segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ESPIGÃO E ARRANHA-CÉU NÃO SÃO PERIGO PARA AVIÕES


O novo arranha-céu que está sendo construído no Jardim Europa, bairro nobre da Zona Oeste da capital, é ao menos 15 metros mais alto do que o prédio vizinho que ficou conhecido como Espigão da Tucumã, mas nenhum dos dois representam ameaça aos aviões que pousam no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.
O gigante mais recente é o 106 Seridó, que leva o nome de seu endereço e tem 33 andares, dois a mais do que o Villa Europa, o mais antigo, localizado na Rua Tucumã, 691. A distância entre ambos é de cerca de 50 metros.
O primeiro espigão começou a ser construído em 1994, mas em 1999 a Prefeitura embargou a obra, após constatar que ele tinha 30 metros a mais do que os 87 apresentados em seu projeto. Como a altura real da construção era muito superior à do papel, surgiu o questionamento se o Villa Europa poderia estar na rota de aproximação dos aviões de Congonhas.
Após 15 anos de embates, o Comar 4 (Comando Aéreo de São Paulo 4), órgão da Aeronáutica responsável pela região de São Paulo, concluiu que, apesar de estar muio acima de sua altura original, o prédio não atrapalhava a rota das aeronaves.

RETOMADA

Mesmo assim, a construção só foi retomada e finalizada após a Construtora Moraes Sampaio, responsável pelo empreendimento, reduzir o tamanho médio de cada apartamento duplex de 675 m² para 560 m², além de comprar um terreno de 300 m² ao lado do Villa Europa para que a área construída entrasse nos padrões aceitos pelo município.
O imbróglio com a Prefeitura ainda não havia terminado, pois alguns donos de apartamentos se mudaram antes de o local obter o Habite-se (licença de funcionamento) e tiveram de sair para não serem multados. Somente no primeiro trimestre deste ano é que o Espigão da Tucumã conseguiu, enfim, se regularizar.
Assim que o 106 Seridó chegou à parte final da obra, também foram levantadas dúvidas sobre a altura do prédio. Afinal, além de ter dois andares a mais do que o vizinho e ocupar um terreno de 11 mil m², o novo empreendimento conta com 128 apartamentos, sendo o menor com 405 m² e valendo R$ 6 milhões e o maior com 900 m² (seu preço não foi informado).
A batalha do Villa Europa com o governo municipal e o falso mito de que ele continuava a ser um risco aos aviões que pousariam no aeroporto da Zona Sul da capital ajudaram ainda mais a acalorar o debate.
De acordo com a Secretaria das Subprefeituras, não há nenhum problema com o edifício e ele conseguiu receber seu Habite-se no último dia 25.

(Fonte : Jornal Diário de São Paulo)

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