segunda-feira, 27 de junho de 2011

GASTO NO EXTERIOR BATE RECORDE, MAS BRASILEIRO REDUZ COMPRA EM CARTÃO DE CRÉDITO

Os brasileiros estão reduzindo os gastos com cartões de crédito em viagem ao exterior, indicam dados divulgados hoje pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.
Em abril deste ano, essas despesas ficaram em US$ 1,179 bilhão e, em maio, caíram para US$ 909 milhões. Esses gastos representaram 60,7% das despesas totais com viagens internacionais em abril. Em maio, esse percentual caiu para 54,7%.
Na comparação entre abril deste ano e o mesmo período do ano passado, as despesas com cartões de crédito cresceram 53,8%. Em maio comparado com igual mês de 2010, a alta foi de 33,9%.
- O brasileiro continua viajando, mas agora pagando mais em dinheiro do que com cartão de crédito - disse Tulio Maciel.
O governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para as compras com cartão de crédito no exterior. O decreto, publicado no dia 28 de março no Diário Oficial da União, elevou de 2,38% para 6,38% o IOF sobre as compras com cartão de crédito no exterior. De acordo com Maciel, a regra passou a valer 30 dias depois da publicação da portaria e idéia era reduzir as despesas dos brasileiros com cartão de crédito.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo BC, as despesas totais de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,664 bilhão em maio, um resultado recorde da série histórica do BC, iniciada em 1947. Nos cinco meses do ano, esses gastos ficaram em US$ US$ 8,331 bilhões.
As receitas deixadas por estrangeiros em visita ao Brasil chegaram a US$ 543 milhões, em maio, e em US$ 2,881 bilhões, nos cinco meses do ano.
Os gastos de brasileiros maiores do que as receitas de estrangeiros levaram ao déficit de US$ 1,120 bilhão em maio, o maior resultado negativo para o período. De janeiro a maio, esse saldo negativo ficou em US$ 5,450 bilhão, também o maior déficit para os primeiros cinco meses do ano.
O BC aumentou a projeção para o déficit este ano na conta de viagens, que registra as despesas de brasileiros no exterior e as receitas deixadas por estrangeiros no Brasil. A estimativa passou de US$ 12 bilhões para US$ 15 bilhões.

(Fonte : Monitor Mercantil, com informações da Ag. Brasil / imagem divulgação)

MINISTRO DEFENDE INVESTIMENTO DE 7% DO PIB EM EDUCAÇÃO; ENTIDADES PEDEM 10%

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou no ultimo dia 14 que a meta de ampliação do investimento público em educação de 5% para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020 é “lógica”. A declaração foi dada em um auditório lotado de professores e representantes de entidades civis que pedem a aplicação no setor de pelo menos 10% do PIB em dez anos.
A meta está prevista na proposta do governo, em tramitação na Câmara, que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10). O projeto já recebeu quase 3 mil emendas de deputados – muitas delas preveem o aumento das verbas para a área.
De acordo com Haddad, o valor levou em consideração as promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff e os recursos necessários para que as metas previstas no projeto sejam atendidas. Segundo ele, a mudança representaria anualmente R$ 80 bilhões a mais para o setor.
O ministro também argumentou que o aumento de 2% em dez anos corresponde à ampliação do investimento público feito na área nos últimos anos. Segundo ele, foram destinados à educação, em média, 0,2% do PIB a mais por ano nos últimos cinco anos.
Haddad disse, porém, que o governo está disposto a negociar novos valores. A proposta que estabelece o PNE prevê 20 metas com temas diversos, além do financiamento do setor, como educação básica e superior, ensino especial, índices de qualidade e remuneração dos professores.
“Agora é fazer conta. Temos verificar se as metas serão modificadas para mais e qual o impacto financeiro disso. Estamos à disposição para dialogar sobre um plano exequível”, disse Haddad.
O debate com o ministro da Educação foi organizado pela comissão especial destinada a analisar a proposta do PNE. O prazo para emendas à proposta do governo já foi encerrado. Contudo, caso o relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), apresente um substitutivo a texto, o prazo será reaberto. A expectativa é que Vanhoni apresente seu parecer até o próximo mês de agosto.

METAS TÍMIDAS

Deputados presentes à reunião classificaram de tímidas as metas previstas na proposta do PNE. Além da meta de investimentos públicos, criticada por Ivan Valente (Psol-SP) e Fátima Bezerra (PT-RN), os deputados destacaram outros pontos que, segundo eles, ainda podem ser “mais ousados”. Fátima Bezerra, presidente da Comissão de Educação e Cultura, defendeu a ampliação de 33% para 40% da meta de atendimento dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior.
A deputada, que apresentou cerca de 400 das quase 3 mil emendas à proposta, também sugeriu a equivalência entre os salários dos professores e aqueles dos outros profissionais de nível de escolaridade equivalente. O projeto do governo prevê apenas a “aproximação” dessas remunerações.

ENSINO PROFISSIONAL

Uma das metas consideradas “pouco ousadas” durante a reunião foi a previsão de duplicação das matrículas da educação profissional técnica de nível médio até 2020. Fernando Haddad, porém, admitiu que esse número foi subestimado e pode ser revisto.
Para o deputado Artur Bruno (PT-CE), o ensino profissional foi desvalorizado durante anos e precisa de um investimento maior que aquele recebido pelos outros níveis de ensino. “O resultado das políticas equivocadas dos governos anteriores é que hoje vemos um apagão de mão de obra qualificada no País”, disse.
Segundo Haddad, a meta de duplicação das matrículas do ensino profissional médio deve já em 2014. A aceleração, de acordo com o ministro, deve-se ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído por um projeto de lei em tramitação na Câmara (PL 1209/11). O programa estabelece oferta de bolsas para estudantes, garantia de financiamento na rede privada de ensino e expansão das vagas em escolas públicas.

(Fonte : Ag. Câmara de Notícias)

COMISSÃO REALIZA 2º DEBATE SOBRE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado(CDR) realiza audiência pública para debater entraves ao desenvolvimento regional, como problemas de logística, inclusão digital e guerra fiscal.
A reunião, segunda de um total de quatro previstas, será na próxima terça-feira (28), a partir das 14h.
Para o segundo painel, foram convidados o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva; o prefeito de Canela (RS), Constantino Orsolin; o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), Percival Henriques; e o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás; Paulo Bernardo.O primeiro painel ocorreu no último dia 4 de maio e teve a presença do secretário executivo do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional a Indústria (CNI), Wagner Cardoso. Na ocasião, Cardoso advertiu que a indústria deve enfrentar, em novo ciclo de expansão da economia, um conjunto de restrições logísticas a seu crescimento, com impacto direto sobre a competitividade. A audiência, presidida pelo senador Benedito de Lira (PP-AL), ainda teve a participação do vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Ramos Torres de Melo Filho, e do presidente da Associação Brasileira de Logística, Rodrigo Otaviano Vilaça.

(Fonte : Ascom CDR / imagem divulgação)

CÂMARA APROVA SIGILO DE ORÇAMENTOS PARA COPA

A Câmara dos Deputados aprovou no ultimo dia 14 o texto básico de uma medida provisória que permitirá ao governo federal manter em segredo orçamentos feitos pelos próprios órgãos da União, de Estados e municípios para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada do Rio em 2016.
A decisão foi incluída de última hora no novo texto da medida provisória 527, que cria o RDC (Regime Diferenciado de Contratações), específico para os eventos.
Com a mudança, não será possível afirmar, por exemplo, se a Copa-2014 estourou ou não o orçamento. O texto final, porém, ainda pode ser alterado, já que os destaques só serão avaliados no dia 28.
Pelo texto atual, só órgãos de controle, como os tribunais de contas, receberão os dados. Ainda assim, apenas quando o governo considerar conveniente repassá-los - e sob a determinação expressa de não divulgá-los.
A MP altera ou flexibiliza dispositivos da Lei de Licitações (8.666/1993) para as obras da Copa e dos Jogos. O governo tenta mudar a lei desde 2010, mas esbarrava na resistência da oposição.
Normalmente, a administração pública divulga no edital da concorrência quanto estima pagar por obra ou serviço (orçamento prévio).
O cálculo é feito através da aplicação de tabelas oficiais ou em pesquisas de mercado. O valor é usado para balizar o julgamento das propostas. O governo alega que a divulgação pode estimular a formação de cartéis e manipulação de preços.
Na versão que o Planalto tentou aprovar em maio, a MP prometia disponibilizar os valores aos órgãos de controle e não havia restrição à revelação dos dados.
Além disso, os órgãos de controle poderiam solicitar informações antes ou depois do final da licitação. Agora, a MP diz que o orçamento prévio será disponibilizado "estritamente" a órgãos de controle, com "caráter sigiloso". Também foi retirada do texto a garantia de acesso a qualquer momento por esses mesmos órgãos.
Em tese, portanto, o governo poderia informar valores só após o fim das obras.
O texto foi reescrito ontem pelo deputado José Guimarães (PT-CE), após reunião do colégio de líderes dos partidos governistas na Câmara.
O RDC estabelece outros pontos polêmicos, como a possibilidade de aumentar o valor de um contrato sem limite, na mesma licitação.
Hoje, pela lei, esses aditivos estão limitados a 25% (obras novas) e 50% (reformas).
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) pediu unidade na base aliada na votação da MP.
O Ministério das Relações Institucionais disse à Folha que o caráter sigiloso do orçamento estava "implícito" no texto anterior e que a mudança ocorreu para deixar a redação "mais clara".
Ainda segundo a assessoria de Ideli, a possibilidade de sigilo é prevista na Constituição "quando há interesse do Estado e da sociedade".
A alegação é que a abertura de preços reduziria a competitividade e que tudo estará, em algum momento, disponível a órgãos de fiscalização.

DÉBITO TRABALHISTA PODERÁ BARRAR FIRMA EM LICITAÇÃO

O Senado aprovou  um projeto de lei que obriga as empresas que querem participar de licitações públicas a apresentar uma certidão negativa de dívidas trabalhistas. O projeto segue para sanção presidencial.
Com a nova regra, não poderão participar de concorrências empresas que já tenham sido condenadas a pagar ressarcimentos por ações trabalhistas, mas não os quitou.
A norma vale só para decisões sobre as quais não seja mais possível haver recursos.
Segundo o texto, quando a decisão for definitiva, mas ainda houver discussão sobre como ela deve ser liquidada (transformada em valores), a empresa poderá participar da licitação, desde que consiga uma certidão "negativa positiva".
Para conseguir o documento, será preciso apresentar à Justiça alguma garantia de quitação do valor que a empresa deve ao funcionário ou ex-funcionário, como um imóvel.
"Esse foi um atenuante que tivemos de colocar para garantir que ela fosse aprovada", afirmou João Oreste Dalazen, presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), órgão do qual partiu o projeto de lei.
Hoje, segundo Dalazen, 70% dos que que conseguem uma decisão definitiva na Justiça do Trabalho não ganham o dinheiro devido, graças a manobras jurídicas das empresas.

GRUPO APROVA ISENÇÃO FISCAL PARA A FIFA

Projeto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa autoriza a isenção da cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) à Fifa, para as operações ligadas à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de 2014. O texto segue para o Plenário e depois para o Senado.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

NOVE ARENAS DA COPA ESTÃO EM CONSTRUÇÃO

Das 12 arenas multiuso que estão planejadas para os jogos da Copa do Mundo de 2014, oito estão sendo construídas, mas três ainda podem ser consideradas "obras no papel". Com raras exceções, os preços de todos os projetos subiram. Os casos mais emblemáticos são São Paulo (ainda uma incógnita de prazo e preço) e o Maracanã, que ficou 30% mais caro. As obras com menor variação de custo são aquelas desenvolvidas como Parceria Público-Privada (PPP).
O governo federal só iniciou este ano um acompanhamento das obras nas cidades-sede. As informações eram colhidas junto aos governos locais, mas este mês uma equipe própria foi instalada nos 12 municípios. No último monitoramento, de maio, o Ministério do Esporte acendeu o sinal de alerta para São Paulo e Natal. Segundo Alcino Rocha, assessor especial do ministério, essas são as únicas cidades que não iniciaram suas obras. Curitiba também não começou a reforma da arena, mas está fora do alerta.
O ministério considera atrasadas as obras que não estarão prontas até o final de 2012 - Fortaleza, que prevê 95% das obras prontas em dezembro de 2012, e Manaus, a ser entregue em junho de 2013, estão nesse grupo, diz Rocha.
Segundo levantamento do consultor legislativo do Senado Federal, Alexandre Sidnei Guimarães, comparando com os valores de investimentos indicados na assinatura da "matriz de responsabilidade", em janeiro de 2010, os custos das arenas hoje estão até 34% maiores. No começo do ano passado o total dos gastos estimados em 11 estádios - Belo Horizonte não havia apresentado previsão - era de R$ 5,4 bilhões, enquanto hoje é algo próximo de R$ 7,2 bilhões, sem considerar o preço do estádio paulista, ainda não definido.
"Surgiram diversos aditivos que aumentaram os custos das arenas, e não existe transparência para esclarecer o que foi alterado e porquê", diz Guimarães. Segundo ele, existe um caderno de recomendações da Fifa, mas não há exigências que justifiquem essa variação. "É possível considerar que os gastos foram ao menos subestimados no início", diz ele.
Rocha, do Ministério do Esporte, considera que existem alguns exageros nas obras das arenas que acabaram causando aumento desnecessário dos investimentos. "O que sempre alertamos é que os governos locais trabalhassem dentro do mínimo exigido pela Fifa porque a Copa vai passar e os estádios ficarão para alguém operar", diz. O valor financiado pelo BNDES continua limitado a R$ 400 milhões por arena, acrescenta.
O projeto de Belo Horizonte para disputar a abertura da Copa do Mundo no estádio Magalhães Pinto, o "Mineirão", enfrentou uma greve de três dias, há duas semanas, suspensa após um acordo de pagamento de cestas básicas e aumento linear de 4% para os cerca de 600 funcionários do consórcio Minas Arena, formado pelas empreiteiras Construcap, HAP e Egesa. O consórcio assumiu a obra e o direito de uso do estádio por 27 anos, em uma PPP com o governo estadual no valor de R$ 677 milhões (R$ 654 milhões do estádio).
O consórcio Minas Arena assinou o contrato com o governo estadual em dezembro do ano passado e iniciou as obras em janeiro. Segundo o secretário extraordinário para a Copa do Mundo, Sérgio Barroso, o empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES deve ser liberado até o próximo mês. Nos últimos dois anos, o governo mineiro começou a reforma, gastando R$ 29,8 milhões em recursos próprios com a elaboração do projeto arquitetônico e serviços preliminares, como a correção de anomalias nas vigas de sustentação e o rebaixamento do gramado. Essas etapas foram questionadas em relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), segundo reportagem recente do jornal "Hoje em Dia".
Considerada uma das obras mais adiantadas, a Arena Fonte Nova, em Salvador, com capacidade para 50 mil pessoas, já teve concluída a terraplenagem e passa atualmente pela instalação das fundações. De acordo com o secretário responsável pelo projeto, Ney Carneiro, no meio do segundo semestre o estádio já terá parte de suas estruturas instaladas.
"Estamos com os trabalhos em dia para entregarmos a arena no início de 2013, visando a Copa das Confederações", disse Carneiro. O prazo inicial do projeto era dezembro de 2012, porém a instalação das chamadas estruturas temporárias - que funcionarão apenas durante o torneio, como o centro de imprensa - vai adiar em alguns meses a entrega do estádio.
Resultado de uma PPP, com prazo de 35 anos, o estádio baiano está orçado hoje em R$ 591,7 milhões, mesmo valor definido em janeiro de 2010. O consórcio Fonte Nova Participações, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht, tomou emprestados R$ 323 milhões com o BNDES e outros R$ 250 milhões com o Banco do Nordeste.
Após uma série de entraves que impediram o início das obras, a Arena Pernambuco teve concluída neste mês a primeira parte dos trabalhos de fundação, o que permitirá o início da etapa de estrutura de concreto. "Agora o estádio começará a sair do chão e será mais fácil perceber o avanço nos serviços", informou por e-mail o engenheiro Jayro Poggi, responsável pelo projeto, tocado pela Odebrecht.
Apesar dos sucessivos atrasos, foi mantido para dezembro de 2012 o prazo para entrega do estádio, com capacidade para 46 mil pessoas. Ainda assim, Pernambuco já está fora da Copa das Confederações, marcada para junho de 2013.
Assim como as demais arenas da região Nordeste, o projeto pernambucano é uma PPP e está orçado hoje em R$ 532 milhões, 14,6% acima do valor inicial. Procurados, o governo do Estado e a assessoria do consórcio responsável pela obra não detalharam os motivos que levaram ao reajuste. O consórcio, que vai administrar o estádio por 30 anos, já teve um financiamento de R$ 280 milhões aprovado pelo BNDES, porém os recursos ainda não foram liberados.
As obras do estádio Nacional, em Brasília, começaram em julho de 2010 e sua execução atinge 33% do projeto. Segundo o comitê organizador, a data prevista para inauguração é dezembro de 2012, dentro do prazo estipulado. O valor do estádio, com capacidade para 71 mil pessoas, foi orçado em R$ 696 milhões, mas a falha na demolição da arquibancada original (após duas tentativas de implosão) reduziu esse custo em R$ 25 milhões.
"A redução do valor aconteceu porque a arquibancada que não foi demolida deixou de ser reformada. Com a retirada dela economizamos tempo e dinheiro", diz Cláudio Monteiro, secretário-executivo do Comitê Brasília 2014. A licitação foi vencida pela Andrade Gutierrez e Via Engenharia.
Os recursos para o Estádio Nacional de Brasília virão da venda de terrenos da Companhia Imobiliária de Brasilia (Terracap). O GDF passou para a propriedade da Terracap uma área de 2,2 milhões de metros quadrados, com valor aproximado de R$ 3 bilhões. "Com esse modelo de capitalização, evitamos tirar dinheiro de outros investimentos da cidade para gastar em um estádio", disse Monteiro.
Em Fortaleza, a opção pela PPP garantiu celeridade à obra do estádio Plácido Aderaldo Castelo (Castelão), pois a empresa só "recebe por conclusão de etapas", diz Ferruccio Feitosa, secretário especial da Copa no Estado. O valor é de R$ 518 milhões, inferior ao levado para a concessão (R$ 617 milhões), mas superior aos R$ 452 milhões estimados quando foi assinada a matriz de responsabilidade com o Ministério do Esporte.

(Fonte & imagem : Jornal Valor Econômico)

DIVERSIDADE CULTURAL É TEMA DO DIA MUNDIAL DO TURISMO

O Dia Mundial Turismo, comemorado em 27 de setembro, será celebrado pela Organização Mundial do Turismo com tema "Turismo e a aproximação das culturas".
“A mensagem deste Dia Mundial do Turismo é que, graças ao turismo, milhões de pessoas de diferentes culturas se encontram em todo mundo como nunca havia ocorrido antes”, disse o secretário geral da OMT, Taleb Rifai.
“Esta interação entre pessoas com diferentes tradições e formas de vida representa uma imensa oportunidade de avançar o caminho da tolerância, o respeito e a compreensão mútua”, continuou.
Segundo a entidade, em 2010, 940 milhões de turistas viajaram a um país diferente, estando em contato com uma cultura tangível como arte e monumentos, e intangível como música, gastronomia e tradições. O dia Mundial do Turismo 2011 é uma celebração desta integração singular e aspira aprofundar a compreensão de valores da diversidade cultural.
“A data chamará atenção também sobre a importância de conservar e promover as culturas do mundo em todas suas formas. A cultura, que empurra milhões de turistas a viajar e gastar, é também um instrumento vital para o desenvolvimento de um setor turístico sustentável”, diz a OMT.

OMT QUER MELHORAR POSIÇÃO DO TURISMO NA AGENDA MUNDIAL

Melhorar a posição do turismo na agenda mundial foi a pauta da 90ª reunião do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), que aconteceu de 19 a 21 de junho, em Mombasa, no Quênia.
Segundo o secretário geral da OMT, Taleb Rifai, o turismo, ainda que em recuperação, tem desafios importantes. “Devemos permanecer atentos principalmente com a elevada taxa de desemprego, devemos agregar ainda os problemas políticos no Oriente Médio e Norte da África e os trágicos acontecimentos no Japão e seu impacto no turismo”, disse.
Mesmo com esses problemas, a expectativa da OMT é que a chegada de turistas internacionais cresça 4% em 2011. O evento foi presidido pela ministra de Turismo da Italia, Michela Brambilla.

PRÓXIMA REUNIÃO

A próxima reunião do Conselho Executivo será na Coreia do Sul e se baseará em um estudo realizado pela OMT sobre previsões do turismo até 2030.

(Fonte : Panrotas)

RIO É PARADA DE MAIS DA METADE DE CRUZEIROS QUE PASSAM PELA COSTA BRASILEIRA

Das 414 viagens de navio que passaram pelo litoral brasileiro na temporada 2010/2011 de cruzeiros marítimos, com início em outubro de 2010 e término em maio deste ano, 210 fizeram escala no porto do Rio de Janeiro. O número, que equivale a 50,72% de todos os roteiros, faz parte de um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar).
A pesquisa ainda mostra que o município do Rio de Janeiro recebeu R$ 102,9 milhões em gastos de turistas e tripulantes com passeios turísticos, alimentos e bebidas, transporte, suvenir e presentes em geral.
Para Ricardo Amaral, presidente da Abremar, o resultado reflete uma preferência dos cruzeiristas em conhecer a cidade: "O Rio sempre foi um destino muito procurado por quem viaja em Cruzeiros Marítimos, tanto pela beleza de suas praias quanto pelo famoso charme do Leblon, Ipanema, e de outros bairros. E, pelo estudo, podemos observar que os navios movimentam e beneficiam amplamente os setores de comércio e serviço locais".
A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) foi fundada em janeiro de 2006 para representar institucionalmente um dos segmentos mais promissores da indústria turística nacional: o turismo marítimo. A entidade visa trabalhar com afinco pela regulamentação dos cruzeiros de cabotagem, entre portos do mesmo país. Defende a modernização da infra-estrutura portuária e contribui para a divulgação do Brasil como destino turístico no exterior. Atualmente, tem 17 empresas associadas entre armadoras e operadoras de turismo, entre elas Costa Cruzeiros, MSC Cruzeiros, Pullmantur e Royal Caribbean.

(Fonte : Monitor Mercantil, com informações da Ag. Brasil / imagem divulgação)

PASSAGENS DE ÔNIBUS INTERESTADUAIS E INTERNACIONAIS FICARÃO MAIS CARAS A PARTIR DE 1º DE JULHO

O governo federal autorizou, por meio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o reajuste das tarifas dos ônibus interestaduais e internacionais em até 5,017%. A resolução foi publicada nesta sexta-feira (24) no Diário Oficial da União e entra em vigor em 1º de julho.
O percentual de reajuste, no entanto, não será aplicado na íntegra pelas empresas transportadoras. Isso porque a resolução determina que esse percentual seja aplicado apenas sobre os coeficientes tarifários de cada serviço.
Para o ônibus convencional com sanitário, por exemplo, o coeficiente é de 0,12. Já para os ônibus do tipo leito com ar-condicionado, o coeficiente é de 0,28.
Para a formação de preço da passagem, o coeficiente tarifário é multiplicado pelos quilômetros que serão rodados. Além disso, fazem parte da formação de preço das passagens de ônibus a taxa de embarque do terminal, a cobrança do ICMS e os custos com pedágio.
A justificativa da ANTT para o reajuste é "manter o equilíbrio econômico-financeiro das empresas permissionárias do transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros".

(Fonte : Portal R7)

HOTEL PULLMAN COMEMORA SUA CHEGADA A SÃO PAULO

Para celebrar a inauguração do Hotel Pullman Ibirapuera, a nova bandeira que o grupo Accor trouxe para o Brasil, preparou uma festa com cerca de 500 convidados, no ultimo dia 21, em São Paulo, com a presença da diretoria Accor, autoridades e personalidades.
O hotel conta com uma estrutura que possibilita a organização de eventos, em uma área própria, como declarou Roland de Bonadona, da Accor América Latina. “O hotel ainda contribui com uma proposta gastronômica, além de ter uma vocação para negócios, pois também é criado para executivos de alto nível, além de possibilitar o entretenimento. O Pullman é a cara da cidade de São Paulo”, complementou.
E além de uma área de eventos, o hotel, que investiu cerca de R$ 20 milhões na renovação, conta com academia, spa, e o restaurante com um serviço gastronômico que pôde ser apreciado pelos presentes no evento, criado pelos chefs convidados, Jean Marie Viviès, chef do Pullman na cidade de Toulouse (França), e José Sanchez, responsável pela cozinha do Pullman Skipper, em Barcelona.
“A hotelaria é o apoio do visitante, e estamos oferecendo produto de qualidade”, garantiu o presidente da incorporadora proprietária do Pullman, Antônio Setin, que ainda declarou que “o Brasil já possui uma estrutura do mesmo nível da França, suficiente para receber os visitantes da Copa”, finalizou.
E compartilhou da mesma opinião, o secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo, Colbert Martins Filho. “Com o crescimento do turismo, a cidade de São Paulo já pode participar da Copa. E em questão de infraestrutura, já estamos preparados para receber os turistas e visitantes”, enfatizou o secretário.
A cerimônia foi realizada pela atriz e modelo, Jacqueline Dalabona, que fez o pronunciamento inicial e também falou sobre a preparação de mais uma bandeira Pullman na cidade de Belo Horizonte, ainda sem data de inauguração oficial. E o encerramento da festa aconteceu com a apresentação de um pocket show do cantor Nando Reis, que animou os convidados presentes na comemoração da bandeira Pullman.

(Fonte : Brasilturis Jornal)

ANAC ESTUDA MEDIDAS PARA EVITAR APAGÃO AÉREO

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estuda medidas para melhorar o atendimento nos aeroportos brasileiros e evitar um novo “apagão” aéreo. No ultimo dia 22, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, passou boa parte do dia reunida com autoridades do setor para discutir alternativas, já que o movimento dos passageiros deve continuar a crescer no país.
Segundo apurou Mônica Bergamo, colunista da BandNews FM, uma das principais medidas discutidas é o check-in compartilhado. Basicamente, ele termina com balcões de companhias e os aeroportos passam a atender a todos os passageiros, independentemente da empresa em que ele vai voar.
A ideia é reduzir filas, já que os recursos são mais bem aproveitados. Segundo a fonte consultada por Bergamo, há longos períodos em que os terminais não são 100% aproveitados, com filas em check-ins de umas companhias e ociosidade em outras.
A medida demanda tempo, pois os sistemas utilizados são diferentes, mas, se tudo correr bem, em outubro o novo modelo já pode começar a ser testado.

(Fonte : eBand / imagem divulgação)

OBRAS DE AEROPORTOS PODEM IR ALÉM DE 2014

A impossibilidade de conclusão das obras de ampliação dos aeroportos até a Copa do Mundo está se tornando consenso entre especialistas que acompanham o setor e empresários. Dando como inatingível a meta, uma corrente começa a propor que, sob risco de tocar o processo de privatização às pressas, gerando um modelo de concessão problemático, o governo abra mão do prazo de 2014.
A posição dos especialistas é de que o governo lance mão de um pacote de medidas emergenciais para atender a demanda da Copa e da Olimpíada. Esse conjunto de providências ficaria desvinculado do projeto de concessão. Um outro, de intervenções de longo prazo, que incluiria a expansão e construção de terminais e de outras instalações, entraria no pacote de privatização dos aeroportos, que poderia ser feito com mais tempo.
"A pior coisa que poderíamos fazer neste momento é entregar para a iniciativa privada a responsabilidade e pressioná-la para entregar, com o prazo que temos, aquilo que não conseguimos fazer até agora. Há um perigo: o de desclassificarmos a participação privada, de deteriorarmos o modelo de concessão por uma impossibilidade técnica de conclusão das obras", avalia o professor Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral (FDC).
Um alto executivo de um grande grupo construtor brasileiro interessado nas concessões admite que não é possível entregar até 2014 as obras dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. "Sendo otimista, não acredito que o edital esteja pronto até maio ou junho do ano que vem. Ainda há muita coisa a ser discutida com a iniciativa privada", disse a fonte. Perguntado sobre a perspectiva de conclusão até a Copa, ele é categórico: "Sem chance!". Conforme o executivo, se o leilão for realizado no prazo que ele prevê, o grupo vencedor só conseguiria assumir as obras em 2013.
O governo diz, porém, que pretende conceder os três aeroportos à iniciativa privada ainda este ano, o que demonstraria, na visão de alguns analistas, uma submissão a "pressões políticas" para entregar tudo até a Copa. O consultor José Wilson Massa acredita, que, sob risco de perder o prazo, o governo vai fazer tudo para antecipar o leilão.
O temor é de que, com uma corrida para entregar os aeroportos às pressas à iniciativa privada e tirar dos ombros o problema da deficiência estrutural dos aeroportos, o governo pode acabar gerando um marco regulatório pouco adequado e com falhas para o setor.
Fazendo uma comparação com outros setores que já passaram por processos de privatização, como o elétrico, o professor Marco Aurélio Cabral, da UFF, destaca a importância da criação de regras consistentes para a concessão. "O marco regulatório é muito importante para evitarmos os erros cometidos no último ciclo de privatizações."

(Fonte : Jornal O Estado de S. Paulo)

POACVB INICIA AGENDA DE ENCONTROS COM AÉREAS PARA INCREMENTAR EVENTOS NA CIDADE


O presidente do Conselho Curador do Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Norton Lenhart, iniciou uma agenda de encontros com empresas que operam voos diretos na Capital para fechar acordos de cooperação e ampliar o volume de eventos nacionais e internacionais na região. "Hoje Porto Alegre é um dos principais destinos do Brasil para receber eventos internacionais, além de ser porta de entrada do Mercosul, são encontros estratégicos para fechar acordos de cooperação e trazer mais eventos para a capital", afirma Lenhart.
A primeira reunião foi com o diretor da Taca no Brasil, Ian Gillespie. Para Gillespie o apoio ao Convention para a captação de eventos internacionais é uma forma de desenvolver o crescimento dos negócios mútuos e aumentar frequências de voos. "O Hub de Lima, no Peru é uma excelente opção para os participantes das três Américas que virão para as feiras e congressos que serão realizados em Porto Alegre", afirmou.
O segundo encontro de Lenhart foi com Luciano Matusiak, representante da Azul Linhas Aéreas no RS, que hoje é a terceira maior companhia aérea brasileira. Atualmente, a empresa conecta 33 destinos com 230 voos diários. A agenda do POACVB segue com representantes da Gol, Web Jet, Trip, Copa Airlines, Tap, Pluna e Aerolíneas Argentinas nas próximas semanas.

(Fonte : Mercado & Eventos / foto Marcia Tuna)

TRIP LINHAS AÉREAS INAUGURA NOVOS VOOS NO RIO DE JANEIRO

Companhia aérea aumenta os voos que conectam a capital fluminense a Vitória (ES) e em nova frequência para Belo Horizonte (MG)

A TRIP Linhas Aéreas, líder da aviação regional na América do Sul, vai levar novas opções de trechos e frequências para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a partir do próximo dia 28 de junho. Todos os voos serão operados com os Jatos Embraer 175.
Entre as novidades, o aumento dos voos entre Rio de Janeiro e Vitória, com saídas diárias nos períodos da manhã e tarde - criando uma ponte-aérea regional. “Estes novos voos dão continuidade ao crescimento da TRIP no Rio de Janeiro. Há menos e um mês iniciamos a Rota do Petróleo integrando a cidade ao norte do estado e a Vitória. Essa expansão certamente ampliará o volume de negócios entre as duas capitais”, explica Evaristo Mascarenhas, diretor de marketing e vendas da TRIP Linhas Aéreas.
O Rio de Janeiro também terá novas frequências semanais para Belo Horizonte, com voos matinais e noturnos. “Cada vez mais o Rio de Janeiro se torna importante ponto de distribuição de voos da TRIP e, como consequência, estará cada vez mais conectado ao Brasil”, reforça Mascarenhas.

(Fonte : Portal Segs)

USAR CELULAR DENTRO DO AVIÃO CUSTA ATÉ 42 VEZES MAIS


TAM é primeira empresa a permitir ligação de dentro da aeronave, mas preço não compensa

Por favor, senhores, mantenham seus celulares desligados. A famosa mensagem dada dentro da cabine antes de um avião levantar voo pode ficar no passado. Isso porque a companhia TAM vai passar a operar a ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro com aeronaves equipadas com um sistema que permite o uso dos telefones a bordo sem risco à segurança dos passageiros. Mas o preço dessa comodidade pode ser até 42 vezes maior do que se a ligação fosse feita em terra.
O preço do minuto para quem liga de dentro do avião pode variar de R$ 6,80 a R$ 9,35, dependendo da operadora. Quem decide ligar antes de embarcar ou depois de chegar ao destino paga R$ 0,22 por minuto, segundo números da consultoria de telecomunicações Teleco. Isso significa que a ligação pode ser de 30 a 42 vezes mais cara lá em cima.
E a facada não é só para quem quer falar. Quem manda SMS (mensagem de texto) paga de R$ 0,79 até R$ 2,13 só para disparar o torpedinho. Se fosse enviado do saguão do aeroporto, sairia por R$ 0,39, no máximo, segundo a consultoria.
As operadoras de celular dizem que os preços altos têm uma explicação: enquanto as tarifas de terra são cobradas considerando preços de ligações locais ou em roaming nacional, as de dentro do avião serão tarifadas em roaming internacional. Isso significa que o preço varia conforme o dólar.
Os valores usados como exemplo nesta reportagem seguem a conversão feita pela própria TAM em outubro do ano passado, quando o dólar valia R$ 1,69.
Mas que raios é roaming?  Quando você liga de São Paulo para um amigo na mesma cidade, ambos estão na área do mesmo código de DDD (Discagem Direta à Distância) – 11, nesse caso. Se você vai para o Rio de Janeiro, passa para a área do DDD 21. Assim, seu celular entra em roaming, já que você não está na sua casa. Se fizer uma ligação para o Rio, conta como local, mas se ligar para SP, entrará no valor do interurbano.
Esse preço maior é pago porque a operadora passa a utilizar a estrutura de transmissão de uma outra empresa – e paga mais por isso. A TIM explica que já oferece o serviço em várias viagens no exterior e que ele chegou ao Brasil no final de outubro.
- O serviço a bordo de aeronaves é roaming internacional. Ele exige uma série de interconexões de operadoras para ser oferecido. Fazendo a chamada ou recebendo, a tarifa vai ser alta. No caso de aviões, é uma conexão via satélite, que custa US$ 8,99 por minuto.
Só para comparação dos preços desses diferentes tipos de chamadas, o minuto médio da operadora sai por R$ 0,25 para o pré-pago, o roaming nacional sai por R$ 1,49 pela chamada feita fora do Estado do cliente e o internacional vale R$ 6,90 para quem liga.
Ao contrário do que ocorre com chamadas locais, quem recebe ligações de aparelhos em roaming também paga. A Claro explica que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) liberou o serviço para a ponte aérea aqui no Brasil, logo as operadoras devem passar a oferecer promoções e preços mais em conta.

Telefone a bordo

A TAM opera aviões com a tecnologia desde outubro, mas a primeira rota totalmente nacional a receber o sistema é a ponte aérea que liga Congonhas (SP) ao Santos Dumont (RJ). A empresa diz que, até o final do ano, a tecnologia “chegará à maior parte dos 48 destinos no Brasil”.
O mecanismo permite que até oito passageiros utilizem celulares para ligações telefônicas ao mesmo tempo. Os aparelhos passam a captar sinal assim que a aeronave atinge 4.000 metros de altura. Os usuários de smartphones também podem acessar e-mails e navegar na internet. O uso é cobrado diretamente pela operadora, na conta de telefone do passageiro.
- O sistema garante total segurança, pois impede que o sinal dos celulares cause interferência nos comandos da aeronave e na rede de antenas de celular em terra. Em caso de necessidade, ele pode ser desligado a qualquer momento.
A empresa diz que somente durante as decolagens e pousos os passageiros são orientados a desligar seus aparelhos eletrônicos. O resto do tempo eles poderão ficar ligar. Mas vai do cliente decidir se paga o alto preço da comodidade ou se fica sem ligar por pelo menos 45 minutos, que é o tempo da viagem entre Rio e SP.

(Fonte : Portal R7 / imagem divulgação)

"GUIA VERDE" DO RJ É LANÇADO EM PORTUGUÊS

O "Guia Verde" da Michelin sobre o Rio de Janeiro saiu na dianteira em dois quesitos- é o primeiro dedicado a um Estado da América Latina, e, avisa a capa do volume, o primeiro da coleção com versão em português.
Lançado com o apoio do governo do Estado, o volume traz sua tradicional classificação em estrelas para as atrações turísticas, na qual uma estrela significa "interessante", duas, "recomendada", e três, "altamente recomendada".
Após um retrato do Rio de Janeiro hoje, o guia traz uma introdução à história e à cultura do Estado, com uma linha do tempo detalhada, indo do descobrimento até 2006, com a reeleição de Lula à Presidência.
Há também seções sobre arte e cultura e sobre a natureza. A seção "Planeje sua viagem" é bastante completa, incluindo uma espécie de "prévia" das atrações.
A porção dedicada à capital é dividida em seis partes: centro histórico e arredores; partes altas do Rio; zona sul perto da baía; praias da zona sul; lagoa e arredores e praias da zona oeste.
Outros locais turísticos do Estado -que ocupam bem menos espaço que a capital- estão no capítulo "Excursões", que aborda a baía de Guanabara e Niterói, Búzios, Ilha Grande, Paraty, Petrópolis e o Vale do Café.
A seção de hospedagem dá dicas sobre como escolher o bairro certo e divide os endereços pelas regiões da cidade delimitadas pelo guia. Há, é claro, endereços nas outras cidades abordadas também.
O capítulo "Diversão" é organizado da mesma maneira. Ambos classificam as atrações por faixa de preço.

GUIA VERDE MICHELIN RIO DE JANEIRO
EDITORA Michelin APA
QUANTO R$ 30 (286 págs.)

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

O CHEVAL QUE VEM DOS VINHEDOS DE MALBEC

A noite começa com Cuvée Dom Pérignon 2000. Das taças emerge o clássico perfume de pinot noir associado a chardonnay. Estamos no "vine loft" do Cheval des Andes, ao pé da Cordilheira. A "casa de recepção", envidraçada, autoaquecida, ao mesmo tempo luxuosa e rústica, destaca-se no altiplano. Temperatura de 7°C, a umidade do ar em 28%, ventos de quatro quilômetros por hora.
Não chove há três meses e este é um momento-síntese da região em que a precipitação média não ultrapassa os 220 milímetros anuais. A pouca água vem do degelo das montanhas num sistema de canalização introduzido pelos índios huarpes que habitaram a região até o século XVII, de quem os colonizadores espanhóis tomaram as desérticas terras e também a tecnologia de irrigação. A água hoje é controlada pelo Departamento General de Irrigaciones, um órgão estadual que multa os responsáveis por desperdício.
Esta é a terra do malbec e envolvem-nos vinhedos escurecidos e rochedos misteriosos. Aqueles estão ao norte, a leste e ao sul. A oeste, o paredão dos Andes, a mudar de cor, de formato e até de lugar, conforme o desenho das nuvens e de suas sombras. A lua cheia, que, como o vento, surgiu no horizonte pelo lado ocidental, parece maior, mais alaranjada, do que em qualquer outro lugar.
Envelhecido oito anos antes de apresentar-se ao mercado, o champagne francês acompanha o "amuse bouche" de lagostinos em crosta de coco e espuma cítrica, creme de cenoura defumada e brioches de pistache com moela bovina crocante.
Dom Pérignon fez as honras da casa, deu as boas-vindas - e saiu de cena. A noite agora pertencerá ao Cheval des Andes 2007.
Boa e sedosa textura, vigoroso no sabor, violáceo na cor, o Cheval des Andes 2007 só estará no mercado no início do ano que vem, com preços que serão os mais altos da produção argentina de vinhos. Esta noite, portanto, é de pré-estreia. E para ela foram convidados oito jornalistas brasileiro(a)s e duas mexicanas, numa programação que se estenderá por mais três dias e noites.
Servido com o primeiro prato de resistência -gnocchi de beterrabas em tubo crocante de provolone, beterrabas baby queimadas e brotos também de beterraba - o "2007" é fiel às suas origens: a associação da francesa Château Cheval Blanc (179 anos de vida), de Saint-Émilion, Bordéus, com a trintenária Bodegas Terrazas, estabelecida no distrito de Vistalba, nos contrafortes dos Andes mendocinos. Agrônomos e enólogos franceses e argentinos supervisionam o cultivo dos vinhedos que cercam o local onde jantamos.
Cheval Blanc e Terrazas pertencem à LVMH, uma teia de empresas multinacionais em que se destacam Louis Vuitton - de moda, artigos de couro, perfumes - e Moët & Chandon-Hennessy, com suas marcas de fama mundial como o vinho Château D'Yquem, conhaque Hennessy VSOP, vodca Belvedere e champagnes Veuve Cliquot e Dom Pérignon - por isto, o último abriu os trabalhos da noite.
Pierre Lurton, o enólogo que chefia a produção do Cheval Blanc na França - e também do D'Yquem - está presente e expõe as virtudes do irmão local. Nicolas Audebert, responsável pela operação argentina, destaca a diferença entre o quase bicentenário Cheval bordalês e o contemporâneo Cheval andino. Este tem malbec. O Cheval francês é basicamente uma "assemblage" de merlot, entre 55% e 60%, e cabernet franc (de onde, mesclado com o sauvignon blanc, derivou o cabernet sauvignon), de 40% a 45%. No Cheval argentino, o merlot cede a preponderância ao malbec. A ele se juntam uns 40% de cabernet sauvignon e algo como 4% de petit verdot. "Malbec é o violino nesta orquestra", diz Lurton. Ergue a taça, admira-a contra a luz, sacode-a lentamente e, satisfeito, aspira seu buquê. É o maestro de uma orquestra afinada.
Cheval des Andes 2007 já está maduro e em condições de consumo imediato, assegura Audebert. O prato seguinte, porém, comprova que, com o passar dos anos, o "2007" pode ostentar potencialidades. Chega à mesa uma degustação de carnes de novilha em três cozimentos: carpaccio de filé, bloque de entrecôte e cubos de ossobuco. Para umedecer o palato, Cheval des Andes 2006. Percebem-se de imediato o equilíbrio dos taninos e a elegância da fruta madura - framboesa e amoras, diriam os críticos. É de se concluir, portanto, que, se conceder mais um ano ao "2007", ele pode chegar à excelência do "2006". Aliás, o "2007" já pareceu ter melhorado neste segundo prato. O pouco que restava do "2007" na taça que acompanhou os gnocchi de beterraba melhorou de performance quando associado às carnes - equívoco de harmonização do chef, talvez.
O terceiro prato foi o da consagração do Cheval des Andes e de sua durabilidade. Serviu-se o da safra 2002, para o rolê de cabrito em cocção lenta, batatas queimadas recheadas com creme de chimichurri e canelone de hongos silvestres. Este Cheval des Andes nove anos cumpre tudo que o marketing prometia em virtudes para o "2006" e prevê para o "2007". Não exageram os resenhistas que atribuem ao " 2002" adjetivos como "potente mas não agressivo", "redondo e sedoso", "muito elegante e fino". Em verdade, o Cheval des Andes, não importa a safra, é produto de destaque da vitivinicultura argentina e faz jus ao preço que por ele se cobra nos Estados Unidos, em torno de US$ 80. Exagero é seu preço nas delicatessen brasileiras: R$ 300, ou mais, apesar do Mercosul. Também não é regionalismo dizer que o "2002" se aproxima do padrinho Cheval Blanc, pois avaliações independentes na Europa e nos Estados Unidos atribuem a ambos avaliações acima de 90 pontos, com leve vantagem para o francês.
Se o saboroso cabrito pareceu algo pesado para o adiantado da noite, a maciez se restabeleceu a seguir, com o dourado intenso, fresco e leve, do Terrazas de Los Andes Afincado Tardío Petit Manseng, vinho de sobremesa que acompanhou a "degustação final de sabores": semifreddo de chocolate branco, crême brulée de maracujá e grãos de lichia. Petit Manseng, uva quase desconhecida, originária dos Pirineus, é cultivada pela Terrazas em apenas quatro hectares na Finca El Yaima, 1.000 metros de altitude, perto de Mendoza.
Na manhã seguinte, um sol de 15°C alonga os horizontes para além da neblina diáfana e explica porque a região se chama Vistalba. Os vinhedos se mostram enfileirados, a descansar da colheita terminada na primeira semana de maio. Aos rés do chão já aparece a segunda florada. Alguns poucos bagos de uva ali ficarão até apodrecer ou virar comida de pássaros - a segunda florada não dá bom vinho. As folhas, secas e azinhavradas, vestem o uniforme do outono numa região em que as estações são rigorosamente como a natureza as criou, ajustadas ao tempo do repouso, do brotar e podar, do florescer, amadurecer e colher.
Aqui, em 38 hectares, se cultivam malbec, cabernet sauvignon e petit verdot, exclusivamente para o Cheval des Andes. Ao lado da "vine loft" do jantar de ontem à noite, há um campo de polo e uma partida entre duas equipes da própria Terrazas e alguns reforços vindos da alta sociedade de Mendoza. Enquanto o jogo se desenvolve, servem-se bebidas e hors d'oeuvre. Coquetel de champagne Chandon Rosé, morangos, conhaque Hennessy, sal, pimenta e açúcar, preparado e batido, um a um, pelo chef Marcos Zabaleta. Logo depois, Chardonnay Cuvée Reserve Varietal com um prato quente de caldo de vieiras, legumes e pimenta.
Eram 11h30 e os aperitivos foram tão bem recebidos que ninguém mais prestou atenção ao jogo de polo - de resultado desconhecido até hoje. Mesmo porque, logo depois, só se falou de malbec, a uva que se tornou moda internacional e que "The New York Times", com seu cacoete catalogador, descreveu como "a grande novidade da Argentina desde o tango". As relações da Argentina com malbec, porém, são mais antigas. No início do século XX, o vinho que italianos, espanhóis e "gauchos" bebiam enquanto ensaiavam num "boliche" da Boca os pioneiros passos do tango, homem com homem, tinha algo a ver com malbec.
Malbec, todos sabem, não é autóctone na Argentina. Era secularmente cultivado na França até que, por volta de 1880, procedente dos Estados Unidos, a praga do filoxera se disseminou pela Europa e devastou todos seus vinhedos, inclusive os de malbec. O minúsculo inseto suga especialmente a seiva da raiz da vinha e é pelo êxito desse ataque que consegue sobreviver. Uva e vinho europeus só se recuperariam da debacle quase um quarto de século depois, com o enxerto das mudas de suas castas nobres com uma plebeia raiz resistente à praga, também vinda dos Estados Unidos. A uva isabel, que imigrantes italianos trouxeram para o Rio Grande do Sul era de origem americana, tão resistente à filoxera quanto incompetente para a produção de bom vinho.
A Argentina não precisou recorrer a enxertos. Cinco ou dez anos antes de o filoxera chegar à Europa, mudas de malbec, trazidas, segundo se diz, pelo engenheiro Michel Pouget, chegaram à Argentina e foram semeadas na região de Mendoza. E ali se desenvolveram normalmente, embora carentes de bom trato e adequada técnica de vinificação. Daí para os dias de hoje, o argentino tomou muito vinho, chegou à performance anual de 90 litros per capita nos anos 40. O consumo foi baixando para 45 litros em 1970 e hoje estaria por volta de 27 litros - sobre inflação e tudo o mais, não confie muito nas estatísticas argentinas...
Mas há um dado confortável. "O consumo de vinhos finos nunca baixou", diz Hervé Birni-Scott, diretor geral da Terrazas. Caiu foi o consumo do vinho ruim, só tragável se ajudado por um cifão de água com gás na mesa dos almoços de domingo. Nos anos 90, as plantações de malbec começaram a crescer e os grandes produtores a importar máquinas e enólogos europeus para desenvolver-lhe a qualidade. E a plantar em terras mais altas. E aí Moët & Chandon entra na história. Ela já produzia espumantes na região e, em 1990, foi subindo os contrafortes dos Andes e comprando terras em platôs (terraços, daí o nome Terrazas) de solo franco-arenoso, por onde as raízes, e também a água, podem circular livremente, sem pedras para tolher seu movimento. "O vinho das alturas tem mais vida, frescor", diz Birni-Scott. Em Mendoza, Terrazas plantou malbec entre 1.000 e 1.100 metros acima do nível do mar (Vistalba está a 1.067 m). Videiras plantadas em 1929 foram encontradas e conservadas à mesma altitude numa das esquinas de Compuertas, onde se produz o Terrazas Afincado Malbec.
E os vinhedos se estenderam de Cruz de Piedra (800 m) a Tupungato (1.200 m). Como outros produtores, Terrazas rompeu os limites de Mendoza e foi para Cafayate, mais ao norte, na Província de Salta, e lá, a 1.800 metros, plantou a uva torrontês, derivada da moscatel de Alexandria e a "creolla chica", que missionários espanhóis trouxeram de sua terra.
A tarde e a noite de quarta feira, como manhã, tarde e noite de quinta, se sucederiam em experiências de muita comida e melhor bebida. A 20 quilômetros, cercada por álamos, plátanos e lírios brancos, está a sede de Terrazas, uma casa de arquitetura colonial à entrada da vinícola, onde a uva é processada. Ali, a degustação foi do Afincado Malbec, o segundo vinho mais nobre da dinastia Terrazas (em torno de R$ 240 no Brasil). Afincado, marca registrada, significa "enraizado", produzido num mesmo e exclusivo "terruño" (terroir), no caso, Compuertas. "Finca" seria traduzido em Portugal como "quinta"; no Brasil, sítio, chácara.
O aroma do Malbec Afincado 2006, uma sugestão de passas de ameixa e figo, compôs agradável parceria com o filé de novilha com bloco de milho grelhado e molho de chimichurri. O mesmo malbec, desta vez 2007, se revelaria harmonioso até com o salmão na chapa, com purê de batatas ao limão, servido na jantar de despedida, quinta-feira, no restaurante de Francis Mallmann - conhecido em São Paulo, onde dirigiu a cozinha do Figueira Rubaiyat quando de sua inauguração há dez anos -, uma casa acolhedora, anexa à Bodega Escorihuela, que ali funciona desde 1884, no centro de Mendoza.
A intenção era demonstrar que o malbec é bom companheiro também de peixes e isso ficou comprovado com um produto menos pretensioso, pelo menos no preço (R$ 70 no Brasil), o Malbec Reserva 2008, servido com atum grelhado. A identidade da casta revela-se ao se chegar o nariz à taça: é um malbec, com certeza. E perfeitamente adaptado ao peixe.
Foram dias de dedicação quase exclusiva a provar ou a relembrar os produtos de Terrazas e a usufruir da hospitalidade que incluiu o Park Hyatt Mendoza, hotel cinco estrelas (com diária para casal de turistas a US$ 254 e cassino a funcionar já às 10 da manhã), à frente da praça Independência, no centro de uma plácida cidade de 115 mil habitantes a 830 metros de altitude.
- Qual a razão do convite e de tantas mordomias? Terrazas planeja alguma ofensiva especial no mercado brasileiro? - foi a pergunta a Hervé Birni-Scott.
- Nada em especial. O objetivo é mostrar a boa uva e o bom vinho. Fazemos isso todos os anos. Diria que é um trabalho de educação em favor do vinho argentino e, em particular, do nosso.
O propósito de Terrazas, evidentemente, é o de promover no Brasil - e no México - os seus vinhos de maior prestígio: Cheval des Andes e os da linha nobre de malbec, Afincado e Reserva, vendidos apenas em "delicatessen". Mas, se houver investida em direção a um mercado mais popular, esta será em torno de um vinho até aqui pouco divulgado fora da Argentina, o branco fresco e leve Torrontés. Não foi destaque em nenhuma das refeições servidas, mas só esteve ausente na noite do Dom Pérignon. Em todas as outras o Reserva Torrontés 2010 precedeu o antepasto, numa insinuação de que pode ser apreciado em voo solo ou como aperitivo. "Torrontés se bebe jovem", disse Diego Ribbert, enólogo argentino de 33 anos entusiasta do vinho de Cafayate.
Prevendo sucesso global, um crítico do "New York Times" já definira o torrontês como "suculento, frutado, milionário", e chegou a indagar-se se não se trata da "versão branca do malbec".
Em português quase perfeito, o argentino Lucas Lowi, gerente de desenvolvimento de negócios de Terrazas, afirmou: "O brasileiro começa suas refeições pedindo vinho tinto. Com o calor que faz do Rio para cima, o recomendável seria um vinho branco, suave e fresco como o nosso Torrontés".

(Fonte & foto : Jornal Valor Econômico)