segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALTA DO DÓLAR REDUZ GASTOS DE BRASILEIROS EM VIAGENS AO EXTERIOR EM JULHO


Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior somaram, em julho, US$ 2,01 bilhões, valor 10% menor do que o resultado de igual mês do ano passado (US$ 2,235 bilhões), informou o Banco Central (BC).
Apesar de julho ser período de férias, a recente alta do dólar desestimulou as viagens ao exterior, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. "A despesa com viagem ao exterior teve crescimento muito acentuado em 2011. Claro, o câmbio favoreceu este ano, com a mudança desse patamar [do dólar], a gente ver moderação nessas despesas". Maciel lembrou que em julho do ano passado a média do dólar era R$ 1,56, enquanto no mês passado ficou em R$ 2,03.
Nos sete meses do ano, os gastos de turistas em viagens internacionais ficaram em US$ 12,712 bilhões, contra US$ 12,476 bilhões de janeiro a julho de 2011.
Os dados preliminares deste mês, até o dia 21, mostram que as despesas de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,267 bilhão. Nesse período, os gastos de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 371 milhões.
Em julho, as despesas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 546 milhões, ante US$ 476 milhões do mesmo mês do ano. De janeiro a julho, foram registrados US$ 4,017 bilhões, contra US$ 3,749 bilhões nos sete meses do ano passado.

(Fonte : Agência Brasil / imagem divulgação)

JULHO É RECORDE HISTÓRICO EM DESEMBARQUES DOMÉSTICOS


Nunca se viajou tanto pelo país. Em julho, os desembarques domésticos bateram recorde mensal histórico com a movimentação de cerca de 8,14 milhões de passageiros. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador, utilizado pelo Ministério do Turismo para avaliar o crescimento da atividade no país, apresentou crescimento de 9,38%.
Pelo sétimo mês consecutivo no ano, os desembarques nos aeroportos brasileiros apresentaram números recordes na comparação com 2011. Julho superou também os 7,46 milhões de desembarques registrados em janeiro de 2012, até então o melhor mês da série histórica.
“Esses números ilustram nossa aposta na força do mercado doméstico, que tem conseguido manter a atividade turística em ritmo de crescimento”, comemora o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
No acumulado do ano, são 49 milhões de desembarques domésticos. O dado é 7,86% superior à marca de 45,4 milhões, que foi registrada no período de janeiro a julho de 2011.
O levantamento é feito nos 67 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ele abrange desembarques de passageiros, em voos regulares e não regulares, em todo o território nacional.

(Fonte : MTur / imagem divulgação)

BRASÍLIA PODE TER NOVO AEROPORTO


Uma das gigantes da construção no país, a Andrade Gutierrez pretende fazer um novo aeroporto nas proximidades de Brasília, voltado essencialmente para a aviação executiva e com investimento inicial de R$ 120 milhões.
O projeto da Andrade Gutierrez, em parceria com investidores locais, fica na região de Sobradinho (DF) e foi apresentado há algumas semanas para o governo. Prevê uma pista com 1,8 mil metros de extensão. A área total do empreendimento chega a 138 hectares, já foi inteiramente adquirida e não exige desapropriações. Além disso, requer trabalhos mínimos de terraplenagem.
O futuro aeroporto fica a menos de 20 quilômetros do Plano Piloto. Nos horários em que não há congestionamento das vias que dão acesso à cidade-satélite, o percurso até a Esplanada dos Ministérios leva entre 20 e 25 minutos. Estima-se que o tempo de construção pode tomar de 18 a 20 meses. Se houver agilidade nos trâmites burocráticos, os jatinhos vão poder usar o novo aeroporto já na Copa do Mundo de 2014. Sete partidas serão disputadas em Brasília, incluindo uma da seleção brasileira, além do jogo que definirá o terceiro lugar.
Pista com 1.800 metros ficará a menos de 20 km do Plano Piloto e prevê novos serviços, em área total de 138 hectares
O projeto contempla uma série de "serviços acessórios" - não só os diretamente atrelados à atividade aeroportuária, como oficinas de manutenção para aviões e abastecimento de combustível, mas também para os futuros usuários do aeroporto. Está prevista a instalação de restaurante, espaço para eventos e um pequeno hotel (voltado mais à tripulação do que para os passageiros).
Para avançar no projeto, os empreendedores aguardam com ansiedade o decreto presidencial que autorizará a exploração comercial de aeroportos privados para a aviação geral. A medida faz parte do pacote de anúncios na área de infraestrutura que o governo deve fazer em setembro.
Atualmente, o Brasil dispõe de dezenas de aeroportos privados de pequeno porte, mas eles estão impedidos de atuar comercialmente. Os donos não podem cobrar taxas de pouso e decolagem nem instalar lojas comerciais em suas dependências. Essa possibilidade é limitada a aeroportos públicos - como o Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), ambos geridos pela Infraero.
Para o governo, a tendência mundial é que a aviação geral (que engloba de modernos jatos executivos a pequenos aviões particulares usados como lazer) vá migrando gradualmente para aeroportos próprios, liberando os grandes terminais para voos comerciais. Chicago, por exemplo, tem dois aeroportos comerciais e nada menos do que 13 específicos para a aviação geral.
Projetos importantes de aeroportos privados para a aviação executiva, que também aguardam o decreto presidencial, já haviam aparecido nos últimos meses. Todos, no entanto, estão na região metropolitana de São Paulo. O grupo imobiliário JHSF pretende construir uma unidade em São Roque, a 60 quilômetros da capital. Os empresários Fernando Botelho Filho e André Skaf, por sua vez, planejam construir e operar um aeroporto particular - o Aeródromo Rodoanel - na região do anel rodoviário.
O empreendimento da Andrade Gutierrez no Distrito Federal é o primeiro grande projeto para a aviação geral que surge, no contexto das oportunidades abertas com o decreto em negociação, fora de São Paulo. A ideia do novo aeroporto começou a amadurecer a partir da constatação de que 13% do movimento do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek - o equivalente a quase 25 mil pousos e decolagens por ano - são da aviação executiva.
Mesmo com a expansão das operações prevista pela concessionária Inframérica, que acaba de assumir a administração do JK, há uma perspectiva de esgotamento do aeroporto para jatinhos particulares. Há duas semanas, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou o pacote de concessões de rodovias e ferrovias, governadores e empresários chegaram atrasados ao evento no Palácio do Planalto por causa do congestionamento aéreo em Brasília. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e com o governador de Minas, Antonio Anastasia.
Dificilmente, pelas boas instalações e pela localização privilegiada, autoridades e grandes empresários deixarão de preferir o JK como aeroporto para pousar no centro do poder. Com administração privada, o JK deverá receber investimentos de R$ 1,1 bilhão até 2016. O novo aeroporto, no entanto, pode servir como alternativa. Além disso, prevê-se que terá forte demanda de proprietários de pequenas aeronaves. Hoje, esses "teco-tecos" usam principalmente o Aeroclube de Brasília, que, apesar do nome, fica em Luziânia (GO), a cerca de 60 quilômetros do Plano Piloto. Jatos executivos chegam a ser desviados algumas vezes, quando há restrições, para Goiânia.
Após a edição do decreto presidencial, a Andrade Gutierrez precisará ainda obter licenciamento ambiental para o projeto e um aval do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), atestando que não há incompatibilidade com o tráfego do JK. Procurada pelo Valor, a empresa não quis se pronunciar.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

RIO NÃO SERÁ LONDRES ATÉ 2016, DIZ PAES


A Olimpíada de 2016 vai ser realizada dentro das limitações do Rio de Janeiro, sem a mesma oferta ampla de mobilidade dos Jogos de Londres, e precisará de uma operação "sofisticada" para superar as fragilidades de infraestrutura da cidade, disse o prefeito carioca, Eduardo Paes.
É padrão para as autoridades olímpicas e dos países-sedes dos Jogos dizer que a última Olimpíada é sempre a "melhor de todos os tempos", mas a primeira cidade sul-americana a receber os Jogos Olímpicos reconhece que Londres está em um outro patamar em termos de infraestrutura.
O Rio de Janeiro não terá condições de, em quatro anos, chegar ao mesmo nível de preparação da capital britânica, segundo Paes.
Linhas expressas de ônibus estão sendo construídas - a primeira delas já está em operação - e o metrô será ampliado até a Barra da Tijuca, o epicentro dos Jogos de 2016.
Mas o Rio vai depender das faixas exclusivas de trânsito para a "família olímpica" e da redução no ritmo da cidade, com a implementação de feriados e férias escolares para não sofrer um colapso na mobilidade, uma vez que muitas ligações continuarão sendo restritas, apesar da nova infraestrutura de transporte.
"Temos que aprender a operar com o que a gente tem. O nosso desafio é maior, a gente tem uma infraestrutura muito pior que a deles (Londres), não teremos uma infraestrutura igual à deles em 2016", disse o prefeito em entrevista à Reuters em seu gabinete.
"Teremos (uma infraestrutura) muito melhor do que hoje, mas teremos que fazer uma operação muito mais sofisticada devido às nossas fragilidades de infraestrutura", afirmou o prefeito.
Paes reconhece que Londres é uma cidade que está "em outro patamar", com mais infraestrutura, com uma rede de metrô já instalada.
"A gente não vai virar Londres até 2016", afirmou o prefeito, que recebeu a bandeira olímpica na cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres, no dia 12 de agosto.
As quatro linhas de BRT (Bus Rapid Transit) que serão feitas para os Jogos foram a solução encontrada pelo Rio para melhorar a integração entre as regiões da cidade, incluindo o aeroporto internacional e a Barra da Tijuca, uma vez que as duas linhas de metrô têm alcance limitado e já operam superlotadas nos horários de pico.
A ligação mais rápida entre a zona sul e o Parque Olímpico da Barra, no entanto, será pela linha olímpica de trânsito, que não permite a passagem de carros comuns e ameaça piorar os congestionamentos. Outra importante ligação a ser realizada pela faixa exclusiva será entre a Vila de Mídia --acomodação principal dos jornalistas, que vai ser erguida na região portuária - e a Barra.
Em Londres, além da linha olímpica, o público e todos os participantes do movimento olímpico tinham à disposição 11 linhas de metrô, um serviço de trens urbanos e um trem de alta velocidade inaugurado para os Jogos que liga o centro da cidade com o Parque Olímpico em apenas sete minutos.
"Como membro da família olímpica eu tinha um carro à disposição em Londres, mas preferia andar de metrô. Era mais fácil, mais rápido e mais confortável", disse Paes, reconhecendo que no Rio não vai existir a mesma facilidade.
Falta muita coisa para fazer, ninguém está dizendo que viramos o paraíso na terra porque não seria verdade dizer isso."

Celebração

O prefeito, que é candidato à reeleição este ano e se vencer terá um segundo mandato até o fim de 2016, aponta Barcelona como o exemplo de cidade olímpica que o Rio quer seguir.
Foi inspirado no modelo da capital catalã, que é considerada a cidade que até hoje mais soube tirar proveito dos Jogos Olímpicos para evoluir, que Paes propôs ao Comitê Olímpico Internacional (COI) levar parte dos Jogos para a região portuária, que vai passar por um processo de total reformulação.
Como o projeto olímpico vencedor do Rio na eleição de 2009 não incluía o porto, não foi possível levar o centro de mídia e algumas instalações esportivas para a região portuária. Apenas a Vila da Mídia será erguida no local, que já está em obras e vai receber também navios de cruzeiro que servirão de acomodação durante os Jogos.
"Eu estiquei muito a corda para levar o maior número de coisas para a zona portuária e o que está lá está suficiente porque o projeto se viabilizou, a conta está paga... O fato de o Rio receber as Olimpíadas animou tanto a cidade que a operação (zona portuária) fechou rápido", disse.
Paes garante que todas as obras com previsão de mais de três anos para ficarem prontas já estão em andamento. A principal delas, o Parque Olímpico, está em fase de demolição das arquibancadas do autódromo de Jacarepaguá, que vai dar lugar à maioria das instalações olímpicas (16 modalidades).
Um novo autódromo será construído em um terreno do Exército em Deodoro, como parte do acordo para a demolição do atual circuito, mas ainda há entraves burocráticos, e as obras não têm prazo de início.
Seguindo um padrão adotado por Londres, a maior parte das arenas olímpicas do Rio será temporária, uma forma de evitar que as construções se tornem 'elefantes brancos' depois dos Jogos.
Para o Pan-Americano de 2007, o Rio já construiu definitivamente o estádio olímpico João Havelange, o Parque Aquático Maria Lenk, a Arena da Barra da Tijuca e reformou o Maracanãzinho, enquanto o Maracanã está sendo reformado para a Copa do Mundo de 2014. Todos esses locais serão usados na Olimpíada.
"Por mais que o temporário também seja caro, o custo no tempo é muito menor. Às vezes dá uma certa indignação gastar 150 milhões para fazer um equipamento que vai durar 15 dias, mas seria muito mais caro deixá-lo como permanente", afirmou o prefeito.
O orçamento definitivo dos Jogos ainda não foi fechado, o que foi alvo de cobrança do COI durante os Jogos de Londres, mas o valor estimado na proposta de candidatura, de 28,8 bilhões de reais, fica em linha com os cerca de 30 bilhões de reais gastos por Londres.
Com o custo elevado e sem a mesma infraestrutura, o Rio coloca como um aspecto que não requer qualquer investimento o seu diferencial para fazer os Jogos: a festa do povo.
"Nisso a gente é campeão mundial. A celebração no Rio é sempre muito maior do que em qualquer lugar."

(Fonte : Reuters)

A OCUPAÇÃO E A DIÁRIA MÉDIA DOS HOTÉIS DA CAPITAL PAULISTA CAÍRAM EM JULHO


O Observatório do Turismo, braço de estudos e pesquisas do Turismo da Cidade de São Paulo (SPTuris), publicou as estatísticas referentes ao desempenho dos meios de hospedagem na capital paulista em julho último. Naquele mês a ocupação média da hotelaria paulistana ficou em 65,11%, 5,29 pontos percentuais (pp) a menos que no mês de junho (70,40%) e 1,0 ponto percentual inferior à de julho de 2011 (66,11%). No acumulado do ano, a ocupação média dos hotéis da cidade é de 65,65%.
Em julho, a diária média da hotelaria paulistana ficou em R$ 298,61, valor 2,57% inferior à de junho (R$ 306,49) e 21,30% superior à de julho de 2011 (R$ 246,18). O RevPAR médio de julho ficou em R$191,86, queda de 11,53% em relação a junho (R$ 216,86). No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a diária média dos hotéis de São Paulo está em R$ 292,26 e o RevPAR em R$ 194,35. Nos finais de semana de julho a ocupação média ficou em 55,29% (-3,98 pp do que em junho) e a diária média em R$ 271,52, queda de 5,63% em relação a junho deste ano (R$ 287,73).
Participaram da pesquisa hotéis de todas as categorias - econômica, midscale, luxo e superluxo - e regiões da cidade, em um total de 16.063 unidades habitacionais. Os indicadores de ocupação, diária média e RevPAR também são detalhados por categoria e região da cidade.

(Fonte : Business Travel Magazine / imagem divulgação)

EUA: TARIFAS CORPORATIVAS NEGOCIADAS PARA 2013 VÃO SUBIR ENTRE 5 E 6,5%


A indústria hoteleira e os compradores de viagens corporativos norte-americanos estão se preparando para a temporada de negociações de tarifas corporativas para 2013, que começa em setembro e continua até dezembro. Tendo em vista essas negociações, o Preston Robert Tisch Center for Hospitality, Tourism, and Sports Management da NYU School of Continuing and Professional Studies (NYU-SCPS), desenvolveu o estudo “Corporate Hotel Rate Negotiations for 2013 - Preliminary Outlook”, cujas conclusões principais apresentamos a seguir. Importante registrar que as tarifas corporativas representam pelo menos 20% dos room nights e 30% das receitas da indústria de hospedagem norte-americana.
Baseado em planos e orçamentos preliminares, as diferenças de expectativas entre compradores e vendedores para os contratos corporativos para 2013 são grandes. Para 2012, a tarifa média negociada (diária média) aumentou cerca de 5,0%, índice que será ligeiramente superior ao que será alcançado pela indústria hoteleira dos EUA como um todo, cuja performance deve atingir cerca de 4,5%. O consenso que emerge entre os executivos hoteleiros sobre o panorama para 2013, é que as tarifas de contratos corporativos vão aumentar em uma média nacional que varia entre 7,0 e 9,0% ou mais, mas muitos gestores de viagens corporativas estão planejando aumentos apenas entre 3,0 e 5,0%.
A estimativa preliminar para os resultados das negociações é de um aumento médio para as tarifas corporativas entre 5,0 e 6,5%, dependendo da localidade e do número de room nights para cada buyer específico. Os executivos de hotéis também estão pensando em cobrar separadamente por alguns serviços e amenities, em lugar de incluir esses itens nas tarifas negociadas. Nos últimos anos, alguns contratos corporativos incluíram serviços e amenities como encargos de acesso à telefonia, acesso à internet, taxa de fax, uso de fitness centers, café da manhã e transporte local, entre outros.
Executivos de hotéis consideram que as baixas tarifas negociadas em 2009 e 2010 para eventos refletirão nas atuais negociações (aumentos mais elevados). Uma das respostas esperadas dos compradores para tarifas elevadas é a realocação do portfólio de tarifas de contratos com hotéis, para incluir mais upscale, select service e limited service hotéis no lugar de propriedades upper upscale e luxury. As estimativas apresentadas pelo reitor divisional da NYU-NCPS, Bjorn Hanson, foram baseadas em entrevistas selecionadas com executivos da indústria e gestores de viagens corporativas, análises e dados financeiros da indústria, pres releases e informações disponibilizadas em websites de hotéis e suas bandeiras.

(Fonte : Business Travel Magazine)

SP TEM MAIS VOOS QUE TODAS OUTRAS CIDADES DA COPA JUNTAS


São Paulo tem mais voos internacionais do que todas as outras sedes da Copa de 2014 juntas. São 662 voos semanais (56,8%), enquanto o Rio tem 241 (20,7%) e Brasília, 43 (3,69%). Os dados fazem parte de estudo inédito da São Paulo Turismo (SPTuris), elaborado para fazer um diagnóstico da situação da malha aérea.
Conforme o estudo, os aeroportos paulistas têm voos diretos para 48 cidades do mundo. Natal (RN) tem apenas um voo internacional e Cuiabá (MT), nenhum. A disparidade de oferta faz de São Paulo e do Rio, que tem ligação direta com 29 cidades do mundo, destinos obrigatórios para a maioria dos passageiros que vem de fora e segue para outras cidades brasileiras. Ou para os que saem de outros Estados rumo ao exterior.
A centralização traz inconvenientes aos passageiros. Moradora do Recife (PE), a executiva de comunicação Paula Lourenço enfrentou uma maratona para poder curtir as últimas férias em Nova York. "Embarquei do Recife para São Paulo pela manhã, no dia 28 de julho. Tive de aguardar até o início da noite em Guarulhos para fazer o check-in e embarcar, por volta das 22h, para os Estados Unidos. Só cheguei lá no dia seguinte, pela manhã. Estava exausta. Foram quase 24 horas de viagem", diz.
Na Copa, são esperadas aproximadamente 600 mil pessoas. "O problema não é a quantidade de visitantes, que poderia ser absorvida, mas que eles chegam juntos. E têm data para vir e para ir", afirma Luiz Sales, diretor da SPTuris. Os voos vindos da Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, chegam ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de manhã. Nesse período do dia, a concentração de pessoas no embarque e desembarque beira 5 mil. À noite, às 22 horas, atinge-se um pico de 5.111, segundo a pesquisa.
O acúmulo de passageiros pode acarretar filas para pegar as malas, conseguir táxis e até comer um sanduíche nos restaurantes do aeroporto. Na tentativa de ajudar a planejar uma melhor maneira de acolher essa multidão de visitantes, a SPTuris pretende encaminhar a pesquisa para secretarias, ministério e órgãos públicos envolvidos no evento.

OPORTUNIDADE

Se para os turistas passar por São Paulo pode ser um inconveniente, para a cidade isso pode virar uma oportunidade. A ideia da SPTuris é tentar reter esses "turistas acidentais" por aqui ao menos por um dia. Os trabalhos de promoção da cidade devem centrar fogo nos alvos mais fáceis de se convencer: pessoas de países que têm voos diretos para cá.
Outro ponto avaliado pela SPTuris é a frequência de voos domésticos entre as cidades-sede. Mais uma vez, a maioria é entre os municípios do Sudeste (53,4%), seguidos por Nordeste (19,1%), Sul (12,9%) e Centro-Oeste (12,1%). O Norte, com Manaus (AM) na Copa, tem só 2,6% da frequência de voos entre as cidades-sede.

(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo / imagem divulgação)

COPA: UM QUADRO DESOLADOR


Um levantamento da Controladoria-Geral da União sobre a reforma dos portos com vista à Copa do Mundo de 2014 expõe com clareza a incompetência do governo federal em relação aos investimentos de infraestrutura. Segundo o relatório, do orçamento de R$ 898,9 milhões previstos no "PAC da Copa", simplesmente nenhum pagamento foi efetuado. Além disso, como mostra o jornal Valor (23/8), apenas 25% dos recursos teriam sido contratados pelas empresas responsáveis pelos portos. Em meados de 2011, a Secretaria dos Portos imaginava que todas a obras da Copa estariam licitadas e contratadas até o final daquele ano. Estamos em agosto de 2012, a 22 meses da competição, e o quadro é desolador.
A construção e a reforma de portos constam de documento no qual o governo se comprometeu a ampliar a infraestrutura do País para melhorar o serviço para os turistas que vierem assistir à Copa. Não se trata apenas de facilitar o trânsito dos torcedores, mas também de ter uma opção de acomodação, em navios de cruzeiro, nas cidades onde a rede hoteleira não for suficiente. No entanto, dos 40 portos inscritos para receber essas embarcações, menos da metade tem condições de fazê-lo.
A Secretaria dos Portos informou que as obras estão em curso em quatro dos sete portos envolvidos no programa e que o dinheiro será liberado "de acordo com o andamento" dos trabalhos. Os três portos em que nada ainda foi feito são os de Santos, Rio e Manaus. O caso do Rio é exemplar: dos R$ 314 milhões previstos, apenas R$ 61 mil foram contratados e, mesmo assim, ainda não foram executados. O ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino, garante que tudo estará pronto a tempo - quando assumiu o cargo, em janeiro de 2011, considerava inalcançável a meta para os portos do Rio e de Santos. De lá para cá nada de importante aconteceu que justifique o atual otimismo de Cristino.
O vexame dos portos, contudo, não é isolado. Enquanto a construção e a reforma dos estádios parecem seguir o cronograma estabelecido, as obras de infraestrutura necessárias para a realização da Copa sofrem empecilhos variados, desde entraves jurídicos até demora na execução, como mostrou recente levantamento do Estado (19/8). Em São Paulo, por exemplo, as reformas para melhorar o sistema viário da região de Itaquera, onde está sendo erguido o estádio paulista da Copa, ainda não foram iniciadas, porque as intervenções haviam sido bloqueadas pela Justiça. Em Brasília, o projeto do VLT (veículo leve sobre trilhos) foi retirado do pacote do Mundial, porque não será concluído a tempo. Projeto semelhante enfrenta batalha jurídica em Cuiabá, por suspeita de fraude na licitação.
Como se isso não bastasse, o abastecimento de água em três das sedes da Copa - Manaus, Cuiabá e Recife - não funciona 24 horas por dia, por deficiências de infraestrutura ignoradas no pacote de obras para o Mundial, e moradores são obrigados a fazer racionamento. Manaus e Recife garantem que a situação será normalizada até o início da competição.
A situação dos aeroportos, por sua vez, é particularmente dramática. Um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que, hoje, 17 dos 20 maiores aeroportos do Brasil não têm capacidade para enfrentar o fluxo de passageiros previsto para a Copa, e as melhorias necessárias para ampliá-los muito dificilmente ficarão prontas em tempo hábil para a competição. Mesmo o cenário atual é terrível: a estrutura dos aeroportos não acompanha o crescimento do número de passageiros - só entre 2010 e 2011, o salto foi de 15,8%. Segundo dados da Infraero, a espera dos passageiros por suas bagagens nas esteiras de Cumbica chega a duas horas nos voos internacionais.
A empreitada da realização da Copa, feita de cambulhada, pode mesmo resultar em constrangimento, o que daria razão a quem se opôs à candidatura do Brasil desde o início. De fato está, mais uma vez, escancarada a incapacidade do governo de tirar do papel obras que são necessárias não apenas para grandes eventos esportivos, mas também para que a economia do País consiga ter autonomia de voo maior do que a de uma galinha.

(Fonte : Jornal O Estado de São Paulo)

TÉCNICO DA INGLATERRA CRITICA DISTÂNCIAS DAS VIAGENS NA COPA-2014


A Inglaterra ainda nem se classificou para a Copa do Mundo de 2014, mas o técnico já criticou a logística que terá no Brasil. O técnico Roy Hodgson disse nesta sexta-feira que o país é muito grande, e que há muitas diferenças climáticas e de vegetação.
"É preciso lembrar que vai estar no inverno, então não vai ser aquele banho de Sol, a menos que esteja no Rio de Janeiro. Se estiver em Porto Alegre, é necessário colocar um casaco de pele por causa da neve e das temperaturas baixas. Mas se vai para Manaus, deve encarar 45, 50ºC e enfrentar os mosquitos na Floresta Amazônica", disse o treinador.
Ele adiantou ainda que pretende levar a seleção inglesa para se preparar no Rio de Janeiro, São Paulo, ou Belo Horizonte. Mas criticou os tipos de instalações que viu.
"É muito difícil achar a privacidade que uma seleção prefere", analisou Hodgson, que falou ainda sobre o espírito do brasileiro: "É um país totalmente dominado pelo futebol. Também são conhecidos, claro, pelo carnaval e pela atmosfera festiva".
As declarações do treinador foram feitas em uma conferência com alguns treinadores para falar sobre o próximo Mundial.

(Fonte : Lancepress)

MELHOR FICAR EM CASA


Para os moradores das cidades sedes da Copa do Mundo, a disputa do torneio no Brasil, em 2014, será um bom convite para ficar em casa. Culpa das dificuldades de mobilidade urbana enfrentadas nas principais capitais do país. Boa parte dos problemas previstos desde 2007, quando a Fifa anunciou que o país sediaria o Mundial, não conseguirão ser contornados a tempo.
Os políticos ainda evitam confirmar oficialmente que serão decretados feriados municipais nos dias em que suas cidades receberem partidas da Copa do Mundo, mas a manobra, autorizada desde junho com a publicação da Lei Geral da Copa, será usada. Retirar do trânsito parte da frota de carros deve ser a medida mais efetiva. "Estamos vivendo um momento ímpar para mostrarmos planejamento. É só dar um feriado em dia de jogo, e os problemas de trânisto estarão resolvidos", minimizou o secretário especial da Copa no Ceará, Ferruccio Feitosa, que aceita falar abertamente sobre o tema.
Os pedidos para que a população permaneça em casa não seriam inéditos. Londres, sede da última edição dos Jogos Olímpicos, teve engarrafamentos durante os 15 dias de competição. A situação só não foi pior porque o departamento de transportes da cidade recomendou que os cidadãos trabalhassem em casa durante a competição. Também por iniciativa governamental, foi lançado um site para que os moradores planejassem suas rotinas de antemão. Uma companhia aérea local chegou a pedir aos ingleses que evitassem sair do país, a fim de não congestionarem os aeroportos.
No Brasil, as três esferas do governo planejaram obras essenciais para que a malha viária consiga receber 600 mil estrangeiros que devem desembarcar no país em 2014, conforme previsão do Ministério do Turismo. Com a divulgação da Matriz de Responsabilidades, em janeiro de 2010, foi calculado um gasto de R$ 14,4 bilhões nessas construções e reformas, a maior parte delas destinadas a facilitar o trajeto entre aeroportos, setores hoteleiros e estádios.

PROJETOS CANCELADOS

O que é bonito no papel, porém, não tem funcionado na prática. Das 54 obras planejadas, 29 enfrentam atrasos preocupantes. Além dessas, cinco acabaram canceladas porque não ficariam prontas a tempo. Entre as capitais mais preocupantes, está Brasília. A importante reforma na rodovia que liga a Asa Sul ao Aeroporto JK ainda nem sequer começou. Pior é a situação da prometida construção do veículo leve sobre trilhos (VLT).
Em maio do ano passado, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, prometeu que o VLT seria entregue antes da Copa do Mundo. Hoje, nem mesmo a nova licitação para as obras, paralisadas desde 2010, está aberta. "Ainda estamos procurando em qual PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) ele se encaixa, para mantermos o financiamento", explicou o vice-governador do DF, Tadeu Filippelli.
Outras capitais também enfrentam sérios problemas. Em Porto Alegre, sete obras ainda não iniciaram, a 655 dias da abertura da Copa do Mundo. A situação é alarmante em Manaus, onde nenhuma das construções começou. Os responsáveis nos dois estados preferiram não atender a reportagem para comentar o assunto.

(Fonte : Jornal Correio Braziliense)

GT DISCUTIRÁ INCENTIVOS PARA FÉRIAS DO TRABALHADOR


O programa de incentivo a férias do trabalhador começa a sair do papel. O Diário Oficial da União divulgou na última quinta-feira (23) portaria conjunta dos ministros do Turismo, Gastão Vieira, e do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que cria um Grupo de Trabalho para elaborar propostas que facilitem o acesso deste público aos serviços turísticos.
As políticas de estímulo que vierem a ser adotadas serão destinadas aos trabalhadores com vínculo empregatício formal. O GT, que terá 60 dias de prazo para concluir os trabalhos, será integrado por dois representantes do MTur e dois do MTE . De acordo com a portaria, o coordenador-geral do GT, que ainda será definido, poderá convidar para as discussões representantes de outros órgãos e entidades, “com o intuito de tornar o programa possível e sustentável”.

(Fonte : MTur)

REGRAS DO ICMS CONFUNDEM EMPRESÁRIOS


As constantes mudanças e a disparidade nas regras entre os Estados fazem do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) uma dor de cabeça para os empresários.
Em cada unidade da Federação o imposto tem especificidades nas alíquotas, nos prazos e nos procedimentos burocráticos.
A simplificação seria um dos maiores objetivos de uma reforma tributária, mas a resistência dos Estados, dado o peso do ICMS na arrecadação (representa mais de 80% da receita), é um entrave.
Foram 20 modificações diárias em média neste mês em todo o país, segundo levantamento de Rita Andrade, coordenadora editorial da IOB Folhamatic, que desenvolve softwares de contabilidade.
Podem surgir 60 normas em um dia, diz Flavia Martin, consultora da Fiscosoft, empresa que fornece informações e cursos de tributação.
Entre as mudanças do dia 23, por exemplo, estavam a redução da alíquota cobrada para suco de laranja em São Paulo e a mudança da base de cálculo do imposto na venda de materiais de construção no Rio Grande do Sul.
Além disso, ao menos sete Estados editaram decretos neste mês para reverter arrecadação do imposto com a venda de Big Mac do dia 24, quando houve campanha em prol de instituições de combate ao câncer infantil.
"Uma mudança provocada por uma alteração dessas pode afetar todo um planejamento", diz Tales Giaretta, diretor da Toyo Setal, empresa do setor de petróleo e gás.
Ele diz que a empresa se associou a executivos japoneses e que há surpresa quando eles se deparam com a burocracia tributária brasileira.

DESBRAVAMENTO

Outra dificuldade é a diferença de procedimentos que existe em cada legislação estadual. "A pessoa às vezes nem consegue saber que precisa seguir determinadas normas, preencher certos papéis", diz o advogado tributarista Antonio Carlos Rodrigues do Amaral.
O juiz do TIT (Tribunal de Impostos e Taxas) e sócio do escritório LBZ Advocacia Raphael Garofalo elenca entre as peculiaridades estaduais (veja texto abaixo) um selo de autenticidade que deve ser colado em todas as notas fiscais que chegam ao Acre.
Já para a compra de uma mercadoria que vai do Espírito Santo para São Paulo, é necessário que a nota fiscal tenha registrada a placa do caminhão e o volume transportado, sob pena de multa.
Para Amaral, "o emaranhado de normas é tão grande que o empreendedor brasileiro precisa ter um espírito desbravador".

GUERRA FISCAL

Segundo o advogado tributarista Fábio Soares de Melo, novas leis surgem em grande quantidade devido a fatores como a necessidade do fisco de se adaptar a novos negócios e melhorar a fiscalização e arrecadação.
Ele também atribui parte da responsabilidade à "guerra fiscal" entre os Estados, ou seja, a ação com objetivo de conseguir atrair investimentos de outras localidades concedendo benefícios para determinadas operações.
Segundo ele, a complexidade e a quantidade de alterações na lei geram um custo extra para as empresas, que necessitam do auxílio de escritórios de contabilidade e consultorias fiscais e jurídicas na apuração do imposto.
Apesar da burocracia, Soares de Melo diz existir um ponto positivo no sistema, pois o empreendedor tem a possibilidade de procurar um local que, dentro da legislação, ofereça vantagens a ele.
Muitos desses incentivos, porém, são concedidos sem a autorização do Confaz -órgão do Ministério da Fazenda integrado por representantes de todos os Estados.
Edital para súmula vinculante no Supremo Tribunal Federal pretende tornar inconstitucional todo incentivo dado sem autorização.
Também como forma de combater a guerra fiscal, o governo federal discute com os Estados a redução da alíquota do ICMS nas transações interestaduais. A ideia é ir dos atuais 12% e 7% para 4%.
A Folha procurou o Confaz, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA GERA CONTROVÉRSIAS

A substituição tributária, em que uma parte fica responsável pelo recolhimento do ICMS de toda a cadeia, é considerada pela consultora Flavia Martin o ponto mais complexo do ICMS.
A ideia da substituição, segundo o advogado Antonio Carlos Rodrigues do Amaral, é interessante no caso de itens em que existe uma alta concentração na produção e dispersão na distribuição, como refrigerantes ou cigarros.
No entanto, como antecipa o recebimento do imposto pelos Estados e facilita a fiscalização, o sistema passou a ser utilizado para qualquer tipo de produto indistintamente, diz o tributarista.
Além disso, não há consenso entre Estados sobre todos os produtos que estão sujeitos a esse regime de tributação. Nem sobre as margens de valor agregado (MVA), estimativa do valor final do produto substituído sobre o qual se aplica a alíquota.
Em transações interestaduais sujeitas à substituição, o fornecedor é responsável por recolher o imposto e entregá-lo ao Estado de destino da mercadoria.
Como nem sempre há consenso sobre o que deve ser substituído, a consequência é o surgimento de "barreiras alfandegárias" entre Estados, com o objetivo de garantir o recebimento antecipado do imposto.
"Estamos indo na contramão dos blocos desenvolvidos, que estão acabando com as barreiras", diz Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Sebrae.

PEQUENAS EMPRESAS

De acordo com Quick, a substituição tributária, do modo como é tratada atualmente, é responsável por diminuir a eficácia do Simples Nacional, regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas que unifica impostos.
Se uma indústria optante do Simples, por exemplo, produz um produto que tem ICMS pago por substituição tributária, terá que pagar a alíquota do produto em separado e realizar uma contabilidade paralela para este. Isso gera custos com os quais a pequena empresa nem sempre consegue lidar.
A empresa também precisa recolher o imposto antes de receber pelo produto, o que cria uma necessidade de capital de giro que é crítica para os pequenos.
Quick também critica o fato de as margens de valor agregado utilizadas prejudicarem a competitividade das pequenas empresas, que, por não trabalhar em grande escala, precisam vender seus produtos com uma margem de lucro maior do que a das grandes para sustentar seus negócios, mas pagam o mesmo imposto.

(Fonte : Jornal Folha de São Paulo)

PROJETO ISENTA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE TARIFA DE EMBARQUE


O Projeto de Lei 3641/12, do deputado Junji Abe (PSD-SP), concede isenção de tarifa de embarque em voos domésticos a pessoas com deficiência. Para o deputado, uma vez que normalmente esses cidadãos têm gastos maiores que os demais com, por exemplo, despesas médicas, “não é justo que recebam o mesmo tratamento quanto ao pagamento de tarifas aéreas, especialmente, quando utilizam a aviação a trabalho”.
A tarifa de embarque é fixada em função da categoria do aeroporto e da natureza da viagem (doméstica ou internacional) e cobrada antes do embarque do passageiro. Ela remunera a prestação dos serviços e a utilização de instalações e facilidades existentes nos terminais de passageiros, com vistas ao embarque, desembarque, orientação, conforto e segurança dos usuários.
Junji Abe afirma ainda que após a Constituição de 1988, as pessoas com deficiência são vistas de forma mais participativa no mercado de trabalho. “Contudo, apesar de toda mobilização do Estado e da sociedade, existem ainda entraves dificultando a vida dessas pessoas, como a cobrança de tarifa de embarque”, sustenta.

Tramitação

A proposição foi apensada ao PL 4638/09 e está sujeita à apreciação do Plenário. Regime de tramitação: Prioridade.

(Fonte : Agência Câmara de Notícias)

TURISMO DE LUXO EM ALTO MAR


Ter piscina exclusiva, mordomo 24 horas a sua disposição, restaurante VIP comandado por um chef francês premiado com três estrelas no Guia Michelin, traslados de helicóptero e muitas outras regalias eram, até agora, serviços oferecidos apenas por hotéis de luxo. Eram. A companhia italiana MSC Cruzeiros projetou um transatlântico, o MSC Fantasia, com 71 suítes que oferecem tudo isso e mais um pouco, sem perder a capacidade de acomodar até quatro mil pessoas – nos andares de baixo, é claro – de uma só vez. O meganavio estará em águas brasileiras no final de novembro para a temporada de verão. “É o início de uma revolução no mercado mundial de viagens marítimas”, afirma Adrian Ursilli, diretor da companhia no Brasil.
“Conseguimos unir o melhor dos dois mundos: a grandiosidade de um cruzeiro e a exclusividade de um iate, em um só navio.” A área exclusiva na embarcação, de fato, lembra um iate em vários detalhes, a começar pelo nome: MSC Yacht Club. O espaço, desenhado por designers franceses em parceria com o renomado escritório italiano de De Jorio Design International, funciona como a cobertura do navio, em posição privilegiada na proa. Os quartos oferecem decoração e mimos semelhantes aos de hotéis, como hidromassagem privativa, banheiro spa decorado com mármore e solarium, além de lençóis de algodão egípcio, roupões e pantufas de luxo feitos sob medida e menu de travesseiros e colchões.
“O setor de cruzeiros, já saturado em uma Europa em crise, está aprimorando seus serviços em novos mercados, como o Brasil, e vencendo a resistência dos clientes que não abrem mão do requinte”, diz o italiano Giano Ferrara, consultor de mercado de turismo de luxo. O acesso exclusivo pela recepção com concierge possui uma extensa escadaria de cristais Swarovski, lounge panorâmico, área de lazer e um complexo luxuoso de piscinas, totalmente isolado. “A proposta de oferecer hospedagem de luxo em alto-mar é inédita no Brasil e algo ainda muito novo na Europa”, afirma Ursilli. O conceito do MSC Yacth Club, definido como “um navio dentro do navio”, não vai contornar a costa brasileira por acaso.
A guinada de luxo da MSC Cruzeiros, a líder no País, tende a aquecer a concorrência no mercado local, disputado nó a nó por gigantes como Royal Caribbean, Costa Cruzeiros, Ibero e Pulmantur. Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, 20 transatlânticos contornaram o litoral do País e transportaram 793 mil pessoas no ano passado. Em 2005, a indústria de cruzeiros era bem menor, com apenas seis navios, que transportaram 139 mil passageiros. “Estamos crescendo de maneira impressionante e poderemos acelerar ainda mais essa expansão com a melhoria da infraestrutura portuária do Brasil, que ainda não possui áreas apropriadas para transatlânticos que estão a caminho”, diz o diretor da MSC. Os navios são, realmente, gigantescos. O MSC Fantasia será o maior de toda as embarcações de cruzeiros que já atracaram no litoral brasileiro.
Com 333,3 metros de comprimento e 66,8 metros de altura, a embarcação oferece mais de 25 mil metros quadrados de áreas comuns, incluindo cinco piscinas, uma com teto retrátil, 12 jacuzzis, 25 elevadores e teatro para mais de 1,5 mil pessoas. A estrutura gastronômica é proporcionalmente colossal. Os 20 bares oferecem culinária mexicana, francesa e italiana, além de ambientes temáticos como o Sports Bar, Jazz Bar, Casino Bar e também lounges, discoteca, squash, quadra poliesportiva, pista de jogging, cinema 4D, simulador de Fórmula 1, entre muitas outras atrações. Quem sabe essa nova proposta de luxo consiga ajudar a melhorar a imagem de um setor marcado pela recente tragédia com o Costa Concórdia, no litoral da Itália, e, assim, atrair um público mais exigente

(Fonte : Revista Isto É Dinheiro / imagem divulgação)