quinta-feira, 26 de agosto de 2010

WET´N WILD APRESENTA GRANDES NOVIDADES PARA A TEMPORADA 2010 / 2011


O suspense chega ao fim. Depois de quase quatro meses se preparando para aprimorar o que há de melhor em diversão e lazer a pessoas de todas as idades, o parque aquático Wet’n Wild, localizado às margens da Rodovia dos Bandeirantes, km 72, em Itupeva (SP), reabre para a Temporada 2010/2011. As novidades são muitas e podem ser conferidas a partir do dia 27 de agosto. Prestes a completar 12 anos de funcionamento, o complexo conta com a nova atração Mega Water Play, resultado de investimentos de R$ 2 milhões. Mas as novidades da Temporada 2010/2011 não param por aí. Entre as inovações realizadas estão novo e-commerce, programa de treinamento empresarial, projeto educacional, eventos e investimento em mídia.
A expectativa é de 18% de crescimento no faturamento com nova temporada, quando o complexo também espera aumentar o número de visitantes, chegando a 460 mil, 16% em relação a 2009. “Fidelizar e despertar o interesse do nosso público é o nosso maior objetivo. Nosso produto vive de novidades e temos que ser criativos. Investimos pesado e estamos trabalhando muito para tornar o parque mais atraente e fortalecido”, diz Alain Baldacci, presidente do Wet’n Wild.
Confira abaixo as novidades que prometem aumentar a temperatura nos próximos dias.

Mega Water Play: atração para todas as idades

Você já imaginou uma única atração capaz de possibilitar momentos de pura diversão para até 400 crianças e adultos simultaneamente? Pois o que era imaginação agora é realidade e ganha o nome de Mega Water Play, a maior novidade do Wet’n Wild para a temporada. Com investimentos de R$ 2 milhões, a nova atração é uma das maiores do complexo, com 14 metros de altura, mais de 1,2 mil metros quadrados e que movimenta 20 mil litros de água por minuto.
A Mega Water Play reúne várias atrações em uma só. Entre as peças que a compõe estão toboáguas, escorregadores, tobogans múltiplos, duchas, chuveiros, quedas d’água, balanços individuais e duplos, guarda-chuvas, pistolas d’água, sprays, cones basculantes e mangueiras de esguicho. Tudo isso dividido em 17 plataformas em cinco níveis diferentes, que permitem aos visitantes escolher opções mais calmas ou mais agitadas. Entre as possibilidades de lazer proporcionadas pela atração, destaque para um enorme balde localizado em seu topo, que derrama mais de 2 mil litros d’água.
“Não temos dúvidas que a Mega Water Play vai se transformar em uma mania entre os frequentadores do Wet’n Wild. São vários níveis de emoção e possibilidades de diversão em um único lugar. É uma opção completa. Reúne pessoas de todas as idades e perfis e que veio tornar o nosso parque muito mais atrativo”, diz Baldacci.
A atração também marca a primeira ação de naming rights do empreendimento. O nome Mega Water Play faz referência ao sorvete Mega da Nestlé, parceira do parque há alguns anos. A escolha do nome faz parte da estratégia da empresa do setor alimentício em fortalecer a marca do produto entre os visitantes do parque.

Parcerias

Além da Nestlé, o parque aquático mantém parceria com as empresas Ambev, Churrasquinhos Jundiaí, McCain, Perdigão, Sufresh, Mentos, Eucatex e Forno de Minas. Além disso, reforça sua rede e se une ao banco Itaú para beneficiar os clientes da Itaucard, que podem comprar ingressos com 50% de desconto. A vantagem é somente para usuários do cartão de crédito ou débito Itaucard. Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias, no site do parque www.wetnwild.com.br e também no www.ingressocomdesconto.com.br. O desconto é válido somente para compra de ingresso para o titular ou adicional do cartão.
A marca de artigos esportivos Speedo também marca presença na nova temporada do Wet’n Wild. Os novos uniformes dos colaboradores do parque serão estampados com a logomarca da Speedo.

Inovação

Os visitantes poderão planejar sua ida ao Wet’n Wild com muito mais comodidade. O parque acaba de inovar seu e-commerce, que a partir de agora oferece uma série de serviços, como agendamento prévio de aluguel de boias, armários e toalhas, além da venda dos produtos comercializados pelo parque. Desta forma, ao chegar ao parque o visitante já retira os itens anteriormente solicitados, sem enfrentar filas.
O sistema de compra online também foi reformulado para beneficiar ainda mais o seu público. Ao adquirir um ingresso pela internet, o cliente imprime na hora um bilhete com código de barras, a fim de facilitar sua entrada no parque. Evita, assim, que o visitante tenha que se dirigir às bilheterias do parque para efetuar a troca do cupom pelo ingresso físico.
Fazer compras e transitar no parque sem ter que carregar dinheiro foi um grande avanço desenvolvido na temporada passada com a criação da Wet Cash. Devido ao sucesso da pulseirinha eletrônica de crédito, o Wet’n Wild ampliou suas formas de comercialização, passando a aceitar pagamentos feitos em dinheiro e cartões de crédito com a bandeira Visa, além do já aceito Mastercard.

Mais 100 pontos-de-venda

Os pontos-de-venda têm se tornado importante instrumento de comercialização dos ingressos do Wet’n Wild na capital e nas cidades do interior do Estado de São Paulo. Devido ao sucesso de vendas nos locais, o parque credenciou mais 100 estabelecimentos, como bancas de jornal, tabacarias, entre outros, que passaram a vender ingressos com preços especiais.
A fim de fortalecer a relação nesses pontos e evitar a falsificação de ingressos, o empreendimento disponibilizará gradualmente, máquinas especiais para a impressão dos ingressos nos pontos-de-venda.

Wet Training

As opções oferecidas pelo Wet’n Wild vão além do lazer. Os mais de 116 mil metros quadrados de área de entretenimento são cenários para a realização de treinamentos profissionais e eventos corporativos. Denominado de Wet Training, o projeto é resultado de uma parceria entre o Wet’n Wild e a EcoAção, empresa com mais de 10 anos em atividades de aventura.
Os treinamentos possuem programação personalizada de acordo com o briefing dado pela empresa. Entre as opções sugeridas para grupos empresariais estão atividades que visam estimular profissionais, a partir de atividades em equipe, a superar desafios, refletir sobre suas características pessoais e profissionais, a fim de resgatar e potencializar competências exigidas no dia-a-dia das corporações.

Projeto Caminho das Águas

A Temporada 2010/2011 promete muitas novidades ao Caminho das Águas, entre elas a construção de uma estação sustentável para tornar as atividades praticadas ainda mais reais. O projeto ambiental voltado a professores e estudantes das escolas de ensino Fundamental e Médio é coordenado pela Caminhos & Paisagens, empresa de soluções educacionais e turísticas.
Além de ser um local para praticar ações sustentáveis, a estação servirá como exemplo do uso de materiais ecológicos, energia renovável, captação de água de chuva, reciclagem e reuso de água, reciclagem de matérias e equipamentos ecológicos. O projeto para construção do espaço já foi desenvolvido e se tornará único na região, sendo um exemplo de construção sustentável. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2011.

Promoção e Eventos

Virou tradição curtir as atrações do Wet’n Wild e de cara assistir ao show de seu artista preferido. No dia 26 de setembro (domingo), é a vez da cantora Pitty subir ao famoso palco montado em frente à piscina de ondas do parque. O show é uma parceria com a EURODATA, rede de escolas de qualificação profissional. O primeiro lote de ingressos para a apresentação da roqueira já estão à venda no Wet Shop (www.wetnwild.com.br) por apenas R$ 35.
Já em outubro, o Wet’n Wild realiza o Wet Kids. Em comemoração ao Dia das Crianças – comemorado em 12 de outubro - todas as quartas-feiras do mês serão dedicadas exclusivamente a crianças de dois a 12 anos. Nestes dias, as atrações radicais do parque estarão fechadas. Nas demais serão realizadas atividades interativas e muitas outras ações. O projeto é voltado somente para grupos escolares e o passaporte com direito a ingresso, lanche e monitor (para grupos de 10 crianças) sai por R$ 29,90.
No decorrer da temporada, o Wet’n Wild amplia suas atividades sendo palco de diversos eventos esportivos. Já estão confirmadas a realização das etapas do Circuito Paulista de Maratonas Aquáticas, Copa Northbrasil de Enduro a Pé e Corrida e Caminhada. A data de realização de cada prova está sendo definida pela organização dos eventos.

(Fonte : Ass. de Imprensa do Wet´n Wild)

EM PARIS, TURISTAS VOLTAM A LOTAR HOTÉIS DE LUXO


Os turistas endinheirados, que haviam sumido com a crise econômica mundial, estão finalmente de volta a Paris. Os hotéis de altíssimo luxo da capital francesa, chamados de "palácios", estão quase lotados nesta temporada de verão. Os resultados de julho foram excepcionais: a taxa de ocupação média atingiu 90,5% e a diária média chegou a € 917 (cerca de R$ 2,1 mil), segundo a consultoria MKG, especializada nos setores de hotelaria e turismo.
Em fevereiro do ano passado, ápice da crise para os hotéis de alto luxo parisienses, a taxa de ocupação havia despencado para 47% e o gasto médio por quarto, em razão das promoções para atrair a clientela, era de apenas € 425 (R$ 977), de acordo com a MKG. Somente sete hotéis em Paris possuem a classificação de "palácio": Ritz, George V, Plaza Athénée, Meurice, Bristol, Crillon e Fouquet ' s Barrière.
No Bristol, situado na mesma rua da sede da presidência francesa, o Palácio do Eliseu, a taxa de ocupação em julho ultrapassou 92%. "Foi o melhor mês desde a criação do hotel, em 1925", disse ao Valor Catherine Hodoul Baudry, diretora-comercial do Bristol. Em julho de 2009, a taxa ficou em 78%. Na época, o hotel possuía 26 quartos a menos e hoje totaliza 187. O número de clientes brasileiros cresceu 18% em 2010 em relação ao ano passado, segundo Baudry.
A queda do euro, que já perdeu quase 12% em relação ao dólar desde o início do ano, favoreceu o retorno à França dos americanos e também dos turistas de grandes países emergentes, como China, Brasil e Rússia, além da clientela do Oriente Médio.
O número de turistas brasileiros na França aumentou pelo menos 10% nesta temporada de verão, segundo Didier Arino, diretor da consultoria Protourisme. Um relatório do Banco Central revelou que os gastos dos turistas brasileiros no exterior atingiram U$ 1,54 bilhão em julho, um recorde desde o início da série histórica, em 1947.
"Há alguns anos, a clientela dos palácios se concentrava em quatro grandes mercados: os Estados Unidos, o Japão, a Inglaterra e alguns países europeus. Hoje, ela inclui dezenas de nacionalidades", diz o português Paul Roll, diretor-geral do Escritório de Turismo de Paris.
O Hotel Plaza Athénée, um dos "palácios" parisienses e "reduto" tradicional de brasileiros abastados, informa que a taxa de ocupação de 95,5% em julho, recorde histórico que permitiu um faturamento de mais de 6 milhões de euros no mês, foi propiciada em boa parte pelo aumento da clientela americana e brasileira.
A suíte Real, a mais cara do hotel, com diária de € 22 mil (R$ 50,6 mil) ficou ocupada o mês de julho inteiro. Para aproveitar a onda de clientes que não medem os gastos, o Plaza Athénée lançou em agosto uma suíte "Barbie", em referência à famosa boneca, para garotas de 3 a 16 anos. Ligada ao quarto dos pais, a diária total custa € 1,6 mil (quase R$ 3,7 mil). A suíte cor de rosa existirá até o dia 2 de setembro.
O George V tem estado praticamente cheio desde maio, disse ao Valor Christopher Norton, diretor-geral do hotel, administrado pelo grupo canadense Four Seasons. A retomada ocorre após uma "desaceleração" no início do ano em razão da crise econômica, que resultou em uma queda de quase 5% no faturamento naquele período. Em maio, quando ocorreu a "decolagem", como diz Norton, a taxa de ocupação atingiu mais de 85%. Em julho, ela foi de 95%. Neste mês de agosto, após a saída da clientela do Oriente Médio (que volta a seus países devido ao Ramadã), a taxa é, até o momento, de 90%. Com 245 quartos, sendo 60 suítes, o George V é o maior "palácio" parisiense.
O número de clientes brasileiros, que representa entre 3% e 4% do total, cresceu 20% neste ano na comparação com 2009, diz Norton. Embora esteja longe dos americanos (de 30% a 40%) e dos ingleses (cerca de 12%), os brasileiros se situam na média dos demais mercados do George V e "devem continuar aumentando", segundo Norton.
Analistas prevêem que o desempenho neste ano dos hotéis de altíssimo luxo parisienses será melhor do que a registrada em 2009, também em razão da maior demanda por suítes mais caras, mas não deverá ainda atingir os resultados de 2007, ano recorde para o setor, com taxa de ocupação de 78,1%. Nem também os de 2008, que embora afetado no último trimestre pela crise, também teve boa performance, registrando uma taxa de ocupação média de 76,1% no ano.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

CAVAS ESPANHÓIS NÃO QUEREM SER O PRIMO POBRE DO CHAMPANHE


Vinhos espumantes ambiciosos de todas as partes do mundo invariavelmente são comparados ao champanhe. Isso é compreensível, mas lastimável. É como se todos os vinhos tintos tivessem que se espelhar nos borganha, mesmo os feitos a partir de variedades diferentes produzidas em lugares mais quentes. Visto através de taças de borgonha, um encorpado e inebriante Châteauneuf Du Pape seria um fracasso. É claro que em seus próprios termos ele é esplêndido.
Nenhum espumante sofre mais com a comparação maravilhosa mas inadequada com o champanhe do que o cava da Espanha. "Somos sempre o irmão pobre do champanhe", diz Ton Mata, da Recaredo, um dos melhores produtores da região. "É possível produzir um grande cava, mas ele precisa ser grande de uma maneira diferente do champanhe. Às vezes ficamos um pouco tristes porque ninguém acredita que o cava pode ser maravilhoso".
Agustí Torelló, da companhia de mesmo nome, vê o problema sob um prisma diferente. "É fácil produzir um bom vinho espumante aqui. Mas é muito difícil produz ir um cava com alma". A falta de reconhecimento leva Lali, a irmã de Agustí Torelló, a chamar o cava de "o vinho mais desconhecido do mundo". Um mês atrás, eu ousaria tratar essas observações com ceticismo. Depois de experimentar os melhores vinhos desses dois produtores e outros, agora percebo que meu padrão de referência precisa ser reformulado.
Talvez a melhor maneira de explicar essa alegria é mostrar o quanto eles são diferentes dos atributos do champanhe. O champanhe é feito a partir de uvas pouco maduras das variedades chardonnay, pinot noir e pinot meunier dos climas mais frios, apropriados para a produção de vinhos. Desse modo, a acidez é sua principal característica estrutural, equilibrada pela riqueza e textura da longa maturação das borras de levedo da fermentação secundária, e pelo açúcar do vinho usado para completar as garrafas antes das remessas. Por outro lado, um grande cava é feito das variedades catalãs xarello, macabeo e parellada, colhidas no primeiro sinal de amadurecimento no clima muito mais quente de Penedès, ao sul de Barcelona. Tanto a acidez como o açúcar são mais importantes para o champanhe. Na verdade, muitos cavas de primeira não possuem açúcar nenhum. No entanto, um envelhecimento mais longo das borras é crucial. O resultado final é estratificado, texturizado e encorpado, com um espectro aromático (graças a essas variedades locais, cultivadas em terrenos sedimentares marinhos no clima da Catalunha) bem diferente do que qualquer outro espumante.
Os tons marcantes incluem flores brancas como a flor de pilriteiro e de sabugueiro, além de erva doce, alecrim, amêndoas da terra, chicória, pêssego, maçã e lima, junto com uma ponta salina e mineral. As bolhas parecem quase acidentais, mas têm o efeito de alçar os aromas da taça como se fossem cúmulos macios em um dia de verão. De fato, o caráter profundamente mediterrâneo do cava faz sua personalidade parecer intensamente estival. Por outro lado, muitas das perfeições do champanhe remetem ao norte, ao inverno e ao interior: creme, torradas, brioches, tudo formando lâminas de acidez como se fosse gelo.
As origens do cava, assim como do Rioja, datam da epidemia de filoxera na França do século XIX. Bodegas das duas regiões ficavam perto do fim das linhas de trens e prosperaram fornecendo para as regiões de Champanhe e Bordeaux. Em certos aspectos, o cava fez menos concessões ao mundo moderno que o champanhe. Recaredo, Torelló, Mestres e Gramona realizam toda ou grande parte da fermentação secundária sob rolhas, em vez de tampinhas de garrafa de metal, e têm as borras removidas à mão, garrafa por garrafa. Gramona mantém a tradição, quase perdida no champanhe, de usar um licor final construído de maneira complexa e baseado em vinhos mais velhos e brandies que emprestam aos seus blends uma personalidade orquestral.
Desde meados da década de 80, as variedades chardonnay e pinot noir receberam autorização para serem usadas no cava. Como elas amadurecem muito mais rápido que as variedades locais, é difícil vê-las produzindo espumantes com nuances nesse lugar em que o clima vai de ameno a quente. Em minha opinião, os maiores cavas são produzidos com as variedades locais de maturação mais tardia, especialmente a estruturada xarello, que fica mais respeitável com a idade, e a perfumada e encantadora macabeo, que em cavas parecem muito mais intrigantes do que seu sinônimo Viura no não-espumante branco Rioja.
Será que o reconhecimento virá para o cava fino? Acho que isso poderá acontecer em breve, mas os consumidores terão de estar preparados para pagar preços de champanhe. A moda do prosecco (em princípio um vinho mais jovem e mais simples) pelo menos significa que os apreciadores estão agora prontos para procurar vinhos espumantes que não o champanhe por outros motivos que não o preço. Tudo que os produtores do cava pede é que seus melhores vinhos sejam julgados com um paladar aberto.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

CONGONHAS E ANHEMBI TERÃO TÁXI DE LUXO


A Prefeitura vai realizar sorteio para vagas de táxi de luxo no Aeroporto de Congonhas e no Anhembi - respectivamente 20 e 30 vagas.
O Anhembi possui atualmente um ponto livre de táxi de luxo - no qual todos os motoristas podem parar -, mas agora terá um privativo, para que sempre haja carros no local. O ponto para esse serviço será novidade em Congonhas. É oferecido por veículos de luxo e os motoristas falam outros idiomas. As corridas custam 50% a mais que as de um táxi comum.

(Fonte : Jornal O Estado de S. Paulo)

ALAIN BALDACCI : UM VISIONÁRIO DA INDUSTRIA DO ENTRETENIMENTO


Os parques nacionais atravessam o seu melhor momento. Se na década de 70 do século passado essa indústria do entretenimento no Brasil era classificada como atividade sem grande importância econômica, hoje ela passa a ser forte aliada do turismo nacional. São nomes legendários, que já integram o imaginário das crianças e dos adultos brasileiros: Fantasy Park, Hopi Hari, Parque da Mônica, Playcenter, Wet n’ Wild, Beach Park; Alpen Park; Beto Carrero, Unipraias; entre outros, uma indústria de adrenalina e alegria que hoje movimenta cerca de R$ 800 milhões por ano.
Desde a época dos militares, os parques eram classificados junto à categorias de circos, zoológicos, night-clubs, bingos, etc. Era uma classificação que estimulava o governo a ver em nosso negócio uma atividade sem importância econômica, uma atividade supérflua”, explica ao Diário do Turismo o presidente do Wet’n Wild, Alain Baldacci, em entrevista exclusiva.
Hoje os parques brasileiros, cerca de 20, classificados como parques temáticos regionais, não só empregam direta e indiretamente cerca de 90 mil pessoas e recebem cerca de 12 milhões de visitantes por ano, mas têm para os próximos dez anos uma previsão de investimento em infraestrutura e serviço em torno dos R$ 4 bilhões. São números que impõem respeito.

Parques nascem na década de 90

Alain explica que na década de 90 o Brasil ainda era um mercado virgem, com alto potencial de crescimento e com uma população ávida para o entretenimento, além de ter um clima maravilhoso. “O que aconteceu?... demoramos quase toda a década de 90 em preparativos para a criação desses parques. Projetos como esses, para maturarem, necessitam de um estudo de viabilidade, busca dos investidores, elaboração do projeto de construção e operação, enfim... Passamos quase toda aquela década em preparativos que foram acontecer no final daquele período. O Terra Encantada foi inaugurado em 96, o Wet’n Wild em 97, o Beto Carrero em 98, o Hopi Hari em 99 e o Wet’n Wild Rio no ano 2000”, recorda.
No entanto, a partir do ano 2000 várias crises econômicas surgiram no planeta. “Tivemos a crise da Argentina, a crise do México, a crise da Rússia, que levaram inúmeros setores a uma instabilidade muito forte, especialmente os parques que necessitavam de tecnologia estrangeira e equipamentos importados, comprados todos em dólar”.
Recorda Alain que, como um bebê recém nascido, os parques ficaram sem alimentação, sem água, contando com a sorte, já que o cenário havia mudado totalmente, com as intempéries daquele período.
Ficou a falsa sensação que os parques não eram um bom negócio. Não há negócio que resista a essas crises. E o que aconteceu? Alguns parques fecharam e os que ficaram se fortaleceram. E se reorganizaram.”
O lazer e o entretenimento estão na ponta do mercado consumidor. Quando crises econômicas desabam sobre o planeta, como sabemos, os primeiros gastos cortados do orçamento são aqueles que dão prazer e fruição.
Quando se têm recursos você usa esse recurso. A parte gostosa da vida é o entretenimento, o resto é trabalho. Quando você deixa de ter dinheiro inicia-se o corte do prazer que é substituído pelos princípios da sobrevivência”.

Inversão da Curva

Em 2003 novos ventos sopraram para os parques nacionais. Deu-se início a um período de recuperação de renda da família brasileira, estabilização cambial, e com o dólar em patamares aceitáveis.
A partir de 2003 começamos a virar a curva do lado positivo, começamos a respirar. O público começou a voltar. Atravessamos um período de recomposição, entre 2003 a 2006. Levamos aos acionistas um plano de revitalização. Se eles confiassem no plano poderíamos apresentar resultado em médio prazo. Se não iríamos fechar. Aceitaram o plano e daí começou a adolescência do parque”, explicou Alain.

Reengenharia societária

A partir de uma reengenharia societária efetuada em 2006 com os dois acionistas principais, a FIP Serra Azul e a Funcep, o parque aquático Wet’n Wild apostou em investimentos sistemáticos e marketing mais agressivo.
A missão foi dada a mim, que até então era apenas acionista, mas não estava envolvido diretamente com a operação. Assumi o cargo de presidente executivo e com ele a responsabilidade de implantar o planejamento estratégico”, recorda. Era o Verão de 2007.
Foi feito um diagnóstico mercadológico intensivo. O grupo investiu forte na região metropolitana de Campinas, voltando a veicular publicidade em TV. Se o plano não desse certo iriam fechar. Não fecharam.

Heresias

Nessa época, criaram uma série de heresias contra o parque; diziam que o empreendimento era mal localizado, mal administrado, e que o nome Wet’n Wild era impronunciável para as pessoas que viviam no interior, essas coisas”.

Investimentos

O patrimônio líquido do Wet’n Wild (sem trocadilho) chega hoje à casa dos R$ 50 milhões, com um resultado operacional anual em torno de 30% do faturamento bruto, que atinge os R$ 40 mi.
O investimento é muito grande. Se em 2008 o parque aquático investiu em equipamentos de arvorismo e em uma série de melhorias tecnológicas, em 2009 foi a vez da inauguração do Water Bomb - Três tobogãs aquáticos fechados que saem de uma torre de sete metros de altura e que em alta velocidade deslizam o visitante em uma piscina. Adrenalina líquida.
Este ano a grande atração do parque será o Mega Water Play, um aparellho gigante com 14 metros de altura, 10 tobogãs, 17 plataformas e um balde de 2 mil litros de água, que ao encher, derrama-se sobre uma centena de agitados banhistas. “O custo da implantação desse novo brinquedo chegou a R$ 2 milhões”, quantifica o presidente do parque.
Alain, que estudou e viveu nos Estados Unidos sabe das abissais diferenças que existem – a nível de investimento - entre os nossos parques e os parques estrangeiros, em especial os americanos.

O engenheiro Baldacci, que também é presidente do Sindicato Nacional de Parques e Atrações Turísticas – o Sindepat - lembra que após vários reveses na economia global e nacional, finalmente os parques nacionais, em especial o seu, o Wet’n Wild, chega a um início de estabilidade denominado “inversão da curva”.
O Wet’n Wild passou por sua fase maternal, entrou na adolescência e hoje inicia sua maturidade. Essa analogia pode-se aplicar ao vermos os parques temáticos do Brasil, que foram concebidos no início da década de 90, época em que havia condições de mercado excepcionais – logo após o Plano Real - com estabilidade econômica, inflação baixa, incentivo na importação, entre outras facilidades.”

Recorde

Alheio à críticas e comentários, Alain Baldacci e seu grupo trabalharam duro. Ele apostava nos indicativos mundiais que apontavam que 98% dos parques localizavam-se em áreas adjacentes às grandes metrópoles: “se o produto lá fora dava mais do que certo, e o nosso produto era bom, por que aqui no Brasil não daria?” se perguntava.
Em fevereiro, março e abril de 2007 o parque atingiu seu recorde de público: cinco, seis, sete mil pessoas em cada mês, de forma crescente. O negócio era bom.
Eu levei o assunto do Crazy Drop para o conselho em maio, que resistiu, mas aprovou em 22 de junho. Levamos 70 dias para implantar o novo equipamento e a inauguração aconteceu no dia 6 de setembro”, recorda Baldacci.
Constava no plano estratégico inaugurar todo ano um novo atrativo. E foi o que aconteceu em setembro de 2007. “Só no dia da inauguração recebemos 7 mil pessoas. Isso nos indicou que estávamos no caminho certo. E continuamos traçando o mesmo caminho. Sempre inaugurando novas atrações revitalizando a operação, tendo muito cuidado para que a experiência daqueles que nos visitavam, fosse inesquecível, sensacional”, detalha.

PARQUES E SEUS NÚMEROS


• Faturamento do setor: R$ 802 milhões
• Crescimento:23% de crescimento em relação a 2008
• Investimento em mais de R$ 50 milhões na compra de novos equipamentos nos últimos dois anos
• Previsão de investimento nos próximos dez anos: R$ 4 bilhões em infraestrutura e serviço
• Geração de novos empregos: 90 mil empregos diretos e indiretos
• Número de visitantes: 12 milhões por ano

Quando você conhece alguma das cadeias dos parques americanos, é possível perceber a diferença. Lá existem os parques mundiais, com níveis de investimentos absurdos; a Disney investe 110 milhões (de dólares) em um único equipamento, o Harry Potter investe cerca de 200 milhões (de dólares) em uma única atração. Um único brinquedo nesses parques é um investimento maior que um Hopi-Hari”, compara.
No entanto, ele contemporiza: “O Wet’n Wild, como parque aquático é comparado aos melhores do mundo. Hoje o nosso parque está entre os 20 maiores do mundo, na categoria regional” , completa.

Com essa postura empreendedora e visionária, Alain Baldacci, que começou seu mergulho nesse negócio de parque aquático em meados da década de 80, emerge hoje, três décadas depois, no meio de um oceano de perspectivas.

(Fonte : Jornal Diario do Turismo)