quinta-feira, 12 de abril de 2012

TURISMO NO BRASIL É IMPULSIONADO PELA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA


Para quem está tentando achar um lugar na praia de Copacabana, ou vendo os preços dos hotéis em Ipanema, fica claro que o turismo aqui está indo bem. Mas não é como antes. Não são os estrangeiros que estão por trás desse crescimento. São os brasileiros.
Os dados da WTTC (World Travel & Tourism Council; www.wttc.org ) confirmam o que os hoteleiros já vêm falando. O turismo no Brasil já quase não tem nada a ver com os gringos.
Em 2011, 95% da renda no setor de viagens e turismo veio de brasileiros. Só 5% veio de estrangeiros. Nos últimos quatro anos, a contribuição local tem crescido muito mais que o número de estrangeiros chegando - que, na verdade, não tem crescido.
Em 2014 e 2016, o Brasil vai convidar o mundo para os eventos esportivos mais importantes do planeta: a Copa e os Jogos Olímpicos. Mas, agora, é a nova classe média brasileira que está sustentando o turismo.
"Geralmente, países recebem dois terços da renda no setor do consumidor local, e um terço de fora," diz David Scowscill, CEO da WTTC. "As exceções são os BRICs, especialmente o Brasil e a China, onde a nova classe média está viajando pela primeira vez, normalmente dentro dos próprios países.
Mas nem o maior país do mundo tem uma taxa tão exagerada. A China recebe 11% da renda do setor de fora. O Brasil tem um dos setores de turismo menos internacionais no mundo.
"Aqui na zona sul carioca, o trânsito está pior que nunca. Mas não é tanto os gringos, é mais gente de outras partes do país," diz o taxista William. "Bom, daqui a pouco pretendo conhecer as partes históricas do Nordeste."
Números da Embratur confirmam o fato. Entre 2005 e 2010, o número de viagens cresceu de 139 milhões a 186 milhões por ano, enquanto o número de visitantes internacionais ficou estável em 5 milhões por ano.
Segundo Scowscill, várias questões atrapalham o crescimento do número de visitantes. Há os problemas de infraestrutura nos aeroportos e as questões dos vistos.
E tem o custo. Nos últimos três anos, o Brasil ficou caro, enquanto os países ricos vivem uma crise econômica. Para os estrangeiros, o Rio não se enquadra mais em uma viagem barata e relaxante. "Quanto custa um duas-estrelas agora em Ipanema? Uns US$ 400?" pergunta Dwight Clancy, norte-americano que visita o Brasil a trabalho.
Antes desses grandes eventos esportivos, por que o Brasil não está fazendo mais para atrair gringos? Pode ser que, no momento, não seja preciso. São os compatriotas que estão enchendo as vagas.

TURISMO NO BRASIL

6,5%
Crescimento do gasto em turismo interno nos últimos quatro anos Hoje, total é de R$ 238,4 bi

95% da renda do turismo no país.
Parcela do mercado pela qual respondem as viagens domésticas, segundo o WTTC

5 milhões de visitantes estrangeiros.
Número permaneceu estável na última meia década, de acordo com a Embratur

186 milhões de viagens no país em 2010.
Em 2005, total era de 139 milhões; turismo interno foi responsável pelo aumento

MARATONA DE MEGAEVENTOS DEIXA O RIO NA EXPECTATIVA

Fantasma da falta de vagas ronda a hotelaria carioca, que precisaria oferecer 17 mil novos leitos até a Olimpíada

Passados 20 anos da Rio-92 e faltando dois meses para a Rio+20 -conferência da ONU sobre o desenvolvimento sustentável (www.rio20.gov.br) que discute, de 13 a 22 de junho, mudanças climáticas no planeta-, o Rio vive o período do outono, estação que marca o fim da altíssima temporada turística.
Mas, se a proximidade da Rio+20 já suscita a discussão sobre a possível carência de leitos na rede hoteleira carioca, o que dizer sobre a necessidade de acomodar os visitantes internacionais na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016?
Oficialmente, a cidade anuncia que vai oferecer 17 mil novos leitos até 2016.
E até que as promessas se cumpram, o fantasma da escassez de quartos em hotéis seguirá rondando os megaeventos que o Rio hospeda num futuro próximo.
Polêmicas à parte, é o outono, e não o verão, a estação do ano preferida por muitos dos cariocas que não veem lá tanta graça em tostar sob o implacável sol de 40 graus.
Agora, é hora de desligar o ar-condicionado e sair às ruas para aproveitar a cidade com temperaturas mais amenas. No Rio, essa cena outonal costuma tirar de cena as chuvas do verão. E se essas chuvas tiverem sido suficientes, a vegetação que cobre os morros da cidade deve rapidamente tingir-se de um verde especialmente intenso.
Num mundo em que há pelo menos 20 anos, desde a Rio-92, se discute o estudo sobre a elevação de temperatura do planeta, publicado na revista científica "Nature Climate Change" por estudiosos liderados por Dim Coumou e Stefan Rahmstorf, ninguém parece estar imune a eventuais tragédias climáticas.
Na contramão das previsões meteorológicas mundiais sombrias, o outono do carioca costuma ser ameno, perfeito para passear, com os dias bem iluminados e um céu tão limpo que torna cristalina a fruição da paisagem do Rio, tal como numa tela em alta definição.

OUTONO À CARIOCA

O melhor da estação é aproveitar essa luminosidade especial em passeios ao ar livre: mas, faça chuva ou sol, a programação cultural sempre garante boas alternativas.
O Museu Nacional de Belas Artes (www.mnba.gov.br), por exemplo, celebra 75 anos de fundação oferecendo entrada gratuita para os visitantes até o fim de maio, e tem como destaque a exposição "Modigliani: Imagens de uma Vida", com obras do pintor e escultor italiano, algumas expostas pela primeira vez na América Latina.
Também o Centro, que é como o carioca chama o CCBB, ou Centro Cultural Banco do Brasil, (www.bb.com.br; clique em "outros sites", no menu à direita, e depois em "cultura") exibe, até o fim de abril, a exposição "Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo", a primeira individual da artista no Rio nos últimos 40 anos.
Outra alternativa para quem quer entrar no clima cultural carioca alheio a aberrações climáticas é a exposição e mostra de filmes "Tutto Fellini", que vai até o dia 17 de junho no Instituto Moreira Salles (www.ims.com.br), na Gávea.

RIO+20, MAIS COPA E OLIMPÍADA

DE BRAÇOS ABERTOS

A polêmica estátua do Cristo Redentor, cujas mãos e face vieram do ateliê parisiense de Paul Landowski, em 1926, foi inaugurada em 1931. Recentemente, a família desse escultor polonês perdeu na Justiça, para a Arquidiocese do Rio, os direitos de exploração de sua imagem. Também é controvertida a atual capacidade hoteleira do Rio em hospedar megaeventos que se aproximam.
17 mil
número de novos leitos que o Rio planeja oferecer até 2016
700
número de barracas da feira de São Cristóvão

FIGURA ILUSTRE
UM BRASILEIRO Zé das Bandeiras, personagem que anima a feira de São Cristóvão, que se caracteriza por restaurantes, bares e barracas com produtos típicos nordestinos

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

RIO CRIA SECRETARIA DE GRANDES EVENTOS


A Secretaria de Segurança Pública do Rio criou a Subsecretaria de Grandes Eventos para Copa-14 e Jogos-16.
O grupo terá verba própria e cuidará das polícias estaduais também em eventos como o Rio+20.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

GRUPOS DE HOTÉIS DO PR E DE AL CONSTRUIRÃO TRÊS NOVAS UNIDADES


A Rede de Hotéis Deville, do Paraná, vai investir R$ 91 milhões na construção de dois hotéis e na reforma de suas outras dez unidades.
Um dos novos hotéis, que receberá aporte de R$ 42 milhões, será em Campo Grande (MS). "Iremos atender os empresários da área de agronegócios", diz o presidente da rede, Jayme Canet Neto.
As obras devem começar em julho e ser concluídas em dois anos.
A outra nova unidade da companhia será em Campinas (SP) e exigirá R$ 37 milhões em investimentos.
"Esse projeto ainda está em fase de aprovação, em um ritmo lento por causa dos problemas políticos da cidade [cujo comando da prefeitura mudou quatro vezes em um ano por denúncias de corrupção]."
No Nordeste, o Grupo Salinas também prevê ampliar sua rede de resorts. Com aporte de R$ 32 milhões, instalará uma unidade com perfil econômico em Japaratinga (AL).
O grupo, que tem mais dois resorts, projeta hotéis em outras três regiões do Estado, segundo o diretor Glênio Cedrim.

(Fonte : Col. Mercado Aberto)

EM CRISE, GOL COMEÇA A CORTAR SERVIÇO DE BORDO GRATUITO


Em crise financeira, a Gol começou a cortar o serviço de bordo gratuito oferecido em seus voos.
A medida, implantada na semana passada, afeta inicialmente 180 (22%) dos 820 voos diários da companhia. Até o fim do semestre, o corte atingirá 44% dos voos -todos os que duram mais de uma hora e meia.
Até então, os passageiros dos voos afetados recebiam gratuitamente suco ou refrigerante, mais amendoim ou batatas chips. Já havia também o serviço de bordo pago.
Desde 2 de abril, há apenas a opção do cardápio pago nos voos que passaram pela mudança. Refrigerante, suco e batatinha saem por R$ 5 cada um.
Para a companhia, o serviço gratuito deixou de fazer diferença, mas ele continuará a existir na ponte aérea Rio-São Paulo.
Iniciado em 2009, o serviço de venda a bordo faz parte do modelo de baixo custo da Gol. É adotado também pela Webjet, comprada pela Gol no ano passado, e por outras companhias aéreas que atuam no exterior.
A Gol encerrou 2011 com um prejuízo de R$ 710,4 milhões.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)