quinta-feira, 26 de julho de 2012

COM ATRASOS EM VOOS, PASSAGEIROS SE SENTAM NO CHÃO EM CONGONHAS



Passageiros cansados de esperar após uma manhã de atrasos e cancelamentos no aeroporto de Congonhas, Zona Sul de Sao Paulo, se sentaram pelo chão e nas escadas do aeroporto nesta segunda-feira (25). Um forte nevoeiro impediu a abertura para pousos nesta manhã e a dificuldade nos embarques continuava por volta das 16h. No horário, o aeroporto operava por instrumentos para pousos e decolagens. Segundo a Infraero, 27 voos estavam atrasados.
Desde 6h, quando o aeroporto foi aberto, até as 16h, a Infraero registrou o cancelamento de 36 voos. Das 153 partidas programadas até o horário, 99 registraram atrasos - ou 64,7%.
Às 6h o aeroporto abriu para decolagens, mas continuou fechado para pousos até 9h41. Sem o pouso de aeronaves, não foi possível realizar decolagens, o que causou acúmulo de passageiros aguardando seus voos em todas as dependências do aeroporto. A sala de embarque chegou a ficar fechada de 9h50 e 10h22.
No aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, passageiros que aguardavam a decolagem de um vôo com destino a Congonhas por volta das 13h foram informados que as autorizações de decolagem para o aeroporto paulista estavam temporariamente suspensas – com o mau tempo, o pátio de Congonhas teria ficado lotado.

PACIÊNCIA

A servidora pública Débora Bastos, de 27 anos, que mora em Brasília, chegou a Congonhas às 7h30 com medo de ficar presa no trânsito. Ela embarcaria às 9h08, mas às 11h continuava sem previsão de embarque. Cansada de esperar, Débora se sentou no chão. “Já encontrei lugar para sentar e me levantei. Já andei o aeroporto todinho. Agora vou descansar um pouco. É estressante, porque tenho que trabalhar e não vou chegar a tempo”, disse.
Outro que cansou de esperar e procurou uma escada foi o advogado Pedro Feldon, de 33 anos, que é de Goiânia. “Ontem eu vi que o tempo fechou. Não tem o que fazer. Você tem que exercitar a paciência”, declarou. “Em um dia como hoje é difícil atender a todos. Cada um tem que resolver suas necessidades como pode. Eu procurei a escada porque está mais tranquila, dá para ler.”
A auxiliar de enfermagem Keila Da Hora Pereira, de 26 anos, e a técnica em enfermagem Alessandra Nunes, de 32, também estavam apreensivas, porque temiam perder uma conexão em Salvador para Ilhéus, cidade onde moram. “Nós íamos embarcar 11h, mas agora não temos mais previsão”, afirmou Keila. “Aqui em São Paulo é comum ter nevoeiro. Eles deviam deixar mais lugares para a gente esperar nessas horas”, disse Alessandra.

(Fonte : VNews / imagem divulgação)

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