sábado, 12 de fevereiro de 2011

TURISTA DE PRIMEIRA VIAGEM FAZ CRESCER FILÃO DO CÂMBIO NO PAÍS


De carona na horda de brasileiros que "invade" o exterior, grandes bancos de varejo começam a mostrar interesse pelo câmbio turismo, mercado até pouco tempo atrás relegado a segundo plano. Um produto, em especial, parece ter caído no gosto dos bancões: cartões pré-pagos em moeda estrangeira. O Banco do Brasil (BB) disponibiliza a modalidade a seus correntistas desde dezembro. O Bradesco passou a oferecer o seu em janeiro e deve entrar com campanha de divulgação ainda este mês.
Embora não seja exatamente uma novidade, o cartão pré-pago ainda é um produto pouco difundido se comparado ao cartão de crédito ou mesmo ao dinheiro em papel. Estimativas de mercado apontam para um volume de US$ 600 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) movimentado por brasileiros por meio de cartões pré-pagos de viagem, em 2010. Já os cartões de crédito responderam por R$ 10,166 bilhões dos gastos no exterior no mesmo período, segundo dados Banco Central.
O BB chegou a fazer pilotos do produto em 2001, mas acabou desistindo. "Foi uma operação pontual que não progrediu por conta do custo de emissão [do cartão] e da limitação de uso lá fora", afirma Denilson Molina, diretor de cartões do banco. O cenário hoje parece bem diferente. O BB tem 43 mil cartões de viagem emitidos nas mãos de clientes, 5 mil deles vendidos em dezembro. A expectativa é vender 200 mil unidades por ano. O banco estatal espera também que, até o fim do ano, 50% de todo volume financeiro de câmbio manual migre para o cartão pré-pago e que, em 2013, essa proporção seja de 70%. O banco não revela o volume de operações de câmbio para turismo.
O grande atrativo do cartão pré-pago para os bancos está na sua facilidade logística de distribuição. A dinâmica do papel moeda envolve projeção de venda de diferentes moedas para diferentes regiões do país, sem contar a questão da segurança, uma vez que o dinheiro precisa chegar às agências de câmbio e corretoras, que são abastecidas por carros-fortes. O cartão pré-pago permite o carregamento em diversas moedas (dólar e euro, no caso do BB) e é impresso na hora, na medida em que haja procura.
O cartão pré-pago também se encaixa perfeitamente num perfil de consumidor que só agora começa a fazer viagens internacionais, mas que promete, em pouco tempo, liderar a massa de turistas brasileiros no exterior: a classe C. "Essas pessoas normalmente não possuem cartão internacional e, quando têm, contam com limite de crédito pequeno", explica Luís Lobo, presidente da Sacs, administradora de cartões pré-pagos criada no ano passado pelo grupo Confidence. "Além disso, elas querem facilidade e fugir do risco de variação cambial", acrescenta.
Márcio Henrique Parizotto, superintendente de produtos da Bradesco Cartões, ressalta que o atendimento à demanda de viagem sempre fez parte do "modus operandi" do banco, mas reconhece que o serviço estava voltado principalmente para a alta renda. "O Bradesco Money Card vem preencher essa lacuna", diz. O banco não divulga projeções acerca do recém-lançado produto.
Os brasileiros, é fato, nunca viajaram tanto para o exterior como em 2010. Os gastos somaram R$ 16,4 bilhões, 50,7% a mais que as despesas em 2009, segundo dados do Banco Central (ver gráfico). Profissionais do setor de turismo acreditam que essas cifras só tendem a aumentar, apoiadas no crescimento da economia e na ascensão da classe C.
Os cartões pré-pagos em moeda estrangeira existem desde 2001, mas até então somente bancos de nicho, como o Rendimento e o Confidence, trabalhavam com o produto. O banco Rendimento aproveitou o "vácuo enorme", nas palavras de seu presidente e acionista, Abramo Douek, para ganhar mercado. Segundo Douek, o banco detém hoje 25% do mercado nacional de câmbio turismo. "Alguns anos atrás, o cliente ia à agência e ninguém sabia orientá-lo", lembra Douek. O Rendimento, que tem 70% de sua receita proveniente de operações de câmbio, trabalha em parceria com 3,1 mil agências de turismo e atende, por meio de sua corretora Cotação (que incorporou a corretora Action no início deste ano), de 1 a 1,2 mil clientes diariamente, em média.
Com a entrada dos grandes bancos de varejo nesse mercado, as instituições de nicho apostam na especialização e na agilidade para enfrentar a concorrência. A Confidence, por exemplo, que emite cartões pré-pagos em 20 moedas, prepara para este mês o lançamento de um cartão que poderá ser carregado em pesos argentinos. A corretora, que no ano passado recebeu licença do BC para se tornar o primeiro banco de câmbio, passando a importar diretamente as moedas que vende, teve sua prova de fogo na Copa do Mundo da África do Sul, quando lançou um pré-pago em rand. "No meio do caminho, tivemos de reforçar a equipe noturna da central de teleatendimento e aumentar o limite de saques no cartão, porque muitas empresas brasileiras estavam usando o produto para pagar funcionários recrutados lá na África do Sul", conta Lobo, da Sacs, a administradora de cartões do grupo Confidence. Foram emitidos 5 mil cartões num total de US$ 1,5 milhão, resultado que surpreendeu.
Mas os bancos de nicho não contam apenas com a agilidade na prestação de serviço para vencer a concorrência. A própria criação da Sacs tem por objetivo atender a outras instituições financeiras, com planos de expansão para a América Latina.
A abertura de lojas de câmbio em shopping centers e aeroportos tem sido outra frente de disputa nesse mercado. "Estamos de olho em todos os projetos de inauguração de shopping e expansão de aeroportos", diz Alexandre Fialho, diretor do Rendimento, que neste ano já conquistou uma vitória: um espaço em frente ao desembarque internacional do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. "Na cara do gol", comemora ele. A corretora Cotação, do Rendimento, vai abrir ainda mais uma loja em Florianópolis e outras duas em shoppings da capital paulista.
Para atender à demanda de turistas brasileiros viajando para o exterior, a Confidence chegou a fechar desde 2007 cinco lojas de compra de moeda, que atende a estrangeiros, para quadruplicar, de lá para cá, o número de lojas de venda de moedas para brasileiros. Hoje são 112 lojas e, a expectativa, é fechar o ano com 120.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS TÊM A MAIOR ALTA REAL NA RECEITA DESDE 98


As micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo fecharam 2010 com uma receita de R$ 305,8 bilhões, com aumento real -já descontada a inflação- de 9,6% ante 2009, registrando o melhor resultado da série histórica iniciada em 1998.
A pesquisa do Sebrae-SP divulgada ontem também mostra que essa parcela das empresas faturou R$ 30,7 bilhões em dezembro, alta de 19,2% ante o mesmo mês de 2009, chegando ao 15º mês consecutivo de aumento de receita.
Na divisão por setores, serviços puxaram a alta do faturamento anual (16,4% no período), seguidos por indústria (10,9%) e comércio (5,8%).
"A expectativa é que 2011 também seja um ano positivo. A expansão do emprego e da renda e, consequentemente, do consumo, continuará criando oportunidades", afirma o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Na sua avaliação, um dos entraves para parte dessas empresas ainda é a falta de planejamento e de gestão, evitando, por exemplo, financiamentos desnecessários. "Ainda mais nesse momento, em que o crédito vai ficar mais caro", diz. A inovação é outro ponto que precisa ser reforçado, afirma.
As micro e pequenas representam 98% das empresas paulistas e 67% do pessoal ocupado no setor privado. São consideradas de pequeno porte empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões e micro, com faturamento de até R$ 240 mil. A pesquisa englobou 1,33 milhão de empresas.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

MTUR APOIARÁ AÇÕES DE INFRAESTRUTURA TURÍSTICA NO MATO GROSSO


Capital do estado terá prioridade nos investimentos do MTur

Cuiabá (MT), uma das sedes da Copa de 2014, está investindo na infraestrutura de transportes para viabilizar o acesso aos destinos turísticos. O ministro do Turismo, Pedro Novais, durante audiência, realizada, nesta quarta-feira (09/02), em Brasília (DF), com o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, garantiu apoio do Ministério do Turismo (MTur) para ampliar as ações do governo estadual.
“Cuiabá, uma cidade bela e promissora, é um dos 65 destinos indutores do turismo brasileiro”, disse Novais, destacando o interesse do governo federal em alavancar o desenvolvimento do turismo no estado. O ministro ressaltou, ainda, que a capital do estado terá prioridade nos investimentos do MTur por ser uma das sedes da Copa de 2014.
Segundo Barbosa, no passado, foram realizados, no Mato Grosso, investimentos necessários para viabilizar o escoamento da produção agrícola. “Agora, chegou o momento de investir na infraestrutura turística”, enfatizou o governador.

(Fonte : MTur - Foto divulgação)

PROJETO DE QUALIFICAÇÃO DO TURISMO TEM INÍCIO EM RIBEIRÃO PRETO


Começou nesta semana em Ribeirão Preto o projeto de qualificação da cadeia produtiva do turismo, uma parceria entre o Ribeirão Preto e Região Convention & Visitors Bureau (RPRC&VB) e o Ministério do Turismo (MTur).
"Saberemos o perfil, a formação acadêmica, idiomas, faixa etária, nível de informação sobre a cidade e outros requisitos desse público", informou a turismóloga Francine de Aguiar Garcia, sobre os 350 questionários para empresários e colaboradores do trade.
Agora, cerca de 300 entrevistas diretas começam a ser feitas com o público alvo do projeto – taxistas, atendentes das áreas de hotelaria, gastronomia, agências de viagem etc. E, na sequência, entra o trabalho dos consultores que vão estabelecer as ações de sensibilização do trade para iniciar os trabalhos de qualificação.

(Fonte : Mercado & Eventos / Folha do Turismo – Foto divulgação)