quarta-feira, 3 de julho de 2013

PAÍS RECEBERÁ NÚMERO INÉDITO DE ESTRANGEIROS EM 2013


 
A chegada de turistas internacionais ao país atingiu seu ápice. O país recebeu 5,67 milhões de viajantes estrangeiros em 2012, um recorde histórico. Este ano deve bater os 6,2 milhões, de acordo com o Plano Nacional de Turismo. Um levantamento preliminar da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostra que apenas durante o período da Copa das Confederações, 25 mil turistas estrangeiros visitaram o Brasil. Mas o que eles buscam no país?
Uma parcela dos visitantes estrangeiros tem como motivação o futebol e a cultura brasileira. Há um grupo significativo que vem a negócios, para convenções e congressos internacionais. A maior parte dos estrangeiros, porém, está em busca de sol e praia, revela o Estudo da Demanda Turística Internacional,do Ministério do Turismo. A motivação não só se manteve no topo da lista de desejos, como cresceu de 54,9% para 62,1%, entre 2005 a 2011.
A segunda atividade preferida dos turistas estrangeiros é a contemplação de belezas naturais, seguida por passeios ecológicos e de aventura. Atividades culturais e diversão noturna ainda atraem pouco o visitante de fora. O estudo mostra que nove entre 10 turistas estrangeiros pretendem voltar ao Brasil.
 
MAIS LAZER
 
As viagens a lazer (46,1%) representaram mais que as viagens a negócios (25,6%) em 2011. Em compensação, os gastos por dia dos turistas que viajam a negócios (127,94%) continuam superiores aos dos visitantes que viajam a lazer (72,68%).
As cidades mais procuradas para o lazer são Rio de Janeiro (26,7%), Foz do Iguaçu (19,85) e Florianópolis (19,7%). Para o turismo de negócios se destacam São Paulo (51,6%), Rio de Janeiro (24,4%) e Curitiba (4,9%).
 
GASTOS NO PAÍS
 
Quanto maior for a distância entre o país de origem e o Brasil, mais o turista gasta em território nacional. Cada europeu deixa, em média, US$ 1.753 quando visita o Brasil. Em segundo lugar estão os americanos, com um gasto médio individual de US$ 1.587. Quando o recorte é feito na Europa, a Suíça responde pelo maior gasto per capita (US$ 2.015), seguida da Itália (US$ 2.008).
Entre os vizinhos, os chilenos são os que mais gastam, com média de US$ 800, e os paraguaios são os que menos deixam divisas no solo brasileiro (US$ 473). O tempo de permanência no país também é proporcional à distância percorrida. Os turistas europeus e norte-americanos ficam no mínimo duas vezes mais que os sul-americanos. Os portugueses são os que mais tempo passam no país (31 dias) e os paraguaios são os que menos tempo ficam (sete dias).
 
A PESQUISA
 
Um total de 39 mil turistas foram ouvidos em 16 aeroportos internacionais, que respondem por 99% do fluxo internacional aéreo e 11 portais terrestres. Os questionários foram aplicados nos períodos de alta, baixa e média estações
 
(Fonte : MTur)

TURISMO DÁ DICAS PARA CONTRATAR AGÊNCIAS DE VIAGEM


 
A venda de pacotes turísticos é maior a cada ano. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV) estima-se que 5,7 milhões de pessoas contrataram os serviços de agências de viagem em 2012. A expectativa para este ano é de que as vendas aumentem mais 10%.
Os serviços oferecidos pelas agências de viagem, como reserva de transporte aéreo, passeios com guia e pacotes de hospedagem, incluem algumas vantagens, especialmente aos novatos, adeptos de roteiros de aventura, que exigem obrigatoriamente a presença de guias, e aqueles que desejam delegar os serviços e viajar tranquilamente.
Para trazer apenas lembranças boas do passeio é importante tomar alguns cuidados. Para contratar serviços de agências de viagem, é essencial checar se a empresa consta no Cadastur, o sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas do Ministério do Turismo. O Cadastur reúne os prestadores de serviços turísticos que estejam legalmente em operação.
O passageiro pode conferir com a agência escolhida se serão oferecidas opções de passeio turístico durante a viagem. Caso positivo, deve-se verificar se os serviços serão cobrados à parte ou se estão incluídos no pacote turístico.
O consumidor também deve pedir com antecedência o documento de confirmação de reserva do hotel, a nota de débito ou recibo da fatura da hospedagem, a marcação de assentos antecipada, o roteiro e a programação da viagem.
No caso de transporte interestadual ou internacional, seja frota própria da agência ou terceirizada, tanto a agência de turismo, quanto a transportadora devem ter registros no Cadastur e na Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Caso a agência de turismo faça o cancelamento do serviço ou do pacote turístico, sem autorização do cliente, o mesmo poderá acionar o órgão de defesa do consumidor, PROCON, de seu Estado, uma vez que se trata de infração do Código de Defesa do Consumidor.
 
(Fonte : MTur)

"ROOM SERVICE" RENDE CADA VEZ MENOS PARA HOTÉIS AMERICANOS


 
O "room service" pode estar com os dias contados nos hotéis dos Estados Unidos.
Um estudo realizado naquele país pela consultoria PKF Hospitality Research demonstrou que a receita com o serviço de alimentação nos quartos manteve, em 2012, a tendência de queda que vem sendo apresentada nos últimos anos.
Em 2007, o "room service" representava 1,5% da receita total dos hotéis; no ano passado, teve peso de 1,2%. Em todos os anos que o levantamento foi realizado, a proporção se reduziu.
Avaliações realizadas pelos próprios hotéis têm constatado o mesmo. A rede Hilton, por exemplo, fez uma pesquisa com 22 mil clientes e operadores, e observou uma mudança no padrão de alimentação dos hóspedes.
Em virtude do cenário, três modelos de lanchonete foram criados pela rede desde outubro do ano passado. Todos privilegiam pratos rápidos e, no Hilton Midtown, um quatro estrelas entre os maiores hotéis de Nova York -tem 1.981 quartos-, um deles será implantado em substituição completa ao "room service".
Até o final do mês, o hóspede que quiser fazer uma boquinha de madrugada vai ter que descer até o lobby e pegar o tira-gosto por conta. A lanchonete Herb'n Kitchen, do tipo self-service, funcionará 24 horas com balcões, bufê e dois salões de decoração sóbria. No cardápio, itens como pizzas e sanduíches.
 
BRASIL NA CONTRAMÃO
 
Segundo a matriz do Hilton, não há previsão para a extinção do "room service" em outras unidades da rede.
"Essa decisão será tomada caso a caso, se acharmos que ela sirva para atender melhor aos hóspedes", diz o porta-voz do Midtown, Mark Ricci.
A avaliação inclui os hotéis de Belém (PA) e São Paulo (SP). No Brasil, diga-se, a tendência é oposta à americana.
Estudos da consultoria Jones Lang LaSalle mostram que a receita dos hotéis do país com alimentos e bebidas, que era de R$ 13.620 por apartamento em 2010, em 2012 chegou a R$ 15.875 - aumento de 16%.
"O crescimento da classe C criou 35 milhões de turistas, e os hotéis - em especial resorts - souberam se adaptar a isso, cobrando mais barato por alguns serviços e oferecendo condições flexíveis de pagamento", afirma Enrico Fermi Torquato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
A Folha ouviu 12 grandes redes que operam no Brasil: Accor, Allia, Atlantica, BHG, Blue Tree, Hilton, Hyatt, Melià, Othon, Slaviero, Transamérica e Windsor. Nenhuma disse ter planos de reduzir ou interromper o serviço de quarto em alguma unidade ou marca --exceção feita às bandeiras econômicas de algumas delas, como ibis (Accor) e Soft Inn (BHG), que já não o oferecem.
"O hotel econômico tem um público focado, que sabe o que espera. Nas demais bandeiras, sabemos que o turista brasileiro gosta, principalmente na primeira noite, de explorar ao máximo as facilidades do hotel", relata André Lameiro, diretor de vendas da rede BHG, a terceira maior do país em número de hotéis. "Por isso, nessas bandeiras o serviço de quarto chega a representar 18% da receita da unidade".
Na rede Atlantica, a segunda maior, a tendência de crescimento se repete. "Os índices têm aumentado consideravelmente, como consequência, por exemplo, de comodidades como internet sem fio nos apartamentos", diz Christian Mansfield, diretor de alimentos e bebidas da marca.
 
(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

BRASIL ATRAI MAIS AÉREAS ESTRANGEIRAS


 
O Brasil tem chamado a atenção de companhias aéreas internacionais que ainda não operam no País. Pelo menos dez empresas já sinalizaram a intenção de desembarcar em terras brasileiras. Entre os principais motivos desse movimento estão a expectativa de expansão do comércio entre o Brasil e alguns mercados, particularmente os emergentes, e os grandes eventos esportivos programados para 2014 e 2016.
“O Brasil é hoje o terceiro maior mercado doméstico do mundo e tem Copa, tem Olimpíada, que devem estimular novos negócios no País”, avalia o diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Carlos Ebner.
Com o aumento das relações comerciais entre Brasil e países da África, as companhias aéreas africanas têm se destacado nesse processo. Até agora, operavam no território brasileiro apenas a South African Airways e a TAAG - Linhas Aéreas de Angola. Nesta semana, a Ethiopian Airline começou a operar no Brasil e outras três empresas já sinalizaram o interesse de vir para cá (a Air Algérie, a Royal Air Maroc e a nigeriana Arik Air).
Além das africanas, há empresas europeias, asiáticas e latino americanas interessadas em entrar no País. Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em pouco mais de dois anos, ao menos dez empresas internacionais pediram autorização para atuar no País,embora apenas duas tenham de fato iniciado voos: a Ethiopian e a Etihad Airways, dos Emirados Árabes, que em junho inaugurou uma rota para o São Paulo.
Segundo a Anac, já receberam autorização a chilena Sky Airline e as empresas de carga aérea Amerijet Internacional e Avient. No entanto, elas ainda não solicitaram voos.
Ainda de acordo com a agência reguladora brasileira, outras quatro empresas solicitaram recentemente autorização, mas ainda não concluíram o processo: a polonesa Lot Polish Airlines, a sul-coreana Asiana Airlines, a Arik Aire a Aruba Airlines.
Além dessas, a Cubana de Aviación, que operou no Brasil de 1993 a 2005, pretende retomar no próximo dia 10 de julho os voos entre Havana e São Paulo, com um voo semanal. A Royal Air Maroc, por sua vez, que operava voo para o Rio até o início da década de 1990, planeja uma rota entre Casablanca e São Paulo até o ano que vem.
 
INFRAESTRUTURA
 
A vinda de algumas dessas empresas aéreas ao País pode estar sendo freada por falta de infraestrutura aeroportuária. O presidente da GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, Antonio Miguel Marques, afirmou que existe uma demanda reprimida para novas empresas no aeroporto. “Hoje temos quatro companhias esperando lugar para entrar em Guarulhos”, diz,referindo- se à Asiana, à Air Maroc, à espanhola AirEuropa e à alemã AirBerlin, que conforme a Anac ainda não entrou com o pedido formal para iniciar operações no Brasil.
Essa demanda em Guarulhos deve ser atendida no ano que vem, quando ficará pronto o Terminal 3 do aeroporto. Carlos Ebner, diretor da IATA, comenta que a entrada de novas companhias em um novo mercado é um processo lento, que leva de quatro a seis meses.
Além de todo processo burocrático de obtenção das autorizações formais por parte da agência reguladora e de criação de uma empresa no País, as aéreas também precisam se preparar do ponto de vista logístico.
Cleveland Teixeira, da Pezco Microanalysis, salienta que mudanças na regulação favoreceriam ainda mais a vinda de companhias internacionais, como a abertura do mercado, com o fim da restrição a capital estrangeiro na aviação doméstica, e a permissão para as empresas internacionais realizarem operações de cabotagem, isto é, possam transportar, durante um voo com paradas em mais de um aeroporto brasileiro, passageiros entre dois aeroportos nacionais, o que hoje é proibido.
No início de junho, o ministro de Aviação Civil, Moreira Franco, defendeu o fim de limites de participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais, desde que as empresas sejam instaladas no Brasil e obedeçam a legislação brasileira.
 
(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)