As
informações foram dadas pelo secretário executivo da Secretaria de Aviação
Civil (SAC), Guilherme Ramalho, e pelo presidente da Associação Brasileira das
Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. “A proposta está em fase final de
formatação”, disse Ramalho. “Haverá uma nova reunião na semana que vem, aí
então serão dados os detalhes”, afirmou. Ele confirmou a ideia de que o
programa de subsídios será atrelado ao preço do combustível para a aviação,
item responsável por cerca de40%dos custos das companhias no Brasil. “A ideia é
que seja vinculado ao combustível e que permita uma redução de preços que
possam competir com as passagens de ônibus”, disse.
A
expectativa deles é de que o plano passe a vigorar no fim do ano. “Na semana
retrasada foi aprovada a fórmula que vai basear a implementação desse processo,
e nós aceitamos”, disse Sanovicz. Segundo ele, a proposta deve virar um projeto
de lei no fim deste mês ou início de maio.
Sanovicz
afirmou que as companhias aéreas estão satisfeitas com o debate com o governo
federal sobre o tema e afirmou que o projeto deve aumentar o número de clientes
para o setor. “Estamos satisfeitos com a qualidade do debate com o governo federal,
porque ele é transparente e porque temos a oportunidade de explicitar nosso
ponto de vista e colocar a nossa agenda, mesmo que nem tudo seja aprovado.”
Variáveis
A
fórmula do Plano Nacional de Aviação Regional apresentada pelo governo à
iniciativa privada também leva em consideração o tamanho dos 270 aeroportos
contemplados pelo programa e o porte da aeronave utilizada no trecho em uma
relação inversamente proporcional. Ou seja, quanto menor o aeroporto ou a
aeronave, maior o subsídio. O governo dividiu os aeroportos em três faixas: até
100 mil passageiros por ano; até 500 mil passageiros anuais; e até 800 mil
passageiros por ano.
No
item da fórmula que se refere aos aviões o governo vai subsidiar metade dos
assentos até o limite de 60 lugares por aeronave. “O subsídio será para 50% do
avião ou até 60 assentos, o que for menor”, disse uma fonte do setor. Haverá,
ainda, um multiplicador que será aplicado no cálculo de definição do tamanho do
subsídio que será oferecido para cada rota.
O
governo deixou claro para as companhias aéreas que dinheiro não é problema. O
Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) tem atualmente perto de R$ 7 bilhões –
montante que reúne receitas oriundas de tarifas portuárias e de navegação aérea
além do pagamento das outorgas dos aeroportos concedidos à iniciativa privada.
“Eles disseram para as empresas aéreas não se preocupem com o teto”, disse uma
fonte.
Os
recursos do Fnac vão financiar os subsídios da aviação regional. A proposta do
governo foi aceita pelas quatro grandes companhias em atuação no mercado
doméstico brasileiro.
Expansão
Expansão
Especialistas
e agentes do setor aéreo trabalham com um cenário de que o plano de aviação
regional vai aumentar a base de clientes das companhias aéreas nos próximos
anos. Durante o evento de ontem, o secretário executivo da SAC disse que a
previsão é de que o País tenha em 2030 pelo menos o dobro de passageiros do
mercado atual – de 111,2 milhões de clientes em 2013, num universo de apenas
120 municípios atendidos por voos regulares.
Segundo
ele, nos Estados Unidos há mais de 1 bilhão de passageiros e 530 aeroportos com
operações regulares. Na Europa, disse, são 1,5 bilhão de passageiros e mais de
600 aeroportos.
“Quando olhamos esses dois mercados na década de 1970 notamos grandes semelhanças com o que é o Brasil hoje”, afirmou na palestra. “Não tenho dúvidas de que estamos caminhando para o mesmo lugar.”
“Quando olhamos esses dois mercados na década de 1970 notamos grandes semelhanças com o que é o Brasil hoje”, afirmou na palestra. “Não tenho dúvidas de que estamos caminhando para o mesmo lugar.”
● Fórmula
270
aeroportos
devem ser contemplados no Plano Nacional de Aviação Regional apresentada pelo
governo à iniciativa privada. Quanto menor o aeroporto ou a aeronave, maior
será o subsídio.
(Fonte
: Jornal O Estado de São Paulo / imagem divulgação)
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