terça-feira, 17 de abril de 2018

Programa de fidelidade está na mira de hackers


Os criminosos estão de olho nas empresas que fazem uso de programas de fidelidade. Os pontos, moedas virtuais que podem ser trocadas por passagens aéreas, hospedagens em hotéis e aquisições de produtos como eletroeletrônicos, entraram definitivamente na mira dos hackers, segundo relatório Previsões de Segurança Cibernética 2018, elaborado pela
consultoria e corretora Aon.

Geralmente estruturados em esquemas que incluem até agências de viagem de fundo de quintal, o objetivo final dos invasores é ganhar dinheiro a partir do roubo dos pontos dos usuários e respectiva venda deles ou das recompensas.

"No final do dia, o hacker quer monetizar sua ação. Ele vai tentar vender para quem tem interesse", diz Maurício Bandeira, gerente de linhas financeiras da Aon.

O cibercrime é como qualquer outro negócio. Bem estruturado, organizado e em busca de lucratividade. "Muitas vezes esses grupos são altamente qualificados e com estruturas muito bem definidas. Eles trabalham em grupos em diversas partes do mundo. Estima-se que, no cibercrime, a cada US$ 1 investido, obtém-se lucro de 1500%", diz Rafael Narezzi, especialista em cibersegurança da consultoria 4CyberSec e organizador do Cyber Security
Summit Brasil.

Os invasores também fazem uso das redes sociais. "Hoje, facilmente, você acha novos sites dentro do Facebook oferecendo passagens milagrosas. Mas, esta é só mais uma maneira de converter pontos em dinheiro. Com o número de vazamento de dados acontecendo diariamente, é barato e fácil duplicar e clonar pessoas e criar perfis falsos na internet. Algo que existe há tempos, usando o sistema de pontos como um sistema de camuflagem ou
ofuscação, para extrair o dinheiro."

Para se blindar dos hackers, Túlio Oliveira, diretor-executivo de tecnologia e operação da Smiles, diz que nos últimos dois anos a empresa quadruplicou o nível de segurança. Esse processo foi conduzido com o auxílio de uma consultoria americana que ajudou a Smiles a encontrar vulnerabilidades. "O que era bom, ficou melhor. Nossa visão é continuar. Sentir-se
sempre seguro é uma ilusão."

Uma das estratégias preventivas da Smiles é realizar os chamados testes de intrusão, que simulam uma invasão ao sistema e permitem encontram brechas. "Concluímos um em dezembro e não encontramos riscos médios nem altos." 

Hoje, por conta de todas essas ações combinadas, a Smiles perde menos de 0,01% da receita por questões de ataques. "É um indicador muito bom, que foi reduzido pela metade em dois anos." 

Já na AccorHotels, Erwan Le Goff, vice-presidente de Tecnologia da Informação para a América do Sul, está atento ao aumento das ameaças que rondam o mercado. "Nada aconteceu por aqui, mas estamos cientes dos riscos e agindo." 

Dentre essas ações, monitoramento das atividades dos sistemas dentro dos hotéis, fortalecimento da política de segurança da informação, mapeamento do ambiente e conscientização dos 15 mil colaboradores das 329 unidades de hotéis na América do Sul. 

Le Goff garante que a AccorHotels tem feito um investimento enorme para preservar essas informações. Isso inclui desde a realização de auditorias até a definição de diferentes perfis de acessos ao sistema, de acordo com cada nível de funcionário. 



(Fonte: Valor – Imagem divulgação)

Passagem aérea mais barata na 2ªf


O preço de passagens aéreas pode variar em cerca de 25% de acordo com o dia da semana escolhido para viajar. De acordo com o levantamento da agência de viagem virtual ViajaNet, a segunda-feira tem o bilhete mais barato em trechos nacionais, enquanto que o domingo possui o tiquete mais caro.

Para viagens internacionais, o voo mais barato sai às terças-feiras. no ano, o preço das passagens aéreas caiu 19,28%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última terça-feira, 10.

Viajar na segundafeira pode ser 15% mais barato em média em relação ao resto da semana ainda. Apesar de ser o dia mais barato, não é o preferido. O dia mais escolhido é a quinta-feira, com 16% do total de compras. O pior dia para viajar, tanto pela preferência quanto pelo preço, é o domingo, com 11% do total de compras e bilhetes 25% mais caros em relação à segunda, por exemplo.

Em relação aos voos internacionais com saída do Brasil, o valor médio do embarque às terças-feiras é cerca de 10% menor em relação aos preços do sábado, apontado como o mais caro da semana. Nos demais dias, quase não há variação na tarifa. Para embarques internacionais, o dia preferido dos brasileiros é sábado, com 21% das viagens.

Já a menor procura para viagens ao exterior também ficou com o domingo, com 9%.

(Fonte : J. Estado de SP - Imagem divulgação)

Novo aeroporto de Vitória atrai investimentos e negócios


A pista e o terminal antigos serão usados por empresas e a nova estrutura já movimenta a economia da região.  O antigo terminal de passageiros seguirá em funcionamento para atender as aviações geral (off-shore, aviação executiva e taxi aéreo), militar e operações de carga aérea.

 


Depois de 33 meses de obras e investimento de R$ 559,4 milhões, o novo aeroporto de Vitória foi inaugurado em 30 de março de 2018. O terminal é quase cinco vezes maior e tem capacidade para 8,4 milhões de passageiros por ano. O empreendimento promete movimentar a economia local e atrair investimentos na área do sítio aeroportuário administrado pela Infraero.

Em um encontro com empresários capixabas, o superintendente da Infraero no Espírito Santo, Afrânio Souza Mar, falou sobre o aproveitamento do espaço para negócios.

Segundo ele, nesse grande complexo também são desenvolvidas áreas de negócios externos. Na esquina da Avenida Fernando Ferrari com a Avenida Adalberto Simão Nader, será instalada a Leroy Merlin, empresa francesa que vai aproveitar uma área de 23 mil metros quadrados. Este é um exemplo de exploração do potencial de negócios do sítio aeroportuário.

“Há espaço para desenvolver os negócios mais diversos possíveis, considerando-se que temos uma localização privilegiadíssima”, avalia. Nesse sentido, a Infraero loteou uma área de 80 mil metros quadrados, localizada no encontro da Simão Nader com a Avenida Dante Michelini. Por meio de uma prospecção com o mercado, foram sugeridos um supermercado, um hospital e um grande restaurante para o local.

Afrânio Mar afirmou que o momento agora é retomar a prospecção com o mercado para fazer a licitação, o que não aconteceu antes por causa das obras. “Os espaços que temos ainda dentro da nossa prospecção são corporativos e há o anseio da Infraero para desenvolver esses locais”. Empresas de locação também devem sair das margens da Fernando Ferrari e se moverem para as proximidades da entrada do novo terminal.

O novo terminal e a nova pista não desativaram o antigo aeroporto. “Já passamos a ser demandados pelas atividades operacionais. O aeroporto tinha várias limitações de infraestrutura e de voo. A aviação geral estava represada no estado todo, seja no aeroclube, seja nas cidades menores. Agora, a disposição do pátio anterior livre”. A ideia é abrir o espaço a empresas que querem trazer sua aviação para o aeroporto.

O antigo terminal de passageiros seguirá em funcionamento para atender as aviações geral (off-shore, aviação executiva e taxi aéreo), militar e operações de carga aérea.

O encontro entre os empresários é realizado para debater o cenário de oportunidades para os próximos meses no Brasil. Foi realizado no auditório do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), na última quinta-feira (12).

“Até o ano passado, operamos com 3,1 milhões de passageiros por ano, mas com capacidade de 1,5 milhão. Vamos sai desse patamar para 8,4 milhões. Se formos considerar a mesma projeção feita pela Organização da Aviação Civil Internacional, a nova capacidade pula para quase 17 milhões. Então, temos um terminal de passageiros para até 15 ou 20 anos”, projetou o superintendente da Infraero.

 

Infraestrutura



“O aeroporto de Vitória é talvez o principal empreendimento da infraestrutura aeroportuária dos últimos quatro anos”. Afrânio Mar citou os aeroportos que receberam o mesmo aporte na época para atender a demanda gerada pela Copa do Mundo de 2014, mas ficaram para trás. Esses aeroportos, por avaliação do governo, foram entregues à iniciativa privada. Os últimos foram os de Salvador, Florianópolis e Fortaleza.

“Agora também um estudo incluiu o aeroporto de Vitória no processo de desestatização. Isso certamente gerará um impacto significativo no futuro para o desenvolvimento do aeroporto”, disse.

Ele avalia que a infraestrutura representa um grande benefício para a Grande Vitória porque é um dos poucos aeroportos com duas pistas. Ele comparou o novo aeroporto com o de Recife, que só tem uma pista e já registrou incidentes que paralisaram as atividades de pouso e decolagem por horas.

“Vitória passa a ter agora uma nova pista com uma proa totalmente disponível para aproximação, vindo pela baía. Um conjunto de pistas que vai reduzir sensivelmente o tráfego aéreo na região.”

 

O aeroporto



A Infraero construiu o novo aeroporto de Vitória com 29,5 mil m², 71 pontos comerciais, 12 banheiros públicos, oito elevadores (dois panorâmicos), três escadas rolantes, 31 balcões de check-in e cinco esteiras de restituição de bagagem. Todas as instalações seguem as normas de acessibilidade.

Na área de operações de aeronaves, a Infraero passa a oferecer agora um novo sistema de pistas e pátios. A nova pista de pouso e decolagem tem 2.058m x 45m, ligada ao novo pátio de aeronaves de 67,1 mil m² por dez pistas de taxiamento. São capazes de atender aeronaves de código 4D, como o Boeing 767-200.

No aeroporto, os usuários de veículos terão um estacionamento com 1,7 mil vagas para carros, além de 10 vagas para ônibus de turismo e um bicicletário.

O novo aeroporto de Vitória com 33 lojas em funcionamento, sendo 14 do segmento de alimentação, dez de varejo e nove de serviços, como locadoras de veículos.

As demais lojas estão com processos de licitação em fase final e em até 60 dias elas deverão estar em funcionamento, oferecendo o máximo de opções no novo mix comercial aos viajantes que embarcam ou desembarcam no novo aeroporto.

A estimativa da Infraero é que o novo Aeroporto de Vitória gere em torno de 300 empregos apenas nos estabelecimentos comerciais. O antigo terminal, por sua vez, empregava cem pessoas em seu mix comercial.


(Fonte : ES Brasil)

terça-feira, 10 de abril de 2018

Indicadores do mercado de transporte aéreo passam a ser disponibilizados de forma interativa on-line


Estudiosos, especialistas, aficionados em aviação civil, executivos do setor aéreo, jornalistas e público em geral poderão, a partir de hoje, dia 9 de abril, consultar e analisar informações do mercado de transporte aéreo de forma dinâmica e on-line, bastando, para isso, alguns poucos cliques pela internet. Trata-se da plataforma Consulta Interativa - Indicadores do Mercado de Transporte Aéreo, que passa a ser disponibilizada na seção “Dados e Estatísticas” da página “Mercado do Transporte Aéreo” no portal da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Já estão disponíveis na nova plataforma diversos indicadores, tais como Tarifa Aérea Média Doméstica, Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico (valor pago por km pelo passageiro), proporção de assentos vendidos por faixas de preços, número de passageiros pagos transportados, número de decolagens, quantidade de toneladas de carga e correio transportada, taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves e participação de mercado por empresa.

Os indicadores podem ser detalhados por mês, companhia aérea, aeroporto, localidade, ligação e destino e origem, por exemplo, entre outros recortes, permitindo a visualização dinâmica da evolução do setor ao logo do tempo na série histórica iniciada em 2000 para os dados de demanda e oferta e em 2002 para os dados de tarifas aéreas domésticas. De forma intuitiva, a Consulta Interativa permite, ainda, aplicar diversas combinações de filtros aos dados.



Transparência



Desenvolvida pela Gerência de Acompanhamento de Mercado da Superintendência de Acompanhamento Serviços Aéreos (GEAC/SAS) da ANAC, a ferramenta Consulta Interativa - Indicadores do Mercado de Transporte Aéreo visa ampliar a transparência das informações sobre a aviação civil e disseminar o conhecimento sobre o setor. A plataforma foi concebida a partir do princípio de que qualquer usuário pode entender e analisar o mercado de transporte aéreo de forma detalhada, rápida e com grande flexibilidade.

Ao oferecer a nova ferramenta de consulta de informações do transporte aéreo, a ANAC busca cumprir um de seus objetivos estratégicos, o que prevê acompanhar e estimular o desenvolvimento de um transporte aéreo acessível, eficiente e competitivo no Brasil. A base de dados disponibilizada para consulta é sempre atualizada com as informações mais recentes de mercado, que são periodicamente registradas pelas companhias aéreas, em cumprimento à regulamentação vigente, e devidamente fiscalizadas pela Agência.

A plataforma Consulta Interativa vem se somar a uma série de publicações e iniciativas da Agência com vistas a aprimorar o conhecimento da sociedade e subsidiar estudos e decisões estratégicas que possam contribuir para o desenvolvimento do transporte aéreo no país. Entre as publicações mais conhecidas do setor editadas pela ANAC estão o “Anuário do Transporte Aéreo”, os relatórios “Tarifas Aéreas Domésticas” e “Demanda e Oferta do Transporte Aéreo - Empresas Brasileiras”, além das demonstrações contábeis de empresas aéreas brasileiras, da “Base de Dados Estatísticos do Transporte Aéreo” e dos microdados do registro das tarifas aéreas comercializadas.



Pelo celular



Seguindo o princípio da acessibilidade, a Consulta Interativa - Indicadores do Mercado de Transporte Aéreo também poderá ser facilmente utilizada por meio de telefones celulares e outros dispositivos móveis. A intenção da ANAC é assegurar flexibilidade e agilidade no acesso às informações. Assim, passa a ser possível, por exemplo, checar um indicador específico sobre voos já realizados ou tarifas aéreas comercializadas (a partir de passagens efetivamente vendidas) em determinada localidade bastando uma simples e rápida consulta pela web.

(Fonte : Anac)

Consolidação do mercado de aviação coloca mais pressão sobre Embraer


Diante da iminente consolidação da indústria de aviação no mundo, o mercado avalia que a possível parceria entre Embraer e Boeing se torna cada vez mais necessária.

“Este é um mercado naturalmente concentrado e está chegando o momento da consolidação. As empresas estão se antecipando a este movimento e a recente parceria da Bombardier com a Airbus é prova disso”, avalia o analista da Eleven Financial, Álvaro Frasson.

No ano passado, a possibilidade de compra da Embraer pela Boeing foi vetada pelo governo brasileiro. As duas empresas seguem negociando a criação de uma empresa conjunta de aviação comercial e o movimento é visto como uma resposta à parceria entre Bombardier e Airbus, firmada em 2017. “As empresas estão se antecipando ao cenário iminente de maior disputa de preços. Vai ganhar quem tem volume e for mais eficiente”, aponta Frasson.

O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, conversou com jornalistas em evento na sede da empresa em São José dos Campos (SP) nesta quarta-feira (04). O executivo não se pronunciou sobre novidades nas negociações. “As conversas continuam, é uma operação complexa. Buscamos um acordo que atenda todas as partes.” Ele afirmou que a inclusão da divisão de defesa e segurança no negócio não tem dificultado as tratativas com o governo. “Esse não é um impedimento. Até porque já temos um acordo de comercialização do KC-390”, respondeu, se referindo ao avião de transporte militar da fabricante brasileira.

Frasson questiona se a Embraer seria capaz de manter a competitividade diante desse cenário de consolidação, caso o negócio não se concretize. “A Boeing tem mais capilaridade e pontos de atendimento, o que a torna mais eficiente. Apesar da aviação executiva ter melhores margens e ser a expertise da fabricante brasileira, essa demanda está estável. A Embraer precisa se renovar.” Durante o evento, Silva foi perguntado sobre uma possibilidade da chinesa Comac fazer uma proposta pela Embraer. “O mercado é dinâmico, temos obrigação de estar atentos a todas as oportunidades.”

O avanço da China no mercado de aviação é visto como um dos motivos para a busca por parcerias entre as grandes empresas do setor.

“Faz sentido que a Embraer tenha sido procurada por uma chinesa, já que a aviação executiva tem crescido muito na Ásia. Seria interessante entrar neste mercado na China”, analisa Frasson.

Porém, o analista ressalta que a China pretende sobretaxar produtos norte-americanos. “Uma parceria com a Boeing poderia dificultar a situação da brasileira.”

O presidente e CEO da Embraer Comercial, John Slattery, não quis comentar sobre o conflito entre as duas nações, mas defendeu que a empresa brasileira tem portas abertas em ambos os países.

“A China é um mercado enorme para a Embraer. Não há preocupações, temos relações boas com ambos os países. Somos uma empresa global e não queremos ver guerra comercial nenhuma”, declarou em coletiva para imprensa.



Entrega de jatos



A Embraer realizou nesta quarta (04) a apresentação oficial da primeira aeronave E190-E2, entregue à companhia área norueguesa Wideroe.

O acordo garante a compra de três jatos e dá opção para mais 12. O valor da transação pode alcançar R$ 873 milhões.

“Essa entrega representa uma nova era na aviação comercial da Embraer. Os jatos vão abrir novos mercados”, declarou Silva.

John Slattery afirmou que já existe interesse de outras companhias pela aeronave e que há otimismo de que a operação comercial vai crescer.

“Já tivemos visitas de empresas à fábrica e conversas concretas de negócio.”

Silva afirmou ainda que se houver necessidade, a empresa tem condições de expandir sua produção. “Já temos essa capacidade aqui na planta.”

(Fonte : DCI)

VINICIUS LUMMERTZ É O NOVO MINISTRO DO TURISMO

O catarinense Vinicius Lummertz, que até segunda-feira, dia 09 de abril, ocupava o cargo de presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), toma posse hoje (10), como novo ministro do Turismo. Ele substitui Marx Beltrão, que ocupou a pasta desde 05 de outubro de 2016. 


A gestão de Lummertz à frente do Instituto, iniciada em junho de 2015, foi marcada pela busca de posicionamento e da presença do turismo brasileiro em nível internacional, unindo, para isso, forças entre o setor público e privado. Ele defendeu publicamente a aprovação do PL 2724/2015, que transforma a Embratur em serviço social autônomo, nos moldes da APEX-Brasil e Sebrae. Isso vai permitir ainda a ampliação da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas e também moderniza a Lei Geral de Turismo. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 20 de março, o pedido de regime de urgência do projeto.


Na gestão de Lummertz, a Embratur investiu fortemente na atração de turistas estrangeiros ao verão brasileiro e na divulgação da Olimpíada e Paralimpíada, bem como, articulou com órgãos do governo para dispensar turistas estrangeiros do visto no ano olímpico. Implementou o Comitê Descubra Brasil no Canadá, além de ter potencializado ações na plataforma digital para alcançar mais viajantes internacionais. Junto ao Ministério do Turismo, levou ao Ministério das Relações Exteriores proposta para estender a isenção de vistos aos estrangeiros que visitaram o Brasil durante os Jogos Olímpicos em 2016. Além disso, participou de reuniões que decidiram propor o visto eletrônico (e-visa) para turistas da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. A medida entrou em vigor no final do ano passado.


À frente do Instituto, Lummertz reforçou sua convicção de que o Brasil precisa atrair investimentos turísticos para dinamizar a economia. Foram mais de 15 países visitados, onde Vinicius Lummertz participou de reuniões com representantes dos governos, além de encontros com lideranças de entidades do trade turístico internacional para divulgação das ações de promoção da Embratur e trocas de experiências com empresas que propiciam, por exemplo, uma maior capacidade de interação entre setor público e privado.


A aproximação com o trade nacional foi mais um ponto forte na passagem de Vinicius Lummertz pela Embratur. Ele buscou se articular com os diversos atores turísticos e compreender as demandas do setor, especialmente quanto aos impedimentos burocráticos existentes. “A minha expectativa é que os esforços realizados até aqui possam levar aos futuros dirigentes do País a importância e o papel do turismo para o desenvolvimento nacional, a necessidade de abertura para participação do setor privado“.  


O novo ministro do Turismo também defendeu a intervenção federal no Rio de Janeiro, para melhor atender aos turistas nacionais e internacionais que visitam a capital fluminense. Como contribuição às medidas que foram anunciadas durante o lançamento do “Rio de Janeiro a Janeiro”, projeto que vem sendo desenvolvido pelos setores governamentais e iniciativa privada, Lummertz assinou a portaria 82/2017, que institui o plano de ação “Mais Rio, Mais Brasil”, que integra o programa “Brasil Mais Turismo”, do Ministério do Turismo. Fica, então, estabelecida a abordagem prioritária do destino Rio de Janeiro, o maior cartão postal e porta de entrada do País, nas estratégias de utilização de todas as ferramentas de promoção e apoio à comercialização da Embratur no período de 2018 a 2022. Também é garantida a presença do Rio – Estado e Município –nas feiras internacionais de turismo em que a Embratur participe, por meio de um posto de trabalho nos estandes do Brasil/Embratur, com isenção de pagamento de inscrições. Essa presença significa uma exposição potencial do Rio de Janeiro para um público estratégico estimado em mais de 3,2 milhões de pessoas no período de 2018-2022.


Lummertz comemorou, ainda, o recorde da entrada de turistas internacionais no Brasil. Em 2017, foram 6.588.770 visitantes. O número é maior que o registrado nos anos dos Jogos Olímpicos, quando Brasil recebeu 6.546.696, e da Copa do Mundo (6.429.852). A alta foi de 0,6% em relação a 2016.


Ele pontuou os fatos positivos que fizeram crescer o interesse dos sul-americanos no Brasil: “No ano passado, o Instituto Brasileiro de Turismo lançou a campanha de promoção de divulgação do País ‘Aqui hablamos Portuñol: en Brasil todo mundo se entiende’, com foco no mercado latino americano. Foi a primeira campanha totalmente digital, que registrou, por exemplo, em dois meses mais de 50 milhões de views dos vídeos. Isso certamente influiu para que pudéssemos apresentar o melhor movimento de turistas sul-americanos ao Brasil dos últimos cinco anos. As interações atingiram a marca de 300 mil no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube, contabilizando apenas os canais da Embratur”.


Além da campanha publicitária para a América Latina, o Instituto promoveu ações pontuais, como a emissão do visto eletrônico para australianos, canadenses, norte-americanos e japoneses. No balanço feito após a adoção da medida, levando-se em conta os primeiros 22 dias do mês de fevereiro, comparado ao mesmo período de 2017, o Ministério das Relações Exteriores registrou um aumento de 80% nos pedidos de visto nos Estados Unidos. Também foi apontado um aumento de 35% nos pedidos feitos no Japão, assim como de 64% na Austrália. Quanto ao Canadá, houve um aumento de 23%.


Para Vinicius Lummertz, com as ações direcionadas aos mercados prioritários, como a implantação do visto eletrônico e campanhas promocionais, a tendência é aumentar a vinda de visitantes. “O Brasil precisa investir mais na busca do turista internacional. É o que fazem os países do mundo inteiro. Acredito, também, que o plano Brasil + Turismo, medidas para fortalecer o setor no País, irá contribuir para este aumento. O pacote engloba, além da emissão de vistos eletrônicos, a ampliação da conectividade aérea, modernização da Lei Geral do Turismo, qualificação profissional, fortalecimento dos órgãos estaduais de turismo e, especialmente, a transformação da Embratur em serviço social autônomo (agência)”, destacou.


Formado em Ciências Políticas pela Universidade Americana de Paris, Lummertz estava na Embratur desde junho de 2015, por indicação do PMDB de Santa Catarina. Ele foi secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Florianópolis e diretor nacional e estadual do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas). Ele também foi secretário de Estado do Planejamento e Relações Internacionais de Santa Catarina (2007-2010), além de ocupar o cargo de secretário Nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo, de setembro de 2012 a maio de 2015.

(Fonte : Embratur)