quarta-feira, 15 de agosto de 2012

JUROS VOLTAM A CAIR


Depois de terem registrado alta em junho, as taxas de juros das operações de crédito ao consumidor voltaram a cair em julho. Foi a quinta retração verificada no ano, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O coordenador de Estudos Econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, atribuiu o resultado à diminuição da inadimplência e da taxa básica de juros (Selic).
Das seis linhas de crédito a pessoas físicas pesquisadas pela Anefac, cinco tiveram queda — a exceção foi o crédito rotativo do cartão, cujas taxas permaneceram estáveis. Na média geral, os juros médios aos consumidores caíram 0,08 ponto percentual, de 6,20% para 6,12% ao mês. No ano, o recuo foi de 1,85 ponto, de 105,82% para 103,97%. Segundo Miguel Oliveira, é a menor taxa anual da série histórica iniciada em 1995.
A tarifa cobrada pelo comércio caiu 0,10 ponto em julho, de 4,75% ao mês para 4,65%. Também ficaram mais em conta os juros do cheque especial, de 8,22% para 8,07%, e os recursos para o financiamento de automóveis, de 1,84% para 1,80%. No mesmo mês, o consumidor ainda pagou menos pelo empréstimo pessoal dos bancos, de 3,63% para 3,57%, e pelo crédito das financeiras, de 8,04% para 7,92%.

EMPRESAS

Para as empresas, as três taxas pesquisadas no mês pela Anefac também diminuíram. A tarifa média de juros para pessoas jurídicas apresentou redução de 0,06 ponto porcentual no mês, passando de 3,59% para 3,53%. No ano, o recuo foi de 1,06 ponto, de 52,69% para 51,63%, o menor registro da série histórica desde 1999. A queda foi de 0,12 ponto percentual nos juros para os empréstimos para capital de giro, de 2,04% para 1,92% ao mês, e de 0,06 para a conta garantida, uma espécie de cheque especial das empresas, de 6,10% para 6,04%.
Apesar de pequena, na avaliação de Miguel Oliveira, a retração deve continuar. "Nossa expectativa é de que os juros sofram novas reduções nos próximos meses." E a sustentação dessa meta deve continuar sobre os dois pilares atuais: as novas reduções da Selic e a diminuição dos índices de inadimplência previstos para o segundo semestre do ano.

(Fonte : Jornal Correio Braziliense / imagem divulgação)

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