terça-feira, 9 de agosto de 2011

PF PRENDE SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO TURISMO



A Polícia Federal prendeu nesta manhã o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa e o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moyses, na operação Voucher que investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá.
Costa foi nomeado em janeiro pelo ministro Pedro Novais (PMDB) e Moysés dirigiu a Embratur até o meio deste ano.
A ação, com cerca de 200 policiais federais, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, a PF está cumprindo 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e 7 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, são investigados também funcionários do Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e empresários.
Em São Paulo, foram presas 12 pessoas, sete em prisão preventiva e cinco temporária. Os detidos serão levados para o Amapá.
O principal preso em São Paulo foi o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo Colbert Martins da Silva Filho. Moyses é ligado ao PT e assessorou a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy. Colbert foi indicado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima.

ONG RECEBEU R$ 19,5 MILHÕES DO MINISTÉRIO DO TURISMO

A Polícia Federal revelou que a ONG que teria desviado recursos do Ministério do Turismo é o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).
A Folha apurou que a ONG, com sede em São Paulo, recebeu emenda da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) para treinamento em turismo no ano de 2009 no valor de R$ 4 milhões.
De acordo com a PF, houve "direcionamento das contratações às empresas pertencentes ao esquema de corrupção; ausência de preços de referência e de critérios de aceitabilidade de preços; inexecução ou execução parcial do objeto pactuado no convênio; pagamento antecipado de serviços; fraude nos documentos comprobatórios de despesas; contrapartida não executada ou executada irregularmente pelo Instituto sem fins lucrativos".
Entre 2009 e 2011, esta ONG prestou outros serviços para o Ministério do Turismo que somam R$ 15,9 milhões.
A ONG se apresenta com tendo quatro dirigentes: Luiz Gustavo Machado, Maria Helena Necchi, Sandro Saad e Jorge Fukuda.
Luiz Gustavo foi assessor da presidência da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) entre 1999 e 2002. Maria Helena trabalhou no mesmo período na Secretaria de Assistência Social do Estado de São Paulo. Fukuda foi assessor jurídico na SPTrans - empresa municipal que cuida do transporte na capital paulista - na década de 90.

(Fonte : Folha online)

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