Moreira Franco, que será secretário
do PPI (Programa de Parceira de Investimentos), afirma que o
governo não tem mais dinheiro para subsidiar tarifa baixa aos usuários das
concessões e que o retorno das empresas será definido
por critérios matemáticos.
"Não dá para resolver
problema de aritmética com ideologia", disse em entrevista à Folha
Moreira, ex-governador do Rio e que foi ministro da Aviação Civil no governo
Dilma Rousseff.
*
Folha - O modelo de concessão
estava baseado em reduzir ao máximo as tarifas. Vai continuar assim?
Moreira Franco - Isso era
financiado de duas formas. O governo pagava uma parte da obra e dava subsídios
via BNDES. No final, a conta caía no Tesouro. O governo não tem mais dinheiro.
Vamos buscar a modelagem necessária em cada projeto para que não tenha
subsídio.
O senhor falou que o governo
anterior, de Dilma Rousseff, fixava taxas de retorno. Mas isso é obrigatório
pelos órgãos de controle, que pedem uma taxa de referência para determinar a
tarifa, por exemplo. O governo anterior puxava para baixo...
Não tem que puxar nem para baixo
nem para cima. Há métodos que permitem chegar ao valor com precisão. O que não
pode é achar um valor e dizer que "está alto" e criar subsídio para
baixar. Não dá para resolver problema aritmético com ideologia.
Mas como fugir da pressão dos
usuários por preço baixo?
Mercado. Quando você vai comprar
arroz e está caro, você vai em outro lugar, substitui. Não dá é para disfarçar
com subsídio.
O senhor já tem um conjunto de
concessões prioritárias?
Vamos levantar isso nas agências
do governo e resolver os problemas mais fáceis para iniciar as obras de novas
concessões. Temos de começar a gerar empregos.
(Fonte : Jornal Folha de SP /
Imagem divulgação)
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