segunda-feira, 11 de abril de 2011

INFLAÇÃO RESISTE, DÓLAR CAI E GOVERNO TENTA CONTER CRÉDITO


Depois de anunciar medidas para tentar conter o ingresso de capitais externos, que valoriza o real, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, determinou mais uma ação, desta vez para conter um inimigo mais imediato, a inflação. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito ao consumo, inclusive o imobiliário, dobrou de 1,5% para 3%. O ministro volta a empregar uma das armas que usou em janeiro de 2008, também para brecar uma economia a pleno vapor. Os resultados não foram brilhantes: o crédito caiu no primeiro mês, estacionou no segundo e voltou a crescer daí em diante. E a arrecadação do IOF das pessoas físicas deu um salto, de R$ 3 bilhões para R$ 7,6 bilhões. O aumento da tributação agora pode ser mais eficaz porque há restrição nos prazos de financiamento, acreditam a Fazenda e o BC. Acossado por nova onda de valorização do real e pelo avanço dos preços, o governo teve notícias ruins nos dois campos ontem. O dólar caiu 1,85%, para R$ 1,5840, sinal de que a extensão do IOF para empréstimos externos superiores a um ano foi encarado como inócuo. Já o IPCA subiu 0,79%, quase igual ao 0,8% de fevereiro, quando a expectativa era de um recuo razoável. Com isso, a inflação no primeiro trimestre chegou a 2,44% e em 12 meses, a 6,3%. Dessa forma, a variação dos preços pode ultrapassar o teto da meta, de 6,5%, em abril. O resultado do IPCA de março refletiu a reaceleração das cotações dos alimentos, a disparada dos preços das passagens aéreas e combustíveis, o aumento expressivo do vestuário e a elevação significativa dos serviços (como aluguéis, empregados domésticos, conserto de automóveis e mensalidades escolares). Analistas financeiros interpretam a relativamente tímida atuação do BC nos últimos dias - quando o real caiu abaixo da barreira de R$ 1,60 - como uma mudança de posição do governo. Diante da força da ameaça inflacionária, ele já aceitaria uma valorização maior - no ano até agora, de 4,3% - como auxiliar na derrubada dos preços.

IOF DE 3% VAI FREAR FORTE RITMO DO CRÉDITO

O governo espera uma forte desaceleração da oferta de crédito com a elevação da alíquota do IOF para empréstimos para pessoas físicas, anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A medida não afeta o crédito imobiliário A solução encontrada de elevar o IOF, na visão de técnicos do governo ouvidos pelo Valor, deve reduzir o crescimento do crédito, hoje na casa dos 20%, para um ritmo mais condizente com a situação atual da economia brasileira, algo entre 10% e 15%, teto sinalizado pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na semana passada. A consultoria LCA divulgou relatório afirmando que a medida deverá encarecer principalmente as operações de crédito para automóveis e consignado com desconto em folha de pagamento. Em anúncio repleto de equívocos, em que se confundiu diversas vezes, Mantega informou que a alíquota do IOF passou de 1,5% para 3% sobre o valor do crédito contratado. Essa alíquota cheia vale para empréstimos com prazo de 365 dias ou mais. Nas operações de prazo inferior a um ano, a cobrança será pro rata dia, passando de 0,0041% para 0,0082% ao dia. A nova alíquota, que será válida a partir de hoje, só incidirá sobre novas operações. O estoque já existente de operações de crédito para pessoas físicas, de quase R$ 800 bilhões, continua com a tributação antiga. A estimativa de freada no crédito feita por técnicos do governo é baseada no histórico recente de alta do IOF. No início de 2008, quando a alíquota máxima do tributo também passou de 1,5% para 3%, o custo do crédito para o tomador final teve um aumentou imediato de três pontos percentuais. O crédito, na época, voltou a subir depois de dois meses, mas agora, segundo avaliação do governo, o impacto será ainda maior por conta do requerimento extra de capital dos bancos adotado pelo Banco Central, em dezembro, que limita os prazos para empréstimos ao consumo. Como os bancos não podem ampliar os prazos das linhas ofertadas às famílias, não há como diluir o tributo nas prestações mensais e os juros bancários podem ter um aumento ainda maior, além de encarecer a parcela mensal. "A prestação vai ficar mais salgada", afirmou Mantega. A decisão também engordará os cofres da União. Em 2008, a arrecadação do IOF nas operações de crédito à pessoa física mais do que dobrou, passando de R$ 3 bilhões para R$ 7,6 bilhões, segundo dados da Receita Federal. É possível que o impacto agora seja ainda maior, dado que o volume de crédito é superior ao daquela época. Mantega disse ainda que a medida visa ajudar a trazer a inflação ao patamar adequado. Ele acrescentou que tal iniciativa é regulatória, ou seja, pode ser retirada a partir da normalização da oferta de crédito a patamares considerados mais saudáveis, entre 12% e 15% de crescimento. Essa foi mais uma da série de medidas macroprudenciais que o BC e a Fazenda vêm adotando na tentativa de controlar a inflação sem elevar muito os juros, o que poderia atrair ainda mais capital estrangeiro ao país. O fluxo cambial no ano bateu recorde de US$ 35,6 bilhões até março. Desde dezembro, o governo já ampliou o recolhimento compulsório, aumentou o requerimento de capital para empréstimos ao consumo de prazos mais longos, restringiu a posição "vendida" dos bancos em câmbio e estipulou pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito em 15%. "As medidas potencializam os efeitos da política monetária e mostram o compromisso do governo com o combate à inflação", segundo fontes oficiais. O anúncio da nova medida foi feita no início da noite de ontem em São Paulo. Mantega se confundiu diversas vezes ao explicar as mudanças. Primeiramente, disse que a alíquota estava indo para 1,5%. Depois se corrigiu e informou que dobraria de 1,5% para 3%, porém acrescentou erroneamente que a alíquota era mensal. Diversas agências e sites de notícia colocaram as informações erradas no ar. O ministro também chegou a informar que o crédito imobiliário seria afetado. Finalmente, Mantega disse que a nova alíquota incidiria sobre uma base de R$ 700 bilhões em operações. Acontece que esse é o estoque já existente de crédito à pessoa física, e o imposto maior só recairá sobre novos empréstimos. As assessoria de imprensa da Fazenda e do BC tiveram que corrigir as informações posteriormente.

CREDIÁRIO E 'PARCELADO SEM JUROS' ESCAPAM DA MEDIDA

Embora o aumento de 3% do IOF no crédito não seja desprezível, há uma certa limitação no efeito de mais esse pedágio sobre a demanda, pois há outras formas de o consumidor se financiar sem o recurso bancário, diz o economista do Santander, Cristiano Souza. Conforme exemplifica, o crediário bancado pelo varejo e o parcelado sem juros no cartão de crédito escapam do aperto. Pela mesma lógica, o cheque pré-datado e os cartões "private label" também.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

IMPASSE POLÍTICO NOS EUA ARRISCA FECHAR PONTOS TURÍSTICOS


Da Estátua da Liberdade ao Grand Canyon do Colorado, passando pela prisão de Alcatraz, centenas de pontos turísticos americanos correm o risco de fechar suas portas a partir de sábado (9), se os parlamentares do Congresso não votarem o orçamento de 2011 do Estado federal. Os grandes parques do oeste do país, como Yellowstone ou Monument Valley, também não poderiam ser visitados pelo público, informou David Barna, porta-voz do Serviço nacional de Parques. Além das reservas, o governo administra o acesso a outros numerosos locais, como a Estátua da Liberdade, em Nova York, ou Alcatraz, a prisão situada na baía de San Francisco. "Esperamos que isso não aconteça mas, se for o caso, fecharemos os 394 parques nacionais", declarou Barna. Neste período do ano, esses locais são frequentados diariamente por 800.000 pessoas, com algumas hospedando-se em hotéis ou acampando. "Teremos que pedir a todos para partir", precisou o porta-voz. Barna explicou que a decisão de fechar esses lugares é destinada a prevenir atos de vandalismo e evitar acidentes, uma vez que os "rangers", guardas locais, ficarão impedidos de ir eventualmente em ajuda das pessoas em perigo. Pelo menos 17 mil funcionários dos parques nacionais podem ficar em desemprego técnico, com apenas 2.000 garantindo a segurança. Outros 15 mil assalariados de empresas terceirizadas (hotéis, etc) estarão, também, em desemprego técnico, segundo Barna, que avaliou os danos financeiros decorrentes para essas atividades em US$ 32 milhões por dia.

(Fonte : France Presse, em Washington / foto divulgação)

ACHAR VAGAS EM HOTÉIS DE SP FICA CADA VEZ MAIS DIFÍCIL


A cidade de São Paulo tem quase 41 mil quartos em seus mais de 400 hotéis. Mas não é fácil encontrar vaga de hospedagem na cidade. Durante a semana, a Folha ligou para mais de uma dezena de hotéis. Todos estavam lotados. Funcionários da companhia aérea Delta também tiveram dificuldades. Na terça-feira à noite um de seus voos, que ia do aeroporto de Cumbica para Atlanta, teve problemas mecânicos. Para acomodar os 180 passageiros, a empresa procurou hotéis em São Paulo, Guarulhos, Osasco, Jundiaí, Campinas e Barueri. Todos lotados. Os passageiros foram dormir em Bertioga, na Baixada Santista, a 103 km. A explicação é a profusão de feiras e eventos corporativos. Nesta semana, por exemplo, a cidade recebeu, entre outras, a Hair Brasil, feira de produtos de beleza, e a Intermodal, de logística. "São Paulo chegou ao 18º lugar no ranking internacional de eventos. Em 2004, estava em 83º", diz Toni Sando, superintendente da São Paulo Convention and Visitors Bureau, entidade que reúne empresas do setor turístico. Caio Carvalho, presidente da SPTuris, a empresa municipal que cuida do turismo na cidade, afirma que São Paulo vive o melhor momento de sua história na área de turismo e eventos. Mas admite os efeitos colaterais. "O nosso problema é a falta de hotel. Além do gargalo aeroportuário", diz Carvalho, ex-ministro do Turismo.

CONCENTRAÇÃO

A oferta de vagas na hotelaria paulistana não é pequena: é a maior da América do Sul. O Rio tem 25 mil quartos, pouco mais da metade de São Paulo. Buenos Aires, terceira colocada, tem 18 mil. O problema é a concentração da ocupação. Bruno Omori, presidente da seção paulista da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), explica que a busca por hospedagem se concentra nos dias de semana por causa dos eventos corporativos. Durante a semana, alguns hotéis chegam a ter 100% de ocupação. No fim de semana, isso cai para menos de 50%, mas a procura está crescendo. Neste fim de semana, cerca de 140 mil pessoas vieram à cidade para ver o U2. Na maioria dos hotéis da zona sul não cabe mais ninguém. A ocupação em SP está superior a 70%. "Estamos adorando a agenda de shows", diz Leandra Antão, gerente do hotel Radisson Faria Lima. Ela relata que a ocupação nos finais de semana, que ficava em 30% na média, tem crescido e já são frequentes ocupações superiores a 60%.

CIDADE NÃO TEM NOVAS UNIDADES EM CONSTRUÇÃO

Apesar do crescimento constante da ocupação da rede hoteleira em São Paulo, não há novos hotéis em construção na cidade. Até 2014, quando São Paulo deve receber a abertura e uma das semifinais da Copa do Mundo de futebol, a previsão é de um crescimento de mil a 3.000 quartos de hotel, a maioria com reformas dos já existentes. É pouco. O Rio, por exemplo, deve ganhar quase 10 mil novos quartos até 2016, quando a cidade sedia os Jogos Olímpicos. "Não vamos aumentar a oferta por causa da Copa, é por causa do crescimento natural do mercado", diz Bruno Omori, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. Para ele, hotel não é mais um negócio imobiliário. O projeto é sempre muito bem estudado, inclusive com análise de oferta, demanda e perspectivas de crescimento. Chieko Aoki, presidente do grupo Blue Tree de hotéis, comemora o crescimento do mercado e diz que a cidade precisaria, sim, de novos empreendimentos. Mas faltam terrenos para a construção de novos prédios. "Se tivéssemos terrenos nas áreas mais bem localizadas, teria um enxame de construção de hotéis. Mas me pergunta o preço do terreno. É difícil", disse a executiva. "São Paulo teve lá sua época de construção de hotéis nos últimos dez anos, mas agora, com o boom imobiliário, o preço dos terrenos está caro demais para os investidores", diz Toni Sando, da São Paulo Convention and Visitors Bureau. Caio Carvalho, da SPTuris, aponta que a falta de áreas na cidade de São Paulo pode fazer com que investidores procurem oportunidades na região metropolitana. "O preço do terreno é muito alto para construir hotel. Tem empresa estrangeira querendo comprar hotel pronto em São Paulo e não acha, porque ninguém quer vender. Esses grupos vão acabar procurando hotéis na região metropolitana."

SEIS ESTRELAS

O antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como hospital Matarazzo, na Bela Vista, pode virar o hotel mais luxuoso da cidade. A Folha revelou o projeto no dia 18 de fevereiro. O diretor-executivo do grupo em São Paulo, Julien de Lapize, admitiu contatos com o fundo de investimentos WWI, que está negociando o imóvel com o fundo de pensão Previ.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

DIA NACIONAL DA ALEGRIA 2011 ACONTECE NESTA QUARTA-FEIRA


Parques temáticos e atrações turísticas de todo o Brasil abrem suas portas nesta quarta-feira (13/04), para receber gratuitamente instituições que atendem crianças carentes de 6 a 12 anos. Trata-se do 4º Dia Nacional da Alegria, ação promovida anualmente pelo Sistema Integrado de Parques Temáticos e Atrações Turísticas (Sindepat), em parceria com a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra). Do Estado de São Paulo participam o Carrossel Diversões, Hopi Hari, Magic City, Park do Gorilão, Playcenter, O Mundo da Xuxa e Wet’n Wild. Além desses, o Beach Park no Ceará; Alpen Park no Rio Grande do Sul; Beto Carrero em Santa Catarina e Bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. Seis unidades do Playland, cinco localizadas em São Paulo e uma na Bahia, também integram a ação. Para receber as crianças, os locais terão uma programação exclusiva e oferecerão passaporte e alimentação a todos os participantes. As atividades acontecem no horário de funcionamento de cada empreendimento. Idealizado empresário Beto Carrero, o Dia Nacional da Alegria existe desde de 2007 e já recebeu mais de 300 mil crianças.

HOPI HARI REALIZA 10ª EDIÇÃO DO DIA DA ALEGRIA COM RECORDE DE INSCRIÇÕES

Na próxima quarta-feira, (13/04), o parque temático Hopi Hari realiza sua 10ª edição do Dia da Alegria, data em que recebe exclusivamente entidades que atendem crianças e adolescentes carentes. Neste ano, houve recorde de inscrições, com o credenciamento de 338 instituições, das quais 147 foram contempladas. A expectativa é receber cerca de 10 mil visitantes. A ação do Hopi Hari, que acontece desde 2001, faz parte do Dia Nacional da Alegria, promovido pelo Sindepat (Sindicato Nacional de Parques e Atrações Turísticas) com apoio da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil) em que 38 empreendimentos do Brasil, desde 2008, abrem suas portas para as instituições.

WET’N WILD SE PREPARA PARA RECEBER 4 MIL CRIANÇAS NO 4º DIA NACIONAL DA ALEGRIA

O Wet’n Wild, localizado em Itupeva (SP), recebe gratuitamente nesta quarta-feira (13), 4 mil crianças carentes, na faixa etária de 6 a 12 anos, de 27 instituições da região. O parque aquático e outros empreendimentos do setor participam do 4º Dia Nacional da Alegria, ação de responsabilidade social promovida pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), com o apoio da Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil (Adibra). O dia promete momentos de muita alegria e descontração aos visitantes. Na ocasião, o parque funcionará exclusivamente para o evento. Para receber as crianças o Wet’n Wild terá uma programação especial e oferecerá alimentação a todos os participantes. Para a concretização da ação, o Wet’n Wild contou com o apoio de empresas parceiras como McCain, Churrasquinho Jundiaí, Sufresh, Perdigão, Bambini entre outras, que contribuíram com o fornecimento de alimentos, bebidas e brindes.

(Informações : Mercado & Eventos e Lucia Faria Com.)

6º SALÃO DO TURISMO INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE ESPAÇOS E PREVÊ CRESCER 10% EM VISITANTES


Responsável pela organização do 6º Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, a Promo Inteligência Turística já iniciou a comercialização dos espaços. A feira ocupará, no mínimo, uma área de 35 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo). No entanto, a meta é chegar a marca de 38 mil metros quadrados. Quem afirma é Gisele Lima, diretora da Promo Inteligência Turística, em entrevista exclusiva ao Mercado & Eventos. Ao lado do Ministério do Turismo (MTur), a executiva comanda todo o processo da feira deste ano. O Salão do Turismo 2011 acontece no período de 13 a 17 de julho. As 27 unidades da federação brasileira irão participar do evento em formato de macrorregiões. "Esta semana faremos uma série de reuniões com os representantes dos Estados em Brasília para definir as inovações de cada localidade", diz Gisele, mencionando que somente para a parte institucional estão sendo investidos R$ 10,4 milhões. Já a área comercial do Salão ocupará quatro mil metros quadrados e reunirá empresas de diversos segmentos do turismo como operadoras de viagens, companhias aéreas, redes hoteleiras, companhias marítimas e outros. Os Estados do Ceará, Santa Catarina e São Paulo já garantiram seus espaços na área comercial. "Também já fechamos com a CVC Operadora. Ela terá um estande com 200 metros quadrados", adianta Gisele Lima. A estimativa, segundo a diretora, é estar com 70% da feira vendida em um prazo de 30 dias. Para que esse objetivo seja atingido, a Promo conta com uma equipe de seis profissionais focados nesse processo. Além disso, mais quatro colaboradores estão sendo contratados para alavancar novos negócios. De acordo com a executiva, a proposta é mostrar toda a diversidade da oferta turística brasileira na área comercial. As presenças de empresas do segmento de turismo receptivo, dos parques temáticos e de marcas de telefonia e de cartões de crédito serão estimuladas na sexta edição do Salão. "Qual a primeira coisa que o turista faz ao chegar de uma viagem? Ele liga o telefone e fala com as pessoas queridas, envia mensagens, compartilha uma foto. Ou seja, o setor de telefonia tem importância para a indústria do turismo e pode significar novas oportunidades de negócios. Por isso, vamos buscar a participação dessas empresas. Vamos usar nossas técnicas de convencimento", declara Gisele. Na edição passada, a feira recebeu 109 mil visitantes. Este ano, a estimativa é crescer esse número em 10%. Juntamente com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), a Promo e o MTur iniciaram negociações para promover a oferta de roteiros turísticos no Salão partindo de diversos Estados brasileiros. "A secretária Nacional de Política do Turismo do Mtur, Bel Mesquita, solicitou o apoio da Braztoa para que consumidores de outros estados possam estar presentes na feira. O grande desafio é aumentar a curva de brasileiros viajando pelo país", ressalta a diretora. Até o final desta semana, será estabelecida uma data para o lançamento oficial do 6º Salão do Turismo com os horários de funcionamento e as atrações das áreas temáticas. Gisele Lima antecipa que o formato principal da feira será mantido. Estão garantidos os espaços para as Manifestações Culturais, para a Agricultura Familiar, Núcleo de Conhecimento, Bolsa de Negócios e para o Artesanato. "Para essa última área, a ideia é trazer uma diversidade maior e para isso devemos aumentar o espaço dedicado as artes brasileiras", conta.

(Fonte & foto: Mercado & Eventos)

AEROLÍNEAS ARGENTINAS OPERARÁ MAIS VOOS PARA BUE E NOVA ROTA RIO-IGUAZU

A Aerolíneas Argentinas anunciou um significativo aumento de oferta entre o Brasil a Argentina, que implementará em etapas e deverá estar concluído até o próximo dia 11 de julho. A rota São Paulo-Buenos Aires ganhará mais dois voos diários para o Aeroparque (AEP), totalizando 8 voos diários - um dos quais (o AR1277) para Ezeiza (EZE), para conexão com o voo para a Oceania às terças, quartas, quintas, sextas e domingos. Também haverá aumento na oferta entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. As atuais cinco freqüências diárias ganharão mais uma, a sexta, todas operando no AEP. Na rota Porto Alegre-Buenos Aires (AEP), que a Aerolíneas opera com uma freqüência diária, não haverá por enquanto alteração de freqüência. O destaque é para a nova rota que ligará com voos diretos o Rio de Janeiro (GIG) a Puerto Iguazu (IGR), inicialmente com três freqüências semanais, às terças, quintas e domingos. Mais informações: tel. 0800 7073313 0800 7073313 ou http://www.aerolineas.com/

(Fonte : Business Travel Magazine)

TINTOS DA ÁUSTRIA TRAZEM ALGUMAS BOAS SURPRESAS



Os vinhos brancos da Áustria são os queridinhos dos sommeliers mais sofisticados do mundo há já alguns anos - mas estarão os bebedores de vinho prontos para os tintos austríacos? Em San Francisco, berço do vinho californiano, o "Chronicle" dedicou no mês passado um longo artigo sobre eles. E, em agosto passado, uma degustação às cegas foi realizada com os provadores mais competentes de Cingapura, que acabaram preferindo os pinot noirs austríacos a muitos famosos da Borgonha. Por isso, decidi pela primeira vez, na recente degustação genérica de vinhos austríacos em Londres - um evento realizado todos os anos no Institute of Directors (IoD) - ignorar os brancos produzidos no Danúbio e provar apenas tintos - em sua maioria produzidos ao sul e a leste de Viena, onde se dissemina o calor proveniente da Panônia húngara. Posso dizer que esses vinhos são fascinantes, pois minha velocidade de degustação parecia apenas cerca de metade da habitual, e acabei (pela primeira vez) sendo enxotada para fora da sala de provas pelos funcionários do evento, que ostensivamente recolhiam garrafas, copos, e baldes de gelo ao meu redor. Quanto à qualidade dos tintos austríacos em exposição no IoD, identifiquei alguns muito, muito entusiasmadores, mas, talvez, não o suficiente para que eu fizesse uma recomendação geral no sentido de que os amantes do vinho deveriam rumar decisivamente para a planície da Panônia em busca das emoções do vinho. Parece, efetivamente, valer a pena pagar algum extra pelo engarrafado por um único vinhedo, geralmente vendido por valores mais próximos de £ 20 do que de £ 10 a garrafa. Dito isso, notei em degustações genéricas em Londres que exportadores em potencial têm ouvido com tal frequência que o mercado britânico é perigosamente competitivo, e que os compradores de vinho britânicos são terrivelmente mesquinhos, que alguns tendem a não se preocupar em mostrar seus melhores vinhos. (Isso ficou evidente, por exemplo, na recente degustação inaugural de genéricos em Londres de - acreditem ou não - vinhos turcos.) O que a Áustria pode oferecer, porém, é um trio de verdadeiramente notáveis variedades de uvas tintas. Uma delas, a zweigelt, é capaz de produzir vinhos exuberantemente frutados que, em sua forma usual não armazenada em barris de carvalho pode proporcionar uma bebida encantadora por menos de £ 10 a garrafa. Uma boa introdução aos sabores da zweigelt é o da safra 2009 de Johanneshof Reinisch, admirado produtor da área chamada Thermenregion. Esse é um grande e ousado vinho que de alguma forma, tanto em sabor como em seu aspecto visual, violáceo - talvez porque pareça recheado com berries. Mas eu me surpreendi admirando dois exemplos muito mais sérios de zweigelt. O Girmer 2008 da K+K Kirnbauer é produzido a partir de vinhas zweigelt com 52 anos de idade cujas raízes atingem profundidades de até 25 metros sob o vinhedo em Mittelburgenland. Repleto de energia, foi envelhecido durante 18 meses em barris de carvalho plantados numa floresta de propriedade da mesma família, tornando-o um produto verdadeiramente local. Franz Leth, cujos vinhedos são cultivados nos profundos solos "loess" (um solo fértil de coloração amarela, formado por sedimentos depositados pelo vento) de Wagram, produz zweigelts particularmente notáveis. O modelo em que se baseia o Leth Klassik 2009, não envelhecido em barris de carvalho, são os tintos exuberantes produzidos na Áustria no final do século 20 com o uso de pequenos barris de carvalho. (Uma das razões pelas quais o momento pode ser perfeito para os tintos austríacos é que os vinicultores do país puseram fim a seu romance com as barricas e agora têm um relacionamento mais equilibrado com o carvalho). Leth também produz o talvez mais dramático zweigelt de todos, o Gigama, feito apenas em boas safras, com colheita tardia. Outro uva boa para tintos e a sankt laurent, cujas origens são obscuras, mas cujos vinhos são invulgarmente aveludados. Os vinhos tendem a ser voluptuosos e podem ser um pouco adocicados, faltando-lhes a estrutura e, talvez, a longevidade dos melhores pinot noirs austríacos. Novamente, Johanneshof Reinisch, da Thermenregion, apresentou um de meus exemplos favoritos: seu Holzspur 2004, quase um Côte-Rôtie, defumado e dotado de uma textura de cetim. É uma maravilha produzida a partir de vinhas de muito baixo rendimento plantada pelo avô do atual incumbente, Michael Reinisch. Em Burgenland, ao sul, às margens do Neusiedlersee (lago na fronteira com a Hungria), tanto Pittnauer como Umathum produzem belos sankt laurents. Mas a variedade de uva provavelmente mais propensa a colocar os tintos austríacos no mapa é a blaufränkisch, conhecida como kékfrankos do outro lado da fronteira, na Hungria, e lemberger, no sul da Alemanha e no Estado de Washington (EUA). Ele apresenta a mais atraente combinação (atualmente na moda) de vinhos semiencorpados do que encorpados e, um aroma refrescante e a capacidade de transmitir diferenças bastante sutis de terroir com precisão, ao menos na Áustria. A maior concentração do fascinante blaufränkisch fica em Burgenland, sendo que o vinho produzido em Leithaberg, na margem ocidental do Neusiedlersee, é tão nitidamente mineral que ganhou sua própria denominação de origem. Grüner veltliner pode ser ainda mais difícil de pronunciar do que blaufränkisch, mas seu sucesso em parte tem sido, provavelmente, devido à sua abreviatura frequente Gru-Ve, ou simplesmente GV. Temo ser improvável que uma boa sigla para o tinto austríaco.

(Fonte : Financial Times, com publicação no J. Valor Econômico / imagem divulgação)