terça-feira, 14 de junho de 2011

FOCUS PREVÊ PIB EM 2011 ABAIXO DE 4%, PELA PRIMEIRA VEZ EM 1 ANO E MEIO


Pela primeira vez desde que começaram a ser divulgadas as projeções para 2011, em 15 de janeiro de 2010, o mercado reduziu para abaixo de 4% a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Na média das 80 instituições consultadas semanalmente pelo boletim Focus do Banco Central (BC), a aposta é que haja crescimento de 3,96%. É a menor previsão para o ritmo de atividade econômica desde junho de 2009, quando os cálculos eram de recessão para aquele ano e de expansão máxima de 3,5% para o seguinte.
O PIB mais fraco é uma consequência do aperto monetário em curso desde dezembro para conter a inflação. Medidas de restrição ao crédito foram impostas, bem como quatro altas seguidas dos juros básicos desde janeiro. A previsão para o PIB industrial de 2011 também recuou, de 3,50% para 3,46%.
Ainda que haja desaceleração da economia, analistas continuam céticos quanto ao comportamento da inflação. A projeção para o IPCA de 2011 recuou pela sexta semana seguida, de 6,22% para 6,19%, mas para 2012 houve revisão para cima, de 5,10% para 5,13%. Apesar disso, fontes do governo destacaram que a queda na projeção do PIB deste ano mostra que a política de aperto monetário está surtindo efeito. Para o próximo ano, os analistas mantiveram 4,10%.
- Foi um pequeno ajuste no PIB, mas já sinaliza um crescimento menor neste ano, como o governo espera. Já por outro lado, a alta na inflação, ainda que pequena, mostra que os analistas ainda estão céticos em relação ao processo de queda na inflação a curto prazo - disse o economista da consultoria Tendências Sílvio Campos Neto.
Segundo o Focus, os analistas mantiveram a previsão de que a Selic - hoje em 12,25% ao ano - termine 2011 a 12,50%, com apenas mais uma alta, de 0,25 ponto percentual, na reunião de julho. Porém, quando se observam apenas as cinco instituições que mais acertam as previsões de juros, a estimativa é de 12,75% ano em dezembro. A taxa de câmbio também caiu, de R$1,61 para R$1,60, no fim de 2011.

(Fonte : Jornal O Globo / imagem divulgação)

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