sexta-feira, 15 de outubro de 2010

INEFICIÊNCIA DIMINUI A CAPACIDADE DE AEROPORTO


Não é só falta de obras. A ineficiência na gestão da aviação civil tem contribuído para a redução da capacidade dos aeroportos e também para o aumento da duração de voos e conexões.

O aeroporto de Congonhas tem um tempo mínimo de conexão de uma hora entre voos domésticos, segundo levantamento feito pela Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) a pedido da Folha. O aeroporto central de Chicago, o Midway, oferece um tempo de conexão mínimo de 25 minutos.
O tempo mínimo de conexão é um dos principais indicadores de eficiência. É um dado estabelecido pelas companhias aéreas e leva em conta o tempo de liberação de bagagens, de acesso aos terminais, filas na alfândega e na imigração, manutenção das aeronaves, entre outros.
Questionada pela reportagem, a Infraero afirmou que o tempo de conexão "depende basicamente das empresas aéreas".
Na Europa e nos EUA, onde existe competição entre aeroportos, estes costumam se "vender" com base no menor tempo de conexão.
Além das lentas conexões, Congonhas perdeu capacidade após os acidentes da Gol (2006) e da TAM (2007).
Hoje, o aeroporto opera com 38 movimentos de pouso ou decolagem por hora.
No Midway, são realizados 64 movimentos/hora. A quantidade bem maior de movimentos em Chicago tem a ver com o tamanho e a quantidade de pistas (cinco).
Mas Congonhas já teve 48 movimentos por hora com duas pistas. "Foi uma redução na canetada", diz o professor de engenharia da USP Jorge Leal.
A falta de eficiência faz aumentar o tempo de voo. É comum voos da ponte aérea durarem uma hora pelo tráfego intenso, enquanto fora do pico é possível fazer o trajeto em 40 minutos.

MAPA DO PÁTIO

Os maiores problemas em Guarulhos e Congonhas, que concentram 25% do tráfego do país, estão localizados no pátio de aeronaves. Mas capacidade não depende apenas de área física.
Há dois anos, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) tentou aumentar a tarifa pelo uso do pátio de Guarulhos para forçar as estrangeiras a deixar os aviões parados no Galeão durante o dia, entre a chegada e a saída dos voos internacionais. Com isso, o pátio seria liberado para mais voos domésticos.
A pedido das estrangeiras, a Iata estudou o mapa do pátio. Redistribuiu as vagas e conseguiu fazer caber mais 12 aviões pelo menos, dependendo do porte. Hoje, o pátio comporta 78 aviões de grande e médio porte.
O aumento da fiscalização da Anac sobre as companhias no caso de atrasos, com multas maiores, também tem contribuído para aumentar a ineficiência nos pátios, afirma Elton Fernandes, professor de engenharia de produção da UFRJ. "Para evitar atrasos e não levar multa, as empresas se protegem e aumentam o tempo de solo das aeronaves."

Solução passa por conceder aeroportos à iniciativa privada

Por Respício Antônio do Espirito Santo Jr.
Especial para a Folha

Quanto mais crédito fácil para a população, quanto mais distribuição de renda, quanto mais empregos formais, quanto mais negócios, quanto mais crescimento sustentável, mais a sociedade dependerá da aviação.
E, quanto mais ela se torna essencial para o desenvolvimento do país, mais precisamos de aeroportos melhores. Teremos dois megaeventos esportivos mundiais no país num intervalo de apenas dois anos: a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Contudo, é lastimável constatar que as autoridades têm continuamente esquecido o quão essenciais são os aeroportos para o bem-estar da sociedade, para o crescimento da economia, para o desenvolvimento do turismo e para a imagem do Brasil.
Em um evento internacional recente realizado no Rio, o representante da Infraero afirmou que os aeroportos sob o manto da empresa não eram melhores porque não se tinha liberdade para investir recursos no que há de melhor, uma vez que a empresa se encontra limitada pela Lei de Licitações, pela fiscalização do TCU etc.
Em várias ocasiões, a empresa mostrou não possuir condições de investir recursos em fluxos contínuos e em volume e velocidade muito superiores aos anunciados.
Também já demonstrou que não conta com profissionais que detenham os mais modernos conceitos, conhecimentos e experiência sobre as múltiplas formas de um aeroporto ser um efetivo multiplicador social, econômico, de negócios e cultural.
Como se não bastasse, a Infraero é praticamente monopolista no segmento em que atua. Dados de 2009 da Agência Nacional de Aviação Civil apontam que 97% de todos os passageiros que viajam por via aérea no país passam pelos 67 aeroportos controlados pela empresa. Ora, o governo e vários segmentos da sociedade reclamam que duas empresas (TAM e Gol) detêm perto de 85% do mercado doméstico.
Assim, tanto a Anac como o governo têm feito de tudo para aumentar a concorrência e "quebrar" o duopólio. Mas, e o monopólio ineficiente da administração de aeroportos, por que ninguém quer "quebrar"?
Não podemos continuar vendo os principais aeroportos de tantos países "em desenvolvimento", como China, Índia, Malásia, Tailândia, Chile, Turquia e Rússia, nos darem verdadeiras surras de planejamento, investimento, tecnologia, modernidade de conceitos e práticas gerenciais, eficiência e beleza.
A solução passa, obrigatoriamente, por conceder a administração de alguns dos principais aeroportos (não todos) à iniciativa privada, autorizar a construção/gestão/operação de novos aeroportos de médio e grande portes por conta e risco de outros entes privados, assim como reestruturar e reconceber totalmente a Infraero.

País perde até R$ 3 bi com ineficiência de aeroportos

Estudo aponta falta de coordenação entre Infraero, Polícia Federal e Anvisa

A ineficiência no sistema aeroportuário brasileiro custa de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por ano, segundo estudo da consultoria McKinsey encomendado pelo BNDES.
A consultoria cita como exemplo de "custos evitáveis e barreiras estruturais", problemas relativos à capacidade e o uso dos pátios, além de questões tributárias e trabalhistas, entre outros.
"Investimentos em pátio, com aperfeiçoamento no controle de tráfego aéreo, poderiam diminuir o tempo de viagem, permitindo rotas mais diretas, progressão de subida e descida mais eficiente e menores circuitos de espera antes do pouso", diz o estudo.
Tempo menor de voo reduz o consumo de combustível, com ganhos econômicos e ambientais. O estudo defende a flexibilização do horário de trabalho dos aeroviários e também o fim da diferenciação na cobrança de ICMS sobre combustíveis entre os Estados (em SP é 25%, no Rio, 4%). Isso evitaria o carregamento de combustível além do necessário.
Os problemas de gestão no sistema de aviação civil não estão só na Infraero, estatal que administra os principais aeroportos do país, e também devem-se à falta de coordenação entre Infraero, Anac, Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e Ministério da Defesa.
O Brasil é praticamente o único país em que o órgão regulador da aviação civil está ligado à Defesa. Nos demais países, o órgão regulador é ligado ao Ministério dos Transportes. Falta ainda coordenação entre Infraero e as autoridades atuantes nos aeroportos (Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa).
Segundo o estudo, se os custos da ineficiência fossem evitados, desde que mantido o nível adequado de competição no setor, o preço das passagens poderia ser reduzido em algo como 10%.
A Folha entrou em contado com o Ministério da Defesa para questionar sobre as recomendações do estudo, mas não obteve resposta.
Para dar conta do crescimento projetado pela consultoria até 2030, o Brasil precisará construir "nove Guarulhos". Isso equivale a um aumento de 2,4 vezes a atual capacidade de passageiros ano, de 130 milhões para 310 milhões.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

VIAJAR FICOU MAIS FÁCIL AINDA


Caixa e Aviesp assinam acordo. Quem ganha é o turista, que poderá fazer financiamentos de até R$ 10 mil, pagos em 24 vezes

Financiamentos que podem chegar a R$ 10 mil por cliente, com parcelamento em até 24 meses, beneficiarão turistas brasileiros e devem movimentar ainda mais o mercado doméstico. Todas as classes de renda serão beneficadas, especialmente as classes C e D que, com o aumento das taxas de emprego e renda, viajam cada vez mais. O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Mário Moysés, participou, na manhã desta quinta-feita (14/10), da assinatura de acordo entre a Caixa Econômica Federal e a Associação de Agências de Viagem do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp), que congrega 400 associados. A cerimônia foi na sede da instituição financeira, em Brasília.
São Paulo é hoje o maior emissor interno de turistas, responsável por mais de 1/3 do mercado. Segundo a Caixa, a meta é que, até novembro, o sistema seja operado por, pelo menos, 30% do total de agências do interior do estado.
Segundo o vice-presidente de Pessoa Física, Fábio Lenza, “a Caixa é, hoje, o banco que mais empresta para o empresariado turístico, tendo direcionado R$ 3 bilhões em crédito pra o setor, em 2009, e R$ 1,9 bilhão somente no primeiro semestre deste ano”. Ou seja, houve 35% de aumento do volume de empréstimos, em relação ao mesmo período do ano passado. Para Lenza, a parceria com a Aviesp fortalecerá o estímulo ao turismo interno, contribuindo para alimentar a geração de renda e de emprego no país.
William Périco, presidente da Aviesp, acredita que a linha de financiamento atenderá boa parte da demanda das classes C e D, que até pouco tempo não tinham acesso aos produtos turísticos. “É uma grande oportunidade para o agente de viagens, associado à Aviesp, ser incluído no programa de crediário Caixa Fácil. É um importante instrumento de fidelização de clientes diante do crescimento do mercado e da estabilidade econômica conquistada nos últimos anos.”
Operadores chamados de “master”, que já implantaram operações semelhantes para a aquisição, por exemplo, de materiais de construção e linha branca, instalarão o sistema usado pela Caixa nas 400 agências e treinarão os funcionários para operarem com ele. “É muito simples. Basta colocar os dados do cliente, identidade, CPF, renda. O crédito é aprovado em cerca de seis minutos”, diz o vice-presidente da Caixa, Carlos Borges.
Segundo Borges, a Caixa, que desde 2003 integra o Conselho Nacional de Turismo, quer ser um parceiro estratégico do Estado Brasileiro e se manter como referência para os segmentos do turismo brasileiro.
O secretário-executivo Mário Moysés enfatizou que a associação entre os setores público e privado tem se mostrado como importante instrumento de construção de políticas. Também tratou da importância do diálogo permanente entre todas as instituições que fazem parte do Conselho Nacional de Turismo e o Governo, o que tem garantido mudanças significativas e positivas em todo o segmento.
“Estamos diante de um momento extraordinário de crescimento da riqueza e da renda, com grande impacto para o turismo, mesmo antes da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. É o resultado do desenvolvimento mais acelerado do país”, declarou Mário Moysés. “Alguns setores do turismo, como o de transporte aéreo, estão crescendo num ritmo três vezes maior do que o do Produto Interno Bruto (PIB).”
O desejo de viajar, principalmente a lazer, é cada vez maior entre brasileiros que antes nem imaginavam isso. “A população passa a apropriar-se de seu país em viagens que, como diz uma campanha publicitária do Ministério do Turismo, são para toda a vida. A Caixa Econômica federal tem estado especialmente sintonizada com este momento, oferecendo crédito, seja para as empresas, ou para o consumidor”, completou o secretário-executivo.

(Fonte : Ministério do Turismo)

PARA FAZER AINDA MELHOR


Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil é avaliado. O objetivo é preparar documento que sirva de referência para os futuros gestores do turismo nacional

Representantes de diversos segmentos do setor turístico se reuniram ontem (14) em Brasília, para dar continuidade ao processo de avaliação do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil. No encontro, foram apresentados os resultados preliminares da avaliação, como as lições aprendidas durante o programa. Além disso, estão sendo elaboradas as recomendações estratégicas para a continuidade do programa, que foi implementado pelo Ministério do Turismo (MTur) em 2004.
O processo de avaliação do programa é realizado em parceria com o Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH) e foi feito em três etapas. Na primeira, 680 questionários com 44 perguntas foram respondidos por integrantes da rede de turismo de todo o país – como representantes de colegiados estaduais de Turismo, as comissões de Turismo da Câmara e do Senado Federal, integrantes do Conselho Nacional de Turismo, gestores do MTur, entre outros.
Na segunda etapa, 34 entrevistas foram encaminhadas a pessoas que participaram do programa desde o início, como ex-ministros, secretários e outros colaboradores do programa de Regionalização. A última etapa foram oficinas, nas quais os participantes discutiram o desempenho e avanços conquistados. O documento contendo a avaliação final será publicado no início de dezembro.
Mais competitividade – Algumas das principais lições aprendidas durante o programa foram destacadas pelo grupo, como: a importância do processo de descentralização; a importância da comunicação estratégica; como os princípios que orientam as políticas públicas foram determinantes para a implementação do programa; a importância do capital humano e social para o desenvolvimento das regiões; além da visão do desenvolvimento do turismo sustentável a longo prazo.
O secretário-executivo do MTur, Mário Moysés, esteve presente na abertura do encontro: “O Programa de Regionalização colaborou para o fortalecimento da competitividade do Brasil diante do mercado internacional, trazendo ao ministério muitas oportunidades, mas também grandes desafios que devem ser analisados e observados”, disse ele.
Ana Clévia Guerreiro, coordenadora-geral de Regionalização do MTur, destacou a importância da avaliação do programa: “O documento poderá servir de referência para os futuros gestores do turismo nacional, refletindo um modelo de gestão descentralizada, coordenada e integrada”, disse ela.
O Programa de Regionalização do Turismo é um macroprograma do MTur que faz parte do projeto de estruturação dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Regional. O programa mapeou 276 regiões turísticas, envolvendo 3.635 municípios.

(Fonte : Ministério do Turismo)

ENTRADA DE DÓLARES DESPENCA LOGO APÓS A ELEVAÇÃO DO IOF


A expectativa no médio prazo, no entanto, ainda é de uma forte entrada de recursos por parte dos estrangeiros no Brasil, seja para aplicações em bolsas, seja para investimentos diretos (IED).
Entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro, o fluxo foi positivo em US$ 3,753 bilhões, o que pode explicar em parte esse movimento mais fraco da semana passada.
A alta do IOF foi uma das decisões do governo para tentar aplacar a valorização do real, que se intensificou desde meados de setembro. Além do aumento do imposto, o governo também ampliou a atuação do Fundo Soberano e permitiu ao Tesouro Nacional adquirir mais dólares para liquidar suas dívidas em moeda estrangeira.
Mesmo com o fluxo menos intenso nos primeiros dias após a medida, a moeda americana manteve a trajetória de desvalorização em relação à brasileira, fechando ontem em queda de 0,66%, cotada a R$ 1,6554, menor valor desde 1º de setembro de 2008. Desde o dia 4, já caiu quase 2%.
O fluxo acumulado no mês de outubro segue positivo, com entradas líquidas de US$ 2,181 bilhões até o dia 8. O câmbio financeiro, no qual são fechadas as operações com capitais (investimentos em bolsa e títulos, empréstimos) e serviços (turismo, pagamento de juros, remessa de lucros), apresenta fluxo positivo de US$ 3,265 bilhões no mês, como resultado de compras no valor de US$ 11,037 bilhões e de vendas de US$ 7,772 bilhões. O câmbio comercial, no qual são registrados os dados do comércio exterior brasileiro, mostrou saída líquida de US$ 1,084 bilhão, no mesmo período, resultado de exportações de US$ 3,309 bilhões e importações de US$ 4,393 bilhões.
No ano, o fluxo cambial mostra ingresso líquido de US$ 19,303 bilhões, superior ao movimento do ano passado no mesmo período (US$ 10,869 bilhões). O período mais forte de entrada de recursos se deu em setembro, quando a capitalização da Petrobras, além das captações externas de empresas e bancos, levou a um fluxo positivo no segmento financeiro de US$ 16,716 bilhões, maior nível da série iniciada em 1982.
O Banco Central continua a comprar todo o câmbio excedente. As intervenções no mercado à vista somaram US$ 2,764 bilhões em outubro, até o dia 8. As reservas internacionais brasileiras chegaram ao patamar de US$ 279,530 bilhões no dia 8. No início do ano estava em US$ 239,054 bilhões.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

STF JULGARÁ CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS SOBRE ICMS


O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar uma ação proposta pelo governo do Distrito Federal que pede a reformulação na forma de aprovação da concessão de benefícios fiscais relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Desde 1975, os benefícios fiscais precisam ser aprovados em reuniões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de forma unânime por todos os Estados. O Distrito Federal tenta, na arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), fazer com que os benefícios sejam aprovados apenas pela maioria dos Estados. Tributaristas acreditam que caso a ação seja julgada procedente, a mudança pode atenuar a guerra fiscal entre os Estados.
A norma questionada - Lei Complementar nº 24, de 1975, - dispõe sobre a concessão de isenções referentes ao ICMS. A lei determina que os convênios serão celebrados em reuniões com representantes de todos os Estados e do Distrito Federal e que a concessão dependerá sempre da aprovação unânime de todos os Estados. Já a revogação dos benefícios depende da aprovação de quatro quintos dos representantes estaduais. A procuradoria do Distrito Federal argumenta na ação que a lei contraria o princípio democrático de aprovação por maioria, pois a Constituição não exige unanimidade para a aprovação de qualquer dos diplomas legais.
Para a procuradoria, a norma não teria sido recepcionada pela Constituição Federal. "A exigência da unanimidade não é adequada para o alcance do objetivo final da norma, que é desestimular a guerra fiscal", diz a petição assinada pelo procurador-geral do Distrito Federal Marcelo Lavocat Galvão. Segunda a argumentação, "não é razoável que num país em que as desigualdades regionais são reconhecidas pela própria Constituição, exigir a unanimidade para a concessão de benefícios fiscais".
O Distrito Federal tentou obter uma liminar para suspender os artigos que determinam a aprovação unânime, mas o pedido foi negado pelo relator da ação no Supremo, ministro Dias Toffoli. O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou na ação de forma contrária à tese do Distrito Federal. De acordo com o parecer do órgão, o peso atribuído a todos os Estados é igual, para que não se alegue a concessão de poder a um ente da federação em detrimento dos demais. Para o MPF, a lei de 1975 tem por objetivo evitar medidas ilegítimas feitas pelos Estados para atrair investimentos internos e externos, e a unanimidade evita concessão de benefícios unilaterais que causam a guerra fiscal.
Na avaliação de tributaristas, caso o Supremo aceite o pedido do Distrito Federal, a guerra fiscal travada hoje entre os Estados pode ser amenizada. Para o advogado João Rafael Gândara, do Pinheiro Neto Advogados, por ser uma norma rígida, os Estados a desobedecem e fazem acordos unilaterais para atrair investimentos. "A mudança pode significar ainda mais segurança para o contribuinte, que é atraído para alguns Estados com a promessa de benefícios fiscais de um governo e acaba refém da troca de governos", diz Gândara.
De acordo com Jacques Veloso de Melo, sócio do escritório de Advocacia Fernandes Melo, quase todos os Estados possuem normas de incentivo ao setor produtivo que foram implementadas sem a aprovação do Confaz. "A aprovação por maioria colocaria um fim na guerra fiscal, pois seria possível o debate entre os Estados e a aprovação de todas as normas que objetivem o desenvolvimento regional", diz Melo. Na opinião dele, a guerra fiscal é fruto da reação dos Estados aos vetos.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

DEMANDA POR VOOS NACIONAIS CRESCE 30%


O forte crescimento do mercado aéreo doméstico pode acelerar as discussões, dentro do governo, sobre as mudanças na gestão dos aeroportos, especialmente envolvendo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
O mês de setembro mostrou um crescimento do fluxo de passageiros transportados no país de 29,93% em relação a setembro de 2009. É o décimo sexto mês consecutivo de expansão da demanda por voos domésticos. Somente neste ano, o aumento é de 27,38% no país e 18,42% nas rotas internacionais.
A TAM permaneceu na liderança dos voos nacionais, com 42,40%. A Gol, controladora da Varig, respondeu por 39,46% da demanda. A Azul (6,60%), a Webjet (5,34%) e a Avianca (2,84%) vieram logo em seguida.
Nos voos internacionais operados por empresas brasileiras, o aumento da demanda em setembro foi de 26,97% em relação ao mesmo mês do ano passado. A TAM tem 84,54% de participação no mercado e a Gol 15,42%. A taxa de ocupação nos voos internacionais é de 82,20%, o que representa alta de 8,49% em relação a setembro de 2009.
O aumento da ocupação das aeronaves em voos nacionais também cresceu. A taxa nos voos domésticos aumentou, de 66,43% em setembro de 2009 para 73,38% em setembro deste ano. As seis maiores companhias obtiveram melhoras na taxa de ocupação.
O governo começou a se movimentar para tentar resolver a situação caótica dos aeroportos com o rápido aumento da demanda, segundo uma fonte do setor. A principal mudança que o governo pretende fazer é aumentar o capital da Infraero permitindo a venda de ações na bolsa e o consequente fortalecimento da estatal, mantendo o controle acionário do Estado.
Ano passado, o governo encomendou um estudo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para saber a viabilidade de abrir o capital da Empresa.
Apesar de a capitalização ser o modelo preferido no momento, existem outras soluções que podem ser estudadas pelo próximo presidente. No Brasil, o modelo de gestão privado será testado no aeroporto de São Gonçalo do Amarante no Rio Grande do Norte, e é pouco usado em outros países.
Outra opção que poderia ser usada no Brasil é o modelo dos Estados Unidos, com gestão de governo local (estaduais ou municipais). Com isso os próprios estados poderiam escolher como iriam gerenciar o espaço da melhor forma. Existe também a hipótese de distribuição de aeroportos por lotes, com alguns lucrativos e outros deficitários para serem operados durante um tempo por empresas.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

INSCRIÇÕES COM TARIFA REDUZIDA PARA A ABAV 2010 TERMINAM HOJE (15/10)


Depois, o credenciamento segue normalmente, mas com preço integral, até o dia do evento

As inscrições com tarifa promocional para o 38º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – ABAV 2010 e Feira das Américas acabam hoje, dia 15 de outubro. Após essa data, o credenciamento prossegue normalmente, mas com preço integral, até o dia do evento. O formulário está disponível no site www.feiradasamericas.com.br e as credenciais serão retiradas diretamente no local do evento, de 20 a 22 de outubro, no Riocentro, Rio de Janeiro.
Até hoje, os associados à entidade têm direito a 10 credenciamentos gratuitos por agência, não associados e agências internacionais pagam R$ 137, estudantes R$ 74 e sócios afiliados R$ 95. Posteriormente, a inscrição passa a custar R$ 63 para associados, R$ 168 para não associados e agências internacionais, R$ 84 para estudantes e R$ 116 para sócio afiliado. O credenciamento para jornalistas é gratuito.
Para preencher a ficha de inscrição, o participante deverá clicar na área demarcada para credenciamento on-line no site e selecionar a sua identificação (associado, afiliado, não associado, estudante, visitante internacional). O sistema informará automaticamente o valor a ser pago. Em seguida, será solicitado um e-mail e senha e deverão ser respondidos os campos do cadastro. Após finalizar o processo, o participante receberá um e-mail de confirmação com seu código de inscrição. Com ele, poderá dirigir-se às centrais de autoatendimento, localizadas na entrada do Pavilhão 1 do Riocentro, para retirada da credencial.

Saiba como se credenciar

Associados e Afiliados ABAV: inscrição feita pelo site, bastando informar o código de associado (formado pela sigla do Estado mais quatro dígitos) para identificação e obtenção de inscrição. Caso haja alguma irregularidade em seu cadastro, procure sua ABAV Estadual para regularização.

Agentes de Viagens Internacionais: inscrição feita pelo site. Visitantes internacionais devem procurar a associação dos agentes de viagens de seu país para obter um código de identificação e promoção (válida para associações internacionais parceiras da ABAV).

Não Associados: inscrição feita pelo site, por qualquer profissional do turismo. O credenciamento é confirmado mediante ao pagamento da inscrição.

Jornalistas: o credenciamento é gratuito. Jornalistas que participaram da Edição 2009 do congresso receberão, por e-mail, um credenciamento facilitado para apenas confirmar ou modificar os seus dados. Os demais interessados em realizar a cobertura do evento precisam acessar o site, na área reservada à Imprensa, e seguir as instruções. As solicitações novas serão avaliadas pela assessoria de imprensa da ABAV e, sendo aprovadas, as credenciais poderão ser retiradas durante o evento, mediante apresentação de documentação do veículo (crachá funcional).

Estudantes: podem visitar a feira em grupos ou individualmente. Inscrições individuais poderão ser feitas pelo site, informando o código da carteira de identificação de estudante. O mesmo documento deverá ser apresentado para entrada na feira, obrigatoriamente. A visita de grupos (mínimo de 15 pessoas) deverá ser monitorada por um coordenador do curso.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 2129-6303 ou pelo e-mail credenciamento@feiradasamericas.com.br.