Em um
primeiro momento, as quase 12 horas de viagem —a depender do trânsito na
estrada e do tempo de conexão entre os voos — de São Paulo até Carolina, cidade
na divisa do Maranhão com o Tocantins, pode assustar. Mas duas boas recompensas
fazem valer a pena se aventurar nesse trajeto.
A
primeira é a vista deslumbrante do alto da Chapada das Mesas: formações
geográficas de arenito, de cerca de 70 milhões de anos e que podem atingir por
volta de 400 metros de altura. São dezenas nas imediações de Carolina.
A segunda
é a água quentinha da região —consequência da temperatura elevada na maior
parte do ano. Uma surpresa para quem se acostumou com cachoeiras como sinônimo
de frio e dentes batendo.
E, para
mergulhar logo, uma boa opção é o Encanto Azul, um poço de até sete metros de
profundidade, com água cristalina e cercado de paredões de pedra.
Para
chegar até ele, saindo de Carolina, é preciso encarar mais de 100 km da BR-230
e uma estrada de terra. Uma escadaria de 147 degraus e tábuas de madeira fecham
o percurso.
Uma dica
é chegar por volta das 10h, quando a luz do sol deixa a água azul turquesa,
quase verde. A outra é usar o snorkel — a visibilidade total revela paisagens
submersas incríveis. O Encanto Azul fica em um complexo turístico, com
restaurante e chalés. Lá também é ponto de partida para o Poço Azul.
De novo é
preciso passar por rampas e escadarias de madeira. A maior diferença para o
Encanto é que os paredões rochosos estão mais afastados, lembrando um lago. A
cachoeira de Santa Bárbara, de 75 metros, uma das maiores da região, fica ao
lado.
Não são
só descidas a poços que fazem a chapada, afinal estamos falando de platôs de
cerca de 400 metros de altura.
Uma das
subidas mais populares é no Refúgio Ambiental Torre da Serra da Lua, no povoado
de Canabrava, no Tocantins.
Na trilha
de 10 km, a mais comum, o terreno plano nos primeiros quilômetros pode deixar o
aventureiro menos alerta. Mas a partir daí a dificuldade aumenta.
O caminho
é íngreme, de areia e com pedras soltas. Mas poucas vezes é preciso usar galhos
e cordas para se equilibrar.
Todo o
cansaço fica para trás no alto do platô. Há sombras, venta e é plano. Não por
acaso algumas "mesas" são usadas para criação de gado. E também
refúgio da onça, animal mais temido da região, ainda que não haja registros de
ataques a pessoas.
Lá em
cima, o prêmio pelo esforço são mirantes que dão um panorama em 360 graus da
chapada, com as curvas do rio Tocantins completando o cenário.
Aliás, a
volta do passeio ocorre pelo próprio rio, em uma voadeira, uma embarcação fina
e comprida, de onde é possível ver o sol se pôr em meio às águas.
E não se
esqueça de visitar o Portal da Chapada, uma pedra com um buraco em forma de
pirâmide bem no meio. Por essa "janela", dá para ver o Morro do
Chapéu, cartão-postal de lá. O melhor é ir cedinho ou no fim da tarde, para
pegar o local iluminado pelos raios solares.
DICA DE
VERÃO
Basta
passar por uma breve trilha na cachoeira de São Romão, no Parque Nacional da
Chapada das Mesas, para ficar a centímetros da queda d'água, atrás da cascata.
O local é ideal para aprender a andar de caiaque pela pouca profundidade nas
margens
QUEM LEVA
Adventure Club
adventureclub.com.br; tel. 5573-4142.
A partir de R$ 2.535.
Inclui seis dias em apto. duplo, com passeios
na chapada.
Sem aéreo
Terrae Viagens
terraev.com.br; tel. 5504-1901.
A partir de R$ 2.171.
Inclui, no Ano-Novo, seis dias em apto. duplo
e traslados. Sem aéreo
Venturas Viagens
venturas.com.br; tel. 3879-9494.
A partir de R$ 2.100.
Inclui seis dias na pousada Candeeiros em
apto. duplo, com passeios, guia e traslados. Sem aéreo
(Fonte
: Rev. Viaja SP / Imagem divulgação)
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