quinta-feira, 5 de maio de 2011

AMBEV ELEVA EM ATÉ 2,5% PREÇO DE BEBIDAS


Após seu volume de vendas e seu "market share" terem caído no primeiro trimestre em decorrência do aumento do preço de suas bebidas, a Ambev fez, em abril, um novo reajuste, de 1,5% a 2,5%.
"Nossa expectativa é que em maio já esteja impactando o consumidor", afirmou Nelson Jamel, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da empresa, que tem marcas como Brahma e Antarctica, em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.
O reajuste, afirma, é repasse de um aumento médio de 15% dos tributos federais (PIS/Cofins e IPI).
Embora o volume vendido no primeiro trimestre tenha sido 0,3% menor -com queda de 1,1% no Brasil-, a receita líquida subiu 7,2% (para R$ 6,6 bilhões), e o lucro, 26,6% (para R$ 2,9 bilhões).
O volume caiu, principalmente, devido à alta de preços entre 7,5% e 8,5% no fim de 2010 e a questões climáticas (chuvas no Sudeste).
"Ganhos de eficiência não foram suficientes para reduzir os custos do aumento do preço das commodities."
O executivo acrescenta que o reajuste do salário mínimo neste ano (só pela inflação) não deu impulso suficiente à renda do trabalhador como havia ocorrido no ano passado - e como deve ocorrer no ano que vem.
Além da inflação, a regra do reajuste do salário mínimo considera o crescimento econômico (PIB) de dois anos antes, e em 2010 foi de 7,5%.
Por isso, a Ambev disse manter a estimativa de investir até R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2011, montante que será destinado à construção de novas fábricas e centros de distribuição e à ampliação de unidades já existentes. O ritmo dos investimentos, contudo, será cauteloso.
A companhia vai observar como o mercado irá absorver os novos preços. A Ambev não prevê mais reajustes agora, mas irá avaliar possíveis aumentos ao fim do ano.

CONTROLADORA

Lá fora, a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo e controladora da brasileira Ambev, sofreu a primeira queda nas vendas (0,4%) desde 2009.
As justificativas foram as mesmas da brasileira - aumento de preços e chuvas no Brasil-, acrescida pela alta do desemprego dos EUA.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo)

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