segunda-feira, 6 de agosto de 2012

TURISMO, IMPORTANTE VETOR DA ECONOMIA BRASILEIRA

Por Gastão Vieira


Os recentes investimentos técnicos e financeiros do governo federal e da iniciativa privada no turismo colocaram o setor em uma posição estratégica na economia nacional. Foram registrados sucessivos recordes em desembarques domésticos, internacionais e entrada de divisas. A atividade tem se consolidado como importante alavanca para o desenvolvimento social, geração de empregos, estímulo à sustentabilidade ambiental. Hoje, exibe credenciais indiscutíveis como alternativa para o país dar uma resposta rápida e eficiente à desaceleração da economia mundial.
Essa representatividade vem em um momento de grande otimismo. A atividade cresceu, em 2011, 6%, o dobro da média mundial, de acordo com dados do World Travel & Tourism Council. Nunca se viajou tanto pelo país - e o aumento da renda média dos cidadãos não é a única razão. O Brasil soube fortalecer a competitividade de seus destinos turísticos, com diversificação de produtos e a qualificação de bens, serviços e mão de obra. A partir de uma gestão descentralizada, com a participação de entes públicos e privados, definimos como prioridade elevar a participação do setor na economia. Hoje, ela gira em torno de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo levantamento do IBGE.
Temos potencial para esse desenvolvimento. Belezas exuberantes e nosso tradicional litoral de sol e praia não são as únicas atrações que levam o turista a arrumar as malas e colocar o Brasil na bagagem. Outros segmentos ganham importância e já demonstram uma estruturação cada vez mais perceptível, como o ecoturismo, o turismo de aventura, náutico, de negócios e cultural. Com o trabalho de integração que está sendo feito pelo ministério com Estados e municípios, eles também têm ganhado identidade no produto turístico nacional
Ao ser alçado como prioridade, o setor recebe investimentos cada vez mais representativos em eixos estruturantes, que permitem superar os entraves do crescimento. A infraestrutura é um deles. Após aportes que ultrapassaram R$ 10 bilhões nos últimos anos, o ministério tem previsto o orçamento de R$ 2 bilhões para essa área em 2012. Com a proximidade da Copa de 2014, as iniciativas da pasta estão focadas em acessibilidade, sinalização turística e implantação de centros de atendimento ao turista nas 12 cidades-sede da competição.
A iniciativa privada tem feito sua parte e aposta na continuidade do desenvolvimento. Só nos cinco primeiros meses de 2012, os bancos públicos concederam R$ 3,89 bilhões em crédito para empresas do setor turístico. O leque de atuação é amplo e inclui o esforço para abertura e liberação de linhas de crédito especiais para o setor, com benefícios diferenciados, principalmente para empreendimentos sustentáveis. Só para a hotelaria, há R$ 1,5 bilhão contratado atualmente nos bancos oficiais do governo.
O Plano Brasil Maior também traz novidades. Uma articulação do ministério junto à equipe econômica do governo possibilitou a inclusão da hotelaria no plano de desenvolvimento. A desoneração tributária é significativa e certamente representará um novo ciclo na geração de empregos do setor. A contribuição de 20% sobre a folha de pagamento foi substituída pela alíquota de 2% do faturamento bruto dos empreendimentos. Como contrapartida, o governo espera a redução da tarifa final ao consumidor - medida que será fundamental para estimular brasileiros e estrangeiros que desde já planejam sua vinda para a Copa e para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Também está em análise a redução de impostos incidentes sobre a importação de produtos sem similares nacionais para parques temáticos, aquários e museus. Os atrativos utilizam tecnologia que vem de fora e precisam de incentivos para modernizar equipamentos. Eles fazem parte deste novo produto turístico em desenvolvimento, pactuado com os princípios de sustentabilidade. São atrativos diferenciados, que contribuem para a valorização do patrimônio histórico-cultural dos destinos e a preservação da fauna e flora em espaços essenciais para a conservação dos ecossistemas de nosso país.
O Ministério do Turismo abriu interlocução com o Ministério de Minas e Energia para estudar uma ação que também busca a desoneração da atividade hoteleira. Neste caso, a tarifa energética está em questão. O objetivo é diminuir as taxas para que os empreendimentos se comprometam a implantar matrizes energéticas mais eficientes e sustentáveis. Novamente, o turista constataria o impacto em curto prazo, com preços mais baratos em sua hospedagem.
A cadeia produtiva espera ainda benefícios a partir da implementação do Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que produzam variações de patrimônio (Sisconserv). Existe a possibilidade de incluir bens e serviços do turismo que são consumidos por estrangeiros em território nacional no item exportações. Desta forma, o setor teria sua real representatividade, ganhando novo posicionamento em investimentos com custos mais baixos e participação em ações comerciais com outros países.
O governo federal é sensível a estas questões e tem priorizado investimentos para impulsionar a atividade. Pelas projeções da Organização Mundial do Turismo, o setor deve crescer, em média, 3,3% por ano até 2030. O objetivo é que o Brasil acelere sua trajetória e ocupe um lugar entre as três maiores economias do turismo mundial em 2022, com consequente ganho de musculatura e representatividade no PIB interno.

Gastão Vieira, advogado, é ministro do Turismo

(Fonte : Jornal Valor )

HOTÉIS VÃO APOIAR PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO DO GOVERNO


O ministro do Turismo, Gastão Vieira, animou-se com a proposta do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, (ABIH), Enrico Fermi Torquato, que propôs a criação de um modelo “in company” para os cursos do Pronatec, que seriam oferecidos dentro dos próprios hotéis. “A maior desmotivação para esses cursos é o deslocamento, que gera custos e toma tempo. As equipes dos hotéis, por seu lado, podem ser treinadas nos próprios estabelecimentos”, explicou Fermi, após o encontro na última sexta-feira à noite. A Rede Othon, por exemplo, é um case sempre citado pelo ministro. Diversas turmas já estão em andamento nos hotéis da rede no Rio de Janeiro.
O Pronatec deve capacitar mais de 300 mil profissionais de turismo, e oferece hoje 29 cursos gratuitos em diversas áreas do setor turístico, além de inglês, espanhol e libras (linguagem para surdos/mudos). A solução de utilizar os mais de 3200 hotéis associados à ABIH em todo o Brasil foi entendida pelo ministro Gastão Vieira como um apoio importante no sentido de garantir o cumprimento da meta. Ele disse que pretende reunir outros parceiros envolvidos, como os Ministérios da Educação e do Trabalho, Senac, Sesc, Sesi e Senai e instituições federais de educação profissional para discutir uma adequação que contemple os cursos “in company” nos hotéis do País.
Para Fermi, os hotéis associados se beneficiam também com o modelo “in company”, qualificando suas equipes e novos profissionais que virão eventualmente a ser aproveitados em seus próprios quadros. “Estaremos criando estratégicos bancos de reserva para nosso setor, enquanto apoiamos a política governamental de ampliar o quadro de pessoal qualificado para o turismo”, analisa ele. Segundo Fermi, o setor hoteleiro tem uma posição importante na cadeia produtiva do turismo, por ter contato direto com o turista e, por outro lado, com os fornecedores, o que ele pretende colocar ao dispor do governo como apoio às suas políticas públicas para o setor. “Estamos simultaneamente no começo, no meio e no fim da cadeia produtiva do turismo, o que estrategicamente é importante para a comunicação com o setor”, diz Fermi, que, além do Pronatec, disse que os hotéis associados estão dispostos a apoiar mais outros programas, como de qualificação dos meios de hospedagem, o que também foi muito bem recebido pelo ministro Gastão Vieira.

(Fonte : Panrotas / imagem divulgação)

BRASIL PODE SE TORNAR PRIMEIRO MERCADO NA AMÉRICA LATINA PARA O MÉXICO


Em 2011 o México recebeu 196 mil brasileiros, o que representou um aumento de 68% em relação ao ano anterior. Trata-se de um crescimento significativo, mas o Conselho de Promoção Turística do México (CPTM) quer mais. O objetivo para 2012 é manter o avanço na casa dos 60% e atingir 300 mil brasileiros, o que tornaria o Brasil o maior mercado para o destino, ultrapassando a Argentina.
“Até o mês de maio, recebemos 108 mil brasileiros, um crescimento de 69% no acumulado do ano. Esperamos manter este nível também no segundo semestre”, disse a diretora da CPTM no Brasil, Diana Pomar. “O Brasil é o mercado que mais cresce entre os emergentes e por isso temos aumentado o nosso investimento no País”, complementou.
Diana credita este crescimento a dois fatores principais. O primeiro é o aumento no número de ligações diretas entre os dois países. Além das sete ligações semanais da Aeromexico, a Tam conta com uma frequência para o País desde outubro. A Copa Airlines também aumentou as suas ligações aéreas com o México a partir da Cidade do Panamá, que permite boas conexões com os voos do Brasil. “Temos também os fretamentos em conjunto com as operadoras”, lembrou.
O outro fator citado por ela é o visto eletrônico para os brasileiros, medida que está em vigor desde 2010. “Estamos também divulgando outros atrativos do México, além do sol e praia. Somos um destino completo, que tem mais de 3 mil anos de história, arqueologia, gastronomia e cultura”, contou.

(Fonte : Mercado & Eventos)

DECOLAR.COM E BRADESCO CARTÕES LANÇAM EMBARQUE FREE


O Decolar.com e o Bradesco passam a oferecer benefícios diferenciados – e até inéditos – no país, como a campanha Embarque Free, que marca o lançamento do acordo. Até às 23h59min desta quinta-feira, 9 de agosto de 2012, os clientes que comprarem passagens aéreas no www.decolar.com utilizando os cartões de crédito Bradesco, bandeiras Visa e Mastercard, terão o valor da taxa de embarque reembolsado na fatura do cartão.
Em casos de passagens promocionais, a iniciativa pode representar uma economia adicional de até 50% por cada bilhete ida e volta entre destinos nacionais e até 15% no caso de viagens internacionais. Como o valor das taxas de embarque não são proporcionais ao das passagens, quanto mais barata for a tarifa da companhia aérea, maior será a economia conquistada com o reembolso.
Com a promoção Embarque Free, os portadores de cartões de crédito Bradesco podem pesquisar, comparar e comprar suas passagens aéreas no site da Decolar.com. Durante a compra, devem pagar normalmente a taxa de embarque. Após cinco dias úteis, já podem solicitar o resgate. Cada cliente pode recuperar o valor máximo de R$ 1 mil, por mês. O reembolso será creditado na fatura do cartão em até 45 dias.
Vale destacar ainda que, além de promoções especiais como a Embarque Free, a parceria prevê também a oferta de produtos de viagem da Decolar.com nos ambientes de e-commerce Bradesco: ShopFácil Viagens e Shopping Bradesco Cartões, sempre em condições diferenciadas dentro da plataforma Pre.compensa. “A parceria com a Decolar.com é um movimento estratégico importante para o Bradesco na medida em que garantirá presença marcante no segmento de viagens, de notória representatividade no e-commerce”, afirmou Márcio Parizotto, diretor do Bradesco Cartões.
“O Bradesco também traz uma história de pioneirismo e liderança. Visionário, vem se mantendo na vanguarda do e-commerce nacional e, mais uma vez, surpreende o mercado com uma ação tão revolucionária como a de reembolsar as taxas de embarque dos viajantes brasileiros”, disse Alípio Camanzano, CEO da Decolar.com.

(Fonte : Mercado & Eventos)

ANAC: DEMANDA DOMÉSTICA CRESCE 11% E INTERNACIONAL, 3,11% EM JUNHO


Levantamento divulgado na ultima terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que a demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros (passageiros-quilômetros pagos transportados, RPK) cresceu 11% em junho de 2012 quando comparada com o mesmo mês de 2011. A demanda acumulada nos seis primeiros meses de 2012 apresentou crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2011.
A participação das empresas de menor porte no mercado doméstico cresceu 33% no primeiro semestre de 2012, passando de 19,77% para 26,22%. Na comparação de junho de 2011 com junho de 2012, a participação dessas companhias foi de 21,09% para 25,83%, o que representa um aumento de 22% nessa participação. Entre as empresas que apresentaram participação no mercado doméstico superior a 1% (em RPK), Avianca e Trip tiveram as maiores taxas de crescimento da demanda, da ordem de 88% e 58,83%, respectivamente, em junho de 2012 em relação a junho de 2011, enquanto TAM registrou aumento de 9,47% e a Gol redução de 0,85% no mesmo período. Entre as seis empresas com participação no mercado doméstico superior a 1% em passageiros por quilômetro transportado (RPK), Trip e Avianca registraram o maior crescimento em junho, quando comparadas com o mesmo mês de 2011. A participação da Azul aumentou de 8,56% para 10,17% e a da Avianca saltou de 2,95% para 4,98%. TAM e Gol lideraram o mercado doméstico em junho de 2012, em RPK, com 41,05% e 33,12%, respectivamente. No acumulado dos primeiros seis meses de 2012, a participação das duas empresas alcançou 39,67% e de 34,11%, respectivamente. A soma do market share das líderes em junho de 2012 (74,17%) registrou decréscimo de 6% em relação ao mesmo mês de 2011, quando essas empresas juntas somavam 78,91% de participação.
A oferta (assentos-quilômetros oferecidos, ASK) no mercado doméstico apresentou crescimento de 4,30% em junho passado em relação a junho de 2011. Nos primeiros seis meses do ano, o crescimento foi de 8,46% também na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado de julho de 2012 representou o maior nível de oferta e de demanda do transporte aéreo doméstico para o mês de junho desde o início da série, em 2000.
A taxa de ocupação dos vôos domésticos de passageiros (RPK/ASK) foi de 72,63% em junho de 2012, contra 68,06% em junho de 2011, o que representou um aumento de 6,71%. No acumulado dos primeiros seis meses de 2012, houve uma diminuição de 1% quando comparada ao mesmo período de 2011. Entre as seis empresas que apresentaram participação no mercado doméstico superior a 1% (em RPK), as maiores taxas de ocupação em junho de 2012 foram alcançadas por Azul e Avianca, com 79,07% e 76,96%, respectivamente.
A demanda do transporte aéreo internacional de passageiros cresceu 3,11% em junho de 2012 em relação a junho de 2011. A oferta registrou aumento de 1,01% no mesmo período. De janeiro a junho de 2012, a demanda registrou aumento de 1,15% e a oferta diminuiu 1,87% quando comparadas com o mesmo período de 2011.
Ainda segundo o estudo, no transporte aéreo internacional, a TAM, com 90,37%, e a Gol, com 9,63%, representaram quase a totalidade da participação das empresas brasileiras nessa rotas em junho de 2012. A TAM registrou um aumento na sua participação em relação ao mesmo mês de 2011, da ordem de 2,88%, enquanto a Gol registrou aumento de 21,46% no mesmo período.
A taxa de ocupação dos vôos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) alcançou 79,27% em junho de 2012, contra 77,66% do mesmo mês de 2011, representando uma variação de 2,08%. O aproveitamento da TAM em junho de 2012 foi de 81,83%, enquanto o da Gol ficou em 61,32%.
Os dados comparativos são elaborados com base nas operações regulares e não-regulares de empresas brasileiras concessionárias dos serviços de transporte aéreo público de passageiros.

(Fonte : Monitor Mercantil / imagem divulgação)

SUBCOMISSÃO DEBATE EXPANSÃO DO TRÁFEGO E IMPLANTAÇÃO DE NOVO SISTEMA DE CONTROLE AÉREO NO BRASIL


A Subcomissão Temporária sobre a Aviação Civil realiza audiência pública, nesta quarta-feira (8), para debater a expansão do tráfego aéreo no Brasil e a implantação do sistema CNS/ATM.
O sistema pode ser entendido como a modernização do Controle do Espaço Aéreo em âmbito mundial para atender o crescente fluxo de tráfego aéreo projetado para o futuro. A sigla constitui-se a partir da reunião de quatro termos: Comunicação Aeronáutica, Navegação Aérea, Vigilância (letra S, de Surveillance) e Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ou ATM-Air Traffic Managment).
O CNS/ATM consiste na aplicação em grande escala de tecnologia baseada no uso de satélites, comunicação digital e de uma gestão estratégica das operações, a partir da integração de tecnologias, processos e recursos humanos, destinados a suportar a evolução do transporte aéreo.
Foram convidados para o debate o diretor geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea); o presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, George William Cesar de Araripe Sucupira; o coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e o diretor da empresa Fly Aviation, Francisco de Lyra.
Criada no âmbito da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), a subcomissão é presidida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO) e tem o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) como relator. A audiência pública será na sala 13 da ala Alexandre Costa, às 14h.

(Fonte : Agência Senado de Notícias)

PROCURADORIA E RECEITA QUEREM FIM DE “VOOS MISTOS”


Apesar de os aeroportos das principais capitais brasileiras terem voos para o exterior, o "hub" dos voos de cabotagem é a Região Sudeste. Apenas Cumbica (SP) e Galeão (RJ) concentram 83% dos passageiros internacionais do País e nesses aeroportos são feitas as operações que preocupam as autoridades. Além do relatório do Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal (MPF) também instaurou inquérito civil para apurar falta de fiscalização nas conexões de voos internacionais.
"O Tribunal e o Ministério Público chegaram à mesma conclusão: onde há voos de cabotagem, há risco para a segurança aérea", explica o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, que oficiou em inquérito a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a TAM e a Gol. "A Anac já deveria ter proibido o voo de cabotagem. Como não o fez, aguardaremos os 180 dias pedidos pelo TCU para que se chegue a uma solução do caso, que, no meu entender, é o fim desse tipo de voo, talvez por medida judicial."

SÓ NACIONAIS

Ao MPF, a Anac informou que não faz parte de suas atribuições proibir voo de cabotagem. A agência afirma ainda que permite esse tipo de operação apenas para companhias nacionais - estrangeiras não podem realizá-lo. No inquérito, a Gol diz à Procuradoria que, sem voo de cabotagem, muitas das operações internacionais seriam inviabilizadas.
Assim como a Procuradoria, a Receita Federal também defende o fim de voos que misturam passageiros domésticos e internacionais. Por e-mail, o auditor fiscal da alfândega André Martins fez sérias críticas ao sistema e informou que já pediu à Coordenação de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) que acabe com esse tipo de operação. O órgão propõe ainda que o controle alfandegário seja feito sempre no primeiro ponto de entrada no território nacional. "As soluções com vistas à mitigação de problemas têm sido paliativas, beneficiam as empresas aéreas, trazem transtornos inclusive aos passageiros de boa fé, pois estão sujeitos ao controle alfandegário, bem como requerem investimentos constantes sempre em soluções temporárias e ineficazes", disse. Enquanto o problema não é resolvido, a Receita diz estar submetendo todos os passageiros - internacionais e domésticos - à mesma fiscalização.
O relatório do TCU faz recomendações claras e aponta gargalos na operação aeroportuária como um todo, da infraestrutura ao número insuficiente de pessoal capacitado para atender a demanda crescente. Enquanto Cumbica registrou aumento de 64% dos passageiros internacionais, o efetivo da Receita Federal caiu 9% no mesmo período, aponta o TCU, recomendando ao Ministério da Fazenda que "reveja o quadro de servidores da Secretaria da Receita Federal do Brasil".
À Infraero, o TCU recomenda, entre outras coisas, que aperfeiçoe a sinalização que orienta passageiro de voo internacional e otimize os espaços internos do aeroporto.
Questionada pela reportagem sobre gargalos de infraestrutura e fiscalização, que permitiram as brechas na segurança dos aeroportos, a Infraero afirmou que mantém funcionários para orientar os passageiros internacionais em trânsito no desembarque. Além disso, conta com o apoio do pessoal de terra das companhias aéreas, que também orientam passageiros em conexão na saída dos aviões.
A Infraero disse ainda que em dezembro fez mudanças de layout no desembarque internacional de Cumbica, para ampliar o espaço de controle de passaportes.
Além da falta de agentes da Polícia Federal, o documento alerta que há mais profissionais terceirizados que o recomendado - uma proporção de três para cada policial supervisionando. Em Cumbica, diz o relatório, essa proporção é de um para cinco. No Galeão, quatro terceirizados para cada agente.

RISCO

Segundo resultado de questionário aplicado pelo TCU nos aeroportos, 17% dos policiais federais afirmaram que terceirizados são supervisionados "às vezes ou quase nunca". E 35% dos funcionários disseram que "sempre ou quase sempre" executam tarefas de imigração sem passar por supervisão alguma.

(Fonte : Jornal O Estado de S. Paulo)

RUSH TORNA PONTE AÉREA ATÉ 25MIN MAIS LENTA



Na hora do rush, um voo da ponte aérea Rio-São Paulo, entre os aeroportos de Santos Dumont e Congonhas, a rota mais movimentada do Brasil, chega a levar 25 minutos a mais que a mesma viagem, pela mesma companhia, fora do horário de pico.
O tempo extra é significativo, já que os voos mais rápidos entre as duas cidades levam menos de 45 minutos.
Os principais motivos, segundo a Aeronáutica, as companhias aéreas e especialistas, são a concorrência pela utilização da pista, o tráfego aéreo intenso e a falta de controle mais eficaz dos voos.
A comparação entre os diferentes horários foi feita pela Folha com base na duração dos voos da TAM, Gol e Avianca, as três companhias que atuam na ponte aérea durante a semana, tanto nas viagens já feitas (janeiro a junho), quanto naquelas que ainda estão programadas.
Os dados estão disponíveis nos sites das companhias aéreas e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Voar pela manhã, na maioria dos casos, é pior do que à noite. Avianca e Gol têm as maiores discrepâncias.
Na primeira, o voo mais demorado é o que sai de Congonhas às 7h28 de segunda à sexta, no qual o passageiro enfrenta uma hora e 23 minutos de viagem. O mais curto é o que parte de São Paulo às 19h02 -duração de 58 minutos, ou 30% mais rápido.
Na Gol, os mesmos 25 minutos de diferença aparecem ao comparar dois voos que partem do Rio. O pior, das 9h10, leva uma hora e oito minutos; o mais rápido, às 17h10, dura 43 minutos.
Os voos da TAM variam menos: 17 minutos em Congonhas e 22 minutos no Rio.

FILA DE AVIÕES

"Varia bastante, é perceptível. Eu sempre me programo para chegar a São Paulo com antecedência", diz o advogado José Carlos Rosa, 34, que mora no Rio e vem a São Paulo uma vez por semana. Sexta-feira, afirma, costuma ser o dia mais complicado.
Segundo a Aeronáutica, o tráfego aéreo entre as metrópoles lhe obriga a organizar os aviões que chegam e que saem dos aeroportos -o que influencia o tempo de voo.
Entre as medidas está o sequenciamento, que é estabelecer uma fila de aviões que vão para o mesmo destino. Assim, as aeronaves recebem ordens para reduzir a velocidade ou fazer desvios.
O clima e fatores operacionais -uma aeronave ou aeroporto com restrições, por exemplo- também influenciam, segundo o órgão.
Um estudo de 2010 encomendado pelo BNDES identificou que os tempos de voo dos aviões na ponte aérea haviam aumentado em dez minutos entre Congonhas e Santos Dumont e sete minutos no sentido inverso, entre 2005 e 2009, em decorrência de restrições de infraestrutura aeroportuária e aeronáutica.

TRÁFEGO INFLUENCIA A DURAÇÃO, DIZEM EMPRESAS

As companhias aéreas afirmam que levam em consideração o volume de tráfego ao calcular a duração dos voos da ponte aérea Rio-São Paulo -daí as grandes diferenças entres horários. O tempo de cada voo é informado com antecedência ao passageiro.
"Os voos não têm a mesma duração por diversos fatores. Um deles é o período em que a operação acontece. Durante a manhã e no final da tarde, por exemplo, precisamos de um tempo maior em razão da intensidade do tráfego aéreo", informou a Gol.
Outro fator, diz a empresa, é a necessidade, em horários de pico, de maior tempo para taxiamento; há mais aviões prestes a decolar ou pousar e, nessas situações, a espera costuma ser maior.
A TAM igualmente mencionou o tráfego aéreo. Disse ainda haver influência do vento nas rotas. A Avianca não quis se pronunciar.
Segundo Mário Celso Rodrigues, ex-controlador de tráfego aéreo em São Paulo, as variações no tempo de voo, pelo horário, são produto da concorrência pela utilização da pista de pouso e da infraestrutura dos aeroportos.
"A ponte aérea concorre com voos domésticos de todo o Brasil. Não é questão de espaço aéreo e sim de espaço terrestre, aeroportuário."
A estatal Infraero disse que a infraestrutura de Congonhas, administrado por ela, não impacta a ponte aérea.

CONTROLE

Segundo Rodrigues, a Aeronáutica hoje tenta administrar o fluxo de tráfego com base em previsões de demanda, mas nem sempre isso ocorre dentro do esperado. O ideal, disse, seria criar uma ferramenta para controlar os voos "vivos", que já estejam no ar.
"Isso daria maior precisão na hora de embarque, e o atraso poderia ser facilmente administrado com aeronave no solo, diminuindo custo operacional e minimizando a insegurança aérea",diz.
Ele também propõe manter aeroportos para operação apenas da ponte aérea -ele citou São José dos Campos.
A Secretaria Nacional de Aviação Civil disse estar acompanhando novos sistemas de comunicação, navegação e vigilância que estão em implantação pela Aeronáutica para modernizar a infraestrutura do sistema.
Além disso, diz desenvolver um projeto para o setor, "que será um plano integrado com o crescimento da infraestrutura aeroportuária."

ANÁLISE

SISTEMA EFICIENTE DEPENDE DA INTEGRAÇÃO DE VÁRIOS ATORES

Respício Antônio do Espirito Santo Junior

Especial para a Folha

Diferenças de tempos de voos entre duas cidades são comuns na aviação. Condições meteorológicas e aerovias distintas para ida e para a volta, além da variação dos ventos em rota, são fatores que fazem isso acontecer.
Também são fatores influentes o gerenciamento do volume e dos fluxos de tráfego aéreo nas áreas terminais e nas aerovias, bem como o número de voos chegando e partindo nos aeroportos.
E chegado ao aeroporto, não apenas o seu administrador/operador tem papel chave no tempo de solo, mas as empresas aéreas e suas prestadoras de serviços devem buscar a máxima eficiência e sinergia nas operações para que os voos que chegam não atrasem os que partem.
No mundo real de trocas constantes de portões de embarque, de atrasos e de constantes conflitos sobre responsabilidades, fica evidente que temos muito a melhorar.
Não basta cada ente ser de excelência se o sistema como um todo não o for. Da mesma forma, não adianta haver apenas algumas colaborações pontuais entre os atores aqui citados; é imprescindível haver visão de negócios e de propósitos comuns, dinâmicas que unam todos de forma inseparável e igualitária.
Parcerias contínuas, comprometimento e visão sistêmica são a base para tudo.
Se a nossa realidade já fosse assim, parte da missão de cada ator aqui citado seria de auxiliar os demais a serem cada vez melhor no que fazem.
O objetivo comum a todos seria o de buscar o melhor e mais seguro sistema de transporte aéreo para a sociedade brasileira. Quando isso de fato acontecer, perceberemos instantaneamente.

RESPICIO A. ESPIRITO SANTO JR. é professor do departamento de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / imagem divulgação)

“TERMINAIS REGIONAIS SÃO FUNDAMENTAIS”


O ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, afirmou em junho que os aeroportos regionais são uma prioridade para o governo e que, até 2014, mais 70 aeroportos desse tipo devem ser construídos. Como o Ministério do Turismo avalia a necessidade dos aeroportos regionais e o que vem fazendo para contribuir para o cumprimento desta meta?

Os aeroportos regionais são fundamentais para o desenvolvimento do turismo nacional, na medida em que facilitam o acesso aos destinos turísticos e contribuem para desafogar o tráfego nos aeroportos das capitais. Desde a criação do Ministério do Turismo, em 2003, o MTur destina recursos para a reforma e modernização de pistas e terminais aeroportuários. Foram investidos, até o início deste ano, R$ 160 milhões para infraestrutura em aeroportos regionais. É o caso do aeroporto de Aracati, que vamos inaugurar juntamente com o governador Cid Gomes e o secretário de Turismo, Bismarck Maia, neste sábado. A obra, que dá acesso a Canoa Quebrada - importante polo de turismo do Ceará - recebeu aporte de R$ 14,5 milhões do MTur para a construção da pista e decolagem e do terminal.
Estamos também contribuindo com a Secretaria Nacional de Aviação Civil na elaboração do Plano Nacional de Aviação Regional, indicando os destinos de interesse turístico que deverão constar do pacote de investimentos do governo federal.

O que o MTur vem fazendo para estimular as companhias aéreas a investirem em voos regionais?

O Ministério do Turismo trabalha em consonância com os órgãos responsáveis pelas políticas de investimentos, regulação e fiscalização da aviação civil no país, como o Ministério da Defesa, Secretaria de Aviação Civil, Anac e Infraero, para ampliação da malha aérea e da melhoria da infraestrutura aeroportuária. O aeroporto de Aracati, por exemplo, será operado pela TAM que vai instalar no local uma base operacional para atender os mercados das regiões Norte e Nordeste.

No Ceará, como a questão da aviação regional vem sendo tratada pelo governo federal? Quais são os investimentos realizados com foco nisso?

O Ceará, assim como outros estados, poderá contar com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil, que tem como foco a aviação regional. A ideia do governo é utilizar parte dos recursos das outorgas dos aeroportos concedidos à iniciativa privada para financiar obras de construção e reforma de terminais regionais. O Ministério do Turismo está trabalhando com a Secretaria de Aviação Civil para incluir municípios de regiões turísticas de todo o território brasileiro nesta pauta de investimentos.

Com relação ao aeroporto de Jericoacoara, a Secretaria de Turismo do Ceará afirmou que, como o Mtur não liberou os recursos acordados, o governo do Estado teve que arcar com todo o custo da obra. O quê houve para a não liberação dos R$ 34 milhões previstos para serem aplicados pelo ministério no terminal?

Já foi empenhado R$ 1,7 milhão, por meio de convênio com a Secretaria de Estado de Turismo do Ceará, para a segunda etapa da implantação do terminal de passageiros do Aeroporto do Polo Turístico de Jericoacoara. O restante está em análise na Diretoria de Infraestrutura, O processo atualmente está com cláusula suspensiva por pendências de documentos a serem apresentados pelo estado.

Alguma outra obra do Ceará, realizada por meio de convênio com o MTur está enfrentando problema semelhante? Qual?

O Ministério do Turismo apoiou, de 2003 a 2012, 668 obras no estado do Ceará. Deste universo, 113 já foram concluídas e as demais estão em fases diversas de execução. O Ceará é um dos estados que mais recebeu recursos do MTur, fruto do trabalho articulado entre governo estadual e bancada parlamentar no Congresso Federal.

Atualmente, quais são os investimentos do MTur no Estado?

De 2003 a 2012, o MTur empenhou R$ 492,5 milhões, via contratos de repasse, para obras de infraestrutura turística no Ceará. Somente para Fortaleza, que é um dos destinos indutores trabalhados pelo ministério, os repasses superam os R$ 100 milhões.

Quais são os investimentos previstos para o Ceará nos próximos anos?

No momento, o Ministério trabalha na execução do orçamento de 2012 e na avaliação de projetos a serem apoiados em 2013. No entanto, vamos dar continuidade a uma série de investimentos que estão sendo realizados nos municípios turísticos do Ceará.

Com relação à Copa do Mundo, a Setur afirmou da necessidade de a população local hospedar os turistas que chegarão ao Ceará durante o período, devido à carência de leitos na rede hoteleira. O senhor acredita que isso seja realmente necessário?

O Ministério encomendou pesquisa ao IBGE em 2011 para quantificar a oferta de hospedagem no país. O levantamento mostrou que Fortaleza (incluindo a Região Integrada de Desenvolvimento) tem 366 meios de hospedagem, o que representa a terceira maior rede hoteleira do Nordeste. Essa quantidade, somada às novas unidades que serão incorporadas ao parque hoteleiro até 2014, nos dão tranquilidade para afirmar que as cidades estarão bem preparadas para receber os turistas dos grandes eventos.

Na avaliação do ministério, o Brasil, em especial o Ceará, está preparado para receber a maior quantidade de turistas por conta de eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas?

O Ministério do Turismo vai qualificar mais de 240 mil pessoas até a Copa de 2014 para que tenhamos mão de obra preparada para receber os turistas dos megaeventos. Além disso, está investindo especialmente nas cidades-sedes em três tipos de obras: implantação de centros de atendimento ao turista, sinalização turística e nas vias de acessos aos principais atrativos. Somente neste primeiro semestre empenhamos R$ 116 milhões com esta finalidade, dos quais R$ 17 milhões foram destinados para obras de acessibilidade em Fortaleza. São ações que, somadas a tantas outras, vão garantir sucesso na realização dos eventos e, mais importante, deixar um legado sem precedentes para o país.

O Estado irá inaugurar, no próximo dia 15, seu novo Centro de Eventos. O que o MTur pode fazer ou vem fazendo para atrair eventos para o Ceará?

A realização de eventos é uma ação importante para atrair o turista de negócios e movimentar a economia das cidades. Por isso, a importância de se ter instalações adequadas para movimentar esse mercado. O Ministério investiu R$ 58,4 milhões na construção do centro de eventos de Fortaleza, que é hoje a 15ª cidade brasileira no ranking dos destinos que mais recebe eventos internacionais. O MTur destina recursos também para que os estados promovam os seus destinos nos mercados interno e internacional.

O MTur possui alguma ação de incentivo ao turismo de negócios no País? Qual?

O Brasil saiu da 9ª para a 7ª posição no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA) de países que mais receberam eventos internacionais em 2011. Essa conquista é fruto do esforço conjunto de pessoas e entidades que trabalham na captação, promoção de eventos e dos destinos e dos governos que atuam na preparação e qualificação dos municípios para receber os eventos.
Fortaleza, por exemplo, ficou na 15ª posição entre as cidades brasileiras. Acredito que o novo centro de convenções, no qual o MTur investiu R$ 58,5 milhões, vá contribuir para a atração de mais congressos, convenções e turistas de negócios para a cidade

(Fonte : Jornal Diário do Nordeste)

MOVIMENTO DE GRU AUMENTOU 8,62% NO 1S12 MAS O DE CGH CAIU 0,93%


Dados da Infraero revelam que no 1º semestre (1S12), o movimento de passageiros (embarques + desembarques) no Aeroporto de Congonhas (CGH) em São Paulo foi de 8,058 milhões, número 8,62% superior ao registrado no 1S11 - e quase o dobro do aumento verificado no aeroporto Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro, o que indica que esse aumento não pode ser creditado em grande parte aos serviços da Ponte Aérea Rio-São Paulo. O movimento de aeronaves (pousos + decolagens) em CGH foi de 67.995 voos domésticos (o aeroporto não opera voos internacionais), aumentando apenas 1,59% em relação ao 1S111.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos/André Franco Montoro (GRU), o movimento no 1S12 totalizou 15,608 milhões de passageiros, número 8,62% superior aos 14,369 milhões registrados no 1S11. Desse total, 10,042 milhões foram de passageiros domésticos (+13,58%) e 5,566 milhões (+0,69%) de passageiros internacionais. O movimento total de aeronaves (pousos + decolagens) foi de 137.247 (+4,77%), dos quais 95.724 (+6,56%) movimentos de voos domésticos e 41.523 (+0,85%) de voos internacionais.

N.R.: como o movimento de passageiros em CGH aumentou 8,62% no 1S12 e o aumento do movimento de aeronaves apenas 1,59%, depreende-se que houve uso de aeronaves maiores ou um forte crescimento na ocupação média, ou a combinação desses dois fatores. A mesma conclusão é válida para GRU, onde o movimento total de passageiros (+8,62%) superou o movimento total de aeronaves (+4,77%), exceto no setor internacional, onde o resultado foi oposto (+0,69 de passageiros e +0,85% de aeronaves), indicando queda de aproveitamento dos voos.

O MOVIMENTO NO SDU AUMENTOU 4,57% E NO GIG 20,84% NO 1º SEMESTRE

Dados da Infraero mostram que no 1º semestre (1S12) o movimento de passageiros (embarques + desembarques) no Aeroporto Santos Dumont (SDU) no Rio de Janeiro chegou a 4,262 milhões, número 4,57% superior aos 4,076 milhões registrados no 1S11. O movimento de aeronaves (pousos + decolagens) chegou a 67.995, número 7,11% maior que nos seis primeiros meses do ano passado. O SDU só operou voos domésticos no 1S12.
Já no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão (GIG), o fluxo total de passageiros aumentou muito mais em relação ao 1S11: 20,84%, para 8,451 milhões. O número de passageiros domésticos foi de 6,296 milhões (+21,01%) e o internacional de 2,155 milhões (+20,35%). O movimento total de aeronaves aumentou 20,86%, para 78.735 - em voos domésticos chegou a 61.841 (+27,78%) e a 16.894 (+5,71%) em voos internacionais.

N.R.: no caso do SDU, como o número de passageiros aumentou 4,57% e o de aeronaves 7,11% - e não há informações de que as companhias aéreas estejam utilizando aeronaves menores -, pode-se concluir que há excesso de oferta ou que as companhias operaram com ocupação média inferior. No GIG, esses mesmos números em relação ao movimento total são coerentes. No movimento doméstico, o raciocínio é o mesmo do SDU: a ocupação dos voos foi menor. Já nos voos internacionais, o raciocínio é contrário. O número de passageiros aumentou 20,35% e o de aeronaves apenas 5,71%, indicando o uso de aeronaves maiores ou de um forte crescimento na ocupação, ou a conjugação desses dois fatores.

(Fonte : Business Travel Magazine / imagem divulgação)

ANAC COLOCA EM DISCUSSÃO A ACESSIBILIDADE DE PASSAGEIROS


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está submetendo à audiência pública proposta de resolução sobre procedimentos que assegurem a acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial ao transporte aéreo. O aviso de audiência pública foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU).
As sugestões poderão ser encaminhadas à Anac por meio de formulário eletrônico próprio disponível no site http://www2.anac.gov.br/transparencia/audienciaspublicas.asp  , até as 18 horas do dia 5 de setembro.
As sessões presenciais serão divulgadas futuramente

(Fonte : Agência Estado)

ESPIGÃO E ARRANHA-CÉU NÃO SÃO PERIGO PARA AVIÕES


O novo arranha-céu que está sendo construído no Jardim Europa, bairro nobre da Zona Oeste da capital, é ao menos 15 metros mais alto do que o prédio vizinho que ficou conhecido como Espigão da Tucumã, mas nenhum dos dois representam ameaça aos aviões que pousam no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
O gigante mais recente é o 106 Seridó, que leva o nome de seu endereço e tem 33 andares, dois a mais do que o Villa Europa, o mais antigo, localizado na Rua Tucumã, 691. A distância entre ambos é de cerca de 50 metros.
O primeiro espigão começou a ser construído em 1994, mas em 1999 a Prefeitura embargou a obra, após constatar que ele tinha 30 metros a mais do que os 87 apresentados em seu projeto. Como a altura real da construção era muito superior à do papel, surgiu o questionamento se o Villa Europa poderia estar na rota de aproximação dos aviões de Congonhas.
Após 15 anos de embates, o Comar 4 (Comando Aéreo de São Paulo 4), órgão da Aeronáutica responsável pela região de São Paulo, concluiu que, apesar de estar muio acima de sua altura original, o prédio não atrapalhava a rota das aeronaves.

RETOMADA

Mesmo assim, a construção só foi retomada e finalizada após a Construtora Moraes Sampaio, responsável pelo empreendimento, reduzir o tamanho médio de cada apartamento duplex de 675 m² para 560 m², além de comprar um terreno de 300 m² ao lado do Villa Europa para que a área construída entrasse nos padrões aceitos pelo município.
O imbróglio com a Prefeitura ainda não havia terminado, pois alguns donos de apartamentos se mudaram antes de o local obter o Habite-se (licença de funcionamento) e tiveram de sair para não serem multados. Somente no primeiro trimestre deste ano é que o Espigão da Tucumã conseguiu, enfim, se regularizar.
Assim que o 106 Seridó chegou à parte final da obra, também foram levantadas dúvidas sobre a altura do prédio. Afinal, além de ter dois andares a mais do que o vizinho e ocupar um terreno de 11 mil m², o novo empreendimento conta com 128 apartamentos, sendo o menor com 405 m² e valendo R$ 6 milhões e o maior com 900 m² (seu preço não foi informado).
A batalha do Villa Europa com o governo municipal e o falso mito de que ele continuava a ser um risco aos aviões que pousariam no aeroporto da Zona Sul da capital ajudaram ainda mais a acalorar o debate.
De acordo com a Secretaria das Subprefeituras, não há nenhum problema com o edifício e ele conseguiu receber seu Habite-se no último dia 25.

(Fonte : Jornal Diário de São Paulo)

ANAC AUTORIZA TAM A TER VOOS SEMANAIS PARA O PERU


A TAM está autorizada a realizar sete frequências semanais de serviços aéreos regulares mistos entre o Brasil e o Peru.
A autorização foi publicada nesta segunda-feira Portaria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), entrando em vigor a partir desta segunda-feira.

(Fonte : Ag. Estado / imagem divulgação)

NOVO CARTÃO DO ITAÚ TERÁ COBRANÇA DE JUROS DIFERENCIADA PARA CRÉDITO ROTATIVO


O Itaú terá um cartão de crédito com uma forma completamente diferente de cobrança de juros quando o cliente não paga toda a fatura no final do mês e entra no chamado "crédito rotativo".
Os juros serão cobrados desde o dia em que o cliente faz cada uma de suas compras no cartão - e não após o vencimento da fatura (crédito rotativo), como ocorre hoje no país. Cada compra terá uma conta individualizada de juros.
Como o período incidente é maior, o banco poderá cobrar uma taxa menor para esse cliente. A novidade permitirá ao banco reduzir a taxa do crédito rotativo da casa de 12% ao mês para 5,99%.
Inédito no país, esse modelo de cobrança segue o padrão americano, em que a maioria das compras feitas por cartão acabam sendo faturadas no crédito rotativo.
No Brasil, o cartão é mais usado como forma de pagamento, sendo que 85% dos volumes faturados são pagos integralmente pelo cliente no vencimento e sem a incidência de juros. Só 15% entram, de fato, no crédito rotativo e pagam taxas de 12%.

SIMULAÇÃO

Pelo novo cartão, um cliente que fizesse uma compra de R$ 500 no dia 8 de abril e só pagasse o mínimo de 15% (R$ 75), no dia 25 de abril, no vencimento da fatura, teria de arcar com juros de 4,99% incidentes sobre os R$ 425 relativos a todo o período entre a compra (dia 8 de abril) e o pagamento da conta (25 de maio). Dessa forma, o custo seria de R$ 467,43.
Se fizesse a mesma compra em um cartão normal, que só cobra os juros após o fechamento da fatura, teria de arcar com taxa de 12% ao mês, mas por um período menor - de 25 de abril, quando não pagou a fatura integral, até 25 de maio. Nesse caso, a conta seria de R$ 476.
Se o cliente pagar toda a fatura, a operação não se torna crédito rotativo e segue sem juros, como acontece como os demais cartões no país.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

UM HOTEL COM QUARTOS INVISÍVEIS COMEÇA A FAZER BASTANTE SUCESSO EM UM VILAREJO DA SUÉCIA


Uma empresa sueca mostrou que é possível inovar até mesmo no concorrido - e tradicional - segmento de hotéis.
Localizado no vilarejo de Harads, na Suécia, o Treehotel criou o The Mirrorcube - quartos que são instalados na floresta que cerca o empreendimento e que ficam invisíveis.
Sim, invisíveis pois são camuflados por paredes de espelhos. A novidade tem atraído cada vez mais turistas, que buscam mais do que o isolamento de um vilarejo onde vivem 600 pessoas. O conceito adotado pelos proprietários do Treehotel é oferecer uma experiência aos consumidores. E quando você alia uma inovação a essa experiência, o sucesso da empreitada é quase imediato.
No interior dos quartos, há seis janelas onde seus ocupantes têm uma privilegiada visão da floresta. As dependências, informa a empresa, acomodam confortavelmente duas pessoas. Tudo pensando e desenvolvido por um time de arquitetos de primeira.

(Fonte : Estadão Online / imagem divulgação)

UBRAFE DIVULGA AS 36 PRINCIPAIS FEIRAS DE NEGÓCIOS PARA O MÊS DE AGOSTO


A UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras divulgou a agenda para as 36 grandes feiras de negócios brasileiras que acontecerão neste mês de agosto. As feiras acontecem nas cidades de São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Olinda, Brasília, Blumenau, Joinville e Cachoeiro de Itapemirim, envolvendo os setores de agropecuária, engenharia de telecomunicações, mecânica, têxtil, papelaria, embalagem, educação financeira, móveis, indústria gráfica, indústria química e petroquímica, alimentos e bebidas, meio ambiente, veículos, cultura, tecnologia, saúde e farmácia. A relação completa das feiras de agosto, com o nome do promotor, website do evento e outras informações relevantes deve ser consultada em www.ubrafe.org.br
Entre as feiras que acontecem em agosto há grandes e conhecidos eventos, como a 22º Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa no dia 9 no Palácio das Convenções do Anhembi em São Paulo; a PhotoImageBrazil - 20ª Feira Internacional de Imagem, de 14 a 16, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em SP; a FEBRATEX- Feira Brasileira para a Indústria Têxtil, de 14 a 17 de agosto no Parque Vila Germânica, em Blumenau; a Expo Money- Brasília, nos dias 17 e 18, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília; a Têxtil House Fair South America, de 19 a 22, no Palácio das Convenções do Anhembi, em SP; a FEIPACK Rio - 3ª Feira Brasileira da Embalagem, de 22 a 25, no Riocentro, no Rio de Janeiro; House & Gift Fair South America, de 25 a 18, Expo Center Norte, em SP; a Embala Plast, de 28 a 31, no Centro de Convenções de Pernambuco-CECON, em Olinda, PE; e a Cachoeiro Stone Fair 2012 - 34ª Feira Internacional do Mármore e Granito, de 28 a 31, no Parque de Exposição Carlos Caiado Barbosa, em Cachoeiro de Itapemirim, ES.

(Fonte : Business Travel Magazine)