A pista e o terminal antigos serão
usados por empresas e a nova estrutura já movimenta a economia da região. O
antigo terminal de passageiros seguirá em funcionamento para atender as
aviações geral (off-shore, aviação executiva e taxi aéreo), militar e operações
de carga aérea.
Depois de 33 meses de obras e
investimento de R$ 559,4 milhões, o novo aeroporto de Vitória foi inaugurado em
30 de março de 2018. O terminal é quase cinco vezes maior e tem capacidade para
8,4 milhões de passageiros por ano. O empreendimento promete movimentar a
economia local e atrair investimentos na área do sítio aeroportuário
administrado pela Infraero.
Em um
encontro com empresários capixabas, o superintendente da Infraero no Espírito
Santo, Afrânio Souza Mar, falou sobre o aproveitamento do espaço para negócios.
Segundo
ele, nesse grande complexo também são desenvolvidas áreas de negócios externos.
Na esquina da Avenida Fernando Ferrari com a Avenida Adalberto Simão Nader,
será instalada a Leroy Merlin, empresa francesa que vai aproveitar uma área de
23 mil metros quadrados. Este é um exemplo de exploração do potencial de
negócios do sítio aeroportuário.
“Há
espaço para desenvolver os negócios mais diversos possíveis, considerando-se
que temos uma localização privilegiadíssima”, avalia. Nesse sentido, a Infraero
loteou uma área de 80 mil metros quadrados, localizada no encontro da Simão
Nader com a Avenida Dante Michelini. Por meio de uma prospecção com o mercado,
foram sugeridos um supermercado, um hospital e um grande restaurante para o
local.
Afrânio
Mar afirmou que o momento agora é retomar a prospecção com o mercado para fazer
a licitação, o que não aconteceu antes por causa das obras. “Os espaços que
temos ainda dentro da nossa prospecção são corporativos e há o anseio da
Infraero para desenvolver esses locais”. Empresas de locação também devem sair
das margens da Fernando Ferrari e se moverem para as proximidades da entrada do
novo terminal.
O novo
terminal e a nova pista não desativaram o antigo aeroporto. “Já passamos a ser
demandados pelas atividades operacionais. O aeroporto tinha várias limitações
de infraestrutura e de voo. A aviação geral estava represada no estado todo,
seja no aeroclube, seja nas cidades menores. Agora, a disposição do pátio
anterior livre”. A ideia é abrir o espaço a empresas que querem trazer sua
aviação para o aeroporto.
O antigo terminal de passageiros seguirá
em funcionamento para atender as aviações geral (off-shore, aviação executiva e
taxi aéreo), militar e operações de carga aérea.
O encontro entre os empresários é
realizado para debater o cenário de oportunidades para os próximos meses no
Brasil. Foi realizado no auditório do Sindicato do Comércio Atacadista e
Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), na última quinta-feira (12).
“Até o ano passado, operamos com 3,1
milhões de passageiros por ano, mas com capacidade de 1,5 milhão. Vamos sai
desse patamar para 8,4 milhões. Se formos considerar a mesma projeção feita
pela Organização da Aviação Civil Internacional, a nova capacidade pula para
quase 17 milhões. Então, temos um terminal de passageiros para até 15 ou 20
anos”, projetou o superintendente da Infraero.
Infraestrutura
“O aeroporto de Vitória é talvez o
principal empreendimento da infraestrutura aeroportuária dos últimos quatro
anos”. Afrânio Mar citou os aeroportos que receberam o mesmo aporte na época
para atender a demanda gerada pela Copa do Mundo de 2014, mas ficaram para
trás. Esses aeroportos, por avaliação do governo, foram entregues à iniciativa
privada. Os últimos foram os de Salvador, Florianópolis e Fortaleza.
“Agora também um estudo incluiu o
aeroporto de Vitória no processo de desestatização. Isso certamente gerará um
impacto significativo no futuro para o desenvolvimento do aeroporto”, disse.
Ele avalia que a infraestrutura
representa um grande benefício para a Grande Vitória porque é um dos poucos
aeroportos com duas pistas. Ele comparou o novo aeroporto com o de Recife, que
só tem uma pista e já registrou incidentes que paralisaram as atividades de
pouso e decolagem por horas.
“Vitória passa a ter agora uma nova
pista com uma proa totalmente disponível para aproximação, vindo pela baía. Um
conjunto de pistas que vai reduzir sensivelmente o tráfego aéreo na região.”
O aeroporto
A Infraero construiu o novo aeroporto de
Vitória com 29,5 mil m², 71 pontos comerciais, 12 banheiros públicos, oito
elevadores (dois panorâmicos), três escadas rolantes, 31 balcões de check-in e
cinco esteiras de restituição de bagagem. Todas as instalações seguem as normas
de acessibilidade.
Na área de operações de aeronaves, a
Infraero passa a oferecer agora um novo sistema de pistas e pátios. A nova
pista de pouso e decolagem tem 2.058m x 45m, ligada ao novo pátio de aeronaves
de 67,1 mil m² por dez pistas de taxiamento. São capazes de atender aeronaves
de código 4D, como o Boeing 767-200.
No
aeroporto, os usuários de veículos terão um estacionamento com 1,7 mil vagas
para carros, além de 10 vagas para ônibus de turismo e um bicicletário.
O novo
aeroporto de Vitória com 33 lojas em funcionamento, sendo 14 do segmento de
alimentação, dez de varejo e nove de serviços, como locadoras de veículos.
As demais
lojas estão com processos de licitação em fase final e em até 60 dias elas
deverão estar em funcionamento, oferecendo o máximo de opções no novo mix
comercial aos viajantes que embarcam ou desembarcam no novo aeroporto.
A
estimativa da Infraero é que o novo Aeroporto de Vitória gere em torno de 300
empregos apenas nos estabelecimentos comerciais. O antigo terminal, por sua
vez, empregava cem pessoas em seu mix comercial.
(Fonte : ES Brasil)
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