segunda-feira, 3 de junho de 2013

FINANCIAMENTOS PARA O TURISMO AUMENTAM 33,16% NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os financiamentos concedidos pelos bancos públicos para empresas do setor de turismo de janeiro a março de 2013 cresceram 33,16%, em relação ao mesmo período do ano passado.  Aumentaram de R$ 1,99 bilhão para R$ 2,65 bilhões, volume que já supera tudo o que foi emprestado, anualmente, de 2003 até 2007.
“Estamos trabalhando para melhorar ainda mais estes resultados em uma articulação com as instituições financeiras oficiais e o setor produtivo”, afirma o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
Os empréstimos foram destinados a hotéis, parques, bares, restaurantes, locadoras de automóveis, agências de turismo e transportadores (aéreo e rodoviário). O maior volume de recursos, R$ 1,74 bilhão, saiu da Caixa Econômica Federal, seguida do Banco do Brasil, com R$ 357 bilhões.
O BNDES, que opera a linha ProCopa, destinada à construção e reforma de hotéis, liberou R$ 271,6 milhões no trimestre. Já o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia emprestaram às empresas do turismo , respectivamente, R$ 190,5 milhões e R$ 93,3 milhões.
“Em 2003, quando o ministério começou a articular a criação de linhas especiais para o setor, registramos R$ 1 bilhão em empréstimos. Em 2012, chegamos ao volume recorde de R$ 11,2 bilhões”, afirma o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Fábio Mota.
Segundo Mota, além da ação do MTur, o reconhecimento do potencial da área pelos bancos e a organização dos empresários para a captação de recursos são as razões para o crescimento. De 2003 até o primeiro trimestre de 2013, os financiamentos das instituições federais para o setor somam R$ 47,5 bilhões.
 
(Fonte : MTur)

MERCADO DE TURISMO SE PREPARA PARA SUPEROFERTA DE HOTÉIS APÓS A COPA


 
A preocupação de não fazer feio na Copa do Mundo gerou uma corrida na construção de hotéis em várias capitais. No entanto, o incentivo - que partiu de prefeituras e também do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - pode ter sido ousado demais. Em algumas capitais, já há o risco de superoferta de hotéis. As unidades que serão entregues até 2014 correm o risco de ficar sem hóspedes depois que as luzes dos estádios se apagarem e os turistas forem embora.
Apesar de haver um consenso no mercado de que o parque hoteleiro do País está defasado em termos de qualidade, especialistas no setor de turismo dizem que são poucas as cidades que precisam realmente de uma grande quantidade de novos hotéis - realidade que só se aplica, hoje, a São Paulo e Rio de Janeiro. "Um empreendimento só consegue cobrar tarifas mais altas se tiver uma taxa de ocupação acima de 65%, patamar que não será atingido em várias capitais brasileiras", diz Diogo Canteras, sócio da Hotel Invest.
No caso de Belo Horizonte, a Lei 9.952, de 2010, conhecida como "Lei da Copa", deu às incorporadoras o direito de duplicar a área construída em seus terrenos se eles fossem destinados à construção de hotéis. O resultado foi uma explosão da oferta hoteleira - ao todo, são 46 empreendimentos saindo do papel, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte.
Isso significa, de acordo com pesquisa da Hotel Invest, que o número de quartos disponíveis na capital mineira vai dobrar até 2015 (veja quadro abaixo). Isso vai tirar a taxa de ocupação dos saudáveis níveis atuais, de 69%, para preocupantes 48%.
Por isso, as bandeiras que assumirem os empreendimentos já erguidos pelas incorporadoras poderão ter dificuldade para operar no azul. Isso pode ser uma boa notícia para o consumidor que precisa se hospedar em Belo Horizonte ou em capitais, em situação parecida, como Manaus e Porto Alegre. "Com níveis de ocupação próximos de 50%, será difícil para os administradores reajustarem os preços por um período longo, de oito a dez anos", afirma Canteras.
Sabendo disso, empresas especializadas em vender hospedagem preparam uma ofensiva para "empurrar" destinos que, necessariamente, não seriam a primeira opção do cliente. "Daqui dois a três anos, haverá uma ociosidade maior (dos hotéis). Nosso trabalho será criar demanda para esses quartos vazios", diz João Ricardo Mendes, diretor executivo do site de turismo Hotel Urbano. "Em vez de assistir a um show internacional em São Paulo, pode ser mais econômico fazer o mesmo em Porto Alegre ou Belo Horizonte", explica. Segundo ele, é possível criar demanda para eventos específicos: "Vendemos 800 quartos num fim de semana em Jaraguá do Sul (SC) por causa de uma luta de UFC."
Apesar desse movimento das operadoras de turismo, empresas que estão para abrir hotéis nas cidades com expectativa de superoferta estão apreensivas. "A Lei da Copa de Belo Horizonte veio com a promessa de um Centro de Convenções que atrairia turistas à cidade, mas esse projeto ainda está em discussão na Câmara de Vereadores", diz a presidente da Vert Hotéis, Érica Drumond, que tem uma nova unidade prevista para a capital mineira.
 
EXCEÇÕES
 
Enquanto em algumas capitais devem sobrar hotéis, em outras o mercado seguirá aquecido. O Rio de Janeiro deve ganhar mais 5,7 mil quartos de hotéis até 2015 sem que isso afete a taxa de ocupação significativamente. Isso ocorre porque, além de ter dois grandes eventos no horizonte (a cidade sediará também os Jogos Olímpicos de 2016), o Rio é um destino turístico mundialmente conhecido.
Com a exposição mundial de dois grandes eventos esportivos, o interesse pela cidade pode aumentar, a exemplo do que ocorreu com Barcelona, na Espanha, após a Olimpíada de 1992. Os maiores projetos da linha do BNDES destinada à ampliação do parque hoteleiro nacional estão no Rio de Janeiro. Dos R$ 832,5 milhões já liberados, R$ 298,5 milhões foram para o Hyatt a ser erguido na Barra da Tijuca e R$ 190,6 milhões para a reforma do Hotel Glória, na zona sul, projeto capitaneado pelo empresário Eike Batista.
As agências de turismo também não têm perspectiva de queda na ocupação dos hotéis em São Paulo, mas por outro motivo: segundo fontes do setor, o fracasso da onda dos flats, há cerca de uma década, dificultou a liberação de projetos de hospedagem na maior cidade do País. Como resultado, só 463 novos quartos se somarão à oferta hoteleira da cidade até 2015. Desta forma, a perspectiva é que a taxa de ocupação suba dos atuais 68%, segundo a Hotel Invest, para 78%. Isso deve contribuir para manter os preços das diárias em São Paulo em trajetória de alta.
 
(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)

TARIFA DE CONEXÃO EM VOOS TERÁ PREÇO MÁXIMO DE R$ 7


 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) definiu regras para a cobrança de tarifas de conexão de voos domésticos e internacionais. O preço máximo a ser cobrado será R$ 7 por passageiro em aeroportos com classificação de primeira categoria (de acordo com a movimentação e a infraestrutura). O valor é pago pelas empresas áreas.
De acordo com a tabela publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, a quantia máxima a ser cobrada varia de acordo com a categoria dos aeroportos e terá o mesmo valor para voos domésticos e internacionais. A medida não altera a tarifa de embarque, paga pelo consumidor, e entra em vigor em 45 dias.
Aeroportos classificados como de segunda categoria terão uma tarifa máxima de R$ 5,50. Para os de terceira categoria, o valor a ser cobrado será de, no máximo, R$ 4,50, e os de quarta categoria, R$ 3.
Segundo a resolução da Anac, as empresas não precisam pagar a taxa referente a passageiros de aeronaves em voo de retorno, por motivos de ordem técnica ou meteorológica ou, ainda, em caso de acidente, por ocasião do reembarque; passageiros com idade inferior a dois anos; inspetores de aviação civil, quando no exercício de suas funções; passageiros convidados do governo brasileiro.
A Anac informa, ainda, que as tarifas não se aplicam aos aeroportos públicos que estejam sob condições tarifárias específicas definidas em ato de autorização ou contrato de concessão.
 
(Fonte : Terra Notícias)

ANAC AGORA EXIGE EXPERIÊNCIA


 
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o leilão de privatização dos Aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais, afastam o risco de a disputa ser vencida por empresas sem competência técnica e experiência comprovadas em operações do porte das que terão de assumir, como ocorreu em 2012 com o leilão dos Aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
Por causa do baixo nível de exigência feito às operadoras que participam dos consórcios, no ano passado o País perdeu boa parte da oportunidade de, ao abrir as operações dos principais aeroportos do País para grandes empresas internacionais, melhorar rapidamente o setor. Grandes e experientes operadoras internacionais contribuiriam para a modernização do sistema de acordo com os padrões mais elevados de eficiência e qualidade de serviços, beneficiando os usuários, mas as operadoras dos consórcios vencedores nunca haviam administrado aeroportos do porte dos que passariam a controlar.
Os dois aeroportos que serão licitados, provavelmente em outubro, e os três já concedidos ao setor privado estão entre os sete mais movimentados do País (os dois que completam a lista são Congonhas, em São Paulo, e Santos-Dumont, no Rio) e seu movimento continuará a crescer com rapidez durante o período de concessão. Com a movimentação de 32,8 milhões de passageiros em 2012, o Aeroporto de Guarulhos lidera a lista. Dos sete, o de menor movimentação é o de Viracopos, por onde embarcaram ou desembarcaram 8,9 milhões de passageiros no ano passado. Durante o período da concessão, em média de 25 a 30 anos, a movimentação deverá quadruplicar.
Nos leilões do ano passado, a Anac exigiu que a operadora integrante do consórcio participante da disputa comprovasse experiência em operação de aeroportos com movimento mínimo de 5 milhões de passageiros por ano, pouco mais da metade da movimentação do aeroporto menos movimentado (o de Viracopos) dos três que estavam sendo oferecidos. Venceria a disputa o concorrente que oferecesse o melhor lance. Consórcios dos quais faziam parte grandes operadoras internacionais foram derrotados. O grupo vencedor de Viracopos, por exemplo, tem como operadora uma empresa francesa que participa, como sócia, das operações do aeroporto de Larnaca (Chipre), bem menor que o terminal de Campinas.
Agora, a Anac elevou a exigência. Só poderão participar da disputa consórcios integrados por pelo menos uma operadora com experiência na operação de aeroportos com movimento superior a 35 milhões de passageiros por ano. Além disso, essa operadora deverá ter uma participação de pelo menos 25% no consórcio, bem mais do que os 10% exigidos para a concessão de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
De acordo com a Secretaria de Aviação Civil (SAC), atualmente há no mundo 33 aeroportos com movimento anual de mais de 35 milhões de passageiros. Alguns são operados pela mesma empresa. Assim, o total de operadoras que poderão se interessar pelo novo leilão se limita a 30 ou 31 empresas. Parte delas teve atuação intensa nos consórcios que participaram da disputa do ano passado. É possível que elas continuem interessadas em investir no País. Em 2012, participaram da disputa 11 grupos. O secretário executivo da SAC, Guilherme Ramalho, espera um número maior na nova disputa.
A regra que impede vencedores de leilões anteriores de participar da disputa por Galeão e Confins impossibilita os fundos de pensão de participar dos consórcios, o que reduz a influência do governo nas decisões do grupo que vencer o leilão. Mas essa influência continuará muito forte, pois foi mantida a participação compulsória da Infraero no consórcio vencedor, com 49% de seu capital, o que limita o poder de decisão dos investidores privados.
Para os usuários, a exigência de investimentos de R$ 8,7 bilhões, bem como a de execução de obras de melhoria no curto prazo nos dois aeroportos, tornam as novas regras melhores do que as do ano passado.
 
(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)

ANAC: DEMANDA AÉREA INTERNACIONAL CRESCE 1,49%


 
A demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras, medida pelo indicador passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK) cresceu 1,49% em abril de 2013, frente a abril de 2012, completando uma série de seis meses consecutivos de expansão, anunciou nesta sexta-feira a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De janeiro a abril, a demanda acumulou crescimento de 5,48% em relação aos quatro primeiros meses de 2012.
A oferta internacional (assentos-quilômetros oferecidos - ASK), por sua vez, teve alta de 9,39% em abril, atingindo o maior nível para o mês desde 2000. No acumulado dos primeiros quatro meses deste ano, a oferta registrou alta de 15,63% em relação a igual período do ano passado.
Um crescimento mais acelerado da oferta que da demanda levou uma queda da taxa de aproveitamento dos voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras (RPK/ASK), para 75,21% em abril de 2013, ante 81,06% do mesmo mês do ano passado. Conforme a Anac, o melhor aproveitamento internacional em abril deste ano foi registrado pelo Grupo TAM, com 78,19%. Já o aproveitamento internacional da Gol foi de 57,83%.
TAM e Gol representaram a totalidade das operações de empresas brasileiras no transporte aéreo internacional de passageiros em abril, com 88,74% e 11,26%, respectivamente. Enquanto a TAM registrou redução de 1,67%, a Gol teve crescimento de 15,32% na participação em abril de 2013 quando comparado ao mesmo mês de 2012.
 
(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)