Uma
das principais alterações é o aumento dos pousos e decolagens na pista
principal de Congonhas. Hoje o limite é de 30 movimentos por hora para as
empresas aéreas. Esse limite aumentará - serão provavelmente dois voos a mais.
Apenas companhias que não atuam hoje no aeroporto poderão se candidatar ao uso
das autorizações adicionais para pousos e decolagens - os "slots".
Uma
exceção deverá ser aberta à Avianca porque ela detém menos de 5% das operações
atuais de Congonhas. A Azul só opera no aeroporto aos sábados. Todas as
mudanças serão implementadas somente após a Copa do Mundo, já que foi até
organizada uma malha aérea especial para o evento.
Não
haverá redução dos voos permitidos para a aviação geral, o que traz alívio a
empresas de táxi aéreo e donos de jatinhos. TAM e Gol, ao contrário do que se
imaginava inicialmente, não vão sair perdendo em um primeiro momento. Mais à
frente, porém, seus slots podem ficar sob risco. É que, paralelamente, a
Secretaria de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
pretende fechar o cerco a cancelamentos e atrasos de voos. Hoje, para preservar
seus voos, as aéreas precisam comprovar que 80% dos voos programados são
efetivamente realizados. Esse é o chamado índice de regularidade.
Com
o aperto de regras, essa exigência deverá subir para 90%. Ou seja, a cada dez
voos, só um poderia ser cancelado. Além disso, será necessário alcançar uma
marca mínima de 80% de pontualidade dos voos. Caso esses percentuais não sejam
atingidos, a empresa perde o direito sobre aquele horário de pouso ou
decolagem.
As
normas definitivas sobre o uso de Congonhas também vão contemplar, na
redistribuição dos slots, quantos voos regionais as companhias fazem. Não importa
se são voos para a capital paulista ou não. O que será observado é a malha
completa das empresas. Se elas têm mais voos regionais na sua malha, ganham
pontos na redistribuição final de espaços que ocorrerá periodicamente em
Congonhas.
O
aumento de voos na pista principal de Congonhas não chega perto os 48
movimentos por hora - incluindo a pista auxiliar - que havia até o acidente com
o Airbus A320 da TAM, em julho de 2007, que matou 199 pessoas. Na década de
1980, o aeroporto chegou a ter quase 60 operações (pousos e decolagens) por
hora.
(Fonte
: Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)
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