quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Chapada das Mesas é repleta de cachoeiras, trilhas e poços de águas transparentes




Em um primeiro momento, as quase 12 horas de viagem —a depender do trânsito na estrada e do tempo de conexão entre os voos — de São Paulo até Carolina, cidade na divisa do Maranhão com o Tocantins, pode assustar. Mas duas boas recompensas fazem valer a pena se aventurar nesse trajeto.

A primeira é a vista deslumbrante do alto da Chapada das Mesas: formações geográficas de arenito, de cerca de 70 milhões de anos e que podem atingir por volta de 400 metros de altura. São dezenas nas imediações de Carolina.

A segunda é a água quentinha da região —consequência da temperatura elevada na maior parte do ano. Uma surpresa para quem se acostumou com cachoeiras como sinônimo de frio e dentes batendo.

E, para mergulhar logo, uma boa opção é o Encanto Azul, um poço de até sete metros de profundidade, com água cristalina e cercado de paredões de pedra.

Para chegar até ele, saindo de Carolina, é preciso encarar mais de 100 km da BR-230 e uma estrada de terra. Uma escadaria de 147 degraus e tábuas de madeira fecham o percurso.

Uma dica é chegar por volta das 10h, quando a luz do sol deixa a água azul turquesa, quase verde. A outra é usar o snorkel — a visibilidade total revela paisagens submersas incríveis. O Encanto Azul fica em um complexo turístico, com restaurante e chalés. Lá também é ponto de partida para o Poço Azul.

De novo é preciso passar por rampas e escadarias de madeira. A maior diferença para o Encanto é que os paredões rochosos estão mais afastados, lembrando um lago. A cachoeira de Santa Bárbara, de 75 metros, uma das maiores da região, fica ao lado.

Não são só descidas a poços que fazem a chapada, afinal estamos falando de platôs de cerca de 400 metros de altura.

Uma das subidas mais populares é no Refúgio Ambiental Torre da Serra da Lua, no povoado de Canabrava, no Tocantins.

Na trilha de 10 km, a mais comum, o terreno plano nos primeiros quilômetros pode deixar o aventureiro menos alerta. Mas a partir daí a dificuldade aumenta.

O caminho é íngreme, de areia e com pedras soltas. Mas poucas vezes é preciso usar galhos e cordas para se equilibrar.

Todo o cansaço fica para trás no alto do platô. Há sombras, venta e é plano. Não por acaso algumas "mesas" são usadas para criação de gado. E também refúgio da onça, animal mais temido da região, ainda que não haja registros de ataques a pessoas.

Lá em cima, o prêmio pelo esforço são mirantes que dão um panorama em 360 graus da chapada, com as curvas do rio Tocantins completando o cenário.

Aliás, a volta do passeio ocorre pelo próprio rio, em uma voadeira, uma embarcação fina e comprida, de onde é possível ver o sol se pôr em meio às águas.

E não se esqueça de visitar o Portal da Chapada, uma pedra com um buraco em forma de pirâmide bem no meio. Por essa "janela", dá para ver o Morro do Chapéu, cartão-postal de lá. O melhor é ir cedinho ou no fim da tarde, para pegar o local iluminado pelos raios solares.



DICA DE VERÃO

Basta passar por uma breve trilha na cachoeira de São Romão, no Parque Nacional da Chapada das Mesas, para ficar a centímetros da queda d'água, atrás da cascata. O local é ideal para aprender a andar de caiaque pela pouca profundidade nas margens



QUEM LEVA

Adventure Club

adventureclub.com.br; tel. 5573-4142.

A partir de R$ 2.535.

Inclui seis dias em apto. duplo, com passeios na chapada.

Sem aéreo



Terrae Viagens

terraev.com.br; tel. 5504-1901.

A partir de R$ 2.171.

Inclui, no Ano-Novo, seis dias em apto. duplo e traslados. Sem aéreo



Venturas Viagens

venturas.com.br; tel. 3879-9494.

A partir de R$ 2.100.

Inclui seis dias na pousada Candeeiros em apto. duplo, com passeios, guia e traslados. Sem aéreo



(Fonte : Rev. Viaja SP / Imagem divulgação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário