sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DEMANDA POR VOOS NACIONAIS CRESCE 30%


O forte crescimento do mercado aéreo doméstico pode acelerar as discussões, dentro do governo, sobre as mudanças na gestão dos aeroportos, especialmente envolvendo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
O mês de setembro mostrou um crescimento do fluxo de passageiros transportados no país de 29,93% em relação a setembro de 2009. É o décimo sexto mês consecutivo de expansão da demanda por voos domésticos. Somente neste ano, o aumento é de 27,38% no país e 18,42% nas rotas internacionais.
A TAM permaneceu na liderança dos voos nacionais, com 42,40%. A Gol, controladora da Varig, respondeu por 39,46% da demanda. A Azul (6,60%), a Webjet (5,34%) e a Avianca (2,84%) vieram logo em seguida.
Nos voos internacionais operados por empresas brasileiras, o aumento da demanda em setembro foi de 26,97% em relação ao mesmo mês do ano passado. A TAM tem 84,54% de participação no mercado e a Gol 15,42%. A taxa de ocupação nos voos internacionais é de 82,20%, o que representa alta de 8,49% em relação a setembro de 2009.
O aumento da ocupação das aeronaves em voos nacionais também cresceu. A taxa nos voos domésticos aumentou, de 66,43% em setembro de 2009 para 73,38% em setembro deste ano. As seis maiores companhias obtiveram melhoras na taxa de ocupação.
O governo começou a se movimentar para tentar resolver a situação caótica dos aeroportos com o rápido aumento da demanda, segundo uma fonte do setor. A principal mudança que o governo pretende fazer é aumentar o capital da Infraero permitindo a venda de ações na bolsa e o consequente fortalecimento da estatal, mantendo o controle acionário do Estado.
Ano passado, o governo encomendou um estudo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para saber a viabilidade de abrir o capital da Empresa.
Apesar de a capitalização ser o modelo preferido no momento, existem outras soluções que podem ser estudadas pelo próximo presidente. No Brasil, o modelo de gestão privado será testado no aeroporto de São Gonçalo do Amarante no Rio Grande do Norte, e é pouco usado em outros países.
Outra opção que poderia ser usada no Brasil é o modelo dos Estados Unidos, com gestão de governo local (estaduais ou municipais). Com isso os próprios estados poderiam escolher como iriam gerenciar o espaço da melhor forma. Existe também a hipótese de distribuição de aeroportos por lotes, com alguns lucrativos e outros deficitários para serem operados durante um tempo por empresas.

(Fonte : Jornal Valor Econômico)

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