A Fifa deu nota 8 para a Copa das
Confederações, mas tanto o Comitê Organizador Local (COL) quanto o Governo
Federal mostraram preocupações para a realização da Copa do Mundo no próximo
ano. Venda e distribuição de ingressos encabeçam os temores do COL, mas
telecomunicações e mobilidade urbana também estão no topo da lista das
necessidades do governo.
“A gente não está dormindo aqui não. Não
podemos multiplicar a Copa do Mundo apenas por quatro (serão quatro vezes mais
jogos e seleções no evento), temos que multiplicar por muito mais. A gente está
preparado para isso”, afirmou o diretor executivo do COL, Ricardo Trade. “Somos
chatos para prestar o melhor serviço. Falei de algumas coisas sem medo nenhum
para vocês, fazemos reuniões de alinhamento todos os dias.”
Trade informou que haverá mais centros de
distribuição de ingressos durante a Copa do Mundo para evitar o excesso de
filas e retiradas de bilhetes feitas de última hora. Os campos de treinamento
também receberão atenção especial. Durante a Copa das Confederações, os de
Recife tiveram muitos problemas devido às chuvas e ao difícil acesso, que impediu
trabalhos da seleção uruguaia. “Já conversamos com o governo e o acesso a esses
campos vai ser melhorado até 2014”, alegou Trade.
Em termos de mobilidade, o secretário
executivo do ministério do Esporte admitiu que Recife teve a pior avaliação.
“Cidades com transportes montados há mais tempo tiveram mais facilidade. Vamos
incrementar ações de mobilidade urbana até a Copa. Em Recife, por exemplo, a
recém construída Estação Cosme Damião já foi o principal meio de transporte
para chegar ao estádio. Mas ela não deu vazão ao volume. Em vez de quatro
comboios, precisamos ter disponibilidade para oito”, afirmou Luis Fernandes.
Tanto o COL quanto o governo
analisam possibilidades de entretenimento dentro dos estádios após as partidas
para evitar que dezenas de milhares de pessoas se encaminhem para os mesmos
ramais de transporte público ao mesmo tempo. “Precisamos reter as pessoas por
mais tempo dentro do estádio, ter divertimento, porque nenhum modal de
transporte suporta 70 mil pessoas ao mesmo tempo, como no caso da final da Copa
das Confederações, no Rio de Janeiro”, explicou Trade.
O COL também vai reavaliar a qualidade dos
alimentos comercializados dentro dos estádios. Na avaliação dos torcedores,
eram caros e ruins. “Temos que melhorar todos os serviços nas lanchonetes dos
estádios”, reconheceu Fernandes.
(Fonte : Terra Notícias)