quinta-feira, 26 de julho de 2012

TAM E AS AÉREAS QUE MAIS GANHAM COM TAXAS E SERVIÇOS EXTRAS



Ficou pra trás o tempo em que as companhias aéreas faturavam apenas com as vendas de passagens. Hoje uma parte importante do negócio está na oferta de serviços complementares, aqueles adicionais ao bilhete, que vão de espaço extra e acesso ao longe a uso do wi-fi nos aviões. Em dez anos, a receita proveniente desses serviços foi multiplicada por dez – as vendas saltaram de 1,72 bilhão de euros, em 2007, para 18,23 bilhões de euros, em 2011. O número de empresas que ofertam esses serviços duplicou no mesmo período.
Os dados, fornecidos por uma pesquisa inédita feita pelas consultorias Amadeus e IdeaWorksCompany, a partir dos relatórios financeiros de 108 companhias aéreas em todo mundo, mostram que a receita com esse tipo de serviço cresceu 66% apenas nos últimos dois anos. Se antes essas ofertas eram limitadas às empresas de baixo custo, hoje elas se tornaram prioridade para a maioria das companhias do setor.
A TAM é a única brasileira entre elas, na nova posição. Juntas, elas faturaram 13,7 bilhões de euros, ou seja, 75% de toda receita gerada com serviços adicionais para as áreas no mundo.

UNITED CONTINENTAL

Líder entre as que mais faturam com serviços adicionais, tanto em 2010 como 2011, a United Continental oferece todo tipo de serviço, de refeição diferenciada a milhagens. E a receita com esses serviços só aumenta.
Se em 2010, a companhia faturava 3,530 bilhões de euros com os serviços, no ano seguinte a receita foi para 4,162 bilhões de euros – em termos de comparação, o valor equivale a cerca de 60% da receita líquida total obtida pela TAM, no ano passado. A United chega a ganhar 29,36 euros a mais por passageiro apenas com a venda de complementos.
Uma das suas ofertas é o cartão Visa MileagePlus Explorer que prove um embarque de bagagem extra, dois passes para o lounge do aeroporto por ano, embarque antecipado, milhas extras e mais vantagens. A anuidade do cartão, a partir do segundo ano, é de 95 dólares.

DELTA AIR LINES

A americana Delta é a segunda que mais fatura com esses serviços que incluem, principalmente, despacho de bagagem e venda de milhas aéreas para seus parceiros bancários. A companhia faturou 2,039 bilhões de euros com esse tipo de oferta em 2011 – ainda assim, menos do que no ano anterior, quando a receita foi de 2,612 bilhões de euros.
Uma das razões da receita ter diminuído, aponta o levantamento, é o fato da empresa ter começado a refinar a divulgação dessas receitas, com a exclusão de valores advindos de alguns negócios ligados à aviação

AMERICAN AIRLINES

Assim como a Delta, a American Airlines teve suas receitas de serviços adicionais vindas de despacho de bagagem e venda de milhas aéreas para seus parceiros bancários. Mas, ao contrário da concorrente, a American teve um crescimento expressivo do faturamento com esse tipo de produto.

QANTAS AIRWAYS

A companhia, que faturava 1,379 bilhão de euros, em 2010, viu sua receita crescer para 1,7 bilhão de euros, no ano passado companhia australiana Qantas Airways (e sua marca de low coast Jetstar) ocupa o quarto lugar no ranking, com faturamento de 1,141 bilhão de euros no ano passado – em 2011, a receita era de 1,087 bilhão de euros e a empresa também ocupada a mesma posição. A aérea chega a faturar 40,91 euros a mais por passageiros, além da venda de passagens, apenas com a venda desses adicionais
A maneira como vende esses serviços são as mais variadas possíveis e incluem a tradicional abordagem à la carte com a cobrança pelo jantar, entretenimento a bordo, despacho de bagagens e assentos com espaço extra. Uma das inovações mais recentes da empresa foi a venda de uma tecnologia que, conectada à reserva do passageiro, permite check-in de bagagens simplificado para voos dentro da Austrália.
Ainda assim, sua maior fonte de receita é gerada por seu programa de milhagem. A única que se assemelha com ela nessa parte é a brasileira TAM

TAM

A TAM é a única aérea brasileira a figurar na lista das que mais faturam com serviço extra, com resultados que a fizeram subir da 10ª para a 9ª posição no ranking. E foi a empresa que mais viu esse faturamento subir entre as dez mais.
Em 2011, a companhia faturou 537,315 milhões de euros com a venda de serviços adicionais, como refeição a bordo e excesso de bagagem, quase 50% mais do que o faturado no ano anterior. Porém, diferente das outras do ranking, com exceção da australiana Qantas, a TAM tem essa receita gerada principalmente por meio de seu programa de milhagem

(Fonte : Revista Exame Online / imagem divulgação)

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