quinta-feira, 1 de abril de 2010

A TEMPORADA 2009/2010 DE CRUZEIROS MARÍTIMOS REGISTRA AUMENTO DE 40%

A um mês de seu final, a temporada de cruzeiros marítimos, que começou em outubro de 2009 e segue até maio deste ano, ainda oferece roteiros para quem quer viajar a bordo. Até agora, a temporada registra aumento de 40% no número de cruzeiristas em relação à anterior. Dos 18 navios que vieram ao Brasil, 12 já se despediram e outros quatro - Grand Celebration e Grand Voyager, da Ibero Cruzeiros, Armonia, da MSC, e Vision of the Seas, da Royal Caribbean -, voltam para suas bases de origem logo após os roteiros de Páscoa, que terminam no dia 5 de abril.
Mas o navio MSC Orchestra, que permanece no País até dia 24 de abril, e o MSC Opera, cuja temporada só termina em maio, ainda oferecem 14 roteiros com saídas de Santos e do Rio de Janeiro, para os que ainda pretendem aproveitar um cruzeiro marítimo. A temporada 2009/2010 é a maior já realizada em águas brasileiras. Segundo previsão da ABREMAR - Associação Brasileira de Empresas Marítimas, 900 mil turistas farão passeios pela costa do país até o mês de maio.

(Fonte : Business Travel Magazine / Foto Divulgação)

A UE DIVULGA NOVA LISTA DE COMPANHIAS AÉREAS PROIBIDAS DE VOAR NA EUROPA


A União Européia (UE) divulgou nova lista negra de companhias aéreas proibidas de voar para a Europa, que inclui 278 empresas que não alcançaram os padrões internacionais de segurança exigidos pelo bloco. A lista negra foi introduzida pela UE em 2006 e é atualizada anualmente. A estatal norte-coreana Air Koryo recebeu uma isenção parcial, enquanto a angolana TAAG, que só podia voar para Lisboa, foi autorizada a voar para todo o continente, mas “sob determinadas condições e com aeronaves específicas”. Já a Iran Air e todas as companhias aéreas do Sudão e das Filipinas foram banidas dos céus europeus, sempre por motivos de segurança. O mesmo acontece com a Ariana Airlines do Afganistão, a Siam Reap Airways do Cambodja e a Silverback Cargo de Ruanda.

(Fonte : Business Travel Magazine / HotNews)

MANAUS RECEBE WORKSHOP DE CAPACITAÇÃO EMPRESARIAL NO TURISMO


Ação sensibiliza atores locais sobre a importância da gestão empresarial

Durante essa semana, mais uma etapa do projeto de gestão dos 65 Destinos Indutores foi implantada. Manaus (AM) foi a primeira cidade a receber, nos dias 29 e 30 de março, o Workshop “Capacitação Empresarial e Coaching”, oferecido pelo Ministério do Turismo (MTur) em parceria com o Instituto Marca Brasil (IMB).
Focado no Grupo Gestor, com conceitos administrativos e empresariais, o Workshop pretende promover o alinhamento dos atores locais sobre a importância da gestão empresarial.
O Workshop de Capacitação Empresarial é uma ação do Projeto de Gestão dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, que tem como meta a estruturação de 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional.
A primeira ação foi a Oficina de Sensibilização, realizada pelo MTur em parceria com o IMB. Após essa oficina, a empresa Módulo, responsável pelo desenvolvimento da ferramenta de Gestão dos 65 Destinos (SG65), capacitou os integrantes do Grupo Gestor para a utilização do sistema.
Os trabalhos continuaram com a realização do 1º Workshop – “A Liderança no Planejamento e Gestão do Destino Indutor”. A etapa que foi iniciada essa semana, com o 2º Workshop, está prevista para acabar até o próximo semestre. Ainda será realizado um terceiro Workshop nos Destinos Indutores.
“Constatou-se que o Grupo Gestor de Manaus se empoderou do conteúdo do macroprograma de Regionalização do Turismo, do Programa de Planejamento e Gestão do Turismo e agora coloca em prática a elaboração de projetos que visam o aumento da competitividade do Destino”, disse Ana Clévia Guerreiro, coordenadora Geral de Regionalização do MTur.

(Fonte : Ministério do Turismo / Foto www.gobrasil.net/images/AM-manaus02-300.jpg)

FLORIANÓPOLIS RECEBE O CAMINHÃO DESTINO BRASIL


Depois de percorrer o Rio Grande do Sul, carreta com cinema 3D e telas interativas permanece na capital catarinense até 4 de abril

O Caminhão Destino Brasil, projeto itinerante, realizado pelo Instituto Cia de Turismo e apoiado pelo Ministério do Turismo (MTur), já cumpriu uma parte de sua meta: visitar o Rio Grande do Sul. Após passar por Caxias do Sul, Gramado e Porto Alegre, o road show chegou nesta quarta-feira (31) a Santa Catarina.
A primeira cidade catarinense a receber o caminhão, que passará por três municípios, é a capital, Florianópolis. O “quartel-general do turismo” ficará montado na Avenida Beira Mar Norte – em frente ao Trapiche, até 4 de abril. A programação da carreta será dividia em duas etapas. A primeira, nos dias 31 de março e 1º de abril, com apresentações exclusivas aos profissionais de turismo, entre as 9h e 16h. A segunda etapa contempla atividades para o público final, nos dias 2, 3 e 4 de abril, das 10h às 20h.
O caminhão, que passará também pelo Balneário Camboriú e Joinvile, tem 13,5 metros, divididos em dois ambientes, com atividades focadas no público final. Os interessados poderão utilizar os recursos multimídia para programar ou decidir detalhes sobre sua próxima viagem.
No primeiro ambiente, há uma sala de cinema 3D, para 36 pessoas, com acessibilidade para cadeirantes e deficientes auditivos e visuais. Os efeitos especiais e aromas prometem colocar os espectadores em imersão para viajar nas cenas do filme.
No outro ambiente, há um lounge com oito telas de plasma, sensíveis ao toque, que trazem recursos para o público interagir e explorar o visual encantador das imagens de 65 destinos nacionais.
No mesmo espaço, em quatro apresentações diferenciadas, os profissionais do turismo também serão privilegiados com informações sobre benefícios e orientações para fazer parte do CADASTUR - Sistema de Cadastro dos Empreendimentos, Equipamentos e Profissionais da Área de Turismo.
Por meio de um vídeo e das apresentações nas telas de plasma serão explicados os benefícios de fazer parte do banco de dados oficial do governo, bem como das oportunidades de negócios que esse cadastramento possibilita. Dois pontos de atendimento estarão disponíveis no caminhão, além de uma unidade móvel para facilitar o cadastramento.
A coordenadora geral de Apoio à Comercialização do MTur, Jurema Monteiro, ressalta sobre a importância da participação dos Órgãos Delegados Estaduais: “O apoio das divisões de serviços turísticos nos estados, que trabalham em sintonia com o Ministério do Turismo no desafio de atualizar o cadastro de prestadores de serviço, foi fundamental para a execução do projeto”.
Os profissionais de turismo que quiserem participar das seções exclusivas para o trade podem se cadastrar pelo e-mail destinobrasil@turismo.gov.br e receber um convite eletrônico, ou comparecer diretamente no Caminhão.

(Fonte: Ministério do Turismo

ABERTO CREDENCIAMENTO PARA RECEPTIVO DE GRUPOS DE TURISTAS CHINESES


Agências de viagem e turismo brasileiras que desejarem atuar no receptivo de grupos de turistas chineses no Brasil, em 2010, têm até o dia 28 de junho para solicitar credenciamento junto ao Ministério do Turismo (MTur). O processo de seleção segue exigências previstas no Memorando de Entendimento, denominado Status de Destino Aprovado (ADS), assinado com a Administração Nacional de Turismo da República Popular da China, em novembro de 2004. Hoje, o MTur é o único órgão responsável pelo processo de credenciamento anual no âmbito do ADS.
Para participar, é necessário que a empresa esteja cadastrada no sistema de cadastro de prestadores de serviços turísticos do MTur, o Cadastur – http://www.cadastur.turismo.gov.br/ –, e assine o termo de responsabilidade disponível.
As agências de viagem e turismo interessadas deverão encaminhar a documentação ao Departamento de Relações Internacionais do MTur, localizado no Anexo ID SCN Q. 06, Bloco A, 11º andar, CEP: 70716-900, Brasília (DF). A lista atualizada das empresas credenciadas será divulgada em 9 de julho.


Mercado chinês


Segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), em 2004, o Brasil recebeu 16.305 turistas chineses, número que cresceu 142% em quatro anos. Em 2008, o número de turistas chineses que visitaram o país foi 39.514. Como conseqüência do processo de credenciamento, somente entre 2007 e 2008, houve acréscimo de 68,22%.
Segundo estudo realizado pelo professor Wolfgang Georg Arlt, da Universidade West Coast de Ciências Aplicadas, da Alemanha, a crescente parceria comercial entre América Latina e China está entre os fatores que contribuiu para o incremento do fluxo de turistas chineses ao Brasil.
Embora grande parte dos turistas chineses que visitam o Brasil seja de representantes de delegações comerciais e oficiais, há indicativos de crescimento no número de grupos de turistas a lazer.

(Fonte : Ministério do Turismo - Foto Blog Claudia Trevisan)

OPINAR É FUNDAMENTAL

Participação em consulta pública será decisiva para a criação de matriz hoteleira que atenda tanto sociedade quanto empresários do setor
Um processo realizado de forma participativa, aberta e transparente. Esta é a dinâmica da construção da nova classificação hoteleira. O Ministério do Turismo (MTur) e o empresariado do setor discutem e sugerem os critérios que devem ser seguidos. Após essa discussão, as sugestões estarão disponíveis no Portal do Mtur para consulta pública.
“A participação da sociedade é fundamental para o sucesso desta ação. Ela visa, principalmente, dar subsídios para que os consumidores escolham os meios de hospedagem com mais segurança e critérios bem definidos”, explica Ricardo Moesch, diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico.
Nesta semana, a discussão sobre a classificação hoteleira está acontecendo em Cuiabá (MT). O tema são os hotéis-fazenda. Representantes e autoridades do setor no Mato Grosso e região discutem critérios de padronização e sistematização para a futura classificação brasileira. A simbologia a ser usada são estrelas, já utilizadas internacionalmente.
A utilização de forma sustentável do patrimônio natural e cultural é um dos mais importantes diferenciais da matriz de hotel-fazenda. “O conceito de ecoturismo deve ser muito bem avaliado e valorizado como elemento captador de recursos para a região”, disse André von Thuronyi, da Associação de Turismo do Pantanal e Poconé (ATPP). Os elementos são analisados através dos conceitos de Infraestrutura, Serviços, Sustentabilidade e Bases Legais.
A Matriz para Hotel Urbano está disponível para contribuições até o dia 08 de abril e a Matriz para Resorts pode ser acessada até o dia 15 de abril. Os interessados podem enviar sugestões e contribuições conforme tabela disponibilizada para o endereço eletrônico classificacao@turismo.gov.br.
A primeira oficina foi sobre hotéis urbanos, realizada em Porto Alegre (RS), nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro. A segunda, para resorts, aconteceu nos dias 22 e 23 de março, em Salvador (BA). O Rio de Janeiro será a próxima etapa, dias 8 e 9/4, para cama e café. Na seqüência, Ouro Preto, dias 15 e 16/4, para hotéis históricos; Tibau do Sul - praia da Pipa (RN) dias 26 e 27/4, para pousadas; Vitória (ES), dias 3 e 4/5, para flats e, Manaus, dias 6 e 7/5, para hotéis de selva.

(Fonte : Ministério do Turismo)

TREM-BALA TERÁ GARANTIA DE CONTEÚDO NACIONAL

Além da exigência de transferência de tecnologia, o edital do trem de alta velocidade terá previsão de conteúdo nacional mínimo. O percentual de nacionalização ainda está sendo discutido entre representantes do Ministério dos Transportes e do Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria (MDIC), mas sua inclusão na pauta já agrada representantes do setor, defensores da medida - e gera críticas entre as empresas interessadas no projeto.
A definição do percentual depende da análise da disponibilidade da indústria ferroviária local para atender à exigência, afirmou o recém-empossado ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O setor defende o índice de 60% de nacionalização - o mesmo usado em linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estrutura o financiamento do projeto -, mas Passos não assegura que a garantia chegará a esse nível. O índice garantiria a produção local de R$ 3,6 bilhões em equipamentos e material rodante.
Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), que encabeça a campanha pela garantia de conteúdo nacional no TAV, diz que o importante é haver alguma exigência de produção local, mesmo que não seja obrigatória. "Não somos inflexíveis quanto ao índice de 60%".
"O que não pode é acontecer o mesmo que ocorreu na licitação do metrô do Rio de Janeiro", afirma o representante do setor. No início de 2009, o governo do Rio abriu licitação para aquisição de 30 trens para o metrô, mas não deu nenhuma preferência à produção nacional. A vencedora foi a chinesa CNR, que importará os trens prontos, deixando para trás empresas com produção local, como Alstom e CAF, ou candidatos que poderiam nacionalizar a produção.
A regra do conteúdo nacional pode obrigar indústrias sem presença no Brasil, como a japonesa Hitachi, a CNR (China North Railway) e Rotten - subsidiária da Hyundai -, a instalar fábricas aqui. As três são consideradas fortes candidatas ao contrato.
Para executivos envolvidos na disputa pelo trem-bala, a reserva de mercado para a produção nacional pode encarecer o negócio e até inviabilizá-lo. Depois de usada, alega um executivo da área, a fábrica criada para fazer os trens de alta velocidade só servirá para manutenção, o que dificulta a amortização do investimento. O número de unidades usadas para o trem, entre 200 e 300 vagões, não justifica por si só trazer para cá uma unidade de produção. Na China, onde a transferência de tecnologia foi acompanhada da montagem local, a previsão é de fornecimento de 3 mil trens de alta velocidade.
O problema não é montar o TAV aqui, diz uma fonte do setor, mas nacionalizar a fabricação da "caixa" do trem, a sua estrutura - parte mais cara do produto. Feitas em alumínio, elas destoam das estruturas de aço inox usadas na frota local de trens de passageiros - ou seja, a unidade teria poucos clientes locais mais tarde.
Outra questão é o que se entende por conteúdo nacionalizado - se apenas os trens ou os sistemas de telecomunicação, sinalização e alimentação de energia. Pelos cálculos do governo, dos R$ 34,6 bilhões destinados ao projeto, R$ 3,4 bilhões vão para sistemas e equipamentos, e R$ 2,7 bilhões para o material rodante. Como possuem uma indústria mais tradicional no país e outras aplicações além do trem-bala, os sistemas de telecomunicação e energia poderiam ser nacionalizados com mais facilidade.
Outra hipótese para a nacionalização é a associação do fornecedor estrangeiro com alguma fábrica local. Antes de abrir sua unidade em Hortolândia no ano passado, a espanhola CAF tentou se associar com produtores locais - entre eles, a Amsted-Maxion, que produz vagões de carga. A Maxion tem uma capacidade para 10 mil unidades, mas sua produção dificilmente chega à metade disso. A Maxion diz que sua estrutura é facilmente adaptável à produção de trens de passageiros e mantém conversas com representantes do ramo. A empresa foi listada pelo BNDES como um dos candidatos a participar do processo de transferência de tecnologia do TAV.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

SOPA DE LETRINHAS E O AVANÇO DA PINOT NOIR



Algumas semanas antes da Prowein, feira internacional de vinho que se realiza anualmente em Dusseldorf e cuja edição 2010 terminou na semana passada, tema da última coluna, uma estudante da Universidade de Geisenheim me contatou por e-mail solicitando informações sobre as características do mercado brasileiro e as possibilidades de ter mais espaço para rótulos alemães, tema escolhido por ela para sua tese de final de curso. Na conversa que tivemos durante o evento, não pude deixar de apontar alguns obstáculos: a especialidade vinícola da Alemanha é a produção de brancos, gênero (incompreensivelmente, ainda) de pouco apelo no Brasil, sua associação com vinhos adocicados, rótulos difíceis de decifrar e memorizar e, de quebra, a imagem negativa que aquelas malfadadas garrafas azuis deixaram. Nada disso, no fundo, é segredo. Os próprios alemães sabem desses entraves e procuraram nos últimos tempos mudar e introduzir uma série de conceitos para tornar seus vinhos mais atraentes aos consumidores mundo afora. Contudo, o idioma não ajuda e interesses e pontos de vista não convergentes entre governo e membros da cadeia produtiva dificultam sua implementação. Apesar desses obstáculos, já se percebe um crescente interesse no Brasil pelos notáveis brancos da Alemanha, tanto que importadores brasileiros estiveram na Prowein contatando produtores de ponta locais. Quem sabe a tese da aluna alemã sensibilize os organismos oficiais de seu país a divulgar mais as virtudes de seus vinhos e ajude a descomplicá-los. Os interessados que quiserem sair na frente devem começar seguindo um princípio básico, que divide os vinhos alemães em quatro categorias: DeutscherTafelwein, a mais baixa delas (tafelwein significa vinho de mesa, o mesmo que "vin de table" na França). É uma mistura de vinhos de diversas regiões, elaborados com uvas de terceira categoria; Landwein, um pouco acima do tafelwein, tem indicação de procedência ("land" é área/zona), o que equivale a vinho regional; Qualitätswein, que precede uma das 13 regiões demarcadas - as dez principais são Ahr, Mosel-Saar-Ruwer, Mittelrhein, Rheingau, Rheinhessen, Nahe, Pfalz (ou Palatinato), Franken (ou Francônia), Baden, Württemberg -, e é sujeito a algumas regras, passando por um comitê que lhe concede um número de aprovação, o AP, e pode ser considerado um vinho sem pretensões para o dia a dia; e, finalmente, Qualitätswein mit Prädikat, onde estão necessariamente os melhores vinhos do país, embora isso não signifique que todos são ótimos. Estes também têm um número de aprovação. Os vinhos enquadrados na categoria mais elevada, a Qualitätswein mit Prädikat, são divididos em seis níveis, segundo o grau de maturação em que as uvas são colhidas. Em princípio, quanto mais maduras, mais doce é o vinho. Em escala crescente há o Kabinett, Spätlese, que significa vindima tardia; Auslese, fruto de uma colheita selecionada; Beerenauslese, bem adocicado, elaborado com uma seleção de uvas auslese; Eiswein, literalmente "vinho do gelo", em que a colheita se dá mais tarde quando a neve já caiu; e Trockenbeerenauslese, o mais doce de todos, é produzido a partir de uvas que amadureceram no pé até ficarem passas, ou secas (tradução de trocken), majoritariamente atacadas pelo fungo nobre, o botrytis cinerea. A primeira tentativa de simplificação foi introduzida em 2000 pelo órgão governamental responsável pelo setor, ao criar as designações Classic e Selection, que, mencionadas no rótulo, eliminariam outros termos e facilitariam a identificação da característica do vinho. A primeira dá a entender que se trata de um vinho seco (ou quase seco), elaborado com castas tradicionais permitidas e uvas colhidas em regiões demarcadas, dentro de um determinado padrão confiável de qualidade. Por sua vez, para entrar na categoria Selection as exigências são maiores, tendo reflexos na qualidade da uva e em seu manejo. Assim, a produção por parreira deve ser menor, o vinhedo de onde provieram os cachos tem de ser declarado, a colheita deve ser manual e o grau de açúcar residual mais baixo, o que determina que o vinho é (mais) seco. A rigor, essas duas classificações não resolvem o problema por inteiro, em particular por não garantirem que se trata de um vinho realmente seco, dúvida que invariavelmente ocorre nos Kabinett e Spätlese. Para tanto é melhor encarar aquele monte de consoantes e ver se em algum canto do rótulo está escrito a palavra "trocken" que quer, efetivamente, dizer "seco", e não se deixar enganar por "halbtrocken", que significa "meio seco".
Há mais de 100 mil viticultores na Alemanha e 75% deles não vinificam, vendendo suas uvas por quilo para terceiros. Os melhores vinhos vêm, sem dúvida, das vinícolas que têm vinhedo próprio, cuidam dele para extrair a melhor matéria-prima e com ela conseguem atingir um bom padrão de qualidade. Para identificá-los é preciso outra vez enfrentar aquela sucessão de consoantes e, com o auxílio de uma lupa, procurar no rótulo o termo "Gutsabfüllung", que denota que as uvas são da propriedade e que o produtor as colheu, vinificou e engarrafou. É o correspondente a "mis em bouteille au domaine" na França. Outra menção, "Erzeugerabfüllung", é empregada mais para vinhos de cooperativas. Negociantes de uvas e engarrafadores, uma categoria em tese inferior, são identificados com a palavra "Abfüller". Há, na verdade, um caminho bem mais fácil para entrar no maravilhoso universo dos vinhos alemães - desculpem, eu poderia ter encurtado a história e entrado direto nos "finalmentes". É procurar no lacre da garrafa ou, de forma mais discreta, no rótulo do vinho o símbolo de uma águia carregando um cacho de uva e as iniciais VDP, que designa a "Verband Deutscher Prädikats - und Qualitätsweingüter", associação que impõe regras bastante rígidas aos seus membros - hoje são cerca de 200, o que representa apenas 4% da área plantada - em busca de vinhos de padrão superior. Embora esteja comemorando este ano seu centésimo aniversário - é a mais antiga associação de vinícolas com vinhedos próprios -, só em meados da década de 80 a VDP começou realmente a estabelecer critérios de hierarquização de vinhas e normas que resgatassem a identidade dos vinhos e de suas regiões. Todavia, a dificuldade de conciliar opiniões e interesses internos, mais a discordância em relação à legislação oficial, fazem com que ainda haja um bom caminho pela frente para que o consumidor se sinta à vontade e saiba o que está comprando. Em todo caso, no que diz respeito a produtores, no VDP estão reunidos uma grande parte dos melhores rótulos do país e com relação à categoria e característica dos vinhos a possibilidade de erro é menor. É o que oferece a classificação Grosses Gewächs, status semelhante a Grand Cru de Bordeaux e cuja menção indica tratar-se de vinho seco - as letras "GG" significam o mesmo. Em outra escala, existe a Erste Gewächs, literalmente "premier cru", que designa um vinhedo de potencial elevado, mas não determina se o vinho é adocicado ou não. O logo, o número "1" com um cacho de uvas ao lado, pode estar no rótulo, contra-rótulo, ou mesmo impresso na garrafa, em particular para vinhos da região do Rheingau. Com todo esse apanhado e sabendo que as importadoras brasileiras, para não incorrer em erros passados, estão trazendo brancos secos, sobretudo rieslings das melhores vinícolas alemãs, restaria, dos empecilhos que chamei atenção na tese da estudante - os brancos não têm grande apelo no Brasil, sua associação com vinhos adocicados, rótulos difíceis de decifrar e a imagem negativa que resta das garrafas azuis -, um item apenas para que a Alemanha tivesse maior presença entre nós: a falta de vinhos tintos. Esse problema já não existe e, até certo ponto, de forma surpreendente. A Alemanha vem plantando cada vez mais uvas tintas ao longo das três últimas décadas, em particular a pinot noir, uma casta que tem hoje muitos adeptos e que sabidamente tem raríssimos casos de sucesso fora de sua região de origem, a Borgonha. Dados oficiais apontam que a área ocupada por uvas brancas representava cerca de 89% dos vinhedos germânicos em 1980, caindo para 63% em 2005. A pinot noir é atualmente a terceira uva mais cultivada, com 11,4% do total, logo depois da riesling (20%) e da müller-thurgau (14,1%). Não é de hoje que venho tentando me aprofundar no assunto pinot noir alemão. O alsaciano Serge Dubs, presidente da associação francesa de sommeliers, já me havia comentado positivamente há alguns anos e uma garrafa que ganhei de um sommelier da França me fez acreditar que a indicação procedia (seria difícil, aliás, imaginar que Dubs estivesse enganado). Tratava-se do Spätburgunder (nome da variedade borgonhesa na Alemanha) August Kesseler 2002, uma prestigiada vinícola familiar do Rheingau, região que apesar de ser reconhecida pelos seus belos rieslings - é, para mim, ao lado do Mosel, a zona de onde saem os melhores brancos dessa variedade - tem mostrado vocação para a pinot noir. No caso de Kesseler, é uma paixão antiga dele e de seus antecessores. Metade dos 20 hectares de vinhas da propriedade são ocupados por ela, com algumas parcelas beirando 70 anos de idade. Outra boa experiência veio pouco tempo depois com rótulos de Markus Molitor, desta vez do Mosel. A amostragem, entretanto, era pequena. A oportunidade para ter uma noção mais ampla do comportamento da pinot noir na Alemanha surgiu na recente ida à Prowein e me programei para visitar algumas vinícolas antes da feira. Meu foco era, em particular, a região de Ahr, que, a despeito de ser a mais setentrional entre as Denominações de Origens importantes da Alemanha, tem como especialidade a produção de vinhos tintos - afinal, quanto mais ao norte mais o clima desfavorável à cultura de uvas tintas. A explicação está nos vinhedos de encosta com exposição sul, que recebem melhor insolação, e ao solo xistoso que armazena o calor do dia e protege a planta do frio da noite. Esse tipo de solo, mais a paisagem com as parreiras plantadas em terraços, fazem lembrar a região do Douro, em Portugal. Aqui, porém, a inclinação é ainda maior e o aproveitamento chega a ser milimétrico, com patamares pequenos e desordenados, refletindo a preocupação de ocupar cada espaço para não desperdiçar nada do que o Sol pode oferecer. Entre visitas e vinhos degustados, ganha destaque especial o que é produzido por Werner Näkel, da Weingut (vinícola em alemão) Meyer-Näkel. A propósito, a associação com o Douro fica aqui mais reforçada: Näkel, e dois outros produtores alemães amigos, são proprietários da Quinta da Carvalhosa, que elabora os premiados tintos Campo Ardosa, vinícola situada naquela renomada região portuguesa. O bem-humorado e atencioso Werner Näkel oferece uma gama de pinot noirs bem homogênea, que chama atenção, em especial, pela fidelidade com que os vinhos expressam o caráter dessa casta tão caprichosa. É uma virtude, vale ressaltar, rara de se encontrar mundo afora. A impressão foi tão boa que resolvi testar se não era um pouco exagerada. Seguindo, como programado, viagem à Borgonha - é onde me encontro agora escrevendo este artigo -, levei algumas garrafas da Cuvée "S" safra 2007, para provar com quem domina o assunto. Em meio aos vários Chambolle Musigny degustados na visita a Christophe Roumier, meu produtor de referência na região, onde, inclusive, estavam presentes dois sommeliers franceses e um dono de restaurante, o pinot noir alemão passou no exame. Vá lá que não conseguiu se impor frente à nata do que existe no gênero, mas não fez feio. Falta-lhe a elegância e o refinamento que a casta atinge em sua região natal nas mãos de um produtor de primeira linha. Numa degustação às cegas passaria fácil por um borgonha - foi a opinião geral. Um grande elogio. Em termos de preço, dadas as difíceis condições de cultivo, teria preço aproximado ao de um vinho da Borgonha na categoria "villages" - Gevrey Chambertin, Nuits St Georges, Chambolle Musigny - de boa procedência. É uma boa opção e uma porta de (re)entrada (pela porta da frente) para os vinhos alemães no Brasil. A ousada escolha do tema da tese da aluna da Universidade Geisenheim faz sentido e não terá sido em vão.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / Foto : img.mundi.com.br/.../Dusseldorf-photo3034-5.jpg)

ANAC TENTA BARRAR VETO A VOOS EM CONGONHAS

O governo federal quer barrar a tentativa da Prefeitura de São Paulo de limitar as operações no aeroporto de Congonhas (zona sul), o segundo mais movimentado do país. O aeroporto é alvo constante de queixas de ruído pela vizinhança.O último prazo dado pela gestão Gilberto Kassab (DEM) à Infraero vence amanhã, mas não deve ser cumprido. Na segunda, a prefeitura divulgará o que fazer -entre as possibilidades disponíveis estão a aplicação de multa e até a interdição de Congonhas.
Tanto a Infraero quanto a Anac (Agência Nacional de Avião Civil) sustentam que a prefeitura não tem competência legal para reduzir o horário de Congonhas -por tratar-se de situação regida pela legislação aeronáutica, o tema cabe ao governo federal, argumentam.
Para a prefeitura, a questão é de uso e ordenação do solo, sobre a qual o município tem poder para estabelecer regras. O objetivo, diz a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, é "mitigar transtornos e perigos causados pelo aeroporto, adequando as atividades aeroportuárias às necessidades" de SP.
Atualmente, o horário de Congonhas é das 6h às 23h, todos os dias. A secretaria determinou que a Infraero diminua em duas horas o horário de Congonhas de segunda a sábado -o novo horário será das 7h às 22h; aos domingos e feriados, a redução terá de ser de quatro horas (9h às 22h) em relação ao praticado hoje.
A medida faria Congonhas perder 62 operações de pouso e decolagem por dia -quase 12% do movimento.
Restringir o horário foi uma das condições para a prefeitura conceder à Infraero o licenciamento ambiental de Congonhas. O primeiro prazo para a estatal se ajustar às regras venceu em 1º de março, mas foi prorrogado por 30 dias.
Como a Infraero foi notificada no dia 3, a nova data-limite é amanhã.
Contrárias à medida, as companhias aéreas dizem não saber da restrição. A Folha procurou TAM e Gol, as duas principais empresas a operar no aeroporto.
Ontem, ambas vendiam passagens com saída ou chegada nos horários alvo de veto.O Snea (sindicato da categoria) afirma que também não foi informado. O diretor Ronaldo Jenkins lembrou que, na ocasião da redução de voos no Santos Dumont, no Rio, em 2009, o debate começou meses antes.

ENTIDADE PEDE QUE INFRAERO OBTENHA ALVARÁ PARA O AEROPORTO

A Abrapavaa, que representa parentes de vítimas de acidentes aéreos, pediu na Justiça que a Infraero cumpra medidas previstas no licenciamento ambiental de Congonhas, como obter alvará de funcionamento e auto de vistoria dos bombeiros. A Infraero informou que analisa as medidas cabíveis.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

DIÁRIA

O grupo hoteleiro Royal Palm Hotels & Resorts, no primeiro bimestre deste ano, registrou recorde de faturamento, na casa dos R$ 15 milhões. "No ano passado, faturamos mais de R$ 60 milhões. Neste ano, queremos crescer 25%", diz Antonio Dias, diretor-executivo do grupo, que é formado por quatro empreendimentos localizados em Campinas.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)