quarta-feira, 4 de agosto de 2010

GOVERNO DO RJ ATENDE SETOR E ANUNCIA REDUÇÃO DO ICMS DA HOTELARIA PARA 2% ATÉ 2012


Durante almoço oferecido pelo SindRio com a presença de cerca de 300 empresários, o governador e candidato a reeleição Sérgio Cabral acatou uma proposta do Sindicato de Hotéis e Bares do Rio de Janeiro e confirmou a redução do Imposto de Circulação Sobre Mercadorias (ICMS) para a hotelaria de 4% para 2%.
"Esta é uma proposta justa e como temos condição de atender a esta reivindicação já que vivemos um momento favorável de ampla recuperação da economia do estado então decidimos acatar este pedido", admitiu ele
O governador confirmou medida poderá ser estendida até 2014 caso o setor mantenha o volume de carga tributária gerada para o estado, atendendo assim o pedido do SindRio. A redução terá início apenas a partir de janeiro de 2011.
Em recente análise de dados de empregabilidade nacional no setor de hospedagem, o SindRio levantou que, do ano passado para cá, os hotéis no Rio criaram 515 empregos formais. É pouco – este número deve crescer já a partir dos próximos meses –, mas mais que o dobro dos postos gerados em São Paulo, 241. Atualmente, os hotéis do Rio empregam mais de 16 mil pessoas e os bares e restaurantes, mais de 103 mil, com carteira assinada.
De 2000 a 2008, os encargos no setor de hospedagem avançaram apenas 1,2% frente a 12% nas demais capitais brasileiras. De 2009 até maio deste ano, o Rio registrou crescimento foi de 3,2%, contra 1,3% das outras capitais.
Estes e outros números foram apresentados pelo presidente do SindRio, Pedro de Lamare, a Sergio Cabral e empresários e entidades do trade de turismo. A solenidade foi aberta por Alexandre Sampaio, que neste dia 17 toma posse oficialmente como presidente da Federação Nacional de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares.
"O Rio conta atualmente com nove presidentes de entidades e associações do turismo, o que mostra a força da cidade", ressaltou. O evento foi prestigiado pelos presidentes da ABIH Nacional, Álvaro Bezerra de Mello, da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim, da Abeoc, Aquiléa Homem de Carvalho, da TurisRio, Nilo Sérgio Félix, além da secretária estadual de Turismo, Márcia Lins, do secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, do vice-governador Luiz Fernando Pezão, dos presidentes da Bito, Salvador Saladino, Associação Trem do Corcovado, Sávio Neves, da rede Othon, Fernando Chabert, do diretor geral do Copacabana Palace, Philip Carruthers, do Sindetur-RJ, George Irmes e do diretor executivo do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Senise, entre outros.

(Fonte e Foto : Mercado & Eventos / Folha do Turismo)

MTUR TESTA MATRIZES DE CLASSIFICAÇÃO HOTELEIRA


Projeto-piloto será realizado em oito estados de todas as regiões do país

O Ministério do Turismo deu mais um passo na elaboração do novo sistema oficial de classificação dos meios de hospedagem do país. Nesta segunda (02), auditores do projeto estiveram em Pirenópolis (GO), Porto de Galinhas (PE) e Belo Horizonte para testar as matrizes construídas em processo participativo.
“Com o projeto-piloto, vamos verificar se os requisitos das matrizes são adequados à realidade da hotelaria brasileira e, a partir daí, fazer os ajustes necessários”, explicou o diretor do Departamento de Estruturação, Avaliação e Ordenamento Turístico do MTur, Ricardo Moesch. As matrizes foram elaboradas a partir de oficinas realizadas em oito cidades, com a participação de setores da cadeia produtiva do turismo e, depois, colocadas em consulta pública para receber contribuições da sociedade.
Os estados contemplados no projeto-piloto são: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Pernambuco. A adesão dos meios de hospedagem foi voluntária. Nos próximos dias, o MTur fecha o calendário de visitas aos municípios, que deverá ser concluído no final deste mês.
As matrizes são divididas em três blocos: serviços, sustentabilidade e infraestrutura. Os meios de hospedagem classificados serão identificados por estrelas. As tipologias adotadas são: Hotel, Pousada, Hotel-fazenda, hotel Histórico, Cama&café, Flat e Resort. O projeto de classificação hoteleira é uma parceria do Ministério do Turismo com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM).

(Fonte : Ministério do Turismo)

SENADO APROVA EMPRÉSTIMO DE R$ 1,9 BILHÃO AO RIO


O Senado aprovou ontem um empréstimo de US$ 1,045 bilhão (R$ 1,9 bilhão) oferecido pelo Bird (Banco Mundial) ao município do Rio.
Esse dinheiro será usado para amortizar até 25% da dívida da cidade com o governo federal, que hoje atinge R$ 7,4 bilhões.
Com a operação, segundo a Prefeitura do Rio, os juros pagos pela cidade à União vão cair de 9% para 6%, evitando que a prefeitura gaste aproximadamente R$ 400 milhões por ano.
Esse é o primeiro empréstimo que o banco faz a cidade do Rio, que terá até 2040 para devolver o dinheiro.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

ANAC IGNOROU DENÚNCIAS, DIZ SINDICATO


Pilotos e comissários da Gol expuseram em centenas de queixas o excesso de horas trabalhadas, dizem aeronautas

Agência diz que apurou reclamações e não constatou sobrecarga; ontem, nº de voos cancelados diminuiu


O sindicato dos pilotos e comissários acusa a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de ter ignorado centenas de queixas sobre condições de trabalho nas principais companhias aéreas nacionais, especialmente contra a Gol.
O limite na carga horária que os aeronautas podem cumprir, um dos principais tópicos de reclamação, motivou a série de cancelamentos e atrasos em voos da empresa, afetando milhares de pessoas desde o fim de semana. Não há previsão para a situação se normalizar.
Segundo o sindicato, mais de 90% das 346 denúncias feitas no mês de julho se referem à Gol. Trata-se de um volume de queixas fora do comum. Em geral, o sindicato encaminha à agência menos de cem a cada mês.
A Anac afirma que as denúncias não foram ignoradas. Mas só ontem, depois do caos nos aeroportos, é que a agência obteve da Gol o compromisso de enviar relatórios semanais das horas voadas em coordenação com a malha aérea.
Inspetores da agência acompanharão a elaboração do planejamento da escala.
A Anac diz que havia aberto uma investigação para apurar as denúncias, na qual concluiu que os pilotos e comissários da companhia não trabalhavam mais do que o limite de 85 horas mensais previsto pela regulamentação das profissões.
A Gol diz o mesmo: que teve de cancelar voos justamente porque o número de horas trabalhadas pela tripulação estava chegando ao limite, que foi respeitado.
Já o diretor de segurança de voo do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), Carlos Camacho, diz que a sobrecarga de trabalho é tão grave que é comum "pilotos pedirem para que comissários entrem na cabine de tempos em tempos para conferir se eles estão acordados".
Apesar de a Gol ter cancelado voos para regularizar a escala de trabalho, funcionários da empresa continuam planejando greve, com reivindicações diversas, inclusive salariais.

SEM PREVISÃO

Depois da segunda-feira conturbada, que teve 408 voos atrasados (52% do total) e 99 cancelados (12,6%), a operação da Gol melhorou um pouco ontem.
Até as 22h, dos 776 voos domésticos programados, 36,9% (286) estavam atrasados e 7,2% (56) haviam sido cancelados.
A companhia não ainda informa quando a situação será normalizada.

AGÊNCIA DIZ QUE NÃO DETECTOU SOBRECARGA

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmou que recebeu as denúncias feitas pelo sindicato dos aeronautas, mas que, após inspeções de rotina, não encontrou nenhum profissional trabalhando além das horas permitidas.
Com os cancelamentos dos últimos dias, a Anac disse ontem que intensificou a fiscalização na Gol, com o envio de inspetores para acompanhar o planejamento da escala da tripulação.
A agência também disse que vai apurar denúncia de que a Gol estaria escalando tripulantes para fazer voos de madrugada por dias seguidos, contrariando a lei que rege o setor.
É atribuição da Anac verificar o cumprimento da regulamentação trabalhista quando está em jogo a segurança de voo.
Depois do caos aéreo da TAM em dezembro de 2006, a agência passou a coordenar operações preventivas de fim de ano. Nelas, as companhias têm de disponibilizar aviões e tripulação de reserva. Nenhuma ação foi prevista para as férias de julho.
Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que a Anac tem cobrado apoio imediato aos passageiros.

AVIÕES

A Gol não soube dizer quando a situação dos voos será normalizada.
Em reunião ontem na Anac, a empresa informou que uma das soluções encontradas foi colocar em operação cinco Boeings-767 nas rotas internacionais, hoje operadas com 737, o mesmo dos voos domésticos.
Com isso, ela aproveita a tripulação de 737 dos voos internacionais para reforçar os voos domésticos.
A companhia também se comprometeu a apresentar relatórios semanais sobre a quantidade de horas voadas pelos tripulantes.
Outro compromisso assumido foi voltar a utilizar o sistema antigo de planejamento de escala da tripulação.
O sistema novo, adotado a partir do mês de julho, gerou uma série de problemas de planejamento da escala, contribuindo para o descontentamento das tripulações.

FRETAMENTO AUMENTOU A DEMANDA

Segundo apurou a Folha, a Gol fechou contratos demais para as operações de fretamento - nas quais as companhias aéreas alugam suas aeronaves para as agências de viagens. De acordo com as informações levantadas pela reportagem, os contratos foram firmados sem que houvesse tripulação suficiente para cumprir os voos.

POUCAS PESSOAS BUSCAM AJUDA NOS JUIZADOS

O engenheiro Paulo Noronha, 54, chegou ontem com três horas de antecedência ao aeroporto de Congonhas e, mesmo assim, perdeu uma reunião de negócios em Brasília. Seu voo, da Gol, fora cancelado.
Em meio ao caos aéreo envolvendo a empresa, Noronha foi um dos poucos que recorreram ao serviço do juizado especial para resolver o problema. Até as 16h de ontem, só três pessoas procuraram o serviço no aeroporto.
Menos de 15 minutos depois de protocolar a reclamação, um representante da Gol já estava na sala do juizado para tentar entrar em um acordo. E deu certo.
"Remarquei a passagem, recebi dinheiro para alimentação e também um documento informando que o voo foi cancelado", diz.
"Se depois eu constatar que houve prejuízos por causa do cancelamento da reunião, tomarei outras providências", completa.
Ainda pouco procurado, o juizado está funcionando há 12 dias nos aeroportos.
O objetivo é solucionar conflitos pontuais, sem que eles sejam levados à Justiça.
Em 11 dias, 183 queixas foram protocoladas e 60 resultaram em acordo. Para a juíza Mônica Soares Machado Alves Ferreira, coordenadora dos juizados nos aeroportos, o resultado é bom.
"Ter mais de 30% de sucesso nos acordos significa que o serviço está funcionando", afirma a juíza.
Ela explica que o maior problema são voos internacionais, pois as companhias dizem não ter como deixar um funcionário à disposição.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo - Foto : Vagner Campos/Futura Press)

TAM VAI VENDER BILHETE NAS CASAS BAHIA


Empresa quer facilitar a compra de passagens aéreas pela classe C e cria site para consumidor de primeira viagem
Gol também deve expandir, até o final deste ano, o número de lojas físicas do programa "Voe Fácil"


Na disputa pelo público da classe C, a TAM vai anunciar amanhã parceria com as Casas Bahia para vender passagens aéreas em lojas da rede de varejo em São Paulo.
Na próxima semana, a TAM deve colocar no ar uma campanha para divulgar a parceria com a rede varejista.
A TAM prepara ainda o lançamento de um site - com dicas e vídeos para os consumidores de "primeira viagem"- que irá vender bilhetes aéreos de forma mais simplificada para os clientes.
O projeto da TAM deve começar em caráter piloto em duas lojas das Casas Bahia na Grande São Paulo e se estender até o final do ano para outros estabelecimentos, segundo a Folha apurou.
A companhia já havia sinalizado, no final do ano passado, que queria atrair para o mercado de aviação o consumidor da classe C mais acostumado a viajar de ônibus.
O presidente da TAM, Líbano Barroso, afirmou, na ocasião, que a empresa tinha como foco a classe C.
"Entendemos que é onde há grande potencial de crescimento e é uma evolução natural dos mercados. É como nos EUA, onde hoje 40% dos passageiros viajam a negócios, e 60%, a lazer."
"No Brasil, essa parcela é de 70% a negócio e 30% a lazer. A tendência é que daqui a 20 anos nós tenhamos meio a meio, o lazer tem muito a crescer. E é o público da classe C que está entrando no mercado", afirmou o presidente da
TAM à época.
A venda de passagens aéreas não será feita pelo crediário das Casas Bahia. A ideia é ter um espaço reservado da companhia dentro das lojas e aproveitar a proximidade que a rede varejista já tem com esse consumidor.
A TAM já tem uma parceria com o Banco do Brasil e o Itaú para a venda de passagens em até 48 vezes para clientes desses bancos. O valor da parcela mínima nesse caso é de R$ 55.
No ano passado, a TAM registrou participação de 45,6% no mercado doméstico e de 86,5% entre as companhias brasileiras que operam voos internacionais. Ao longo do ano transportou 30,4 milhões de passageiros.

GOL

O anúncio da TAM coincide com o momento em que a sua maior concorrente, a Gol, enfrenta dificuldades (atrasos e cancelamentos de voos).
A Gol também tem planos para abrir neste ano mais lojas que facilitem a venda de bilhetes para os consumidores de baixa renda.
Recentemente, a Gol expandiu o programa "Voe Fácil", criado em 2005 para vender passagens em até 36 vezes, com parcelas mínimas de R$ 15. Hoje 4% dos bilhetes vendidos são comercializados por meio desse programa -sendo 70% para a classe C e 10% para a classe D.
Em dezembro, a Gol abriu a primeira loja física do programa "Voe Fácil" no largo 13 de Maio (zona sul de SP), por onde circula 1 milhão de pessoas por dia.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)