUBLICA PLANO DE OUTORGAS PARA EXPLORAR AEROPORTOS


 
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, aprovou o Plano Geral de Outorgas para aeroportos do País, que estabelece diretrizes e modelos para a exploração de aeródromos civis públicos. A decisão está em portaria publicada nesta terça-feira, 09, no Diário Oficial da União (DOU). O documento explica que a exploração de aeroportos abrange construção, implantação, ampliação, reforma, administração, operação, manutenção e exploração econômica.
Segundo a portaria, a União pode explorar os aeródromos por meio do Comando da Aeronáutica (Comaer); da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ou suas subsidiárias; de concessão; de autorização; ou de delegação a Estados, Distrito Federal ou municípios.
Entre outras diretrizes, o plano de outorgas determina que serão explorados pela União ao menos o aeródromo de maior relevância para cada capital de Estado ou Distrito Federal, ainda que situado em município diverso; aeródromos relevantes à integração nacional ou internacional; e aeródromos de interesse regional ou local que, na avaliação da SAC, apresentem relevante interesse público, mas que por impossibilidade técnica não sejam explorados por Estados, Distrito Federal ou municípios.
O documento explica que, para determinar a concessão de aeroportos, a União deve levar em conta a relevância do movimento atual ou projetado de passageiros, carga e aeronaves; as restrições e o nível de saturação da infraestrutura aeroportuária; a necessidade e a premência de obras e investimentos relevantes; a necessidade e a premência de melhorias relevantes de gestão e de ganhos de eficiência operacional; o comprometimento na qualidade dos serviços prestados; a concorrência entre aeródromos, com efeitos positivos sobre os incentivos à eficiência do sistema e sobre os usuários; e os resultados econômico-financeiros decorrentes da exploração do aeródromo, promovendo a redução de déficits ou o incremento de superávits, sem comprometimento dos investimentos necessários ou dos níveis de eficiência, qualidade e segurança dos serviços.
A portaria ainda explica que a exploração de aeródromos de interesse regional ou local por Estados, Distrito Federal ou municípios poderá ser feita só depois da celebração de convênio com a União, por meio da SAC. Para isso, duas condições devem ser observadas: o ente federado precisa manifestar o interesse e deve demonstrar capacidade técnica para explorar o aeródromo.
 
(Fonte : Agência Estado)

BARATEAMENTO DE PASSAGEM PERDE FORÇA


 
O barateamento das passagens aéreas registrado nos últimos dez anos é uma onda que está perdendo força porque os ganhos de eficiência que as companhias ainda podem capturar para cortar custos estão limitados a um dígito, apontam especialistas e executivos da área. Por isso, dizem essas fontes, a diferença de preços existente hoje entre os tíquetes cobrados pelas companhias de baixo custo e as tradicionais no mundo tende a se estabilizar, depois de ter recuado 30% desde 2004.
Estudo da KPMG com dados levantados nos últimos sete anos em todo o mundo mostra que a diferença entre os preços médios praticados pelas companhias aéreas tradicionais e aquelas de baixo custo caiu de US$ 0,036 para US$ 0,025. "Esse movimento foi resultado da agressiva racionalização e reestruturação das empresas tradicionais, que tiveram que responder a ganhos de participação de mercado das 'low cost airlines' [companhias de baixo custo]", diz o sócio da KPMG no Brasil, Marcelo Gonçalves. "Mas existe uma clara limitação para que essa diferença continue caindo. De um lado, as companhias tradicionais estão chegando cada vez mais perto dos ganhos de eficiência que permitem a elas cortar custos e baratear passagens sem perder as características que as diferenciam das 'low cost'. Por outro lado, as 'low cost' já têm por natureza uma estrutura enxuta e pouca margem de manobra para ajustes", afirmou.
Segundo dados da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) levantados com 61 companhias em todo o mundo, o preço médio da passagem aérea medido em dólar por passageiro transportado por 1 quilômetro (US$/RTK) cedeu de US$ 2,40 em 1970 para US$ 1,00 no ano 2000 e, depois, para US$ 0,90 em 2012.
Nesse mesmo período, dados da Economática mostram que as empresas de baixo custo tiveram índices de rentabilidade superiores aos registrados pelas companhias aéreas tradicionais. Mas essa diferença também vem recuando. Nos Estados Unidos, por exemplo, a margem líquida da Jetblue - criada pelo também acionista da Azul, David Neeleman - que era de 10,41% em 2003, caiu a 2,57% em 2012. No mesmo período, a margem da Delta, que era negativa em 5,8%, melhorou para 2,75% positivos.
No Brasil, a margem líquida da Gol em dólar caiu de 8% positivos em 2003 para 18,6% negativos em 2012. Já Latam cedeu de 5,15% positivos em 2003 para apenas 0,25% ano passado.
"A abertura dos céus, permitindo às companhias operarem em diferentes mercados domésticos, iniciou o processo de barateamento, mas as 'low costs' tiveram o papel de acelerar esse movimento", disse o consultor Fulvio Luiz Delicato Filho, da Delicato Consultoria, que atende clientes como Gol e TAM.
Para Gonçalves, da KPMG, o cenário mais provável para os próximos três anos é de uma relativa estabilidade nessa diferença, em que as tarifas médias cobradas pelas companhias de baixo custo e os valores praticados pelas tradicionais tendem a manter essa distância. "As empresas aéreas têm uma margem menor de manobra porque a estrutura de custos tem variáveis que fogem ao controle do gestor, como tributos, preços de combustíveis e variação cambial", diz ele. "São variáveis que podem ter flutuações mitigadas, mas não são totalmente gerenciáveis."
Segundo as companhias aéreas, o combustível representa entre 40% e 50% dos custos do setor, enquanto tributos, isoladamente, podem atingir até 25% das despesas, dependendo de cada mercado. "Há ganhos de eficiência possíveis, mas são limitados", afirma Gonçalves.
O consultor Fulvio Delicato estima em 10% a 12% os cortes de custos que podem ser alcançados com ganhos de eficiência em processos de manutenção, por exemplo. Nessa contas, os ajustes podem permitir uma redução de custos da ordem de 2% a 3% na despesa operacional geral de uma companhia aérea. "Mas como a margem de ajuste é pequena, há uma tendência de que a diferença que existe hoje entre as tarifas praticadas pelas low cost e as de bandeira [tradicionais] não mude muito", diz o consultor que atende também a Embraer.
Os especialistas ponderam que a convergência de preços nas tarifas praticadas no Brasil foi mais intensa que no exterior por fatores locais. "Na Europa ou nos Estados Unidos, a receita em moeda estrangeira ameniza o impacto que o câmbio tem sobre uma empresa que opera no Brasil", afirma Delicato, lembrando que a Gol, por exemplo, tem mais de 60% das despesas indexadas à moeda estrangeira, mas menos de 10% das receitas registradas em dólar.
Carlos Ebner, diretor da Iata no Brasil, levanta ainda o papel de variáveis como combustíveis e tributos como fatores que tornam as companhias de baixo custo e as tradicionais mais parecidas aqui no país. Ele diz que se a estrutura de cálculo do querosene de aviação (QAV) no Brasil fosse semelhante à utilizada na Europa, por exemplo, o combustível no país seria 17% mais barato.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta que o movimento de queda real e nominal nos preços das passagens ocorreu de forma homogênea no setor. Segundo a entidade - que representa TAM, Gol, Azul e Avianca - apenas 7% das passagens no Brasil custavam menos de R$ 200,00 em 2002. Hoje, mais de 30% dos bilhetes custam menos que esse valor.
Nesse mesmo período, a margem líquida ("yield" médio) para transportar um passageiro por um quilômetro caiu de R$ 0,80 para R$ 0,33 este ano.
O consultor Fulvio Delicato pondera ainda que as empresas de baixo custo brasileiras guardam algumas diferenças em relação europeias e americanas. "O consumidor brasileiro é menos receptivo a exigências mais duras", afirma, citando como exemplos os limites rígidos para tamanhos de bagagens ou multas para passageiros que não usam o check in eletrônico, usados pelas estrangeiras. "Também não faz parte do modelo de negócios desse tipo de companhia ter um centro de manutenção próprio", disse, referindo-se ao recém-inaugurado centro da Gol em Confins (MG).
Mas consultores e executivos de companhias aéreas ouvidos pelo Valor admitem que o processo de queda de tarifas no Brasil pode ganhar um novo impulso se o plano de estímulo à aviação regional sair do papel. O governo federal prevê investimentos de R$ 7,2 bilhões em cerca de 250 aeroportos para ampliar a malha de rotas no país. Para atender a esse plano, os subsídios públicos poderão chegar a 50% dos custos de passagens e tarifas aeroportuárias. "Há a possibilidade de entrada de companhias atuando nessas rotas com tarifas que puxem a média para baixo", diz o sócio da KPMG. Companhias aéreas como Avianca, Azul e TAM já expressaram o desejo de atuar nesse nicho após o detalhamento do projeto pelo governo.
 
(Fonte : Jornal Valor Econômico)

DEMANDA POR PASSAGENS INTERNACIONAIS CRESCE EM UM ANO


 
A demanda de passageiros por viagens aéreas internacionais cresceu 5,7% em maio sobre o mesmo mês de 2012 e ficou 0,7% acima da registrada em abril, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) nesta quarta-feira (3).
"Viagens aéreas continuaram a se expandir em uma taxa sólida", disse a Iata em comunicado.
"Embora a confiança empresarial tenha ficado estável nos últimos meses, o ambiente de negócios é melhor do que em meados de 2012, e essa melhora, junto com o crescimento de negócios em mercados emergentes, têm sustentado o crescimento nas viagens aéreas nos últimos sete meses", informou.
 
(Fonte : Reuters)