A tecnologia reinventou o comércio. Há uma
geração, as pessoas costumavam sair às ruas para atender suas necessidades de
compras e realizando, invariavelmente, o pagamento em dinheiro. Muita coisa
mudou de lá para cá. Além da chegada de empresas como Amazon, Alibaba e eBay,
ainda na década de 1990, com apenas um clique, hoje os consumidores não
precisam nem mesmo se fixarem a um computador — um smartphone dá conta sozinho
de realizar as mais variadas transações.
Como resultado, os pagamentos estão se
tornando cada vez mais uma mercadoria na experiência do comércio. Os
consumidores esperam uma experiência de verificação sem atritos, combinados com
o mesmo nível de segurança em todos os dispositivos que existem.
NOVOS FORMULÁRIOS DE PAGAMENTOS
EMERGENTES
O comércio digital não está necessariamente
restrito a computadores ou smartphones. De acordo com a Euromonitor, há uma
infinidade de coisas, incluindo dispositivos, aparelhos roupas, acessórios de
moda e sensores conectados, todos com potencial para gerar uma transformação o
comércio e inaugurar novas formas e meios de pagamento.
A empresa ainda estima que quase 81 milhões
de alto-falantes sem fio, como o Amazon Echo, serão vendidos globalmente, até o
final deste ano — podendo crescer em cerca de 84% das vendas até 2021. A
maneira como dispositivos do tipo poderão ser usados nas vendas e compras,
porém, ainda é uma incógnita.
“Os consumidores atuais são mais espertos e
têm maiores expectativas do que nunca”, afirmou o vice-presidente da
Mastercard, Kiki del Valle. Em um esforço para promover a segurança digital, a
empresa uma série de Interfaces de Programação de Aplicativos (da sigla em
inglês APIs) para emissores de cartões, que fornecerão aos consumidores uma
visão única de todos os dispositivos digitais onde ele está armazenado.
O projeto visa que os consumidores tenham
um maior controle acerca do armazenamento de seus dados nos dispositivos, além
de permitir a desativação ou mesmo o controle de seus gastos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O aprendizado de máquina já permite que as
marcas sintetizem melhor os dados e incorporem esses conhecimentos para
melhorar a experiência do comércio. Ainda, com a confluência de drives
poderosos, que incluem o crescimento exponencial de redes de dados, de
distribuição mais sofisticados e algoritmos mais inteligentes, impulsionou o
uso da inteligência artificial.
Para o Euromonitor, a ferramenta deverá
transformar a realidade de muitas empresas. O diretor-geral de IA da Amazon Web
Services, Matt Wood, destaca que a empresa e seus clientes fazem uso da
inteligência artificial para auxiliar a informar as decisões do cumprimento e
logística para a personalização e prevenção de fraudes. A Expedia, por exemplo, usa a
ferramenta para identificar as melhores fotos a mostrar aos clientes e
determinar quais vão favorecer a reserva de um quarto através de modelos de deep learning.
O executivo ainda salientou que a
ferramenta é a inovação, quer seja com novas funcionalidades para produtos
existentes, novas experiências ou novas categorias. “A aprendizagem de máquina
é definitivamente o futuro do crescimento”, afirmou Wood, referindo que a
Amazon gasta 1% dos custos no treino e 99% em inferências.
AVANÇO CHINÊS
Na última década, os smartphones emergiram
como um dispositivo imprescindível para os consumidores em todo o mundo. Ainda
segundo o Euromonitor, em 2015, os consumidores chineses realizaram mais
compras por meio de celulares do que em computadores.A parir do ano passado, dois
terços das compras digitais eram realizadas em dispositivos móveis. Players
como Alipay e Wechat, que oferecem aos consumidores chineses um aplicativo
orientado aos seus estilos de vida, ainda contam com recursos de comércio que
alimentam as transações do país com o resto do mundo.
Essas carteiras estão caminhando para o oeste, em
contrapartida, o poder de consumo de seus habitantes cresce e o governo
trabalha em melhorar a cooperação internacional — o que permite o crescimento
de chineses viajando por diversas parte do globo. A Euromonitor International
prevê que as despesas turísticas dos chineses seja a que irá crescer mais
rapidamente a nível mundial até 2030.
(Fonte: Panrotas com informações
do Euromonitor International / Imagem divulgação)