terça-feira, 11 de dezembro de 2012

FISCALIZAÇÃO EM AEROPORTOS SERÁ AMPLIADA


O governo vai aumentar a fiscalização nos aeroportos neste fim de ano para evitar um "apagão" no setor de transporte aéreo durante o período de maior demanda entre os meses de dezembro e janeiro. O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, apresentou ontem as medidas que serão adotadas nos aeroportos brasileiros. A Operação Fim de Ano vai de 13 de dezembro a 14 de janeiro.
A estimativa de Bittencourt é que somente em dezembro 17,4 milhões de pessoas passem pelos aeroportos do país, um aumento de 8% sobre dezembro do ano passado, quando 16,1 milhões utilizaram os aeroportos brasileiros.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, afirmou que a agência vai intensificar a fiscalização nos 12 maiores aeroportos do país com um contingente de 290 servidores.
Além da Anac, a Polícia Federal e a Receita Federal vão reforçar suas equipes. A PF terá somente no aeroporto Antonio Carlos Jobim, no Rio, contingente 63% maior que o de dezembro de 2011. No Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) esse número será 42% superior. As equipes da Receita vão ser reforçadas nos mesmos aeroportos em, respectivamente, 88% e 43%.
A Infraero espera que 25,7 milhões de passageiros viajem entre dezembro e janeiro pelos 63 aeroportos administrados pela estatal. O número é 10,1% superior ao registrado na virada do ano passado. A estatal também vai reforçar a sua equipe, com 55% a mais de pessoal de atendimento, os chamados "amarelinhos", do que em dezembro e janeiro do ano passado.
Bittencourt frisou que a operação é uma parceria dos órgãos governamentais com as companhias aéreas, que se comprometeram a não praticar "overbooking" e a reduzir os voos fretados nesses dois meses.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, as quatro maiores empresas aéreas - TAM, Gol, Azul e Avianca - vão disponibilizar entre sete e 11 aeronaves reservas para suprir eventuais problemas.
O aumento da renda do brasileiro e a redução dos preços das passagens aéreas nos últimos anos pressionam a capacidade dos aeroportos brasileiros. Desde 2002 o preço médio das passagens aéreas caiu 46%, de acordo com o ministro. Em junho deste ano, o preço médio era de R$ 270 Dez anos atrás, as passagens custavam, na média, mais de R$ 400.
A concessão de aeroportos à iniciativa privada não causará dificuldade para a gestão dos aeroportos brasileiros neste fim de ano, afirmou Bittencourt. A Operação Fim de Ano será feita também nos principais aeroportos administrados pela iniciativa privada. A fiscalização reforçada deve funcionar como um ensaio da operação a ser posta em prática nos terminais das seis cidades que sediarão a Copa das Confederações, em junho de 2013.
"Precisamos investir muito, mas também melhorar muito nossa gestão", afirmou Bittencourt, que destacou que os aeroportos brasileiros já têm um índice de qualidade de atendimento "aderentes aos registrados na Europa".
A concessão de aeroportos à iniciativa privada não será um empecilho à gestão dos sistema aéreo. Guarulhos, Brasília e Viracopos também apresentaram ao governo planos de operação especiais que contarão com reforço de pessoal das concessionárias.

(Fonte : Jornal Valor Econômico / imagem divulgação)

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